terça-feira, 3 de agosto de 2021

URCA

A Urca começou a existir depois da Guerra do Paraguai quando o "Voluntário da Pátria" Domingos Fernandes Pinto, tentou urbanizá-la, para isso dando começo à abertura de uma avenida costeira entre o Hospício (onde está hoje o prédio da Reitoria, na Av. Pasteur) e a Fortaleza de São João, mas o projeto não foi adiante. 

Perto dos anos 20 do século passado o Comendador Oscar Gama, apoiado pelo Prefeito Carlos Sampaio, fundou a Sociedade Anônima Empresa Urca e deu forma concreta ao que Domingos Pinto imaginara, com a construção da Avenida Portugal e a sua Igreja N.S. do Brasil, e as ruas próximas que lhe fazem companhia, e mais as muralhas ao longo de suas praias e as suas pontes, tudo isso que é a Urca moderna, e mais seu Hotel-Balneário, convertido em cassino famoso por Joaquim Rolla, depois sede da TV Tupi e, mais recentemente, o Istituto Europeo di Design do Rio de Janeiro. No momento não sei o que funciona lá.

O plano geral de arruamento e loteamento da Urca foi aprovado em 1922, mas somente em 1923 é que foram descritos e definitivamente aceitos os PA de ruas no bairro. O primeiro PA da Urca dá como limites a Av. Pasteur, Av. Portugal e a Rua Ramon Franco, denominando essa área de primeira seção. A segunda seção é o trapézio limitado, no mar, pela Av. João Luís Alves e, no morro, pela Av. São Sebastião.


 A data exata é incerta, mas ouvi dizer que a Associação dos Moradores da Urca está preparando a comemoração dos 100 anos do bairro para o próximo ano.


8 comentários:

  1. Na verdade Sociedade Anônima Empresa Urbanizadora Carioca. "Urca" é a abreviação do nome.

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  2. Olá, Dr. D'.

    A Urca foi por algum tempo sonho de consumo da minha irmã, principalmente na época em que ela ia no IME para o doutorado.

    Fui uma vez no IME, justamente na cerimônia de final do seu doutorado.

    Sempre lembro da série de fotos que postei sobre a infância de um menino, o Betinho, nas ruas do bairro, na década de 40.

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  3. Segundo tia Milu, embaixadora plenipotenciária do SDR na Urca, o prédio do cassino atualmente será a Escola Eleva. Está em obras de remodelação.

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  4. A Urca não possui uma infraestrutura desejável. Faltam Supermercados, comércio diversificado, e as instalações urbanas estão deixando a desejar. Na falta de concorrência os preços disparam. O único posto de gasolina na saída do bairro vende a gasolina por um preço absurdo, tal como ocorre com os postos em Copacabana. A maioria dos apartamentos não possui vaga de garagem, e o transporte público depois das 21 horas e quase inexistente.

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  5. Parece que não é encontrado nos alfarrábios a data da construção da Av. São Sebastião, que aparece nas fotos, serpenteando, encravada na pedra, tanto no rodapé do Morro da Urca (atual Mal. Cantuária), quanto no do Pão de Açucar.

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  6. Bom dia a todos. Até pouco tempo atrás era o bairro mais seguro para se morar no RJ, hoje também já sofre do mesmo mal que afeta ao resto da cidade, outro problema que o bairro vem enfrentando é que o proprietários de imóveis estão ficando velhos e com maiores dificuldades para fazer a manutenção das residências, nos dias de hoje já é comum ver imóveis do bairro sendo anunciados por meses para serem vendidos, coisa que era antigamente impossível de acontecer, era difícil aparecer imóveis para venda, havia inclusive corretoras que trabalhavam exclusivamente com a venda de imóveis no bairro. Já foi meu sonho de consumo morar lá, hoje já não é mais, outros fatores passaram a influir, que tornaram este desejo descartável. Hoje meu sonho de consumo é viver em Portugal, os mesmos fatores também impedem que este desejo venha a se realizar.

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    1. É o desejo de muita gente deixar o Brasil. Pessoas civilizadas e esclarecidas já perceberam que "a saída é o aeroporto". Em passado recente havia o slogan "Brasil, ame-o ou deixe-o"! Agora é diferente: "Brasil nunca mais, quero te ver pelas costas". Muitos nutrem esse sentimento. Recomendo o livro "Um policial no exílo", livro esse facilmente encontrado na internet. Trata-se de um policial civil, instrutor de tiro da CORE, nascido e criado no bairro da Freguesia em Jacarepaguá, condecorado, com uma folha de serviços impecável, e que foi obrigado a sair de onde morava, teve a sua casa invadida pelo tráfico da CDD e que as autoridades estuduais da época como Martha Rocha, Freixo, Beltrame, e muitos outros nada fizeram para impedir uma desgraça maior, muito provavelmente por "interesses espúrios" ou mesmo por estarem associados ao crime. Ele através da ONU obteve cidadania italiana para ele e a família, e atualmente é "cidadão italiano", vive na cidade de Novara, com toda a família, é instrutor de tiro da polícia italiana, e narra a vida em um país civilizado. Renegou a cidadania brasileira, e disse-me que nunca mais voltará ao Brasil. Apesar de ter avó e bisavô portugueses, tenho muitas coisas que me prendem aqui. Mas futuramente quem sabe?

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  7. Será que essa mensagem entra. O Correio aqui está meio arisco. Vamos ver. Surpreso com a oferta de imóveis na Urca.

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