O que era tão natural se tornou praticamente proibitivo. Além dos brasileiros estarem impedidos de viajar para um número enorme de países, o risco de passar horas num ambiente fechado como o interior de um avião faz com que mesmo viagens internas sejam de risco.
O impacto deste maldito virus no setor do turismo foi enorme e catastrófico.
A especulação imobiliária, principalmente no governo César Maia (que tinha o Paes como sub-prefeito daquela região), acabou por esvaziar a utilização do Autódromo.
Com justificativas como construir instalações para os
Jogos Pan Americanos de 2007 e a Olimpíada de 2016, acabou por desaparecer.
Foi construído em meados dos anos 60 pelo Estado da Guanabara. No projeto constava até mesmo ter uma linha de metrô para lá.
Fotos: Rouen, Gustavo Lemos, Carlos Paiva e Manchete
Não pude preparar o “post”
de hoje adequadamente, por isso vou tomar a liberdade de reproduzir um
excelente do prezado Maximiliano Zierer, um dos grandes pesquisadores de
Copacabana.
“Vemos a construção do
Rio Othon Palace na Avenida Atlântica nº 3264, Posto 5, Copacabana, Rio de
Janeiro, anos de 1974-75, inauguração em 1976. Com os seus absurdos 30 andares,
o gigantesco hotel contribuiu para enfear ainda mais o já saturado paredão de
prédios da orla de Copacabana. Seis antigas casas (sendo duas na orla e quatro
de fundos – veja o mapa) foram demolidas para a construção desse monstro, que
até hoje projeta suas sombras sobre as areias da Praia de Copacabana.
Pelo fato da orla ser
bastante fotografada, temos registros das duas casas da Av. Atlântica que foram
abaixo. Porém nunca encontrei fotos das demais quatro casas das ruas Xavier da
Silveira e Ayres de Saldanha que também foram derrubadas.
Histórico: em 1943, o
fundador Othon Lynch Bezerra de Mello criou a Companhia Brasileira de Novos
Hotéis, que se transformou na maior rede hoteleira do Brasil com capital nacional.
O primeiro hotel da rede foi aberto no Rio de Janeiro, em 1943, e chamava-se
Hotel Aeroporto, hoje Aeroporto Othon Travel. Nos anos 50 foi inaugurado o
Othon Palace na capital paulista. Até os anos 70 foram construídos mais sete
hotéis em Copacabana. Em 1975 a rede inaugurou o Bahia Othon Palace em
Salvador. Em 1976 foi inaugurado o Rio Othon Palace que é, até hoje, a
principal unidade da rede.
O Rio Othon Palace é uma
referência na hotelaria nacional de luxo. Possui 578 apartamentos, distribuídos
em trinta pavimentos. Após a revitalização, sete de seus andares passaram a
categoria Luxo e atendem a um público bem específico, os executivos. Todos os
quartos possuem internet banda larga, camas king size, TV com tela plana e
telefone direto com duas linhas. As suítes possuem banheiras de hidromassagem.
Atualmente a rede de
Hotéis Othon conta com 11 hotéis, sendo quatro próprios e sete Administrados. A
Rede Othon está presente no Rio de Janeiro, São Paulo, Araraquara, São Carlos,
Matão, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Natal e Recife. Está enfrentado
problemas financeiros atualmente."
Agradeço ao Zierer e peço que me desculpe.
A última foto é de M. Conde.
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O prédio da "Obra do
Berço", de 1937, foi o primeiro projeto executado de Oscar Niemeyer (consta
que foi um dos poucos projetos no qual Niemeyer se comportou como um
socialista, pois fez um prédio para uma instituição de caridade e não teria
cobrado).
Localizado na esquina da Rua Cícero Goes
Monteiro com a Av. Epitácio Pessoa, perto da Igreja de Santa Margarida Maria,
fica num quarteirão onde só havia casas até os anos 60. Hoje, o local está
cercado por grandes edifícios e o próprio prédio, em lugar deste simpático muro
baixo com cerca-viva, tem um muro alto, todo grafitado.
O prédio foi construído
sobre pilotis em dois blocos, um de quatro pavimentos e outro com dois andares
e um terraço-jardim que serve como local de recreação e se comunica com o
terceiro pavimento do bloco mais alto.
Segundo nos conta L.
Cavalcanti, o edifício foi projetado em estrutura de concreto armado, contendo
os elementos fundamentais da arquitetura moderna: estrutura livre, planta
livre, fachada livre, pilotis e terraço-jardim. A fachada noroeste foi
protegida da insolação por "brise-soleils" móveis verticais,
emoldurados por pequeno friso à sua volta.
A Obra do Berço foi
fundada em 1928 por Marianna Sodré e Lysia Cezar de Andrade. Começou em
Laranjeiras oferecendo serviço ambulatorial de pré-natal e puericultura,
fornecendo leite e enxovais para bebês. Em 1937, inaugurou sede própria na
Lagoa, onde está desde então. A creche teve, durante muitos anos, em seu grupo
de diretoras, ex-alunas do Colégio Sion e do Sacré-Coeur de Jesus.
A foto colorida, de 1966,
mostra a área no entorno da Igreja de Santa Margarida Maria, na Lagoa, quando
estava prestes a acontecer a abertura do Túnel Rebouças. O prédio onde funciona
a Obra do Berço está assinalado.
Já vemos o primeiro
grande prédio deste trecho da Avenida Epitácio Pessoa, logo após o prédio menor,
o da Obra do Berço. Havia neste trecho da Lagoa, acompanhando o traçado da Rua
Fonte da Saudade, que fica atrás, uma série de casas muito bonitas que foram substituídas por prédios de apartamentos. Bem aqui à direita, a
casa da professora Heloísa, que ensinou inglês a tantos alunos. As aulas eram
numa sala sobre a garagem da casa dela, em pequenas turmas de cinco alunos. Aprendi
muito lá.
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Revisitamos hoje o Bar e
Restaurante OK, na esquina da Avenida Atlântica com a Rua Ronald de Carvalho,
no Lido.
Acho
que esta foto é do acervo de Helô Lima e mostra a Praia de Copacabana em 1952.
Vemos
como destaque o edifício OK, com o restaurante do mesmo nome no térreo. Na realidade trata-se do
Edifício Ribeiro Moreira, antigo Edifício OK, exemplo do "art-déco"
existente nesta região.
Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo foi o
primeiro grande prédio de apartamentos de Copacabana e se caracteriza por
proporções atarracadas, suavizadas pelo escalonamento dos andares superiores e
pela volumetria movimentada de varandas, reentrantes ou semibalanceadas, que
resulta em contrastado claro-escuro.
As outras atrações do
edifício são o embasamento revestido em mármore, a serralheria e as luminárias
com motivos geométricos e o "hall" de acesso a dupla altura, decorado
em estilo "anos 20". Foi projeto de Gusmão, Dourado & Baldassini
Ltda., em 1929.
O enorme hall tem uma
característica interessante, nas duas pontas (ele tem forma de U) existem
jiraus com belas escadas. No térreo e no jirau, portas gêmeas de elevadores. No
entanto, só existe um elevador em cada ponta. A segunda porta do térreo é
apenas um armário, enquanto a da "sobreloja" dava acesso a
apartamentos que foram anexados às boates, e as portas foram lacradas.
Outra curiosidade é que o
nome oficial do edifício, Ribeiro Moreira, é repetido pelo seu vizinho,
bastante recuado e com um estilo relativamente mais recente.
O Edifício OK é
contemporâneo do A Noite, Guarujá e Pathé, prédios que apresentam muito mais
características "art-déco" nas fachadas. O Ribeiro Moreira recuado é
do final dos anos 30, quase uns 10 anos mais velho que seu "primo".
Consegui resgatar
parcialmente o comentário do Dieckmann sobre os automóveis, mas ele terá que completar o início da
frase:
O carro com o estepe é um Ford 1935 De Luxe Tudor. Deveria ter a cobertura
do estepe, mas deve-se ter em conta que já era um carro com 17 anos. Mais no
fundo há um Fiat 1100 e, atrás das moças, um Cadillac 46-47. Esta identificação faz parte de um comentário de obiscoitomolhado, mas perdi a primeira parte, onde ele identificava o carro em primeiro plano.
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| Vemos ao fundo o Posto 2, bem em frente à Praça do Lido (os automóveis à esquerda estão estacionados perpendicularmente a ela). Como devia ser agradável tomar um chope e ficar de bate-papo nesta varanda. |
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Destaque para a varanda
do 2º andar do Bar e Restaurante OK. E os pneus banda branca. Lembram do sucesso que foi a divulgação do arquivo fotográfico da LIFE?
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Foto do acervo do Gustavo
Lemos. Vemos a Avenida Atlântica em 1933. Na foto a avó do Gustavo e seus dois
filhos homens. O pai dele (7 anos) ao lado do estepe. O carro é um Cord LN 29
1932 e está estacionado em frente ao Edifício OK, na esquina da Praça do Lido.
PS: diariamente as postagens do "Saudades do Rio" estão sendo reproduzidas por um usuário do Facebook "Passado do Rio", algumas vezes com créditos e outras vezes sem os créditos. É um site com mais de 100 mil inscritos. Pena que lá poucos fazem comentários relevantes e quase não haja novas informações sobre as fotos.
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7 de setembro, dia da Pátria, dia de parada militar. Lembro que era um dia esperado com ansiedade pelas crianças. Saíamos de casa, em Copacabana, no grande Chevrolet preto do "velho", ali pelas 8 horas. Dias da Rocha, N.S.Copacabana, praias de Botafogo e Flamengo, Lapa, Mem de Sá, Rua de Santana e estacionávamos perto da Presidente Vargas.
Junto com meus irmãos,
todos com uma bandeirinha do Brasil e um chapéu feito de papel, na forma de
"bibico", ouvíamos o barulho dos soldados marchando sobre a areia
depositada no asfalto. Não sei como aguentávamos até o final, mas só íamos
embora depois do nosso tio passar num jipe do Exército e do desfile dos
soldados montados a cavalo.
Há tempos que tudo mudou.
É feriado, mas poucos ligam para a data comemorativa.
Relembro uma das últimas
mensagens do General Miranda ao ver estas fotos antigas:
“São fotos dos tempos em
que os companheiros de farda e o povo em geral tinham admirável espírito cívico
e porte moral invejável, algo em falta no momento atual.
Agradeço por esta
homenagem aqui se dar, neste espaço preservador da história secular desta
Cidade. Quando já não se veem manifestações, em tempo, de certo e especial
respeito e instinto de conservação para com os marcos artísticos ou repletos de
tradição, é um deleite aqui comparecer diariamente. Quanto foi impiedosamente
destruído para construir, muita vez, um novo sem alma e sem estilo.
Por isso, nossa cidade
encontra-se desfalcada de muitas construções (e de tradições, como as paradas
militares do Dia da Pátria), que poderiam refletir e documentar fases de épocas
pretéritas ou manifestações do belo.
Lamento constatar que nos
afastamos dos ideais de antigamente. Não há mais civismo e poucos pensam
realmente no bem da Pátria”.
Fotos: acervos Francisco
Patricio, Carlos Paiva, LIFE, Correio da Manhã.
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| Neste belo domingo de inverno um bom progra é visitar Petrópolis. Caso não queira dirigir pode comprar uma passagem semelhante a esta e ir nos ônibus vermelhos da Única. Outra opção é usar os ônibus da Útil. Foto do acervo Gustavo Lemos. |
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| Se for de carro é só contratar o Claude Maurice, motorista do Rouen, que a viagem será mais agradável ainda. Foto do acervo do "O Clone". |
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| É preciso ter paciência na subida, pois a estrada é de mão-dupla. Ainda bem que deve haver poucos caminhões por ser domingo. No mais é torcer para o motor não ferver e não ter muito ruço na hora da volta. |
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| Todos estão convidados para um cafezinho na mansão D´ na Rua Padre Siqueira, nos fundos do Palácio de Cristal, do outro lado do rio. Foto do acervo D´ colorizada pelo Conde di Lido. |
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| Os que quiserem podem ir até a Catedral para assistir a missa das 10 horas e ouvir o coro dos Canarinhos de Petrópolis. Foto do acervo Carlos Posch. |
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| Um passeio pelo Palácio de Cristal é um bom programa. Boa sugestão é passar naquela casa ali da direita e comprar umas rosquinhas maravilhosas feitas pela D. Nicolaya. |
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| Para divertir as crianças leve-as no Rink Marowil na Praça da Liberdade. Foto do acervo de MCPedroso. |
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| Ou, ainda na Praça da Liberdade, levá-las para passear de charrete puxada por bodes ou alugar um cavalo para passear no entorno. Recomendo procurar pelo "Montenegro" ou pela "Cambaxirra", dois ótimos animais. Foto do acervo de MCPedroso. |