quarta-feira, 4 de maio de 2022

CONJUNTOS BRASILEIROS

 

CONJUNTOS BRASILEIROS ANTIGOS, por Helio Ribeiro

Conjuntos musicais sempre abundaram no mundo todo: duplas, trios, quartetos, etc. A seguir temos uma lista de alguns de conjuntos brasileiros antigos. Obviamente é uma pequena amostra do que existiu no cenário musical nacional. Procurei listar conjuntos nem muito antigos (por causa da idade média dos visitantes) nem muito novos (para me manter dentro do limite de tempo do SDR).

Para evitar longo texto, não citei a história completa dos conjuntos nem suas músicas mais conhecidas.

1) TRIO IRAKITAN

O Trio Irakitan é um conjunto vocal e instrumental criado em  1950 por Valdomiro Sobrinho, o "Valdó", Paulo Gilvan Duarte Bezerril (conhecido no meio artístico como Paulo Gilvan) e por João Manoel de Araújo Costa Netto, o Joãozinho. O primeiro nome dado ao trio foi Trio Muirakitan, escolhido por Luís da Câmara Cascudo, que significa pedra verde em tupi-guarani. Como na época já havia um trio com o mesmo nome no Amazonas, Câmara Cascudo rebatizou o grupo como Trio Irakitan, que, segundo Paulo Gilvan, significa mel verde, ou, numa linguagem poética, doce esperança.


2) TRIO NAGÔ

O Trio Nagô foi formado em 1950 por Evaldo Gouveia, com Mário Alves (seu alfaiate) e Epaminondas de Souza (colega de boemia). Após representar o estado do Ceará no programa Cesar de Alencar, na Rádio Nacional, o grupo foi contratado pela Rádio Jornal do Brasil e posteriormente pelas boates Vogue (RJ) e Oásis (SP). Dois anos depois, iniciaram um programa semanal na Rádio Record (SP) que duraria pelos cinco anos seguintes.


3) OS CARIOCAS

Os Cariocas é um conjunto vocal, criado por Ismael Neto em 1942, cujo repertório é a música popular brasileira (MPB), figurando entre os mais antigos do Brasil. Os componentes do conjunto eram Ismael Neto, Severino Filho, Emanuel Furtado, o Badeco, Waldir Viviani e Jorge Quartarone, o Quartera. No período inicial, o grupo apresentava influências do jazz, sobretudo do swing.

Originalmente cantavam em festinhas da vizinhança no bairro da Tijuca, quando participaram do programa de calouros Papel Carbono, de Renato Murce, pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, vindo a obter o segundo lugar. Em novas tentativas no programa, obtiveram a primeira colocação por duas vezes seguidas.


4) MPB-4

MPB4 é um grupo vocal e instrumental criado em Niterói em 1965. A primeira formação contou com Miltinho (Milton Lima dos Santos Filho), Magro (Antônio José Waghabi Filho), Aquiles (Aquiles Rique Reis) e Ruy Faria (Ruy Alexandre Faria). Em 2004, Ruy Faria saiu do quarteto, por divergências comerciais com Miltinho, sendo substituído por Dalmo Medeiros, ex-integrante do grupo Céu da Boca. Em 2012 Magro morreu, sendo substituído por Paulo Malaguti, ex-integrante também do Céu da Boca e na época fazendo parte do grupo Arranco de Varsóvia.


5) QUARTETO EM CY

Quarteto em Cy é um grupo vocal formado em 1964 pelas irmãs Cybele, Cylene, Cynara e Cyva Ribeiro de Sá Leite. É considerado o maior quarteto vocal feminino do Brasil, além de ser o mais antigo. Nascidas em Ibirataia, Bahia, elas se mudaram para a capital carioca para trabalhar com música, contando com o apoio de Vinicius de Moraes (que as chamava carinhosamente de "baianinhas"). A estreia oficial do Quarteto aconteceu no dia 30 de junho de 1964, no Bottles Bar — Beco das Garrafas. No violão estava Rosinha de Valença, na guitarra Carlos Castilho, e o Copa Trio, com Dom Um Romão na bateria, Dom Salvador no piano e Manuel Gusmão no contrabaixo.

No final da década de 1960 o grupo alcançou êxito internacional sob o título The Girls From Bahia, tendo passado por mudanças em sua composição original. Neste período atuaram no quarteto as cantoras Semíramis, Regina e Sonya. Após um breve hiato o grupo voltou às atividades em 1972 com as cantoras: Cyva, Cynara, Dorinha e Sonya. 


6) DEMÔNIOS DA GAROA

Um dos principais pilares do samba paulistano, o Demônios da Garoa foi fundado no bairro da Mooca, em 1943, por Toninho, Arnaldo Rosa, Francisco Paulo Galo, Cláudio Rosa e Arthur Bernardo, com o nome Grupo do Luar. No começo da carreira, os cinco ficaram conhecidos na região por cantar serenatas para moças do bairro. 

No mesmo ano de 1943, cantando pela primeira vez no rádio, venceu um concurso de calouros, chamado A Hora da Bomba, da Rádio Bandeirantes. O prêmio principal era um contrato para duas apresentações semanais na rádio.

O grupo mudou de nome por iniciativa do locutor Vicente Leporace, entusiasta do grupo. Este promoveu um concurso entre os ouvintes para que fosse escolhido o nome do grupo. Dentre as sugestões, foi escolhido o nome "Demônios da Garoa" por um ouvinte da radio não identificado até hoje.

Em 1949 conheceram o compositor Adoniran Barbosa. Nasceu a parceria que rendeu os principais sucessos do grupo e seu reconhecimento nacional. O bom humor tornou-se a marca registrada do grupo. Em 1965, com mudanças na formação original, gravou "Trem das Onze", canção emblemática, juntamente com "Iracema", "Saudosa Maloca", "O Samba do Arnesto", "As Mariposas", "Tiro ao Álvaro", "Ói Nóis Aqui Trá Veiz", "Vila Esperança" e "Vai no Bexiga pra Ver".

O grupo vendeu mais de dez milhões de cópias distribuídos em 69 compactos simples, 6 compactos duplos, 34 LPs e 13 CDs ao longo de sua carreira.

Em 1994, os Demônios da Garoa entraram para o Guiness Book - Livro dos Recordes Brasileiro, como o "Conjunto Vocal Mais Antigo do Brasil em Atividade", além de receberem o disco de ouro pelo álbum 50 anos.


7) QUINTETO VIOLADO

Quinteto Violado é um conjunto instrumental-vocal brasileiro formado em 1970, na cidade de Recife, que se caracteriza pela interpretação de músicas nordestinas e a realização de pesquisas sobre o folclore brasileiro.

Foi inicialmente formado por Toinho (Antônio Alves), canto e baixo acústico; Marcelo (Marcelo de Vasconcelos Cavalcante Melo), canto, viola e violão; Fernando Filizola; Luciano (Luciano Lira Pimentel), percussão, e Sando (Alexandre Johnson dos Anjos), flautista.

Apresentou-se pela primeira vez, ainda sem a denominação que o tornou famoso, em janeiro de 1970, na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco. Em outubro de 1971, quando se apresentou no Teatro da Nova Jerusalém (Fazenda Nova PE), seus integrantes foram chamados de "os violados", nascendo dai o Quinteto Violado. 

 A estreia internacional do grupo aconteceu um ano depois, no Mercado Internacional de Disco e Edição Musical - Midem, realizado na cidade de Cannes, França. A participação neste evento resultou no lançamento do primeiro disco do grupo e do LP "A Feira no Japão". Nesta mesma viagem o Quinteto foi até Paris, onde se apresentou no Olympia, ao lado de Jorge Benjor, Toquinho e Vinicius de Moraes.

Em 1974, receberam o Troféu Noel Rosa, como Melhor Conjunto Instrumental do Brasil, pela Associação de Críticos de Arte de São Paulo.



37 comentários:

  1. Tomei conhecimento do Quinteto Violado em fins da década de 1970, quando eles fizeram a apresentação num teatro aqui no Rio da "Missa do Vaqueiro". Essa missa passou a ser realizada na cidade de Serrita (PE) em 1970, como homenagem a Raimundo Jacó, um vaqueiro primo de Luiz Gonzaga assassinado no local em 1954. A ela comparecem os vaqueiros da região, montados em seus cavalos.

    Na apresentação do Quinteto Violado, a hóstia era substituída por um pedaço de rapadura, distribuído à plateia. Foi gravado um LP com esse título.

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  2. Para quem aprecia boa música é "um prato". O "forte" do Trio Irakitam são os Boleros, um ritmo bastante conhecido pelos praticantes de dança de salão. O repertório do MPB 4 tem o seu forte na obra de Chico Buarque de Holanda, como sambas como "Partido alto" e "Vai trabalhar vagabundo". Entretanto há trabalhos bem interessantes como "MPB 4 canta Noel", onde sambas "Pela última vez", Três apitos", e "Quem ri melhor" se destacam. O Quarteto em Cy se destacou por seu reportório baseado em Bossa nova, mas a gravação do "Samba do Crioulo doido" do genial Sérgio Porto é imperdível. Os Demônios da Garoa apesar de ser um bom grupo musical tem sua imagem ligada a Adoniran Barbosa, um ícone da sub-cultura paulistana cujas composições primam pela total ausência de qualquer preocupação com a norma culta da língua portuguesa. O trabalho de Adoniran é o retrato do "povão paulistano" de meados do Século XX. Atualmente esse "povão" retrata funkeiros, pagodeiro, MCs (voadores ou não), e crackudos.

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    1. O comentário das 07:39 é meu, Joel Almeida

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    2. Este Anônimo não está difícil de identificar.

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    3. Sou eu mesmo, mas inicialmente o nome não aparece. Ontem aconteceu a mesma coisa.

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    4. Nem precisava se identificar, pois o conteúdo preconceituoso já identifica o autor.

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    5. Reginaldo Martins, preconceituosas são pessoas como você que não respeitam opiniões e conceitos alheios. Além de tudo lhe falta educação bom senso
      Se não gostou guarde para si. Fui claro "ou quer que desenhe"?

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    6. Não precisa "desenhar" pois sei bem o uso da boa educação, pois comparar Adoniram com porcarias como funkeiros, MCs, etc é desdenhar da nossa arte. Não prolongarei o discurso, pois não vou dar corda desnecessária.

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    7. Senão você pode acabar se enforcando. Não estou comparando Adoniran JoJo Todynho, Pablo Bittar, Anitta, Ludmilla, Louro do Borel, e outros, pois todos merecem estar no mesmo lugar: a lata de lixo!

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  3. O fato de ter escrito esta postagem não significa que eu seja fã desses conjuntos. Conheço algumas de suas músicas, obviamente. Entre as quais destaco "O Apreço Não Tem Preço", do MPB-4, uma das letras mais bonitas que conheço.

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  4. Olá, Dr. D'.

    Dos sete conjuntos só não tinha conhecimento do segundo.

    Alguns dos demais eram presença constante em programas de TV. Provavelmente alguns discos desses grupos estão na coleção que era do meu pai...

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  5. Bom Dia! Minha atual esposa por alguns anos fez parte do coral que acompanhava os Cariocas nos bailes dos clubes pelos subúrbios.

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  6. Os trios Irakitan e Nagô eram conjuntos que via com frequência na TV, mas não eram meus favoritos, embora seja um apreciador do gênero de boleros.
    De Os Cariocas sou fã. Vi vários shows deles, inclusive um no Clube Piraquê, numa noite agradabilíssima. Tiveram várias formações.
    O MPB4 assisti no Canecão, em ótimo show com Chico Buarque. Concordo com o Helio sobre a letra e a interpretação de “O apreço não tem preço”. Um deles se casou com uma das irmãs Cy. Há até um disco que une o MPB4 e o Quarteto em Cy.
    Do Quarteto em Cy sou grande fã desde o LP “Vinicius e Caymmi no Zum-Zum, com o Quarteto em Cy e Oscar Castro Neves”. Sempre achei um dos melhores discos da década de 60.
    Os Demônios da Garoa marcaram época quando da música “Trem das Onze”. Tocava no rádio muitas vezes.
    Tive um LP do Quinteto Violado.

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  7. No CD "Amores e Boleros" de Tânia Alves algumas músicas são em "dueto" com o Trio Irakitan. Destaque para "Alguém me disse", "Quem eu quero não me quer", e "Sonhar contigo".

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  8. Minha faixa etária coloca meu gosto musical mais para a partir dos anos 70 e 80. Mas nada impede de curtir algo mais antigo.

    FF: hoje, para os "nerds", é uma data especial, o Dia de Star Wars (May, the Fourth). O filme original completa em 2022, 45 anos.

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  9. Embora eu não seja fã da música brasileira, isso não me impede de reconhecer a beleza de várias delas, pela letra e/ou melodia e/ou contexto a que se refere. Cito algumas com seus intérpretes , eventualmente seus próprios compositores:
    1) "Pequeno Mapa do Tempo" e "Paralelas", do Belchior.
    2) "Planeta Água", do Guilherme Arantes.
    3) "London, London", do Caetano Veloso.
    4) "Domingo no Parque", do Gilberto Gil.
    5) a obra-prima "Construção", do Chico Buarque.

    E, para ser vaiado por todos vocês, "Do Fundo do Meu Coração", do Roberto Carlos.

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    1. Por mim, não, Helio. Ele tem coisas boas, seja cantando ou em parceria. "Seu corpo" é uma delas. Uma que ele canta, mas a Simone canta melhor, é "Outra vez", de Isolda.

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    2. Apesar de muitos o "execrarem" Roberto Carlos possui sucessos incontáveis como "As curvas da estrada de Santos, Eu te amo, Sua estupidez, Quando você se separou de mim, e muito mais.

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    3. Mestre Hélio sigo também a mesma linha musical. Algumas músicas que me lembrei agora, cujas as letras acho fantásticas:
      - Águas de Março - Tom Jobim
      - As Rosas não Falam / O Mundo é um Minho - Cartola
      - Asa Branca - Luiz Gonzaga
      - Drão - Gilberto Gil
      - Travessia - Nas Asas da Panair - Milton Nascimento
      - Panis Et Circenses - Mutantes
      - Adormeceu - o Terço

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  10. A letra mais triste que conheço, dentre as brasileiras, é "Helena, Helena", vencedora do I Festival Universitário da Canção Popular, em 1968, cantada por Taiguara. Seu compositor, Alberto Land, seria assassinado na esquina das ruas Raul Pompeia e Souza Lima, em 2002, num provável crime passional. Provavelmente a música foi inspirada em algum amor antigo do compositor.

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  11. Bom dia Saudosistas. Bom tema elaborado pelo mestre Hélio, conheço a todos, porém curto só o MPB4, Quarteto em Cy e o Quinteto Violado, os demais gosto mas não curto muito.

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  12. Capas de LP medonhas.

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  13. Do meu tempo são O Quarteto em Cy, MPB-4 e Quinteto Violado, que conheço mais de nome do que de ouvir as músicas. Para compensar esse pecado já estou ouvindo agora as gravações encontradas na internet.
    Os demais são mais do tempo do Tio Menezes e só conheço uma ou outra música de cada conjunto. Um pouco mais as cantadas pelos Demônios da Garoa.

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  14. Infelizmente comentários como o das 10:27 mostram desconhecimento, ou afasia, intenção de ofender, ou "motivos aparentemente ocultos". Adoniran Barbosa é para muitos um "ícone da MPB" admirado por muitos que inclusive praticam o seu linguajar tosco, e isso é fato. Muitos como eu não apreciam esse tipo de "linguajar tosco", e além de considerar esse tipo de letra um "atentado" à norma culta da língua portuguesa. Mas para quem gosta, bom proveito.

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  15. Os Cariocas são, na minha opinião, o maior conjunto vocal brasileiro de todos os tempos. Desde a beleza e modernidade dos arranjos vocais e dos falsetes do maestro Severino Filho, à escolha do repertório, sempre de muito bom gosto, Sem nunca fazer concessões a modismos, o compromisso do quarteto era com a qualidade.
    Como não lembrar de sua participação no show "Um encontro no Au Bon Gourmet", juntamente com Tom Jobim, João Gilberto e Vinicius de Moraes.
    Outro fato que o torna incomparável foi a sua duração de mais de 70 anos.
    Após o falecimento de seu último integrante da formação original, Severino Filho, o conjunto acabou. Contudo, deixou um filho, o conjunto Quarteto do Rio, com os remanescentes de sua última formação.

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    1. Parece que tentaram continuar com o nome original, mas não conseguiram. O Severino Filho é pai da Lucia Verissimo.

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  16. Certas músicas nos marcam indelevelmente. No meu caso, "À Distância", do Roberto Carlos, fez esse papel. A letra não tem nada de especial, porém o conjunto letra + melodia me soa muito bonito. E eu me lembro da primeira vez que a escutei, e passo a narrar isso, para quem tiver paciência e curiosidade de ler.

    Corria o dia 02/03/1973, uma sexta-feira de Carnaval. Eu estava indo para Campo Grande, no Mato Grosso (na época ainda não havia Mato Grosso do Sul), num ônibus Mercedes-Benz monobloco da extinta Viação Mato Grosso, de cores branco e vermelho. A partida do Rio ocorreu às 10 horas da manhã. Por volta das 16 horas chegamos a São Paulo e dali partimos para Campo Grande. Por volta das 21 horas o ônibus parou numa churrascaria de beira de estrada, na cidade de Ourinhos (SP). Eu entrei para fazer um lanche, já que em viagem de ônibus não como refeição. No sistema de som da churrascaria estava tocando justamente a música que depois vim a saber chamar-se "À Distância", lançada no LP de fim do ano de 1972 pelo Roberto Carlos. Apaixonei-me instantaneamente pela música, e a admiro até hoje, passados quase 50 anos.

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  17. Falando em preconceito mas sem entrar em polêmica, os franceses são conhecidos pela sua xenofobia. E a letra da música "C'est en septembre", cantada pelo Gilbert Bécaud atesta isso num de seus trechos. Essa música é a versão francesa de "September Morn", de Neil Diamond, cuja letra é puramente romântica, ao contrário da letra em francês.

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  18. Batendo na tecla das letras fortemente tristes e/ou saudosistas, creio que as músicas francesas são imbatíveis nesse aspecto. Algumas delas são de fazer chorar o cara mais otimista e alegre do mundo. Destaco: "Ne me quitte pas", "Que c'est triste Venise", "La Bohème" e "Comme d'habitude". Esta última, ouvida no original pelo Paul Anka, teve a letra modificada e deu origem à mundialmente famosa "My way", eternizada pelo Frank Sinatra, cuja letra não tem nenhuma semelhança com a francesa.

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    1. Ne me quite pas com Brel é demais. E "Hier encore", com Aznavour não fica atrás.

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    2. Há interpretações ótimas de "Ne me quitte pas", entre as quais as do Jacques Brel, Nana Mouskouri e Mireille Mathieu. Até a Maysa cantou essa música. Aliás, Brel é o autor dela.

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    3. "Ne me quitte pas" na voz de Maria Gadu é dançante e imperdível. Um compasso de Bolero e um arranjo onde sobressai um "bandoneon" fazem a diferença.

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  19. Por outro lado, temos a letra da canção italiana "Vivere", de 1938, cantada pelo Tito Schipa e de autoria do famoso compositor Cesare Andrea Bixio. A letra demonstra a mais completa felicidade porque a mulher do cara foi-se embora: "Oggi che magnifica giornata / che giornata di felicità / la mia bella donna se n'è andata / m'ha lasciato al fine in libertà". E logo a seguir: "ella m'ha giurato nel partir / che non sarebbe ritornata mai più". Tradução: "Hoje, que magnífico dia / que dia feliz / a minha bela mulher foi-se embora / me deixou enfim em liberdade". E depois: "ela jurou ao partir / que não voltaria nunca mais".

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  20. Muitas, muitas músicas boas. Escrevi artigo sobre "O Dono da Voz" do Chico, que vai sair num livro do José Roberto Castro Neves. Tábua de tiro ao Álvaro ótima, Adoniram. "Flora" e "superhomem" do acadêmico Gil gloriosas. As gravadoras trabalham com catálogo, pois as músicas novas meio caídas. Rosa de Hiroxima ótima, de Vinicius, musicada pelos Secos e Molhados. Esses tTrios e quartetos lembram Aerton Perlingeiro (pai do peruca, só se for agora!) , Hebe e Flavio Cavalcanti. Meu amigo Candido José Mendes ganhou espaço na TV de NY exibindo clipes de MPB que ficavam nas prateleiras empoeiradas da TV Educativa. Por último, Taiguara, Universo no Teu Corpo uma beleza! Parabéns pela pesquisa e pela publicação. Não sabia que Onassis tinha sido diplomata!

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  21. GMA = gmmaa. Esse negócio de nome que as vezes aparece certo outras não é chato. O comentário sobre o Onassis deriva de post do arquivo nacional sobre a passagem de Onassis no Brasil, em 1933, vindo de Zepellin, e 1936 como diplomata grego. Nunca tinha visto essa informação.

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  22. Uma música sensacional cantada pelo Quarteto em Cy é "Querelas do Brasil", uma letra irônica do Aldir Blanc, que brinca com a palavra brasil com "s" e com "z", conforme o contexto.
    Meu "top 10" da MPB, sem ordem definida, é:
    - Águas de Março (Tom)
    - Caçador de Mim (Milton)
    - No Novo Tempo (Ivan Lins)
    - Se eu quiser falar com Deus (Gil)
    - Ideologia (Cazuza)
    - A Seta e o Alvo (Moska)
    - Beatriz (Chico)
    - Tatuagem (Chico)
    - Quereres (Caetano)
    - Canto das Três Raças (Clara)

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