Muitas fotografias dos anos 60, do acervo do Correio da Manhã, mostram ruas do subúrbio com automóveis antigos.
Pergunto aos especialistas, entre eles o mestre obiscoitomolhado, a razão de isto acontecer. Seria a desvalorização que atingiu esses modelos mais antigos diante da produção nacional?
E quais seriam os modelos que aparecem nas fotos?
Rua Fortaleza, na Penha.
Rua Ramiro Magalhães, no Engenho de Dentro.
Rua Conselheiro Paulino, em Ramos.
Rua Moreira, na Abolição.
Rua Guaporé, em Brás de Pina.
Bom dia Luiz, a razão é bem simples, basta substituir o termo automóvel antigo por carro velho e fica tudo bem claro.
ResponderExcluirBoa Tarde ! Senhor colaborador: Tenho um Passat ano 78. Não tem podre, não tem amassado , desamassado nem arranhão,está com pintura original, nunca levou polimento, nem precisa,funciona tudo. Estofamento original.Assoalho perfeito. Não boto ele na rua em dia chuvoso, nem paro em estacionamento de rua. Será que ele é velho ou antigo ?
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirLonge de ser especialista no assunto, acho que o baixo valor de revenda pode ser uma das razões. O irônico é que alguns modelos desses carros hoje valeriam bem para colecionadores. Muita coisa no fim foi parar nos desmanches. Hoje com o valor absurdo do combustível esses carros ficariam sempre na garagem.
Falando em desmanches e ferro-velho, o Rio mostra mais uma vez que não é para amadores... Do que chamar o episódio do perito da PCERJ que descobriu que os artefatos de metal furtados na região da Praça da Bandeira, como portões, estava em um ferro-velho irregular na Mangueira? Foi tentar reaver e foi morto baleado em briga com o dono e seu filho, oficial da MB, que estava acompanhado de mais três companheiros de farda. O corpo foi levado para o Arco Metropolitano e desovado no rio Guandu. Ainda não foi localizado, mas os assassinos estão presos.
Em tempo, o corpo acabou de ser localizado pelos bombeiros e os militares da MB são três. O sargento filho do dono do ferro-velho e seus colegas, um cabo e um terceiro-sargento.
ExcluirO pior é o desenrolar dessa estória. Vou fazer um exercício de futurologia baseado nas observações diuturnas. Algum juiz (ou juíza) vai mandar soltá-los porque faltou alguma filigrana no processo. Ou vai soltá-los, ordenando que não se encontrem nem utilizem celulares para se comunicarem (só juiz acredita que os réus cumprem essas determinações!) e que passem a usar a famigerada e ultrajada tornozeleira eletrônica. Depois de muitos anos e excessivos recursos poderão ser condenados, mas terão durante todo esse tempo recebido seus “suados” salários. O Brasil é um país de terceiro mundo com judiciário (e leis) se achando de primeiro mundo.
ExcluirSe forem condenados, e entrarem numa penitenciária não duram 1 mês vivos.
ExcluirSão pessoas de bem, com certeza. Afinal são militares uma casta superior. Talvez se forem expulsos virem politicos quem sabe....
ExcluirOs locais mostrados já eram precários na época, algumas delas regiões favelizadas. Como os carros já eram antigos no tempo das fotos, depreende-se que isso se devia ao fato de seus proprietários serem residentes nessas regiões. Essa realidade não mudou nesses 50 ou 60 anos, apenas novas regiões e "novos modelos de veículos" foram acrescentados à essa triste realidade. "Novos modelos de veículos" como Chevettes, Fuscas, Brasílias, e até Variantes, podem ser vistos em locais degradados pelo atraso como Madureira e Guadalupe, e em "novos locais" que eram inexistentes na época das fotos mas onde a degradação e o perigo se fazem presentes. Regiões como Jacarepaguá e seus "puxadinhos" como Curicica e as Vargens, fazem parte desse "rol" de locais onde é possível vislumbrar facilmente a circulação de um "Zé do Caixão" ou de um Dodge Polara.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Já não sei a marca da maioria dos carros novos que existem hoje no mercado, imagina esses carros antigos, mas isso é coisa para Obiscoitomolhado resolver essa charada. Eu por minha vez vou acompanhando ao longo do dia. Uma coisa eu tenho observado com a elevação do preço dos combustíveis, inclusive aqui na garagem do meu prédio, aquele pessoal que tem carro ostentação, está também abandonando eles na garagem.
ResponderExcluirOs comentários anteriores revelam, com bastante lógica e precisão, os motivos principais. A desvalorização do carro velho (era velho mesmo) foi galopante, especialmente entre os que consumiam mais, como uma Lincoln V-12, Jaguar (nossa, esse tinha dois carburadores !!). Além disso, a manutenção foi ficando mais cara em relação à do carro nacional, afastando o consumidor. Vamos aos carros:
ResponderExcluirNa foto 1, um Simca 8 ( o chamado tanajura, por motivos bem evidentes), um carro produzido na França sob licença Fiat. Era o mesmo que o Fiat 1100. Um Austin A-40 Dorset raríssimo porque só tinha duas portas, um Citroën 11 Légère e um Chevrolet camionete nacional Amazonas. O Fusca é um carro de outro mundo.
Nas fotos 2, 3 e 4, um típico sedã americano dos anos 30, completamente desprezado 30 anos depois. O destino certo é o ferro velho.
Na foto 5, outro Austin A-40, este o comum, de quatro portas (Devon) já canibalizado, aguardando remoção. Um Chevrolet ainda bem cuidado, com pneus banda branca é uma exceção. Os Chevrolet aguentaram bem as agruras brasileiras, como calor e buraqueira e ficaram vivos até os anos 70.
Chama a atenção o estado lastimável das ruas, o que demonstra que o Rio "saudoso, lindo e maravilhoso" das décadas de 50 e 60, era só para quem tinha o privilégio de morar na Zona Sul, ou no máximo na Tijuca.
ResponderExcluirA cidade sempre foi isso. Nunca existiu paraiso. Lógico que para a classe média da Zona.Sul era legal o resto....
ExcluirUm exemplo que ilustra a influência da manutenção no valor dos carros na época era a enorme diferença de preços dos carros com câmbio automático, que eram vendidos com preços bem abaixo daqueles com câmbio manual (diferente do que ocorre hoje). Só de ouvir falar em consertar o hidramatico já causava arrepios nos proprietários,
ResponderExcluirAs reportagens visavam mostrar a situação precária das ruas desses bairros e deu certo, pois não lembro de ruas da Z. Norte desse jeito na segunda metade da década de 60.
ResponderExcluirFoi o Lacerda que deu um jeito, de olho na eleição de 1965?
Paulo Roberto, muitas das ruas da zona norte, dos subúrbios, e da "zona rural" não tinham um calçamento e pavimentação de primeira linha (não existia a zona oeste). Muitas das ruas do subúrbio nem calçamento possuíam. Lacerda não era um "maquiador" e realizou muita coisa. Negrão de Lima concluiu a Radial Oeste, abriu as Avenidas Manoel de Abreu entre a Eurico Rabelo e a Pereira Nunes, concluiu a Avenida Maracanã, abriu um ligação entre a Moura Brito e a General Roca, construiu a ligação entre a Almirante Cochrane e a Pinto de Figueiredo, inaugurou a Auto-Estrada Lagoa Barra, inaugurou o Túnel Rebouças, erradicou as favelas da Lagoa permitindo que fosse possível circunda-la, promoveu o alargamento da Avenida Atlântica, e outras obras que não consigo lembrar. Provavelmente realizou tantas quantas obras como Lacerda. Além disso pavimentou um grande número de ruas.
ExcluirO comentário das 07:49 revela as razões pelas quais as cidades estão sendo literalmente desmontadas. Os ferros-velhos clandestinos são diretamente responsáveis por esse desmonte e a fiscalização não ocorre por "razõe$ óbvia$". À Guarda Municipal compete essa fiscalização, e a Polícia Militar não promove policiamento dinâmico nem tampouco aborda indivíduos suspeitos que estejam transportando materiais furtados. O Policial Civil foi responsável dez Registros de Ocorrência na 18 Delegacia Policial (conforme relatório oficial ao qual tive acesso) e tais registros não foram devidamente investigados ou foram arquivados. Esse tipo de conduta por parte de funcionário público é previsto no Artigo 319 do Código Penal como crime de prevaricação. Enquanto uns não fiscalizam outros não investigam. O resultado não poderia ser outro. Nos anos 80 eu trabalhei na 18 D.P, mas "os tempos eram outros".
ResponderExcluirNinguém filmava né....
ExcluirEu considero o trecho mostrado da Rua Conselheiro Paulino como sendo de Olaria e a perpendicular ao fundo, a Rua Diomedes Trota, o limite com Ramos. Mas não sei o que é oficial.
ResponderExcluirE ainda um furgão Ford 38 ou 39 na esquerda da foto 5.
ResponderExcluirNo filme "O ibrahim do Suburbio" de 1976,a cena inicial que é em frente a estação de Quintino,vemos em pleno uso um Mopar de fim dos 40' e um Citroen Legere,provando que o uso dos importados,nos subúrbios,adentrou e muito aos anos 70....
ResponderExcluirAo Anônimo, 11:10h: o Rio era lindo e maravilhoso apenas no Centro e Zona Sul, mas mesmo lá deixou de sê-lo da década de 1980 em diante. No resto da cidade, NUNCA foi lindo e maravilhoso. Hoje, a cidade TODA é um lixo e dominada pelo crime.
ResponderExcluirQuanto a saudoso, era sim, antigamente, quando a violência, a poluição e o crime não tinham tomado a cidade. Podia-se andar pelas ruas e no transporte público com segurança.
Resumindo: hoje o Rio não é saudoso, nem lindo nem maravilhoso. É uma boa merda, elogiado apenas por quem vive no mundo da Lua, fora da realidade e sem senso crítico. Ou por quem vive em condomínios de luxo fechados, anda em carro blindado com guarda-costas e participa dos inúmeros esquemas de corrupção que garantem seu estilo nabavesco de vida. Mas para essa corja qualquer cidade do mundo é maravilhisa, seja no Vietnam, na Índia, em Burkina Faso ou na pqp.
Verdade, e o que falo a violência é nosso equilíbrio social, mesmo o ricaço sofre com ele.
ExcluirAnônimo, 11:05h: a razão dessa criminalidade absurda e impune é o fato de as leis serem feitas por bandidos do Legislativo, que naturalmente não têm a menor intenção de criar oroblemas para seus companheiros de profissão. Junte-se a isso magistrados lenientes e corruptos, acresça-se a famigerada audiência de custódia, cuja finalidade na prática é incrementar os crimes não-violentos, coloque-se uma pitada de corrupção policial, bata-se no liquidificador e sirva o veneno resultante à população. Muita gente vai morrer, mas como um imbecil já disse que "todo o mundo vai morrer um dia", então aproveite e goze. Na próxima encarnação, tirça para nascer num país, e não numa lata de lixo de tamanho continental.
ResponderExcluirQuem quiser conhecer o verdadeiro Rio, e não o das fábulas da Riotur, deve assistir diariamente ao programa Balanço Geral, na TV Record, de meio-dia às 15 horas. Não, não é um programa policialesco, tipo Datena ou a besta do Sikêra Junior. Veja durante uma semana e depois me dê sua opinião sobre a cidade.
ResponderExcluirOs três últimos comentários do Hélio Ribeiro repetem quase tudo o eu penso sobre o Rio de Janeiro, sobre política, sobre o Brasil, e muito mais. Sobre o "Balanço Geral" também endosso, pois trata-se um programa sério cuja orientação do editor chefe é frontalmente oposta a bandidos, políticos, e "assemelhados".
ResponderExcluirJá a tempos que quando o pessoal reclama que eu digo que só vai ficar pior. Ficar reclamando não adianta nada!
ResponderExcluirPrezado Anônimo, as coisas nunca estão ruins para todos, senão já se teria dado um jeito. As coisas sempre estão ótimas para quem detém o poder econômico e/ou político. Isso significa que essa corja JAMAIS permitirá mudanças no status quo, por bem. Eleições são um "me engana que eu gosto", e vemos isso pleito após pleito. Políticos legislam sempre a seu favor e para os que os financiam. Resumo da ópera? Só uma revolução ou uma ditadura são capazes de dar uma guinada na situação. O grande problema é achar um cara íntegro para fazer isso.
ExcluirNão nos iludamos: o próximo presidente será o Lula ou o Bozo. Alguém acha que o pais melhorará? Com o Congresso que será eleito/reeleito? Com as altas cortes preenchidas por critérios políticos? Vejam Kassio Nunes e André Mendonça, que votam sempre a favor de quem os escolheu.
Favor se apresentar aqui quem tem hoje um padrão de vida hoje melhor do que a 30 anos; que proporciona hoje a sua família o que proporcionava naquela época; que se diverte hoje com a tranquilidade com que o fazia. Fico no aguardo.
ExcluirApós um tour virtual pelas ruas mostradas, podemos considerar que mudou muita coisa, claro.
ResponderExcluirNa Rua Fortaleza, o prédio em construção fica na esquina com Av. Brás de Pina, onde o bairro é conhecido mais como Penha Circular.
Esse trecho final da Rua Ramiro Magalhães foi quase todo "atropelado" pela Linha Amarela.
Da Conselheiro Paulino já falei em comentário acima.
A Rua Moreira está quase irreconhecível, exceto pela referência proporcionada pelo prédio lá no fundo, já na Av. Suburbana (atual Dom Hélder Câmara).
Quanto à Guaporé, nada indica atualmente que se trata dessa rua. Ou o estagiário do Correio da Manhã errou a indicação do logradouro ou esse prédio de 3 ou mais andares foi demolido, coisa rara na região, em se tratando de edificação desse porte.
Engraçado recomendarem um programa que gastou parte de seu tempo hoje tecendo loas ao sobrinho do dono da emissora, por conseguir também a sua inocência em processo na justiça...
ResponderExcluirA maioria da foto são carros Europeus pos-guerra, motores ente 900 e 1100 cilindradas, seriam economicos até os dias de hoje.
ResponderExcluirLembrando tb que nos anos 60 gasolina era barata.
Eram carros velhos desvalorizados, ou alguém aqui valoriza um carros dos anos 80 e 90 surrado.
Sobre a cidade, já era largada naquela época mesmo sendo capital (1960). Porém acredito que ainda tinha salvação , agora....