quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

LAGOA


 
Hoje vemos como eram tranquilas as ruas perto da Lagoa nas décadas de 50/60.
 
A primeira foto é na Rua Alexandre Ferreira, que era só de casas, vendo-se a igreja de Santa Margarida Maria ao fundo. Esta rua, hoje em dia, tem tráfego pesado ido e vindo para o Humaitá e Túnel Rebouças, além de abrigar também arranha-céus.
 
A segunda foto é na Av. Borges de Medeiros, que na época terminava na altura do Clube Piraquê. Era também de pouco tráfego, pois até meados da década de 60 não havia o Túnel Rebouças. 

8 comentários:

  1. O progresso acabou com a tranquilidade da Alexandre Ferreira e da Lineu. Até as ruas junto ao morro do Jardim Botânico sofreram, embora ainda haja várias ruas que têm lindas casas.
    Privilegiar o automóvel foi um desastre. E também a liberalidade para a construção de predios altos.
    Cheguei a pegar a Borges de Medeiros com paralelepípedos.

    ResponderExcluir
  2. As chuvas de 1966 impediram a construção de prédios em Santa Teresa. Isso foi bom, porque o aspecto do lugar ficou no mesmo, embora a invasão dos automóveis tenha ocupado as calçadas. Em compensação, essa mesma lei travou a construção de novas casas, obrigando a um máximo de 15%, ou 10%, conforme a cota do terreno. Ninguém mais construiu e a favela cresceu, pois a lei a ela não se aplica. A casa do favelado ocupa 90% do terreno.

    ResponderExcluir
  3. Bom dia a todos. A primeira fotografia da R. Alexandre Ferreira, poderia ser facilmente confundida com uma rua de Petrópolis ou Teresópolis, já a foto da Borges de Medeiros a vista da Lagoa é inconfundível, então só nos resta lamentar as mudanças ocorridas. Projetos para desafogar o trânsito, bem como a interligação da zona norte a zona sul, transformaram bairros da cidade antes verdadeiros paraísos do céu na terra, em verdadeiros sucursais do inferno na terra, como aconteceu na Lagoa, Cosme Velho, Laranjeiras e até mesmo a Lagoa. Já outros bairros foram totalmente arrasados ou abandonados, como aconteceu com o Catumbi, Rio Comprido, Vila Isabel e Grajaú. As obras realizadas foram necessárias, mas muito da desordem e decadência ocorrida nestes bairros podemos colocar na conta dos nossos administradores. Porém continuo com a firme ideia de que as mudanças para acabar essa desordem só ocorrerão com a participação organizada da sociedade através de associações de moradores de bairros e outros movimentos organizados, o grande problema destas organizações é que suas lideranças fazem dela um trampolim para ingressarem na política e mudarem de lado.

    ResponderExcluir
  4. Realmente uma diferença monstruosa de épocas. O vicio de colocar o carro na calçada vem de longe, e continua nos dias de hoje.
    Não sou contra o progresso mas o Rebouças, Santa Barbara e o tunel da Tonelero realmente acabaram com o sossego . Sem metro e bondes modernos não há solução.

    ResponderExcluir
  5. O Lino acerta o alvo.Alguma mudança poderia ocorrer com a participação popular,porém ela já vem impregnada pelos "líderes" espertos e oportunistas,que logo se associam as víboras e tudo continua sendo uma mixórdia.O Brasil de fato está sem rumo. É só olhar para Brasilia e hoje em especial para Porto Alegre para que tenhamos uma noção do país.E o Rio,acredito,foi uma das maiores vítimas.

    ResponderExcluir
  6. Bom dia a todos !
    Progresso (que não seja tecnológico) para mim, é palavrão !
    Duas observações muito importantes, uma do Plínio e outra do Mayc, me fizeram dar asas à uma imaginação que, caso materializada, seria fantástica. Plínio falou em "Privilegiar o automóvel foi um desastre". E o Mayc disse "Não sou contra o progresso mas o Rebouças, Santa Barbara e o tunel da Tonelero realmente acabaram com o sossego. Sem metro e bondes modernos não há solução".
    Partindo desses pensamentos, vocês já imaginaram, se aparecesse um administrador que resolvesse acabar com, automóveis, ônibus, caminhões e assemelhados e só permitisse a movimentação, nas ruas, através de bicicletas ? Não seria uma maravilha ? E que, a par disso, implantasse uma rede de metrô que cobrisse toda a cidade ?
    Vocês reagirão, dizendo : "Sim, e as mercadorias e artigos de consumo, de um modo geral, como seriam distribuídos ? Para isto, o administrador revolucionário, instalaria uma rede de bondes, tipo taiobas, que atendesse às necessidades da população. Claro que isso é um pensamento utópico, porque se teria, também, que atender os lugares normalmente não acessíveis por bondes, mas, assim mesmo, partindo de tais idéias, se pode concluir que há jeito de se melhorar, enormemente, a situação atual que estamos vivendo. Basta vontade política, mas este é o maior problema para mudar alguma coisa...

    ResponderExcluir
  7. Pelo fato de viver no Brasil e conhecer a "ilibada moral" de seus governantes, bem como sua "segurança jurídica" comparável à de países como a Suíça, costumo afirmar que a única certeza que tenho e pela qual vou até "às últimas consequências" é que "minha mãe não é virgem". Vamos aguardar os acontecimentos, pois "novos fatos jurídicos" engendrados de forma espúria podem alterar esse quadro...

    ResponderExcluir