sexta-feira, 5 de outubro de 2018

GÁVEA



 
A primeira foto, do acervo do Correio da Manhã, mostra a Rua Marquês de São Vicente, na Gávea. À esquerda vemos a entrada da igreja de N.S. da Conceição, cuja fachada pode ser vista na segunda foto.
Notar a caminhonete da Casas Oliveira, uma loja de produtos alimentícios finos dos anos 50/60.
A terceira foto, de 1926, vemos a construção da Praça Santos Dumont, em frente ao Jockey Club Brasileiro. Este local teve o nome de Largo das Três Vendas (depois N. S. da Conceição e Ferreira Viana). Podemos ver (na direção do bonde) a Igreja de N. S. da Conceição, que teve sua pedra fundamental lançada em 1852.
A Rua Marquês de São Vicente, que vai da Praça Santos Dumont até a Estrada da Gávea, terminava na antiga fazenda do Marquês de São Vicente, cujo solar, no atual Parque da Cidade, está ocupado pelo abandonado Museu da Cidade. A Rua Marquês de São Vicente já teve os nomes de Rua Boa Vista, Estrada da Gávea e Rua Visconde de São Vicente. Atualmente, esta região das fotos constitui o "Baixo Gávea", com seus vários bares, onde se reúne uma multidão todas as semanas (tenho um amigo que "despachava" diariamente no Bar Hipódromo, a ponto de ter o endereço do bar no cartão de visitas).
 O bonde passa bem perto das construções na antiga Rua do Pau, que viria se transformar em várias ruas do Leblon.
Chama a atenção como levavam à sério, naquela época, o aspecto da infraestrutura. Podemos ver as manilhas empilhadas, talvez para drenagem ou abastecimento de água. Levavam em conta este detalhe, mesmo que esse local fosse um ermo em 1926.

22 comentários:

  1. Parece cidade do interior tal a tranquilidade ,interessante a rua ainda calçada por paralelepípedos já com um pequeno remendo asfáltico,sendo que os paralelepípedos escoavam melhor a água da chuva e tornavam a cidade mais fresca no verão. Calçamento ainda impecável.

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  2. Gávea era um "recanto" até a abertura dos túneis. Um "passeio" que meu pais às vezes fazia em finais de semana era ir de Botafogo até a Tijuca via Jardim Botânico, Marquês de São Vicente, Estrada da Gávea, Estrada das Canoas, Estrada de Furnas, e Edson Passos. O Parque da Cidade era um passeio quase obrigatório. Isso em 1965. Fazer esse "tour" hoje em dia é para quem aprecia "emoções fortes". O fato é que a abertura do Túnel Rebouças e Dois Irmãos, tornaram a Gávea um bairro "quase de passagem". Na Praça Santos Dumont havia nessa época um "reboque" remanescente dos antigos bondes, assim como muitas outras praças da cidade. Não é preciso dizer que rapidamente foram destruídos. Afinal "a África é aqui". Atualmente o "baixo gávea" concentra uma grande quantidade de usuários de drogas. Maconheiros, crackudos, e "cheiradores", fazem a alegria dos traficantes da Rocinha. Mais uma vez eu digo: "onde foi que eu errei?"

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  3. Bom dia, Luiz, pessoal,
    O caminhão da última foto, junto ao bonde, parece bastante com o modelo exposto no Centro Cultural da Light, que era elétrico.
    Já a igreja praticamente não sofreu alterações.

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  4. Cadê o Biscoito?Enquanto escrevo pode ter chegado mas ontem ficou no debate com o gerente e o Gustavo com Ibope elevado.Dificil acreditar que em 59 a Gavea ainda fosse uma "cidade do interior.Muito boa foto.

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  5. Eu ia chutar que era depois de 59, pois a Rural-Willys já é brasileira, 58, ou 59. O DKW Camionete (Universal no nome - curioso, a Kombi teve seu nome imediatamente assumido, já Universal teve que ser trocado para Vemaguet, talvez fosse pretencioso...). À esquerda, vemos o veículo campeão do SDRL, o utilitário Fordson, que só perde para o reboque do Touring Club. À direita na calçada vemos um furgão Fargo, um Austin A-40 Devon, um Morris Oxford, o furgão Chevrolet Boca-de-Sapo das Casas Oliveira e um lotação.
    Na foto da urbanização, dois Ford T, o caminhão e o sedan.
    E a Gávea já foi pior, havia o tempo em que o acesso ao Túnel, então Dois Irmãos, era lá no alto da Marquês de São Vicente.

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  6. "Bom dia".

    Até o final do ano passado, antes da morte do meu irmão mais velho, era normal eu ir a exposições no IMS e passar pela Marquês de São Vicente. Hoje, infelizmente, não posso mais fazer esses passeios, pois não posso deixar minha mãe sozinha por muito tempo.

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  7. A Gávea, o Leblon, e o Humaitá, eram locais sem maior expressão e valorização imobiliária até o advento dos túneis. Comparável aos engarrafamentos existentes em Jacarepaguá são os engarrafamentos da rua Jardim Botânico. FF Assisti em um canal do You Tube om vídeo que retrata o clímax da decadência moral e que certamente levará o "coup de grace" em 07 de Outubro. A esquerda será aniquilada nas próximas eleições pelas suas imorais propostas que ganham vulto não só devido à absurda desinformação de grande parte da população brasileira, chafurdada entre o analfabetismo, o consumo de drogas, e o "torpor moral" tão comum em povos decadentes. O que a esquerda não contava é que apesar de todas essas mazelas, os valores morais baseados na família e no cristianismo falaram mais alto. Conversei com inúmeras pessoas de um extrato social modesto, mas que foram convencidas por argumentos como: "Você quer que seu filho pequeno brinque de boneca na escola e use saias?", ou mesmo: "você quer conviver com homossexuais namorando na sua porta?" Sempre a "família fala mais alto" e esse tipo de sentimento é inquebrantável, mesmo em sociedades "comprometidas"...

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  8. Bom Dia! O Auto Union, mais tarde Vemaguete,(que lá naquela outra cidade chamavam de Caminhonêta)está tentando trilhar.Mas como tem bitola menor vai arranjar é um rasgo no peneu.

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  9. Se o Joel está se referindo aos túneis Velho e Novo eu concordo. Mas se está se referindo aos outros da zona sul eu discordo. A Gávea dos anos 50 era um paraíso de tranquilidade, com seu bonde 7. Poucos edifícios e muitas casas, de modestas a mansões. Entretanto tinha um canal de esgoto a céu aberto por toda a Marquês de São Vicente.
    Quanto ao Parque da Cidade um local lindíssimo, ótimo para fotografar e fazer passeios, para a criançada correr despreocupada e fazer piqueniques, está abandonado há muitos anos. Como o museu da cidade pode estar fechado e abandonado enquanto se gasta uma fortuna em novos museus?

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    1. Com a saída do túnel Rebouças na Lagoa aberta em 1967, teve inicio o aumento do fluxo de carros da Região. Com a inauguração do Túnel Dois Irmãos em 1972, esta selada a sorte da região. Hoje em dia a região da Mario Ribeiro possui um transito "indiano". Demorei do Batalhão do Leblon até a Fonte da Saudade APENAS 35 minutos.

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  10. Concordo com o Mauroxara... Uma "Sonderklasse" não podia trilhar nas ruas. Aliás, seu sistema de dinamo- motor de arranque,em uma só peça, conhecido por Dyna, era o terror dos eletricistas.

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  11. Bom dia a todos. Ultimamente tenho até frequentado bastante a Gávea, quase que semanalmente vou ao cinema ou ao teatro no Shopping da Gávea, quando era criança, lembro que mensalmente sempre no primeiro domingo do mês, costumava ir acompanhando o meu pai a casa do senhorio que alugava uma loja comercial na cidade, meu pai já levava o recibo preenchido e ele só dava uma rubrica e recebia o dinheiro, sem se quer contar, as vezes ficavam conversando por um bom tempo. Se tornaram grandes amigos e este quando já estava bem velhinho, um dia fez uma boa proposta irrecusável ao meu pai para que comprasse o imóvel. Também acessei muito o túnel dois irmãos pela Marquês de São Vicente. Tenho muitas fotografias do meu filho criança, quando ia nos finais de semana ao Parque da Cidade, onde ele adorava brincar, a favela ainda estava em formação, o museu funcionava e ele adorava brincar na água, que naquela época ainda era bastante limpa. A última vez que fui próximo ao parque foi para ir numa exposição de fotografias no IMS, me aborreci que uns flanelinhas que queriam me extorquir para eu estacionar, nunca mais retornei.

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    1. Flanelinhas são um produto da "Nova República". Trata-los na forma da lei é a única linguagem que conhecem.

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  12. A Gávea devia ser um dos melhores do Rio pra se viver.

    F.F Estava agora há pouco lendo a biografia do general Lott. O cara era o bastião da legalidade e democracia, além de hábitos contidos e de demonstrações humanitárias. Já tivemos militares melhores. Esse podíamos, realmente, chamar, com todas as honras, de MITO.

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    1. Não sei se o Lott era tudo isso,pois a época da eleição eu era garoto,mas tomou uma sova do tresloucado do Jânio,que fez folclore durante 7 meses.Concluimos que o povo brasileiro é ruim de escolha.

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    2. Poucos anos depois da eleição do Jânio, toda vez que alguém falava o que estava errado no Brasil meu pai dizia: "eu votei no Lott", como uma gozação com os janistas. Meu avô paterno foi um getulista e o materno udenista, por isso consigo conviver com pessoas de ideias opostas.
      Muita gente votou e se decepcionou com o Jânio, eleito num partido pequeno. E 29 anos depois, também por partido quase desconhecido, foi a vez de Collor, que tem ex-eleitor que gostaria de descontar a raiva nele até hoje pelo confisco do pacote econômico. Agora, passados mais 29 anos, aguardamos.

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    3. A numerologia é uma ciência oculta confiável e digna de ser levada a sério. Mas não não é o caso. O caso é que Jânio era um comunista enrustido que acabou se revelando pernicioso. Collor era um "coronel" do tipo Ciro Gomes e igualmente comunista, nunca poderia dar certo. Aliás comunista não "se cria no Brasil". Bolsonaro pode não ser o candidato ideal, mas é o que o Brasil precisa. Não é preciso ser especialista em política para saber que a quadrilha que está no poder não irá apear dele pacificamente e o Brasil terá sorte se não ocorrer (mais) derramamento de sangue.

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    4. Engraçado que vimos esse filme de novo em 2014 e esse mesmo pessoal hoje sumiu...

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  13. Conheço a Pç. Santos Dumont, inclusive com familiares em fotos no local, mas da Mq. de S. Vicente nada me vem de marcante na memória. Porém outras ruas no entorno, fora da área de comércio, parecem atraentes.
    Sem o DKW e a Rural eu diria que a foto dos anos 50 seria do tempo da 2ª. Guerra Mundial, até pelos faróis escurecidos, ou ausentes, dos 2 caminhões à esquerda. Fui perguntar ao Street View sobre o Posto Ipiranga e lá informa que ele não existe mais naquele local.

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  14. Casas Oliveira era uma rede de armazéns da cidade. Em 1969 meu pai e seu sócio compraram uma loja deles na Rua Jardim Botânico 709, para ampliar a concessionária de veículos.

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  15. Boa tarde!
    Adoro ler tudo da época dos anos 50 e 60 principalmente onde eu morei na Marques de São Vicente, Gávea.
    Tenho histórias desse lugar que nasci e fui criada. Aí se pudesse voltar no tempo.Sinto uma imensa saudades! ❤❤

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