domingo, 21 de fevereiro de 2021

DOMINGO EM PAQUETÁ





Vemos a "Ponte", local de atracação das barcas e o "centro" da simpática ilha.Vivaldo Coaracy nos conta que já em setembro de 1565 foi concedida por el-rei a primeira sesmaria para Inácio de Bulhões. Embora o nome Paquetá sugira "muitas pacas", é provável que a origem do nome tupi signifique "lugar das conchas".

Vemos, além da estação das barcas, a igreja Matriz da paróquia do Senhor Bom Jesus do Monte, reconstruída no começo do século XX por Antonio Lage, e a Praia dos Tamoios, local onde fica a famosa árvore "Maria Gorda".

Só em 1838 teve Paquetá os benefícios de linhas regulares de navegação a vapor, como porto de escala das carreiras que serviam ao porto de Piedade (grande entreposto no fundo da Baía da Guanabara, para o qual convergiam várias estradas de intenso tráfego, por onde se escoava a produção das fazendas do Rio e Minas Gerais).

A ilha de Paquetá é hoje, essencialmente, zona residencial, já ostentando, lamentavelmente, algumas favelas. É uma pena que todo o seu imenso potencial turístico seja sub-utilizado: a paisagem, as praias, o mar quase sempre sem ondas, a proibição de veículos motorizados de passageiros, suas ruas de terra, as bicicletas, o silêncio, são atrativos fantásticos. Pena que as tradicionais charretes já não mais existam.

Para um giro completo pela ilha deve o turista seguir, na parte Sul, pela Rua Luís de Andrade, Praia dos Frades e Caminho do Imbuca. Pela parte Norte, a passagem da Covanca e as praias do Catimbau e do Pintor Castagnetto.

E como recomendava Braguinha:

“Esquece por momentos teus cuidados

E passa teu domingo em Paquetá

Aonde vão casais de namorados

Buscar a paz que a natureza dá

O povo invade a barca e, lentamente

A velha barca deixa o velho cais

Fim de semana que transforma a gente

Em bando alegre de colegiais

Em Paquetá se a lua cheia

Faz renda de luz por sobre o mar

A alma da gente se incendeia

E há ternuras sobre a areia

E romances ao luar

E quando rompe a madrugada

Da mais feiticeira das manhãs

Agarradinhos, descuidados,

Ainda dormem namorados

Sob um céu de Flamboyants.”

14 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Dia de acompanhar os comentários. Nunca fui a Paquetá. Barca, só para Niterói.

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  2. Bom Dia! Nos anos 50/60 Paquetá era um passeio quase obrigatório para levar a namorada. Dava para passar o dia todo "alisando a gata" enquanto visitávamos a ilha. Faltam 71 dias.

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    1. 71 dias para quê? Isso dá 2 de maio.

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  3. Era comum nos anos 60, colégios e escolas montarem passeios levando seus alunos para conhecer a Ilha de Paquetá. Só fui quando criança e o lugar era bastante aprazível e lembro que cheguei a mergulhar numa praia. Hoje, com a degradação econômica do estado e a água cada vez mais fétida da Baía de Guanabara, creio que o passeio perdeu grande parte do encanto de outrora.

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  4. bom dia a todos. O desaparecido Mestre Menezes anda desaparecido, não temos visto mais os "causos" pitorescos que ele sempre contava. Mas como o tema de hoje me fez lembrar de um "causo" vou contá-lo e deixar que os comentaristas do SDR possam dar a sua opinião. Um "causo real". Certa vez numa reunião da alta gerência com a diretoria e o Presidente, em um dado momento o Presidente começou a falar que na sua juventude gostava muito de ir a Paquetá, e começou a falar sobre o que gostava e que fazia quando lá ía. Nisso um dos gerentes presente interveio e fez um comentário de mal gosto, do tipo do Eduardo Paz com o Lula, falando sobre Maricá, todos riram e o Presidente permaneceu sério e nada disse sobre o comentário. Algumas semanas depois o tal gerente foi demitido. Pergunto foi retaliação do Presidente? Eu na minha opinião, sou daqueles que você, não deve sacanear o chefe, principalmente na presença dele.

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  5. Fora uma pequena comunidade, que deveria ser reassentada em outro local, a Ilha de Paquetá continua mantendo o aspecto de anos atrás.

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  6. fui várias vezes a Paquetá. Uma especial foi uma excursão da faculdade. todos encheram os cornos e a libido tomou conta da turma. Tinha apenas um hotel na ilha e fizemos fila para entrar...

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    1. Ué, você ontem disse que era Testemunha de Jeová e virgem.... rsrsrs

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    2. Reais? Pelo menos £3,00

      Helio, eu disse a turma, não eu...

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  7. No final da década de 70, durante a adolescência, frequentei muito Paquetá, onde passávamos o dia nas férias escolares. Alugar bicicleta e pedalar por toda a ilha era programa obrigatório. Foram décadas sem pisar lá, até que voltei há três anos para escrever um post para o meu blog de viagens. Ver a favela quando a barca se aproximava do ancoradouro foi um choque, mas encontrei muita coisa conservada, ainda com muitos recantos bucólicos. Não sei como está nos dias de hoje.

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  8. Ao que me lembre, fui duas vezes a Paquetá: uma por volta de 1964 e outra cerca de 2000. Uma lembrança marcante de lá foi ver um peixe morto boiando numa praia poluída.

    Quanto à certeza da degradação social, urbana e ambiental da ilha, faço meu o bordão daquele personagem do Zorra Total da Globo:

    - Espera....!

    Já dizia Murphy, parodiando a Segunda Lei da Termodinâmica: "Abandonadas à própria sorte, as coisas tendem a ir de mau a pior". E existe algum lugar mais abandonado que o Rio de Janeiro? (Ok: Malawi, Burkina Fasso e Haiti são concorrentes duros).

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  9. Frequentei muito Paquetá no século passado. Muito agradável. Já neste século a ilha caiu muito, mas um amigo tem uma casa paradisíaca lá, da qual não saíamos. Piscina, quadra de tênis, era um clube privativo. Seria ótimo em qq lugar.

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  10. Por incrível que pareça nunca fui a Paquetá. FF: Mais uma vez arbitragem tendenciosa beneficia o Flamengo.## Botafogo já foi e o Vasco está sendo rebaixado. Quem será o próximo clube carioca a ser rebaixado?

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