quinta-feira, 27 de maio de 2021

AV. ATLÂNTICA COM RUA REPÚBLICA DO PERU

Nesta foto de Malta, de 1928, enviada pelo prezado JRO, vemos a Rua Nove de Fevereiro, aberta em 1917 em terrenos da Empresa de Construções Civis, pelo seu Diretor-Presidente, o Dr. Antônio de Paula Freitas. Recebeu este nome por conta da data do combate da Armação, em Niterói (09/02/1894)), na Revolta da Armada, contra o Governo de Floriano Peixoto.


Em 1938 a rua teve seu nome alterado para República do Peru, homenageando o país vizinho, que proclamou sua independência em 28/07/1821. Na foto podemos ver a quadra perto da Avenida Atlântica, com a Pedra do Inhangá até junto ao meio-fio, à direita. Ao fundo, a "Agulhinha de Copacabana", também conhecida como "Pedra do Cão", “Leão de Copacabana” ou "Pico do Inhangá
”.

Este é o palacete do Dr. Cícero Pena, construído em 1912, na esquina da então Rua 9 de Fevereiro (hoje Rua República do Peru) com a Av. Atlântica, que foi doado à Prefeitura para funcionar como escola pública. Em 1912 Copacabana já contava até com distrito de esgotos e elevatórias, além da rede que era construída quando as ruas eram abertas. Copacabana já tinha água encanada desde a virada do séc. XX. A água vinha do sistema de reservatórios de Botafogo e Flamengo e na época já se reclamava que com o crescimento do bairro que o fornecimento ficava irregular nos dias mais quentes da "estação calmosa".  

 

Posteriormente o prédio original foi reformado e permanece assim até hoje, tendo sido a atual construção tombada, pois o Prefeito queria vender o terreno, em recente polêmica. A questão da falta d´água se agravou muito no período do "boom" imobiliário de Copacabana nos anos 50 e 60, o que levou os moradores a terem caixas d´água dentro de casa, além de instalarem bombas para sucção da pouca água disponível. Alguns chegavam a coletar a água da chuva para diminuir a escassez.

Esta foto, do acervo do prezado Jason, mostra a esquina da República do Peru com Av. Atlântica provavelmente nos anos 70. A Escola Cícero Pena está na esquina onde está o fotógrafo. Na esquina onde há o anúncio da Alitalia funciona um “Manoel&Joaquim”.

 

9 comentários:

  1. A falta d'água sempre foi um problema na região de Copacabana e principalmente do Leme. Se no passado isso era um problema imagine hoje em dia, já que com o crescimento do bairro e das milhares de ligações clandestinas oriundas das favelas da região, a situação não deve ser tranquila.## A última foto é seguramente do segundo semestre de 1970. O canteiro de obras e a quantidade de areia acumulada que aparece no canto da foto indicam isso.

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  2. A última foto "retrata o clima de tranquilidade" existente em 1970. A jovem com o carrinho de bebê seria uma jovem mãe ou uma babá? O Fusca bege parado a menos de três metros da esquina está em infração de trânsito. Teria sido multado? O "Zé do Caixão" azul claro com faróis redondos mostra ser da segunda série, mas com a palavra final o Dieckmann.

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  3. Zé do Caixão de 1970, sem os farois retangulares. O cupê na esquina é um Chevrolet 41-48. Não havia muitos.

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  4. Bom dia a todos. Dia de acompanhar os comentários. Volto mais tarde para lê-los.

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  5. Olá, Dr. D'.

    Entre 1990 e 1992, principalmente, freqüentei o apartamento de um colega na Paula Freitas. Como a República do Peru é bem perto, passei várias vezes pela esquina do post de hoje.

    O desafio para o biscoito é dizer a marca do carro à direita em destaque na última foto.

    Por enquanto a escola está garantida no local.

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  6. E ao lado da Alitalia parece que está subindo mais um prédio da Veplan Imobiliária.

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  7. O sr. prefeito já estava querendo colocar mais uns cobres no cofre, vendendo o prédio de uma instituição de ensino, provavelmente para gastar em futuras obras "megalomaníacas".
    Na última foto, a obra de duplicação da Atlântica de um lado e outra obra de espigão. Mais um empreendimento Veplan da virada da década de 60 para a de 70.

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  8. As placas brancas com iluminação surgiram em 1960 no alvorecer do Estado da Guanabara.

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  9. Esse terreno deve ser uma doação com o fim educacional, em tese não poderia ser vendido, no máximo outro equipamento público. Mas moramos no Brasil, mais especificamente no Rio. Se bobear vira um puteiro com ummpolitico de dono.

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