quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

ESCOLA CÍCERO PENNA

PALACETE DE CÍCERO PENNA: Cicero Penna foi um dos primeiros médicos de Copacabana, além de um capitalista, com vários interesses, inclusive com muitos terrenos no bairro. O palacete que vemos acima foi construído em 1912, na esquina da então Rua 9 de Fevereiro (hoje Rua República do Peru) com a Av. Atlântica.

 

 PALACETE CÍCERO PENNA: outra foto alguns anos após a primeira. 


 Vemos um aspecto do local nos anos 50, onde ainda vemos o palacete original. Foto publicada pelo Decourt há anos. 


Segundo uma monografia de autoria de M.C. Paiva, da Faculdade de Pedagogia da UNIRIO, perto da própria morte Cicero Penna percebeu o interesse dos genros em seu patrimônio e ficou indignado. Resolveu então doar muitos bens para o Distrito Federal. A doação do palacete incluía uma cláusula condicional – a obrigatoriedade de uso para a Educação. E assim foi feito, sendo instalada uma escola no local.

Nos anos 60, no Governo Carlos Lacerda, o palacete foi demolido e construída a escola atual, que vemos nesta última foto.

 

25 comentários:

  1. Bom Dia! Patrimônios quase sempre são motivo de discórdia entre os herdeiros.

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  2. Olá, Dr. D'.

    Quando passava pela Atlântica eu via a escola. Esse deve ser um ponto bem visado pelas construtoras.

    A segunda foto parece ser da época da demolição.

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    1. As escoras mostram que, se não era a preparação da demolição, com certeza já estava querendo cair pela ação da gravidade. O cartaz à direita deve ter informado algo à respeito, mas pela foto não é possível entender.

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  3. Rapaz, estive recentemente em Copacabana e fiquei abismado com o número de drogarias; aliás, a cidade toda perdeu vários estabelecimentos de comércio variado para virar drogaria. Tem algum caroço nesse angu. Ou, como diria nosso saudoso amigo: "é um espanto!"

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    1. Percebo este fenômeno há algum tempo... Houve a época da expansão das agências bancárias e agora me parece que o único negócio em crescente é o das drogarias. Diz muito sobre a nossa vida atual...

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    2. Normalmente a explicação para o grande número de farmácias/drogarias em Copacabana seria também a grande quantidade de idosos. Em recente pesquisa verificou-se o aumento da venda de medicamentos antidepressivos, agravada pela necessidade de isolamento na pandemia. Isso gerou uma curiosa vertente: a expansão dos negócios das petshops em um bairro conhecido pelo grande número de animais de estimação, particularmente os cães. Então a pessoa está deprimida e aí ou toma um remédio ou compra um cachorro. Por isso se costuma dizer que Copacabana hoje em dia em formada de malucos, velhos e cães. Um exagero, naturalmente.

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  4. Substituíram uma obra de arte por mais um Caixotão....

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  5. Boa iniciativa do sr. Cícero! Nada mais comum do que histórias de patrimônios dilapidados em disputas sucessórias.

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  6. Uma pena que eu não tinha nem esboço de nascimento nessa época. Um lindo edifício! Este eu jamais havia visto. Uma pergunta para os colegas: há algum arquiteto no grupo que colecione plantas no estilo? O arquivo do Estado é muito limitado neste sentido.

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    1. Minha mulher é arquiteta e a tese dela foi a análise das plantas de prédios da Praia do Flamengo, desde as glebas até os prédios e apartamentos. Está disponível na internet. vou ver o título.

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    2. Vou ficar muito feliz! Te agradeço desde já.

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  7. Palacete como tantos que foram demolidos, esse foi mais uma vítima da especulação imobiliária. Era comum que famílias abastadas e numerosas apreciassem essas mansões. Homens bem sucedidos geralmente "davam no couro" e suas proles eram enormes como a de Irineu Evangelista de Souza, que gerou dezoito filhos. Mas isso em um passado, porque no presente os homens "bem sucedidos possuem um perfil no mínimo curioso". Já que estamos "falando" de mansões, foi mostrado nos telejornais matinais de hoje o cumprimento de um MBA na mansão do cantor "Nego do Borel" no Recreio dos Bandeirantes, onde foram aprendidos documentos pessoais, passaporte, equipamentos eletrônicos, e 470 mil Reais em espécie. Será que ele não possui conta bancária? Está com "nome sujo"? Ou essa fortuna teria origem ilícita? Na semana passa o cantor teve uma réplica de fuzil AR-15 aprendida na mansão. O que pensar?

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  8. Que troca infeliz! um palacete lindíssimo demolido para dar lugar a uma escola prá lá de feia. Que construíssem a escola em outro lugar.

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  9. Bom dia a todos. O palacete é lindo, mas ainda bem que na época não havia geladeira, TV e demais eletrodomésticos dos dias de hoje, a corrosão devido a proximidade do mar faria um estrago neles. Tive uma casa de frente para a praia, a maresia era tão grande, que além de destruir os eletrodomésticos a cada período de um ano, havia ainda o problema com as varandas em madeiras pintadas com verniz, mesmo usando verniz de poliuretano bi componente, a maresia e o sol a cada ano e meio era obrigado a lixar e repintar tudo. As luminárias metálicas essas nem pensar, de alumínio a maresia também destruía e de plástico maresia e sol ressecavam e quebravam, por fim o filho foi crescendo, não gostava de ir para lá, consumou-se o ditado, casa de praia tem duas alegrias, a primeira quando compra ou termina a construção, a segunda quando vende sem ter prejuízo.

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    1. Lino, não concordo muito com isso. O terreno, evidentemente , não entrou em disputas hereditárias, uma vez que construíram um monstrengo no local.A desculpa é derrubada pelas restaurações na Europa, milenares, que são completamente recuperadas. O monstro que construíram no local enfeia a praia de Copacabana, já desfigurada pela liberação do gabarito de andares. Uma pena!

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  10. Em original forma de arco para uma residência. Algo semelhante ao prédio da Cruz Vermelha, em escala menor.
    Podia ter continuado como jardim de infância, como vemos na primeira foto, e assim preservaria o palacete.
    Mesmo assim os moradores acima do 3°. andar dos primeiros prédios da Rua República do Peru mantêm uma visão panorâmica um pouco mais privilegiada.
    Na segunda foto, a SW com estrutura de madeira hoje seria disputadíssima.

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  11. Interessante conhecer a história do palacete.
    Na foto 2, um DeSoto 51 tenta aparecer na objetiva; na calçada do palacete vemos um jipe (pode ser um Jeep, ou um Land-Rover), uma camionete Chevrolet de 48 a 52 e um Ford, provavelmente, 1941.
    Na foto 3, duas Kombi e muito chute, prefiro deixar para o Carlos Alberto Torres, que tem lente melhor que a minha.
    Na foto 4, um solitário Fusca 61 não vai parar na faixa de pedestres, deixando a senhora com as crianças na mão.

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  12. Moro em um imóvel da década de 1930, totalmente adaptado para os parâmetros atuais. Gás, Água e eletricidade onde trocaram todas as instalações, colocando trifásico em todas as unidades, hidrômetro individual, etc. Tudo funciona muito bem.

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    1. Conde, hoje não sou mais seu vizinho tão próximo (morava no prédio da loja de antiguidades do Lido). Hoje moro bem perto do Hotel Copacabana Palace em um apê/casa, térreo, com quintal e tudo que tem direito, inclusive a visita regular de animais silvestres (meu quintal dá para a Pedra de Inhangá), sem contar a proximidade da praia). O prédio é de 1943 em estilo artdecô e foi construído pelo famoso Martinelli, possuidor do mesmo título honorífico. É uma construção sólida e bem administrada. Uma vez por mês recebe a visita de grupos interessados em sua concepção, particularmente por sua entrada social. Hoje pertence à arquidiocese de São Paulo, razão pela qual os moradores são dispensados de pagar IPTU. Como se não bastasse a rua tem história sobre a saudosa tradição boemia do bairro. Adivinhou o nome da via?

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    2. Ainda não, Paulo. Por enquanto são micos, saguis, maritacas e até tucanos (Um gavião andou rondando a área da praia, acossando os pombos). Mas se aparecer qualquer outro pássaro será bem-vindo e devidamente assinalado. Todavia, se seu comentário se refere à ave de JF lembro que isso foi em 2011, o que demonstra como a divertida experiência foi inesquecível.

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    3. Meus avós moravam no n° 25 e no térreo. Porta de entrada do lado esquerdo.

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  13. Estudei no colégio quando ainda era uma casa, aliás extraordinária com varandas panorâmicas ventiladas. Sorte de ter sido o terreno ao menos "gravado" para uso como escola. Uma pena um governante ter destruído a construção. E pelo q pesquisei Theodorico Cícero Ferreira Penna foi um bom homem, médico vindo do norte.

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    1. E agora a prefeitura quer vender para fazer caixa e favorecer alguém na compra.

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  14. Foi minha primeira escola, ainda no casarão, na década de 50. Inesquecível!

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