Em 1926 foi criada a
Assistência Hospitalar para a gestão dos hospitais São Francisco de Assis e
Pedro II, bem como a fiscalização dos demais estabelecimentos hospitalares da
capital.
A década também foi
marcada pelo surgimento de diversos hospitais vinculados às sociedades
beneficentes como o Hospital Evangélico, Beneficência Espanhola, Hospital
Albert Sabin e Amparo Feminino.
Sanatório São Geraldo, localizado na Rua Marquês de Abrantes nº 192, onde hoje estão os edifícios Fizzi e Contini.
Neste prédio da foto já estiveram o Solar do Barão de Cotegipe, a Casa de Saúde Dr. Jayme Poggi e o Sanatório São Geraldo.
Neste último, começou o Serviço de Ortopedia do IAPC (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários), com apenas 2 leitos, sob os cuidados do Dr. Arcelino Bittar. O IAPC, havia sido criado em 1934, destinado a assistir os empregados no comércio e atividades afins (o IAPC desapareceu em 1966, quando a Lei 3807 reuniu os seis institutos de Aposentadorias e Pensões no Instituto Nacional da Previdência Social - INPS).
O primeiro hospital do IAPC foi o Hospital N.S. das
Vitórias, na Rua Voluntários da Pátria.
As especialidades cirúrgicas, com exceção da Ortopedia, foram
transferidas para o Hospital dos Acidentados (atual Hospital da Lagoa), onde
foram contratados 100 leitos. Mais tarde, com a inauguração do Hospital de Ipanema
no final da década de 1950, o IAPC transferiu as suas clínicas cirúrgicas para
o Hospital de Ipanema, quando o Serviço de Ortopedia tinha, então, 95 leitos.
Casa de Saúde Francisco
Guimarães, que ficava na Rua Aristides Lobo nº 115, no Rio Comprido. Anteriormente funcionava no
local a Casa de Saúde São Raphael.
O Dr. Francisco Guimarães oferecia à ABI - Associação Brasileira de Imprensa, um leito grátis, inclusive os gastos de tratamento, aos jornalistas sócios da ABI.
Casa de Saúde Oliveira
Motta em 1927. Ficava na Rua do Riachuelo nº 161 e foi inaugurada em 1924. Atendia
pacientes de Cirurgia Geral e Obstetrícia. Tinha como diretores os médicos
Oliveira Motta e Leonidio Ribeiro Filho. A parte de cirurgia era de
responsabilidade dos doutores Ernani Alves, João Tolomei e Mario Kroeff, e o Dr.
Duque Estrada dirigia o setor de Raios X. A diretora era a Sra. Ester Azevedo.
Vemos o aspecto de um dos
quartos da Casa de Saúde Oliveira Motta.
As instalações cirúrgicas
e os aparelhos técnicos foram encomendados da Alemanha, sendo que a iluminação
da sala de operações era feita pelo novo sistema de “lâmpadas scyaliticas”, que
é pela primeira vez instalado no Rio de Janeiro.
A característica
fundamental dessas lâmpadas cirúrgicas é não gerar sombra, neutralizando a
sombra do obstáculo interposto entre a fonte luminosa e o campo cirúrgico. Têm
a capacidade de gerar uma iluminação de profundidade e são projetadas para
prevenir o aumento da temperatura na área cirúrgica.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirVou ficar acompanhando os comentários. Houve uma época em que se instalavam casas de saúde "o mais longe possível" sob as mais diversas alegações.
Até o início do século XXI ainda existiam muitas casas de saúde pelos bairros mas a especulação imobiliária acabou com elas erguendo prédios enormes. Depois grandes grupos hospitalares começaram a comprar todas elas, como a rede D’Or. Com os pequenos laboratórios de análises clínicas aconteceu o mesmo. Acho que esta concentração tem vantagens e desvantagens mas acho que o consumidor sai perdendo.
ResponderExcluirAs Casas de Saúde mencionadas e outras não mencionadas pertenciam a uma realidade diversa da atual. O atendimento prestado pelo Estado no passado possuía suas carências mas funcionava razoavelmente. Os hospitais públicos tinham recursos e profissionais suficientes para garantir atendimento no mínimo razoável. Os Hospitais Particulares eram uma alternativa para quem possuía condições financeiras para custear o próprio tratamento e que isso "não era um bicho de sete cabeças". Era comum pessoas de "posses medianas" se internarem e serem submetidas à intervenções cirúrgicas, parir, ou outro tipo de tratamento e pagar por isso sem qualquer problema. Mas quem precisasse de um hospital público seria atendido e o atendimento seria de qualidade. Mas atualmente a realidade é bem outra e as razões são bem conhecidos. Quem precisa de um atendimento em hospital público ou não o terá por falta de recursos, falta de médicos, ou terá o atendimento agendado para meses ou até anos depois. Isso acontece em razão dos "entes federativos" responsáveis pelo gerenciamento -hospitalar firmaram "parcerias" com entidades privadas (leia-se O.S) em que tais endidades se incumbem do gerenciamento". Isso "na prática " significa que os recursos não são empregados na sua finalidade e são repartidos entre os responsáveis pela OS e políticos, e "o que sobra" é destinado ao atendimento à população. Nos anos 80 com o advento da Nova República, os chamados "Planos de saúde" (quase sempre associados a políticos) passaram a ser a alternativa de quem podia pagar pelo atendimento. Como os recursos destinados pelo "Ente federativo" passaram a ser cada vez menores os planos de saúde "ganharam corpo" numa demonstração de que seus tentáculos estavam cada vez mais firmes.
ResponderExcluirPara culminar o "achaque coletivo" foram criadas as "Agências Reguladoras" que em tese deveriam fiscalizar os serviços públicos. Nesse caso a "Agência Nacional de Saúde" deveria "regular os serviços de saúde, mas isso não acontece, pois tais "Agências" nada mais são do que "cabides de emprego" ocupados por "apadrinhados políticos", ou seja", "a raposa tomando conta do galinheiro". São esses apadrinhados que "em tese" deveriam cuidar para manter a excelência do serviço e definir índices de reajuste, mas isso não acontece. Foi criado um neologismo conhecido como "inflação médica", que é medido pela tal agência. Além disso os planos de saúde possuem duas categorias principais": os Individuais e os "Coletivos por adesão". Os primeiros acompanham o índice oficial de inflação "mais alguma gordura", ficando um pouco acima da inflação, mas para os "Coletivos por adesão" o Céu é o limite ", mas esse limite é medido pela "inflação médica " cujos índices não são menores do que 40% a.a. Quem não ficar satisfeito e recorrer à justiça deve saber que as devido as decisões monocráticas ou "de colegiado" quase sempre são desforáveis ao autor da ação "por razões desconhecidas". Mas certamente o financiamento das férias, congressos, viagens, e o "otras cositas mas", de muitos juízes e ministros das cortes superiores nunca ficam "em aberto"...
ExcluirNo Canadá não existe saúde particular tudo faz parte do sistema público. Algo até difícil de entender para um brasileiro, apenas exames de vista (feito por um técnico), dentista, etc, são particulares.
ResponderExcluirO filme "Invasões Bárbaras", excelente, aborda como tema secundário o sistema de saúde do Canadá.
ExcluirAs reclamações no Canadá em geral e sobre demora de exames, mas como não existe particular geral vai pra mesma fila.
ExcluirSobre nosso amigo que glorifica o passado so tenho a dizer ,veja os dados do IBGE. Apesar das suas mil carências o SUS é universal e funciona. Depende muito da cidade e tal. Com certeza tem muita roubadeira mas o que não tem corrupção no Brasil.
Melhor perguntar, quem não e corrupto no BR, fazemos todo Dia pequenos delitos e queremos que em Brasilia seja diferente!!!!
Bom dia Saudosistas. As maiores verbas do Orçamento da União estão concentradas nos Ministérios da Saúde e Educação. A criação do SUS que poderia ser uma solução para a saúde pública, bem como uma redução de gastos, se tornou a galinha dos ovos de ouro para a corrupção e desvios de verbas. O Rio poderia ter o melhor sistema de saúde do mundo com a criação do SUS e a um custo extremamente baixo, devido já ter disponível as unidades médicas já instaladas e na época todas muito bem aparelhadas, mas infelizmente o Brasil está infestado de políticos corruptos e ladrões, sem contar a própria incompetência destes elementos na administração.
ResponderExcluirFF. O "debate" de ontem infelizmente mostrou de forma clara e límpida como os dois principais candidatos das pesquisas, são totalmente desclassificados para ocuparem ao cargo que pleiteiam.
Qualquer um dos dois que vençam as próximas eleições, arrastarão o País por mais 4 anos de estagnação.
Dentre as casas de saúde antigas vinculadas a entidades filantrópicas, eu destacaria a maternidade Clara Basbaum na rua da passagem, com a qual tive relação em várias oportunidades e que teve um fim melancólico.
ResponderExcluirQuando vim morar no Bairro de Botafogo nos idos de 1982 se não me falta a memória, a Maternidade Clara Basbaum na rua da Passagem já era um pálido casarão que ainda operava. Tempos depois ficou vazio e foi posto abaixo surgindo um prédio residencial.
ExcluirJá que o assunto são as Casas de Saúde...
ResponderExcluirAlgum de nossos amigos teria informações sobre a Casa de Saude Santo Antonio", que funcionou na Rua do Riachuelo? Deveria ter algum convênio com o antigo IAPB.
É o que consta de minha certidão de 1943. Nunca consegui localiza-la.
Em arquivo da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, num Jornal do Brasil dos anos 40, um classificado dessa Casa de Saúde informava o nº. 161 da Riachuelo para a vaga de servente.
ExcluirAssim como as doações dos católicos para a Santa Casa de Misericórdia, vemos que outras religiões e instituições também faziam o possível para socorrer a população.
ResponderExcluirA turma que faz tudo para dificultar aposentaria do trabalhador alega que a média de tempo de vida do brasileiro está cada vez maior e portanto a saúde só pode estar melhor, mas é a medicina que avançou muito mais do que os tempos das casas de saúde mostradas hoje.
E mais tecnologia, mais custos.
Os médicos exageram na quantidade de pedidos de exames, provocando congestionamento de pacientes na fila de espera? Talvez, mas quem quer abrir mão de ter o maior número de informações sobre o paciente, que pode ser um caso mais sério do que aparenta?
Sobre verbas públicas, a de propaganda cada vez em proporção maior. E nesse ano eleitoral a coisa estão perdendo ainda mais a vergonha. Governo federal, estadual e até os municipais, para que os prefeitos padrinhos passem como bons cabos eleitorais de seus aliados e afilhados políticos candidatos a deputado e a senador.
Aliás, uma questão indigesta: se não é ilegal, não seria pelo menos imoral o uso da verba da privatização da Cedae em municípios que nunca foram atendidos por essa autarquia? Alguns municípios têm o a sua própria rede.
ResponderExcluirE é muito verba estadual para obras nem sempre prioritárias, com uma verdadeira farra dos prefeitos cabos eleitorais, podendo ser uma verdadeira promiscuidade entre partidos de toda a espécie, desde que se apoie o atual governador. E para a candidato a presidente tem muitos candidatos a deputado neutros, do tipo "não me comprometo" a nível de governo federal.
A questão dos reajustes dos planos de saúde é mais complexa do que foi escrito acima.
ResponderExcluirA inflação médica se deve à incorporação de novas tecnologias mais caras. Acontece em todos os países do mundo, não é exclusividade nossa.
E no caso da Medicina, muitas vezes a nova tecnologia não substitui a antiga, mas se superpõe. Por exemplo: a tomografia ou a ressonância magnética muitas vezes não substitui o RX. Faz-se o RX e depois, se necessário, outros métodos de imagem.
É claro que pode haver fraude no processo, mas os preços aumentam mesmo fazendo tudo direitinho.
Os reajustes dos planos coletivos segue a fórmula de usar a inflação médica do ano anterior mais o índice de sinistralidade compactuado. Por exemplo: a empresa assina um contrato em que a sinistralidade (percentual do valor total pago pelo gasto da carteira) deva ficar em 75% (cálculo atuarial). Se a sinistralidade ultrapassar os 75% a Operadora cobra um reajuste proporcional. É uma forma de garantir a estabilidade do plano.
Obviamente todo mundo puxa para seu lado, mas uma boa administração feita pela empresa contratante pode discutir o reajuste pedido pela Operadora.
E, mais importante, seria valorizar a Medicina Preventiva, com cada um gerenciando a própria saúde.
O problema é que, infelizmente, o sistema está errrado. A remuneração por procedimento gera uma tendência de exagerar no pedido de exames e intervenções. Por outro lado glosas injustificadas também geram a "necessidade" de superfaturamento.
Não há pagamentos por meritocracia. Por exemplo, seria mais barato pagar mais por uma internação num hospital de ponta, com bom resultados, do que pagar menos num hospital medíocre com alto índice de maus resultados. Enquanto no primeiro caso a internação seria de poucos dias, no outro, devido às complicações, a internação se estenderia por muitos dias. Fora as más indicações, que geram cirurgias desnecessárias.
Além disso, a mentalidade "pago o plano então quero fazer exames", gera um número imenso de exames "exigidos" pelo paciente, de forma desnecessária. E os médicos cedem para não perdê-los.
A caneta do médico é um grande problema. Muitos nem examinam os pacientes e vão logo pedindo exames.
Basta ver um novo método anunciado no Fantástico e a pressão dos pacientes para os médicos pedirem o tal novo exame.
As coisas tomaram um rumo diverso de seu objetivo principal que é a saúde do cidadão. De acordo com preceito constitucional, o Estado deve proporcionar ao cidadão um sistema de saúde adequado. Se alguma "estabilidade deve ser mantida" ou preservada, ela deveria ser a do cidadão contribuinte e não a do "sistema". Os planos de saúde podem ser um bom negócio para as operadoras e para os políticos, mas é catastrófico para o país. Você mostra a saúde pública pela perspectiva de um bom negócio para o empresário mas não para o país. Os hospitais e Casas de Saúde particulares conviviam perfeitamente com os do setor público de forma harmônica, onde o lado empresarial possuía seu espaço e sua "fatia de mercado". Atualmente o SUS é uma falácia onde sua "eficiência" só existe em propagandas eleitoreiras ou na imaginação de indivíduos alienados ou mal intencionados. O próprio modelo de "parceria publico-privada" que rege o sistema dispensa maiores comentários. A impunidade generalizada devido à corrupção entre os três poderes tem garantido a perenidade desse perverso sistema. Até quando?
ExcluirJAIME, a Casa de Saúde Santo Antonio recebeu este nome na década de 1930 quando o Dr. Oliveira Motta retirou-se da sociedade da Casa de Saúde Oliveira Motta, recebendo 45:500$000, assumindo o Dr. Leonídio Ribeiro.
ResponderExcluirQuem também trabalhava na Santo Antonio era o Dr. Coryntho Silva.
Agradeço muito a informação. Ainda emocionado por ver o local onde vim a esse mundo!
ExcluirO clínico geral que atende a mim e à minha mulher há mais de 20 anos e a quem nesse período fomos regularmente em base anual, faz sempre os mesmos pedidos de exames "de laboratório" e de imagem.
ResponderExcluirUma batelada de exames, entre ressonâncias, tomografias, ultrasonografias, ...
Medicina preventiva, mas com exames que não existiam antes.
Enfim, fica muito caro para os planos mesmo.
José Rodrido de Alencar, 13:19h ==> sua citação "Melhor perguntar, quem não é corrupto no BR, fazemos todo dia pequenos delitos e queremos que em Brasilia seja diferente!!!!" é bastante questionável. Se a assumirmos como regra, chegaremos a situações assim:
ResponderExcluir1) se eu extermino os pernilongos dentro de casa, não tenho moral para reclamar do cara que extermina as araras azuis.
2) se a gente concorda com um juiz que deixou de condenar uma mãe que roubou um quilo de arroz de um supermercado, por que reclamar de outro que não condenou um político que desviou 100 milhões de dinheiro público?
3) se eu dou umas palmadas na bunda do meu filho, não tenho moral para reclamar do cara que espanca a mulher ou do torcedor que massacra a pauladas o torcedor de um time rival.
4) se eu levo para casa uma caneta BIC do meu emprego, por que reclamo do chefe de quadrilha que rouba carga de dezenas de caminhões?
5) se eu jogo um papel de bala na rua, não tenho moral para reclamar de quem despeja todo o lixo de casa dentro de um rio e o assoreia.
Tudo é uma questão de proporção. O pequeno delito não justifica o grande crime.
Falei da sociedade como um todo, furar fila, comprar um policial por uma multa e por aí vai, tudo isso está errado sim e muitas vezes é crime.
ExcluirDo exemplo vários com os outros é absurdo com a gente "tive que fazer", geral faz e por aí vai. Vc entendeu o que quis dizer, por isso existe o princípio da proporcionalidade no Direto Penal e sim furtar uma caneta, bater em um filho e teus exemplos devem ser penalizados tb.
Qual a diferença entre receber uma propina de 100 reais e roubar um milhão. Não vejo nenhuma!!!
Quanto a planos de saúde, até o mês de junho eu pagava R$1.720,00 pelo da minha esposa. Por coincidência, este ano em junho coincidiram tanto a época de reajuste anual do plano como também a de mudança de faixa etária da minha esposa. Resultado: o valor do plano passou de R$1.720,00 para R$3.359,00. Adivinhem se continuei com o plano!
ResponderExcluirToda atividade criminosa, deletéria ou prejudicial que movimenta muito dinheiro é impossível de ser extinta, uma vez instalada. Assim acontece com a saúde e a educação no Brasil. Sem contar com as atividades criminosas em si. Portanto, daqui até o fim do Universo teremos de conviver com as quadrilhas e com os lobbies daquelas áreas importantíssimas para a nação.
ResponderExcluirAntigamente, as crianças eram educadas em escolas e colégios públicos, que eram de melhor qualidade que os particulares (exceção feita a alguns destes, exclusivos para gente de posse, como Santo Inácio, Cruzeiro, São Bento, etc). Os particulares eram chamados de PP (pagou, passou). A partir de algum momento, creio que da década de 1960 ou 1970, a educação passou a ser tomada de assalto pela iniciativa privada. O resultado é o que se vê hoje: só frequenta escola pública quem não tem dinheiro para pagar algo melhor. Antigamente, estudar em escola particular era motivo de vergonha. Hoje, vergonha é fazê-lo em escola pública.
O mesmo se aplica à saúde, mutatis mutandis. Nasci na Maternidade-Escola de Laranjeiras. Meu irmão nasceu no Hospital do IAPETEC de Bonsucesso. Vocês têm algum parente ou amigo cujos filhos nasceram em hospital público de uns 40 anos para cá?
ResponderExcluirA saúde pública é uma fonte inesgotável de dinheiro e corrupção. Quanto mais se investe nela, mais se desvia. Tem até casos esdrúxulos, como o narrado por um conhecido meu, médico em um hospital, que receitou determinado medicamento básico para uma paciente. Esta se dirigiu à farmácia do hospital e lá ficou sabendo que o medicamento estava com estoque zerado. Ao falar isso com o médico, este estranhou muito e desceu para falar com a responsável pela farmácia. Ao que ela respondeu que o chefe da bandidagem da área tinha ordenado que o estoque lhe fosse entregue para ele distribuir dentro da comunidade/favela que ele governava. Pano rápido.
Hélio, por trás de um "chefe de tráfico" de uma favela existem políticos, "togados", e Defensores Públicos, que lhes garantem "sustentáculo jurídico". Simples assim.
ExcluirTb existe muito esquema entre os médicos, um fazer o plantão de dois e por ai vai.
ExcluirLembro de um caso que foram compradas umas proteses , licitação, compra e tudo mais e nem chegaram ao Hospital.
Sei de casos em que o médico receita remédios caros, adv. faz o processo contra o plano de saúde ou o Estado e no fim é esquema. Tem de tudo, lamentávelmente.
O atendimento de um paciente é completamente diferente se este for pelo plano de saúde ou se for consulta particular. Se pelo plano,a consulta demora de 10 a 20 minutos. Se for particular, uma hora ou até mais. Dá para confiar na precisão do diagnóstico em ambos os casos?
ResponderExcluirEm hospitais públicos, é muito comum o médico nem sequer olhar para sua cara. Entrou, falou o que tem, já sai com uma receita padronizada: paracetamol e/ou antibiótico. O diagnóstico? Virose. Vírus tem costa larga.
Fora as clínicas que nada mais são que fábricas de dinheiro, especialmente quando têm fisioterapia acoplada. Muitos médicos recomendam fisioterapia em excesso ou desnecessária para os pacientes. Minha enteada tem um problema sério no joelho e fez uma consulta particular com um ortopedista, que por acaso também trabalha numa clínica ortopédica relativamente famosa. Foi uma segunda opinião, porque um médico da tal clínica havia dito que ela teria de fazer uma cirurgia no joelho. O segundo médico disse a ela que na tal clínica o padrão era eles indicarem cirurgia mesmo em casos que fisioterapia resolveria. E então receitou sessões de fisioterapia para ela, que as fez em outro local. O resultado é que após tais sessões não foi necessário cirurgia.
ResponderExcluirEssa clínica é na Tijuca? Tive um problema no joelho e falaram a mesma coisa: operação.
ExcluirFui a outra, o médico disse que podia tratar com fisioterapia.
Sim, Ricardo. É a Tijutrauma.
ExcluirÉ como reza o velho ditado: em casa que não tem pão, todos gritam e ninguém tem razão. Estão errados os médicos que pedem exames caros e complexos muitas vezes desnecessariamente, estão errados os pacientes que os pedem também desnecessariamente, estão errados os planos de saúde que pagam valores ínfimos aos médicos, está errado o governo que deixou a saúde cair na mão de aproveitadores, está errada a ANS que não cumpre com sua missão. Tudo errado. Como sói acontecer com absolutamente tudo aqui na Bananolândia.
ResponderExcluirO Alencar é um "espanto!" Enquanto pela manhã passeia com o cachorro na "orla" à tarde está em Quebec para uma consulta médica, e à noite comenta no SDR.
ResponderExcluirVocê esqueceu que ele já disse que costuma remar na lagoa Rodrigo de Freitas. kkkkk
ExcluirEstá com inveja !!!!
ExcluirAs generalizações são sempre injustas. Testemunhei ao longo de 40 anos muito mais vezes exemplos dignificantes nos hospitais do que o contrário.
ResponderExcluirNada como narrar um caso real, não é? Então vamos a um, ocorrido com minha esposa em março de 2008. Desde já, deixo claro que não tenho medo de dar nomes aos bois, quando os souber.
ResponderExcluirMinha esposa extraiu um tumor na supra-renal esquerda. A cirurgia foi feita por um Gastão de tal (não me lembro do sobrenome dele, porque não cheguei a vê-lo), no hospital Panamericano, na Tijuca. Esse tal Gastão é muito conhecido, tanto é que quando narramos esse caso a outros médicos eles ficam surpresos com o comportamento dele.
Dias após a alta, minha esposa começou a ter dores nas costas e dificuldade de respirar. Ao retirar os pontos, queixou-se disso ao doutor Gastão, que zombou dela dizendo que era frescura e que se tratava de problema de coluna. Passados mais alguns dias, ela estava tão mal que a levei à emergência do Hospital Quinta d'Or, em São Cristóvão. Lá disseram que era problema de estômago, aplicaram-lhe um medicamento via soro e a liberaram. Ela saiu de lá suando frio, quase desmaiada, com a pele cinzenta.
Na manhã seguinte, com o quadro ainda tão grave, levei-a à emergência da clínica Santa Terezinha, na Tijuca, que é anexa ao Hospital Panamericano, onde ela havia feito a cirurgia. Ela passou o dia todo sentada numa cadeira, tomando soro, tendo feito raios-X do pulmão e tomografia abdominal. Já no fim do dia, como ela já quase não conseguia respirar, foi para a área de emergência, onde um médico discutia acaloradamente com uma médica a respeito do problema da minha esposa. Não me lembro do nome dos dois. O médico afirmava que era problema de pulmão; a médica dizia que era problema de vesícula, e queria operar minha esposa para retirada desse órgão. O médico se opunha fortemente a isso. Ele já havia largado o plantão, mas se recusou a ir para casa para evitar que a tal médica indicasse extração de vesícula para minha esposa. Finalmente, resolveram que era caso de internação na UTI, e minha esposa foi levada para lá, já ao anoitecer.
Durante a madrugada, ela sofreu uma parada respiratória. Pela manhã contactei um pneumologista indicado, o doutor Ricardo Calil, que apesar de ser um sábado dirigiu-se incontinenti até o hospital. O diagnóstico: infecção hospitalar provocada por uma bactéria violenta. Esta havia tomado todo o pulmão esquerdo e um terço do pulmão direito da minha esposa, e mais o coração. O doutor Calil temia que ela não resistisse. Ela foi colocada (ou entrou) em coma. Durante dias seguidos, tanto o doutor Calil como um seu auxiliar, na época ainda recém-formado, o doutor Fábio Aguiar, compareciam à CTI uma ou mais vezes por dia, tendo tomado a frente do caso. O tal de Gastão, que era chefe da CTI, nem sequer se interessou pelo que estava acontecendo.
Durante esse tempo a pressão de minha esposa, que normalmente era de 100 x 60mm, estava em 230 x 170mm, apesar de estar tomando seis remédios antihipertensivos. Um cateter foi introduzido no pescoço dela, parece que indo até o coração (não tenho certeza). Respirava por aparelhos.
Finalmente, após cinco dias, o coma foi reduzido e ela voltou a si. Permaneceu mais quatro dias no hospital e recebeu alta. Havia emagrecido bastante, estava trôpega, perdera massa muscular e herdou uma hipertensão. Mas devemos a vida dela aos doutores Calil e Fábio. E também ao médico que não permitira que sua imbecil colega recomendasse a extração da vesícula da minha esposa.
Tempos depois, ela descobriu que o famoso doutor Gastão havia feito uma merda durante a cirurgia e afetara o rim esquerdo dela. Hoje esse rim está com tamanho reduzido e sem função. Só o rim esquerdo está tendo de dar conta do recado.
A (má)fama deste Hospital (e também da Casa de Saúde anexa) é grande.
ExcluirNão é o primeiro caso que ouço, muito pelo contrário, e mais de um médico conhecido já teceu comentários nada elogiosos a respeito das instituições.
Meu pai, minha avó, e minha tia, faleceram naquele hospital. Isso dispensa outros comentários..## Minha ex-esposa quando recém formada cumpria plantões em clínicas particulares que ela sabiamente denominava de "trambiclínicas".
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