sábado, 30 de abril de 2022

DO FUNDO DO BAÚ - MEMORABILIA VARIG


A VARIG deixou saudades. Hoje vemos alguns brindes que eram distribuídos. A caixa de fósforos era do tempo em que  se podia fumar a bordo.

Típica maleta dos anos 50 e 60.

Nécessaire distribuída aos ricos passageiros da Primeira Classe.

Este abridor de livros é do MIJAO - Museu Interativo JBAN de Artefatos Obsoletos



 

sexta-feira, 29 de abril de 2022

RUA GENERAL ARTIGAS - LEBLON

O Leblon até meados do século passado era um dos extremos da cidade. Não servia de acesso a lugar algum. Para ir ao médico ou ao dentista, para trabalhar, para compras maiores havia que se ir à cidade. No Leblon só quitanda, farmácia, barbeiro, padaria e botequim, além do campo do Flamengo, do Jóquei Clube e do quartel do 8º GMAC (Grupo de Artilharia de Costa Motorizado).

As fotos de hoje são deste Leblon da primeira metade do século XX, garimpadas pela prezada Conceição Araújo. E ainda, como sempre pede o Conde de Lido, mostra aspectos do interior da casa da General Artigas.

Esta rua começa na Av. Delfim Moreira e termina na Av. Visconde de Albuquerque. Originalmente se chamava Rua Miguel Braga, um dos diretores da Companhia Industrial da Gávea, que abriu várias ruas no Leblon. Já o General Artigas era militar e político, uruguaio, participou do movimento de independência da Argentina.









quinta-feira, 28 de abril de 2022

WONDER BAR


Foto de Kurt Klagsbrunn mostrando o "WONDERBAR". Ficava na Avenida Atlântica nº 358 (pela numeração antiga), mas corrigindo para a numeração nova o local seria perto da Rodolfo Dantas).

Como devia ser agradável tomar um café ou uma cerveja num bar à beira-mar com pouco movimento na avenida Atlântica e com o mar pertinho. Ainda mais sem pedintes e pivetes importunando.

O que terá acontecido com o pé esquerdo do homem à direita? Estaria descalço e o chão pegando fogo?

A bicicleta, modelo feminino, com farol, seria uma Merck Suisse?

Marinheiros passeando por Copacabana era um acontecimento comum. Atualmente são raros.

O nome do bar deve ter se inspirado no filme “Wonder-Bar”, estrelado por Dolores del Rio, Kay Francis, Ricardo Cortez, Dick Powell  e Al Jolson, sob a direção de Lloyd Bacon, que fez enorme sucesso no Rio em 1934. Segundo os jornais da época foi a mais brilhante reunião de valores artísticos que um filme já reuniu. Com 400 “girls”, sete músicas novas, cenários maravilhosos, este filme da Warner Bros. First National, foi um sucesso incontestável. O cronista conclui que “esse famoso “Wonder Bar” existe em toda parte do mundo, local onde nascem sonhos e ambições, ódios e paixões.”


Foi “sede” do Clube dos Cafajestes. Este clube foi formado por jovens da burguesia carioca, sempre rodeados por belas mulheres nas décadas de 1940 e 1950.

Um dos fundadores foi Edu (Eduardo Henrique Martins de Oliveira), comandante da Panair do Brasil. Junto com Mariozinho de Oliveira, o grupo tinha membros como o polêmico e mulherengo ex-jogador do Botafogo Heleno de Freitas, Ibrahim Sued, Mario Saladini, Jorginho Guinle, príncipe Dom João de Orleans e Bragança, Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta), entre outros.

O Clube era uma verdadeira instituição da boemia carioca. O painel de sócios do inusitado clube, com um código de ética jamais escrito, era composto por “cafajestes” de primeira linha. Mas não eram "cafajestes" no sentido pejorativo.

 

quarta-feira, 27 de abril de 2022

PERGUNTAS


O nosso prezadíssimo Rouen postou esta foto há muitos anos e fez as seguintes perguntas:

1)    Que ônibus era este, onde ficava estacionado e o que vendia?

2)    De que era feita a caixa d´água que abastecia este “Restaurante”?

3)    Qual é o líquido que originalmente transportou?

4)    Onde vinha equipada originalmente?

5)    Qual foi seu último proprietário, antes de ficar sobre o teto deste ônibus?

PS: o Blogger está muito instável. Só consegui postar após várias tentativas. Espero que possam comentar.

terça-feira, 26 de abril de 2022

PANAIR - CONSTELLATION

Com a colaboração do GMA, a quem o "Saudades do Rio" agradece. Peço aos especialistas em aviação que corrijam eventuais erros.


Em outubro de 1937 a Panair recebeu seus primeiros aviões de terra, o Lockheed Model 10 Electra, deixando de restringir sua frota a hidroaviões. Foi utilizado em serviços para Belo Horizonte e outras localidades em Minas Gerais, atingindo mais tarde Goiânia e São Paulo. Nos anos 40 a Panair já tinha uma das mais extensas redes domésticas do mundo, cobrindo a maior parte do Brasil.


Em março de 1946 a PANAIR recebeu seu primeiro Lockheed Constellation 049, sendo a primeira companhia aérea fora dos Estados Unidos a operar esta aeronave. O primeiro vôo decolou a partir de Rio de Janeiro para Recife, Dakar, Lisboa, Paris e Londres.

Vindo dos Estados Unidos o gigantesco avião “Constellation”, o mais veloz aparelho comercial em uso na época, chegou ao Rio em 29/03/1946. A bordo do grande quadrimotor veio um grupo de jornalistas especializados brasileiros e técnicos norte-americanos da empresa fabricante. Também o presidente da Panair, Paulo Sampaio e uma tripulação brasileira.

A chegada do “Constellation” foi um espetáculo para os cariocas que puderam vê-lo planando, rápido e elegante, sobre a cidade.   O voo Nova York-Rio durou 19 horas e 55 minutos e foi comandado por Paulo Lefevre e Coriolano Tenan, acompanhados por Generoso Leite de Castro (radiotelegrafista), Salomão Stur (mecânico) e Emilio Vega (comissário). Houve escala na Guiana Inglesa e foi estabelecido novo recorde de tempo de voo.

O “Constellation” tinha as seguintes características: Envergadura 37,50m; comprimento 29,8m; peso equipado 40800k; altura 7,20m; velocidade máxima 560km; velocidade de cruzeiro 498km; raio de ação 7824km; potencia total dos 4 motores Wright Cyclone 8800 HP; diâmetro de hélice 4,50m; capacidade de combustível 18170 litros. A aeronave dispunha de um sistema de comunicações telefônicas internas, assim como para contato com a terra.

O primeiro voo para os Estados Unidos decolou do Rio nos primeiros dias de abril de 1946.


segunda-feira, 25 de abril de 2022

BARRA DA TIJUCA - NEVADA PRAIA CLUBE

 




O “post” de hoje contou com a ajuda do prezado Tumminelli, autor do antigo "Carioca da Gema", famoso fotolog dos tempos do Terra.

A sede do Nevada foi uma das primeiras construções da então quase deserta orla da Barra da Tijuca. Com cerca de 30 mil metros quadrados o terreno do Nevada ia desde a Avenida Sernambetiba até a Lagoa de Marapendi. O “Jornal do Brasil” noticiou que o Senador Juscelino Kubitschek e o poeta Paulo Mendes Campos se associaram ao clube em 1962. A filha de Juscelino, Marcia, foi convidada para madrinha da cerimonia do lançamento da pedra fundamental em 23 de setembro de 1962.

O clube teve sua identidade sempre associada com os arcos do projeto da sede do arquiteto Ricardo Menescal. O projeto incluia um bar dentro da piscina, algo incomum na época. Com o desenvolvimento das áreas próximas à Barra o aumento de associados aumentou. A construção de condomínios espremiam cada vez mais Nevada. Em 2000 foi noticiado que o Nevada seria desativado na Barra e iria ser transferido para a Rua Oscar Costa na boca da de uma favela em Água Santa. No seu local seria erguido um apart hotel com 15 andares. Na época o vereador Carlos Dias propôs o tombamento do clube que foi rejeitado pela ALERJ e arquivado.

A ilustração mostra o projeto do Nevada. Era um folder do departamento de vendas, em fins dos anos 60. O “JB” comentou que o projeto de Ricardo Menescal “lembrou-se do futuro e preferiu a superfície à altura, evitando a barreira montada em torno da Av. Atlântica e já iniciada na Praia de Botafogo.”

Do projeto só a sede foi construída. O parquinho temático nunca existiu. O salão de festas tinha o maior vão livre já projetado no Rio, possuindo dois detalhes curiosos: a piscina com bar e uma passagem subterrânea para livrar seus sócios das correrias dos carros pela Av. Litorânea, ligando o clube diretamente à praia.

O endereço do Nevada Praia Clube era Av. Litorânea nº 3650

Vários outros clubes  foram criados na Barra da Tijuca e adjacências, como o Riviera Country Club, o Country Club de Caça e Pesca, o Barra da Tijuca Country Club,  o Floresta Country Club, o Marapendi, o Novo Rio Country Club, além do Itanhangá e do Gávea, ambos de golfe.



Um jovem frequentador do Nevada com sua mãe.