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O Hospital Geral foi o primeiro estabelecimento da Santa Casa de
Misericórdia do Rio de Janeiro, fundado por Anchieta em 1582, data da chegada
ao Rio da esquadra do Almirante espanhol Diogo Flores Valdez, que procurava o
Estreito de Magalhães. Com grande parte da tripulação atacada de escorbuto,
Anchieta levantou um tosco barracão para socorrer os marinheiros.
O atual prédio, que vemos na primeira foto, teve a primeira etapa das
obras pronta em 1852 com amplas enfermarias, ambulatórios e consultórios. Foi
removido o cemitério que existia no terreno e o novo hospital foi construído atendendo
às exigências de higiene. O edifício do hospital representa um paralelogramo
retângulo dividido em três corpos.
As duas fotos seguintes mostram como o prédio era perto do mar no início
do século XX e o aspecto de uma das enfermarias.
A foto colorida pelo Nickolas mostra o Rua Santa Luzia, defronte à Santa
Casa.
Por dois anos aí estudei, fazendo as cadeiras de Semiologia e Clínica
Médica, além de algumas outras independentes, como a de Dermatologia. Grandes
catedráticos da minha época de estudante, como Magalhães Gomes, Cruz Lima e
Clementino Fraga, durante anos trabalharam e ensinaram a levas de estudantes.
Em recente visita ficou uma saudade danada daquele prédio que conheci no
final dos anos 60. Más administrações levaram a uma derrocada da Santa Casa,
onde hoje há, apenas, algumas ilhas de excelência ao lado de inúmeras
enfermarias abandonadas.
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FORA DE FOCO: obiscoitomolhado fez a gentileza de fotografar a escada citada no "post" de ontem, na Rua do Fialho.
O SDR agradece.
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A foto colorida, dos anos 50, retrata um dia em que fui atendido na Santa Casa, em 1958. Eu tinha sido atropelado e quebrara os dois ossos do antebraço. Depois de atendido no Souza Aguiar, substituí as talas por gesso na Santa Casa, onde minha tia-avó tinha muito conhecimento, por ser da LBA. E o acompanhamento continuou lá.
ResponderExcluirEntretanto uma radiografia revelou que os ossos tinham saído da posição e até já estavam parcialmente consolidados. O jeito foi anestesia geral e um enorme ortopedista para quebrar o antebraço de novo e recolocar a fratura em posição.
Parece que deu certo, pois não vejo nenhuma diferença.
A Santa Casa é uma pálida lembrança do que foi no passado e isso é um fato. As razões são muitas e conhecidas, mas parece que falta "vontade política" para reverter a situação. FF. Há cerca de um ano, qualquer alusão elogiosa que fosse proferida aqui "neste sítio" era vista com reservas pela maioria, sendo inclusive combatida com veemência por alguns. Hoje em dia percebe-se que grande parte da população deseja uma intervenção militar no país. Os últimos acontecimentos políticos reforçaram ainda mais o que já era acentuado.
ResponderExcluirSegundo os jornais do começo desta década um provedor da Santa Casa roubou muito. Diziam que chegou até a vender imóveis do enorme patrimônio da Santa Casa. Não sei como acabou esta história mas certamente não devolveu tudo. Aí o hospital foi para o brejo. A Beneficência Portuguesa também foi por este caminho.
ResponderExcluirO hospital do Fundão perdeu uma ala inteira que foi demolida e o que sobrou está semiabandonado. O hospital da Cruz Vermelha já tinha ido há muito tempo.
As UPAS caem aos pedaços,o hospitais estaduais faliram e os municipais se arrastam como podem.
A rede federal que era excelente se nivelou por baixo. Onde está o antigo Hospital dos Servidores que era classe A?
Enquanto isso os poderosos vão para o Einstein ou para o Sirio em SP.
Bom dia.
ResponderExcluirComo sempre o SDR traz as mais recônditas emoções à tona. O caminho do bonde, as frondosas árvores, o chão sempre brilhando, a beleza da arquitetura, o deslumbramento da infância.
Lá vi minha mãe, após um AVC, ser muito bem tratada durante o mês que sobreviveu a ele. Lá conheci a dor de perde-la.
Creio que a Santa Casa chegou às condições atuais por pura ingenuidade. Como o redator diz em seu texto a Casa aceitava às mancheias, os estagiários. Não havia Lei que os regulamentassem. Após o recebimento do Certificado partiam para o confronto judicial e, como se sabe, a Justiça cria jurisprudências a seu bel prazer, e como os direitos são inúmeros, a relação sem vínculo até então, gerava indenizações milionárias. Dívidas com INSS, impostos, toda a sorte de encargos.
Nenhum perdão por parte do governo como foi dado às "empresas" privadas. Nenhum incentivo. Como no caso do Museu Nacional a pior das dores, a da injustiça me amargurou.
Aprendemos a sofrer desde muito cedo neste país. Nem a nossa memória coletiva podemos salvaguardar. São tantos os "historiadores".
Existem fatores determinantes que podem ser decisivos para que uma tragédia se concretize e as principais são o atavismo, o fanatismo político, e a ignorância convicta. E como o assunto é nosocômio, vamos aos fatos. Até última década do Século XX, a saúde pública ia bem, obrigado. Mas o que mudou? Simplesmente foi fazer uso político de um serviço público. Dessa forma desvia-se direitos básicos para usa-los seletivamente de forma eleitoreira, desviando os recursos para fins inconfessáveis. Assim mata-se dois coelhos com uma mesma cajadada. À essa prática odiosa foi somada uma pior: A de administrar as unidades de saúde através de Organizações Sociais que "terceirizam" um serviço público. Tais organizações pertencem à grupos políticos que recebem do Estado as verbas para administrar as unidades de saúde, mas para isso utilizam apenas uma pequena parcela, desviando o restante. Essa é a principal razão da existência do caos na saúde pública. E complementando esse quadro perverso, existem os "planos de saúde", criados na década de 80 para "suprir" o que deveria ser um direito fundamental. Tais "planos" operados por grandes empresas, são o sustentáculo financeiro de centenas de congressistas, que por razões óbvias tornaram os hospitais públicos verdadeiros pardieiros, enquanto administram a "ANSS" criando condições para que tal agência reguladora prospere cada vez mais em detrimento do contribuinte. Os planos de saúde são uma criação da "Nova República", assim como o narcotráfico nas favelas, os "direitos humanos", a luta de classes, o desmoronamento da educação publica, dos valores familiares, morais, e republicanos. Mas o ainda existem pessoas que "não acreditam nisso", já que "é golpe", e que "Lula será solto". Lidando com esse tipo de gente, devidamente doutrinada", fica difícil qualquer tipo de diálogo, principalmente quando se faz uma comparação com o período militar.
ResponderExcluir"Bom dia".
ResponderExcluirEstive poucas vezes na Santa Casa acompanhando minha mãe. Passava em frente a caminho do antigo terminal da Misericórdia.
Bom dia a todos. Cheguei a ir algumas vezes a Santa Casa para consultas, o meu Pediatra trabalhava lá só me lembro do seu primeiro nome Dr. José, nem sei dizer se ele era Pediatra ou Clínico Geral, tratava de todos da família. Na minha opinião tem duas atividades públicas primordiais no Brasil, Saúde e Educação, que na minha visão só é preciso de 2 coisas para fazer andar na linha, um chicote e um paredão. Funcionários destas atividades cometeu falhas funcionais falta ao trabalho, sair antes do horário sem justificativa comprovada, usa-se o chicote, já para roubos, desvios de verbas, compras superfaturadas, usa-se o paredão. Garanto que tudo volta a funcionar as mil maravilhas.
ResponderExcluirO comentário de 07:50 mais uma vez mostra que as "fake news" continuam aparecendo neste sítio. Deturpa manchete de jornal para fins escusos. A manchete original fala da intervenção federal na segurança do estado.
ResponderExcluirhttps://oglobo.globo.com/rio/datafolha-70-dos-moradores-do-rio-querem-continuidade-da-intervencao-23051129
Mas "fake news" são plantadas de todos os lados.
https://oglobo.globo.com/brasil/fake-news-sobre-ataque-bolsonaro-se-espalham-nas-redes-sociais-23051272
O que menos precisamos neste momento é de um destrambelhado como mártir para seus minions.
Políticos e autoridades vão para os hospitais top.O povão tem que se virar no Sus ou pagar plano de saúde.Nao vejo luz para está escuridão. Um espanto.
ResponderExcluirBom dia!
ResponderExcluirTriste a situação em que chegou a Santa Casa. Lá se reuniam os melhores especialistas. Neste país quase todas as ações beneficentes têm o mesmo fim:corrupção. A SC nem era tão beneficente, recebe a renda dos cemitérios, dinheiro do SUS, doações em dinheiro e de imóveis. O antigo provedor foi acusado de ganhar dinheiro com estes imóveis e jazigos.
Adicionei a foto enviada gentilmente pelo obiscoitomolhado. Trata-se da escadaria da Rua do Fialho.
ResponderExcluirDahas Zarur foi provedor da Santa Casa por muitos anos. Minha experiencia com a instituição não foi agradável, já que tive uma longa demanda jurídica em razão de um jazigo perpétuo no Cemitério São João Batista herdado de meu avô paterno. Pude perceber que Zarur "não estava sozinho" em suas patranhas, já que juízes, desembargadores, e políticos, deram suporte à seus atos no mínimo questionáveis. Após algumas ações judiciais consegui vender o jazigo perpétuo. Diga-se de passagem que um escritório de corretagem de jazigos pertencente a um notório estelionatário e situado em Copacabana se encarregava dessas ações, e "suspeita-se" que o Quinto Juizado Especial Cível possa ter "alguma participação" nesse "imbroglio". Afinal todos os participantes "comiam desse bolo" chamado Santa Casa da Misericórdia. FF Já que o comentário das 9:59 menciona "fake news", cumpre fazer um comentário "para descontrair". Tenho ouvido comentários até de "gente supostamente letrada" que o atentado contra Bolsonaro foi uma "armação", um "golpe da Direita". Alegam que não havia sangue em Bolsonaro, que ele "consegui falar" no hospital, e que essa "armação" foi em razão de que se houvesse um atentado o candidato "teria uma imensa propaganda eleitoral". A imaginação não tem limites, mas a esquerda "esqueceu" de mencionar que foi apurado pela P.F que o agressor estava sendo mantido há meses hospedado em hotéis e pousadas, e as suas passagens interestaduais também eram "bancadas", e ainda não explica os R$ 350.000,00 depositados em sua conta bancaria, nem mesmo explica como dois advogados do PSOL já estavam à postos para defende-lo, nem tampouco explica quem pagaria por serviços tão prestimosos. Nesse contexto eu sou obrigado a discordar de Nelson Rodrigues quando afirmou que certa classe de pessoas iria "dominar o mundo". Ele acertou quando disse que "eram muitos", mas esqueceu de dizer que eram "de esquerda". Afinal ninguém é perfeito...
ResponderExcluirMuito legal a foto da Escadaria da Glória, feita pelo obiscoitomolhado.
ResponderExcluirBoa tarde ! F.F.: Enquanto o brasileiro continuar a ser venal até a alma, nada vai mudar para melhor, mas, sim, apenas para pior. Enfim, cada povo tem o governo que merece...um ditado muito verdadeiro.
ResponderExcluirDá-lhe Biscuit!
ResponderExcluirEm 2009 minha esposa precisou uma vez de consulta na dermatologia da Santa Casa e saiu de lá satisfeita. Tudo correu bem com os procedimentos indicados.
ResponderExcluirO lado bom da Igreja Católica e de seus seguidores não são mais lembrados, só se fala nos maus momentos da Idade Média e dos crimes sexuais, alguns deles com criminosos sendo acobertados pelo Ratzinger na década de 1980.
Até agora a Santa Casa de Juiz de Fora só tem recebido elogios e não acredito em infecção que possa aparecer a médio ou longo prazo como aconteceu com um dos meus primos de segundo grau, esfaqueado por motivo passional, morrendo depois de ter recebido alta de um hospital de uma cidade também da Zona da Mata mineira.
E já que o assunto é boatos, já consta que houve um acordo entre o ex-capitão e os 3 Irmãos Marinho, uns 2 ou 3 dias antes do atentado. Opositores a eles já constataram que ontem o general candidato a vice recebeu um tratamento bem melhor dos jornalistas da Globo News.
Não quer dizer nada, afinal pode ser só o respeito à hierarquia militar, afinal o comando das Organizações Globo sempre teve adoração pelas altas patentes das Forças Armadas, mas se houve um acordo de paz, seria interessante saber o que o candidato do PSL ofereceu em contrapartida, se eleito for. Talvez o povo nunca fique sabendo e só desconfie conforme andamento do governo.
O General Antonio Hamilton Mourão é um oficial conhecido como "linha dura", ao contrário de seu colega Eduardo Villas Boas, tido como "moderado". Mourão foi o autor de declarações impactantes sobre uma possível intervenção militar. Embora ficasse "o dito pelo não dito", Mourão não foi punido e teve a mão de Villas Boas "passada em sua cabeça". Ele foi reformado em Fevereiro mas segundo "rumores", a estratégia dos militares foi a de fazer com que o maior número de militares concorressem às eleições de 2018. Ainda "segundo rumores", teria sido acertado que a "Intervenção Militar" de forma ampla ocorreria em três hipóteses: A primeira seria a de uma eventual soltura de Lula. A segunda se fosse declarada a elegibilidade de Lula. A terceira seria a condenação de Bolsonaro em processos em andamento, o que o tornaria inelegível. Diante dessa possibilidade, os ministros do STF ficaram preocupados, mais ainda quando receberam "sutis avisos" do Alto Comando do Exército. Diante dessa realidade, realidade essa que a Globo provavelmente tem conhecimento, e tendo em vista que a presença de Mourão, um homem probo e de sólidos predicados, e considerando a máxima popular quando afirma que "quem tem c...tem medo", é natural que os entrevistadores da Globo fossem verdadeiros "anjos de candura"...
ExcluirAntes de qualquer análise sobre o Hospital da Santa Casa é importante se ter em mente que o mesmo não funcionava como um hospital como conhecemos. Não sei se os demais comentaristas tem conhecimento de que cada enfermaria era, na prática, como um mini hospital, sendo técnica e administrativamente autônoma e independente, inclusive com métodos próprios de captação de recursos. Por Ex: A 12ª Enfermaria do Paulo Niemeyer, não tinha qualquer relação com a 38ª do Ivo Pitanguy e essas muito menos com a 4ª do Clementino, a 7ª do Cruz Lima ou a 16ª do Mariano de Andrade, já que essas últimas, assim como diversas outras, “pertenciam” a catedráticos e recebiam recursos da Universidade.
ResponderExcluirOutro exemplo é que algumas enfermarias de cirurgia, mesmo quando o paciente não possuía qualquer recurso, lhe era exigido a apresentação de comprovantes de “depósitos” no banco de sangue da Santa Casa feitos por doadores de sangue, produto esse que, na época tinha um valor inestimável.
O Mariano de Andrade também tinha um Serviço no Moncorvo Filho. Tive aulas lá da cadeira de Cirurgia Geral pela Faculdade Nacional de Medicina. O exame oral era feito pelo Mariano de Andrade, ao centro de uma mesa, numa cadeira alta, com os assistentes Levão Boghossian e Humberto Perrota nas extremidades. Os alunos sentavam-se em um banco baixo, em frente ao Mariano, numa situação altamente intimidatória. Era um terror.
ExcluirSorteava-se um “ponto” e os assistentes perguntavam: se íamos bem, o professor mandava mudar de assunto; se não sabíamos e os assistentes tentavam mudar o tema, lá vinha o professor: - “insista neste ponto”. E por aí ía. Caso não alcançássemos o grau necessário, a prova era repetida semanas depois (alguns a repetiram por meses...).
Na primeira vez, embora estivesse preparado, não passei, devendo retornar em 2 semanas. Incomodado com a forma do exame, comento com meu pai que ouve calado. Pois bem, dias depois ele me diz: “Sabe quem eu encontrei hoje na cidade? Com o Mariano de Andrade. Foi meu colega de turma e depois trabalhamos juntos na Cruz Vermelha.” Gelei. Pergunto se ele falou alguma coisa com o Mariano. E ele diz que sim, que tinham ido almoçar juntos e riram muito das minhas queixas.
Por ocasião do exame seguinte sou recepcionado pelo professor Mariano de Andrade com um “O Sr. sabe que eu almocei com seu pai? Gosto muito dele e fazia tempo que não nos víamos. Ele me falou de suas queixas. Devo lhe dizer que o Sr. vai ter que saber muito para passar de ano...”, seguido por um sorrisinho irônico!!!
Mas, desta vez, sabia o suficiente para não mais voltar...
Com esta situação do Bolsonaro estou mais viva do que nunca.Vou atuar de um lado e outro sempre mexendo com os sentimentos dos passionais em especial pois sei que eles me adoram e não vivem sem a minha presença .
ResponderExcluirFalso ou Verdadeiro:
Excluir1) Carlos Lacerda não foi baleado no atentado da Rua Tonelero;
2) Getúlio não se suicidou, foi assassinado;
3) A colisão com o avião do Castelo Branco foi um atentado;
4) Costa e Silva não sofreu um derrame, foi envenenado;
5) JK, Jango e Lacerda foram assassinados;
6) Tancredo teve seu intestino perfurado por um agressor na véspera de sua posse como presidente da república;
7) Tanto o avião do Eduardo Campos como o do Teori Zavascki foram derrubados em atentados.
Faltou um: 8) As Torres Gêmeas foram derrubadas pelos árabes.
ExcluirAs respostas no meu entender são: 1-F 2-F 3-F- 4-F 5- respondo no final 6-V 7-V
ExcluirJK foi assassinado, Jango e Lacerda não.
Infelizmente nunca iremos saber de quem era o sangue nas bolsas usadas na cirurgia em Juiz de Fora. Nunca saberemos se era de brancos, negros, homens ou mulheres. Afinal, todo sangue é vermelho, para desgosto de alguns.
ResponderExcluirAugusto, adorei o teu comentário.
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