terça-feira, 23 de junho de 2020

HOTEL KOSMOS





A partir de pesquisa de Raul Félix de Souza e José Alberto C. Maia, complementada com notícias do Correio da Manhã, o “post” de hoje é sobre o Hotel  Kosmos, que foi inaugurado em 03/05/1924, tendo o endereço de Largo do Machado nº 36, esquina com Rua Bento Lisboa.

Rompendo com o neoclassicismo do império, a Belle Époque carioca tinha os pés firmemente pousados no estilo Beaux-arts, que caracteriza boa parte das construções parisienses posteriores à grande reforma urbana de Haussmann, mas também flertava com o estilo novo, o Art nouveau, como neste palacete majestoso.

Anúncio no “Correio da Manhã” dizia: “Inaugurado recentemente em bello palácio, com apurado gosto e conforto, com mobiliários elegantes, para famílias e cavalheiros de fino tratamento a preços vantajosos.”

As fotos do interior do hotel são da revista "A Vida Doméstica".
O proprietário era o Sr. Rosendo Miranda que também proprietário das pensões Caxias e Ypiranga.

15 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Acompanharei a postagem. Fui algumas vezes ao Largo do Machado por causa do IPP. Mais tarde verei no mapa a localização do hotel. Quando teria sido demolido?

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  2. Eu gostaria de saber como eram as instalações sanitárias desse hotel. Posso apostar que deixavam a desejar e que "suítes" eram um "artigo raro".

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  3. Inacreditável ter existido essa construção. A modificação dos aspectos urbanísticos no local em tão pouco tempo é fantástica. Não dá para acreditar que mas foi um Rio que passou...

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  4. Com esta pandemia,igreja fechada e nada de dízimo,vou direto para a pensão Caxias...

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  5. O Brasil é como os galináceos: andam e ciscam "para trás". Nos rituais de magia negra, nos feitiços realizados para "atrasar e prejudicar" os desafetos são utilizados galos ou galinhas com o nome do "paciente" no bico para desgraçar a vida dele. A proliferação de Blogs de memória na internet e imensa e "este sítio" é uma prova disso. Todos nós lembramos que no passado a vida em em geral era mais tranquila. Apesar dos avanços tecnológicos dos dias atuais, a vida de antanho era prazerosa. Em tempo: o ritual de magia negra mencionado por mim pode ser encontrado no "livro negro de São Cipriano". Esse livro não pode ser manuseado por qualquer um nem guardado em lares sob pena de atrair para seu possuidor os maiores infortúnios do Universo.

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    1. É, Joel. Tecnologia não traz felicidade. Pode trazer conforto, rapidez em comunicações, etc, etc. Felicidade, não. Este artigo desapareceu do estoque, pelo menos no Brasil.

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  6. Bom dia a todos. Faço a seguinte pergunta. O que levou a um ou mais cretinos terem demolido esta bela construção? Assim como tantas outras, sendo a principal delas o morro do Castelo. Não é de maneira nenhuma as informações que se leem em jornais da época, assim como hoje são notícias que só servem para atender a grupos interessados.

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    1. Este comentarista chamado Lino só pode estar fazendo uma provocação ao citar a demolição do Morro do Castelo como uma cretinice.Durante 3 anos estudei a exaustão os acontecimentos ocorridos lá nos anos 20.Fiz Mestrado e Doutorado em função daquela mixórdia e quando aqui deponho ,o faço baseado em fatos verdadeiros e aspectos científicos.Não gosto de mimimi e conversa frouxa.Vou repetir que o Carlos Sampaio foi o maior administrador do Rio de Janeiro e quiçá do Brasil e que o comentarista em tela deve ter estudado em cartilhas do atraso e da estagnação.Náo vou me irritar repetindo o que era aquele Universo de espurcícias.Sou Do Contra.

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    2. Tem gente que vai a escola, a universidade, estuda, estuda e o que ele aprende, não sabe como usar ou pior ainda aprende alguma coisa e depois aplica errado. Assim é a vida, temos muita gente que estudou, mas não tem inteligencia para fazer bom uso do que estudou, pois não soube aprender com o que estudou.

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  7. Caramba, que construção linda! mais uma pérola arquitetônica colocada abaixo, sem dó nem piedade, ô país desprovido de memória.
    As grades são sensacionais! esse prédio já havia sido publicado antes?

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  8. É uma pena a perda de um patrimônio assim pra cidade. Curiosidade: o governo, em qualquer esfera, pode tombar patrimônio privado? Ou tem que adquirir, indenizar, e depois tombar?

    O que tem aí nesse lugar hoje?

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    1. As duas esquinas têm prédios. Não sei dizer qual deles está no lugar do hotel.

      Sobre "tombar" patrimônio privado, há alguns anos a prefeitura criou as APAC's em bairros da zona sul causando uma celeuma entre os donos dos imóveis. Não sei em que pé está a situação.

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    2. Wagner pode, o Cesar Maia criou por decreto as APAC (área de preservação ambiental e cultural) tornou vários imóveis do Rio de preservação ambiental e cultural, porém aqui na Tijuca vários imóveis sem qualquer atrativo histórico ou cultural estão abandonados e os seus proprietários não podem vender o imóvel, visto que os mesmos estão abrangidos por este decreto.

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  9. Totalmente inédito para mim.
    Em alguns detalhes faz lembrar o também demolido Casino do Passeio, mostrado aqui na sexta-feira passada, dia 19/6. Foram construídos na mesma época.
    Os ornamentos, inclusive em volta das belas grades, devem ser artefatos de cimento.
    Pela posição a entrada principal era na Bento Lisboa e no local agora tem um prédio de apartamentos e lojas. A numeração não deve ser a mesma.

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  10. Meu bisavô fez fortuna como estucado. Para quem não sabe, estuque é o um tipo de ornamento de gesso e argamassa encontrado amiúde em antigas construções como esse hotel, cuja variedade é bem evidente. Residências, prédios comerciais, igrejas, etc. Até os anos 30 quase todas as construções possuíam adornos em estuque. Imaginem se isso fosse costume hoje dia? O que teria de "crackudo" caindo fé telhados seria "um espanto"...

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