As
duas primeiras fotos de hoje, do AGCRJ, mostram o Corte do Cantagalo em 1939, um
ano após sua inauguração, e a famosa Praça Eugenio Jardim, a PEJ, que tanto
sucesso fez há tempos no SDR do Terra. A última foto, do acervo do GMA, mostra
o DKW na mesma posição do ônibus uns 25 anos depois.
Esta
praça, que tem de um lado os edifícios Colona, Roosevelt e Muiraquitã, além do
último em direção à Lagoa onde morava a família Cairo e cujo nome nunca
descobri, e do outro lado o gigantesco Estrela Brilhante, foi onde passei
muitas manhãs e tardes nos seus brinquedos.
Na
época só havia rema-rema, balanço e gangorra. É uma praça pequena, hoje em dia
transformada na estação de metrô Cantagalo.
Inúmeros
comentaristas do SDR moraram nos edifícios citados, tais como o GMA, a Dra.
Psicóloga, o Rockrj. E já contaram as curiosas histórias que viveram, como a
Tia Lu que estacionou o carro na garagem do Colona, deixou em ponto morto, não
puxou o freio de mão e viu seu automóvel descer de ré, sozinho, pela garagem,
atravessar a pista sem bater em nada e parar na calçada da praça...
Nesta
praça fica também o antiquíssimo Quartel dos Bombeiros de Copacabana.
No
morro que vemos ao fundo fica a Chaminé dos Morcegos, escalada pelos
adolescentes dos anos 50 e 60, com acesso pela Rua Gastão Bahiana. Por ali
também passava o Caminho do Caniço, um dos acessos da Lagoa para Copacabana
(procura-se o traçado correto deste caminho até hoje).
O ônibus estacionado na PEJ, em direção a
Copacabana, é o que fazia a linha “Palace Hotel-Barata Ribeiro”, nº 53.
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Um DKW único, 1961, a primeira Vemaguet chamada por este nome. O friso no capô, junto com o parachoques e calotas modernas definem o modelo, que ainda possuía os 4 frisinhos verticais na mala, uma herança germânica que acabou em 62. Disse o Rouen que a Vemaguet dele era 62 e tinha friso no capô. Possa ser...
ResponderExcluirNa outra calçada, um Simca Chambord, dos primeiros, um GM americano dos anos 60 e, ao longe, um provável Buick 51-53.
O Buick pode ser um Oldsmobile, da mesma safra. Mas não é Chevrolet, nem Pontiac e nem Cadillac.
ResponderExcluirBom dia a todos. Copacabana nos seus melhores dias. Se esta foto fosse nos dias de hoje, todos os comentaristas diriam que ela foi limpa e arrumada para a fotografia, igual fábrica em dia de visita do Presidente.
ResponderExcluirMesmo a foto dos anos 60 mostra que a região era calma. Quando minha tia foi morar no Ed. Dom Navarro, na esquina de Sá Ferreira com Raul Pompéia, o túnel Sá Freire Alvim estava sendo aberto e a região era tranquila. Mesmo com a abertura do túnel, o Corte do Cantagalo tinha pouco movimento. As favelas da Catacumba, Pavão-Pavãozinho, e da Praia do Pinto eram inofensivas, o que mostra que apesar da existência delas "todos conheciam seus lugares". Para aqueles que sempre moraram na região, como é o caso do "Gerente", essa sensação de tranqüilidade é compartilhada. Por algumas vezes eu estive no Tobogã da Lagoa, embora não nunca tivesse descido nele por falta de coragem, mas apesar da "precariedade urbana", não havia qualquer problema de segurança. Mesmo quando eu às vezes "gazeteava" no tempo em que estudei no Colégio Brasileiro de Almeida, ficava "batendo pernas" até a curva do Calombo e nunca tive problemas. Hoje em dia, sem o "Lagoa Presente", andar por ali é um risco.
ResponderExcluirParece que vamos cornetar a nova diretoria antes mesmo de assumir se for verdade que está negociando com Felipe Mello um mau elemento um desagregador e metido a cavalo do cão. E bom deixar este careta lá em São Paulo pois vai encrencar o ambiente e reforço mesmo parece que é o Muralha e também Rafael Vaz duas apostas malucas do time do Bandeira e depois não sabe porque perdeu eleição .Está nova diretoria precisa estar atenta para não repetir as besteiras e pode começar a encher a barca com Geuvanio,Rômulo,Marlos e outros mais.
ResponderExcluirCom pouca gente é melhor arrumar a casa; o Rio inchou. Li uma matéria uma vez que dizia que os Sinca Chambord eram umas bombas de ruins...
ResponderExcluirE por esta razão ganhou o apelido de Belo Antônio.
ExcluirVcs sabem o porquê de "Corte do Cantagalo"?
ResponderExcluirA pracinha existe até hoje só que bem encurtada.
Existe uma ou existia uma passagem no morro na descida do Corte sentido Rebouças para a favela da Catacumba. Há uns anos atrás ainda se ouvia a molecada vindo por este lado pegar jaca.
Antes de ler o que está escrito no rodapé da primeira foto pensei em Teresópolis.
ResponderExcluirNo mês anterior às fotos de 1939, a praça foi notícia no Correio da Manhã por conta de um acidente com um auto de praça, que depois de uma derrapagem bateu em um poste e se projetou contra a parede do quartel do Corpo de Bombeiros. O chauffeur fugiu, abandonando a passageira ferida, que foi encaminhada ao Miguel Couto tendo alta após receber curativos.
Em setembro do mesmo ano o jornal falou sobre a estatística de número de passageiros nos "omnibus", referente justamente ao mês em que os coletivos foram fotografados, estando a linha Praça Eugênio Jardim - Palace Hotel entre as mais utilizadas. O texto do matutino parece puxar para o lado dos ônibus, na concorrência contra bondes e trens, ao dizer sobre a importância que ia assumindo na vida da cidade.
Esse Palace era o agora "falecido" hotel da Av. Rio Branco?
Sempre que estou no Rio passo direto pelo local onde está a Vemaguete,mas não consigo relacionar com a foto da pracinha.A porta aberta em sentido inverso não deixava de ser um grande espanto,mas os observadores gostavam.
ResponderExcluirFora de foco: Segundo matéria publicada em O Globo na semana passada, está em vias de ser votado o novo "Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro", que contém alguns absurdos como a permissão de construir imóveis de até 30 M2 e sem a obrigatoriedade de possuir vagas de garagem caso estejam situados a pelo menos 800 metros de estações de Metrô, trem, ou BRT. Isso será terrível, já que sob a alegação de que há uma "nova configuração das famílias modernas", tal padrão arquitetônico caso adotado, fará da cidade em pouco tempo uma enorme "Rio das Pedras" ou uma gigantesca "Prado Junior", com uma quantidade assustadora de edifícios do padrão "Rajá" ou "200". Como diria um certo operador da fé, "um espanto!". FF 2: Onde é o local da foto de ontem?
ResponderExcluirBoa tarde, Luiz, pessoal,
ExcluirJoel, a fama do Rajá e do 200 é tão ruim que ambos mudaram de nome, o 200 virou Richards ( acho que até mesmo a numeração mudou,para 198) e o Rajá virou Solymar.
Mas continua a mesma coisa por dentro.
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ExcluirValeu Luiz! Cheguei perto, é que faz algum tempo que eu não passo exatamente ali.
Excluir1) A cidade só vai piorar.
ResponderExcluir2) Esperava que o Helio Ribeiro esclarecesse.
A "excrescência" tem diversos nomes, a saber: Dejetos, fezes, bolo fecal, e outros mais desagradáveis, mas o odor é o mesmo... Assim é uma enorme parcela de prédios em Copacabana, Botafogo, e Catete...
ResponderExcluir"Boa sorte a todos".
ResponderExcluirA obra do Corte do Cantagalo foi acompanhada pela Revista de Engenharia do DF e devidamente registrada pelo Augusto Malta.
Legal a matéria!
ResponderExcluirSempre que procuro sobre algo (e na parte ANTIGA), encontro mais coisa.
Essa parte da cidade bacana mesmo.
Passava até com frequencia quando nesta residia (alias quando nasci morava na LAGOA/do outro lado) _ e sei que está bem diferente.