segunda-feira, 17 de setembro de 2018

COPACABANA


 
Foto de 1956, do acervo da Última Hora. Há anos foi publicada aqui no “Saudades do Rio”, mas semana passada foi colorizada pelo mago Nickolas.
Vemos a belíssima residência da Família Paranaguá, construída em 1911, que ficava na esquina da Avenida Atlântica com Rua Barão de Ipanema. Pode-se reparar a grande varanda do segundo andar, varandas essas comuns em muitas outras casas da orla. Esta residência ficou marcada pelo grande número de aberturas que permitiam uma visão de Copacabana. Eram 72 no seu total.
Na segunda foto vemos em destaque a Mansão Paranaguá.
As “línguas negras” que existiam naquela época, eram uma mistura de esgoto com água da chuva. Observem que uma das crianças tenta fazer uma “ponte” até o outro lado da água que cheirava mal e era contaminada. Havia muitas pela Praia de Copacabana. Era um tempo em que, além das línguas negras, havia que evitar pisar nos restos de óleos despejados pelos navios, sem nenhum controle. Só saíam dos pés com querosene.
À direita vemos os edifícios Lellis e São Paulo, que são atualmente os prédios residenciais mais antigos da Av. Atlântica, com a derrubada do Palacete Atlântico na década de 70. Foram construídos em 1927 e ocupam os primeiros lotes do lado par da Rua Barão de Ipanema.

18 comentários:

  1. Eu me lembro de muitas casas da Avenida Atlântica e acho difícil que pudessem ser mantidas hoje em dia. Essas línguas negras eram um problema permanente e que foi bastante amenizado pelas obras de alargamento. Quando essas línguas negras se juntavam ao o óleo que muitas vezes vazava de navios, as "bolinhas" que eram criadas eram o sinal para o banhista a praia...

    ResponderExcluir
  2. Lembro vagamente desta casa na Barão de Ipanema, pois no final dos anos 50 já frequentava o Rian que ficava à direita da foto, entre Barão de Ipanema e Constante Ramos.
    As línguas negras eram horrorosas e pareciam feitas de urina. As manchas de óleo saíam com Varsol ou Faísca.

    ResponderExcluir
  3. Nessa época da foto colorizada, fiz muita ponte, ilha, castelo. Aquela areia é muito boa de "esculpir". Ia mais no Leme, mas me lembro de saltar sobre línguas negras. Também passei férias em Santos, lá o salto era dar a volta na boca dos canais. Fedorentos...
    O carro verde é um GM dos anos 40, sedanete. A perua é uma Dodge dos anos 50 e o taxi é um Chevrolet 1938.

    ResponderExcluir
  4. Bom dia!

    Assim como o Plínio, tenho vaga lembrança desta casa. Alguém poderia dizer em que ano foi demolida?

    ResponderExcluir
  5. Aquela porta para o lado da Barão de Ipanema, quase um portal, me deixou a impressão que seria um acesso ao segundo andar, independente do restante do palacete. Poderia ser um apartamento, ou dois, totalmente à parte?
    Do lado esquerdo da segunda foto tem uma construção menor, com pinta de capela, que não aparace na foto muito bem colorizada pelo Nickolas. Depois dela ainda tem um sobradinho que deveria ser para os aposentos dos serviçais.

    ResponderExcluir
  6. Bom dia a todos. Que bela construção, nos dias de hoje seria necessário contratar uma empresa de limpeza para mantê-la limpa e arrumada, uma empresa de manutenção para consertos de hidráulicos, elétricos, eletrônicos, alvenarias e uma empresa de jardinagem para cuidar das plantas nos jardins. Isso sem contar com uma empresa de segurança por CFTV, para fazer o monitoramento e segurança interna e externa da residência. Caso tenha alguns cachorros, mais uma série de serviços se farão necessários. Em resumo, é mais barato alugar uma suíte no Copacabana Palace, do que manter uma casa deste porte em qualquer lugar do Rio de Janeiro. Já a Praia hoje em dia, acho que só aparecem línguas negras quando chove muito. Mas poder desfrutar de 72 pontos para ver a praia e o seu entorno naquela época era realmente um grande privilégio, já nos dias de hoje nem tanto, visto que as calçadas estão tomadas de camelôs, quiosques e as areias de barracas de venda de bebidas, sem contar que a frequência nos finais de semana é de assustar mais do que filme de terror. By the way, nos resta o SDR para nos fazer recordar que Copacabana foi a Princesinha do Mar.

    ResponderExcluir
  7. Bom dia,
    O Conde de Paranaguá (filho do Marquês de Paranaguá) faleceu no Rio de Janeiro em 1945 e o seu palacete da Av. Atlântica foi demolido em 1957. Tempo suficiente para o inventário, a partilha e a venda do imóvel. Observem que a foto colorizada é de 1956, portanto a casa já se encontrava em seus últimos dias.
    Quanto ao número de janelas: no interior, na época do Império, a fortuna e o poder eram anunciados pelo número de janelas.
    Como eram caras e importadas, quanto maior o número, mais poder e dinheiro tinha o proprietário.
    O curioso é que em todas as fotos que possuo deste palacete as janelas sempre se encontram fechadas! Por que será?
    Há braços

    ResponderExcluir
  8. Copacabana !!!! O que fizeram contigo ?

    ResponderExcluir
  9. Os imóveis construídos no Rio até o início do Século XXI dispunham em sua maioria de "dependências" de empregada, ainda que muitos desses imóveis sejam de quarto e sala. Isso mostra indubitavelmente o "ranço de casa grande" que ainda permanece até mesmo nos projetos imobiliário. Construções mais novas já não dispõem dessa "comodidade", mas o fato é a figura da empregada doméstica ainda está presente nos lares brasileiros. Não, não é um discurso de esquerdopata, mas as casas da cidade e em especial as de Copacabana eram pródigas quando se tratava de "acomodações para serviçais". Havia prédios que possuíam o andar superior composto de pequenas acomodações para empregados domésticos. Um luxo! Mas paradoxalmente á essa tendência e buscando funcionalidade e custo viável, os imóveis mais procurados por casais ou pessoas sozinhas são os de quarto e sala com dependências e com dimensões entre 55 e 70 M2. Sinal dos tempos?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde, Luiz, pessoal,
      Joel, o Ed.Itaoca, na rua Duvivier, tem, em seu topo, 96 quartos de empregada, alinhados em um corredor meio sinistro.Claro que a quase totalidade já não tinha tal serventia, ficando como depósito de quinquilharias dos respectivos apartamentos. Muitos estavam sem porta, vazios ou servindo para guardar engradados de bebidas para os "inferninhos" da região.

      Excluir
    2. Os imóveis mais vendidos e que são a "febre" no Rio são destinados à uma suposta "classe média" com renda familiar em torno de R$ 5.000,00 e situados em regiões próximas às linhas expressas e Avenida Brasil, além de Jacarepaguá, Curicica & adjacências, e toda a região do BRT. Possuem dois quartos, sala banheiro, e cozinha, tendo as "fantásticas" dimensões de 45 m2. Construções semelhantes ao tipo "minha casa minha vida", a vantagem é uma vasta área de lazer que agrada a todos os gostos ainda que discutíveis. Vão desde piscinas, campos de futebol, play ground com laje para churrasco, piscina de bolas, e até um "McDonald's". único senão é o cuidado ao bater as portas sem que o teto e as paredes caiam...Ironias à parte, não se faz mas imóveis como antigamente. São incomparáveis em todos os requisitos. Só um detalhe: Não sou o "Do Contra" mas duvido que alguém não compartilhe dessa opinião...

      Excluir
  10. As roupas de banho eram perdidas pois o óleo grudava nelas e não havia sabão que as eliminasse. As pessoas não evitavam de ficar próximo.
    "Sabe onde tem aquela saída de água no posto 4? Vou ficar ali, no lado direito". Havia a crença de que eram apenas saídas das águas pluviais.

    ResponderExcluir
  11. Sonhar não custa e um belo templo para a minha igreja seria top de linha com áreas exclusivas para relaxamento e meditação.Setor de massagens não tão eróticas e mesmo degustação de artesanais poderiam fazer parte do contexto em busca do pleno bem estar e leituras diversas com salas de informática e tesouraria on line.Remissão de pecados e venda de pacotes da salvação eterna,através cartões gold.Tudo para bem estar dos dizimista que desapareceram na crise dilmista.Talvez um pequeno anexo para taja verde agoniados com assistência do SUS.O problemas é que estes dominam o mercado e acham que pastor é arroz de festa.Um grande espanto!!!!

    ResponderExcluir
  12. Tínhamos TB na origem o edifício Guarujá , porém com a construção do edifício no seu jardim perdeu a saída para a Av. Atlantica, ficando hoje localizado na domingos Ferreira e constante Ramos , sendo hoje um apat hotel para idosos.

    ResponderExcluir
  13. Um grande desafio a saúde nesta porcaria que as viúvas chamam de "língua Negra" que deveria ser catalogada como língua do inferno tamanha a lista de doenças infecto contagiosas propiciadas a céu aberto num flagrante atentado ao povo frequentador das praias sem aviso e sem interdição dos locais impróprios.E muitos admirando as beleza desta coisa insalubre e fétida.Eu continuo combatendo imundície e continuo sendo Do Contra.

    ResponderExcluir
  14. gostei muito .rever tempos maravilhos e inesqueciveis

    ResponderExcluir
  15. Teve algum paneleiro do Grajaú às 17hs?

    ResponderExcluir