As
fotos de hoje mostram propagandas do Carlos Lacerda, que foi governador da
Guanabara e pré-candidato à presidência em 1965, para a eleição que não foi
realizada por conta da Revolução de 64.
Político
altamente polêmico, tinha muitos admiradores e muitos adversários. Mas
certamente foi muito melhor que qualquer um dos últimos governadores do Rio
(embora isto não seja difícil).
Os
comentaristas do “Saudades do Rio” já se manifestaram sobre ele em “posts”
anteriores:
“Em
1965 não se elegeria. O JK ganharia fácil”.
“JK ganhava essa fácil. O que tinha ele de simpático, tinha o Lacerda de
antipático. Mas ambos eram eficientes no que faziam e marcaram época.”
“Não daria certo, pois era uma personalidade
imprevisível. O que Lacerda venderia, já que acabou com o$ Bonde$ na Guanabara,
por razõe$ que que $ó ele $abia?”
“Lacerda
também foi traído pela Revolução que apoiou. Achou que os militares poriam
Jango para fora e se recolheriam aos quartéis. Levou uma "puxada de
toalha" homérica, sendo cassado junto com JK.”
“Lacerda
era um mito da classe média Zona Sul do Rio. Lacerda teve uma montanha de
dinheiro para gastar e gastou mal. Privilegiou a Zona Sul, quando deveria ter
gasto o dinheiro em obras que beneficiassem todo o estado e criasse condições
de expandir a cidade para a Zona Oeste. O resultado foi a verticalização da
Zona Sul e a falta de infraestrutura no restante da cidade. a única grande obra
que beneficiou a todos foi o Guandu. Lacerda não conseguiu nem mesmo eleger seu
sucessor.”
“Sempre
torci pelo Carlos Lacerda. Lamentei muito não ter podido concorrer a eleição em
65.”
“Lacerda
era no mínimo bastante controverso, basta darmos uma simples olhadinha na
disparidade dos comentários aqui presentes. Meu Pai era lacerdista roxo e me
levou ainda menino para ver as obras do então GUANDU, que muitos debilóides de
antanho diziam que sequer existiam."
Será que
daria jeito no Rio de hoje?
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Polêmicas, polêmicas, nisso o cidadão foi campeão.
ResponderExcluirO Chevrolet 1947 Fleetmaster, em 1964 deveria ser um dos últimos táxis do velho Rio. Como eram ótimos esses sedãs americanos, espaçosos e duráveis, ainda fazem bonito em Cuba, levando paramédicos ao aeroporto.
Vamos por partes. Lacerda era o preferido da classe mais esclarecida na Guanabara, embora parte da "ralé" também o admirasse. A corrupção está no DNA do brasileiro e muitos fatos ocorridos sugerem que Lacerda tenha levado "alguma vantagem", embora que, se comparado à um Pezão ou um Cabral, seja um sério candidato à uma canonização. Em se tratando de segurança pública, o caso dos mendigos do Rio da Guarda dispensa maiores comentários. Havia um comitê na Praia de Botafogo quase na esquina de Voluntários da Pátria em 1965 onde ocasionalmente minha mãe ia. Lá também eram distribuídas "flechinhas douradas" muito utilizadas como broche. Uma rotina presenciada por mim em diversas ocasiões merece registro, primeiro em uma escola no Largo do Tanque e depois no Instituto de Educação. No dia do pagamento das professoras e ao meio dia, o "pagador" chegava nas escolas, acompanhado por um segurança, carregando um imenso malote com os envelopes nominados fechados contendo o pagamento das professoras e demais funcionários. Era uma rotina normal e ocorrida em todas as escolas. Nunca se soube de roubos ou furtos. Eram "outros tempos"...
ResponderExcluirMeu saudoso pai foi secretário da UDN e posteriormente candidato a deputado federal. Ele considerava Lacerda o maior orador do Brasil. Lembro que no auge da ditadura nos anos 70, costumava dizer que se fosse permitido a Carlos Lacerda discursar na TV, poderia derrubar o governo militar, que em minha opinião deixou saudades, face ao caos que se instalou no Brasil afora em todos os níveis e setores da sociedade.
ResponderExcluirPodia ser um fundo do baú com estas fotos. Os plásticos de propaganda eram uma febre nos anos 60 e 70, sendo aquele coelhinho do motel Playboy um dos mais vistos. Hoje em dia nem plástico de time de futebol se pode por sob pena de vandalizarem o carro.
ResponderExcluirOutra coisa que não se vê mais é um padre de batina.
E aquela Joalheria Krause ali atrás da placa da rua do Ouvidor tinha uma filial em Copacabana na esquina da rua Santa Clara com Copacabana.
"Padre de batina e índio de tanga só existem atualmente no folclore". Lacerda podia ter muitos defeitos mas a sua obstinação e erradicar favelas mostra que tinha visão urbanística. Quem gosta de favela é político mal intencionado, comunista, indivíduos "doutrinados", maconheiros, e traficantes. Imaginem o "esqueleto" ao invés da Uerj, a favela do Pasmado atualmente, ou a favela Macedo Sobrinho e os arrastões no trânsito caótico do Humaitá atualmente. O grave defeito de Lacerda foi erradicar os bondes e isso foi imperdoável. Há muito eu venho dizendo que estamos vivendo um "Soweto às avessas". Para quem não sabe, Soweto era um grande gueto junto a Johanesburgo onde os negros viviam relativamente confinados sob o regime de apartheid. Aqui no Rio é o inverso, onde bandidos oriundos de favelas, crackudos, e marginais de toda espécie, obrigam a "classe produtiva e economicamente ativa" a se manter fechada dentro de casa e com o seu direito de ir e vir gravemente comprometido. Alguém duvida?
ResponderExcluir"Boa sorte a todos".
ResponderExcluirMe identifiquem com algumas dessas frases.
Durante algum tempo em uma barraca na Pedro Lessa esteve à venda um disco, não lembro se LP com discursos do Lacerda.
O Lacerda era tão malandro que "mudou" a data de fundação da cidade para Primeiro de Março de 1565 (era 20 de Janeiro de 1567) para poder organizar os festejos do Quarto Centenário.
Me identifiquei... Droga de corretor automático!
ExcluirFF: morreu aos 94 anos o ex-presidente americano George Bush (o pai).
Isso não está correto. Vinte de Janeiro de 1567 foi a data da batalha em que os portugueses derrotaram a coligação de franceses e índios e expulsaram o contingente francês definitivamente. Nessa batalha morreu Estácio de Sá. Mas a fundação da cidade sempre foi Primeiro de Março de 1565, ou seja, dois anos antes. Em 1965 eu estava no primário e dessa forma aprendi. Nunca ouvi dizer dessa "mudança de datas". Mas há uma explicação para essa e muitas outras inverdades, inverdades essas que se devem à conduta deliberada de professores mal intencionados a partir dos anos 80. Foi dessa forma que assassinos e torturadores como Stálin, Mao Tsé Tung, Karl Marx, e Fidel Castro, se tornaram "heróis" e ídolos de estudantes universitários. Desse Caldo de Cultura nascem os Freixos, os Lulas, os Dirceus, as Marielles, os Wyllis, e muitos outros "fétidos"...
ExcluirEm 1965 o Lacerda já tinha feito a mudança. 20 de janeiro sempre foi feriado (exceto nos anos que o Negrão de Lima suspendeu e houve o "castigo dos céus").
ExcluirO ideal era procurar textos anteriores ao mandato do Lacerda, da época do DF...
Bom Dia! Lembrei da rima de gozação que se dizia quando passava alguém com o broche da flecha na blusa ou camisa.
ResponderExcluirBom dia a todos Tenho um chaveiro igual ao mostrado na foto da campanha do Lacerda na minha coleção. Foi o melhor governador do Rio de Janeiro na minha opinião, muito embora fosse criança na época porém o legado de obras importantes realizadas no período do seu governo me fazem afirmar que sim, pois depois dele ninguém se quer chegou perto de tantas realizações. O problema é que o Rio foi invadido por demagogos após a transferência da Capital Federal e o que veio após ele, foi somente governos incompetentes e demagogos.
ResponderExcluirComentei outro dia que lembro da disputa eleitoral entre Negrão de Lima e Flexa Ribeiro para suceder o Lacerda, inclusive de discurso deste na campanha de seu indicado, mas dessas propagandas do próprio para presidente não lembro. Merece pesquisa, pois acho que primeiro adiaram e só depois cancelaram a eleição direta, através do Ato Institucional 2, de 27/10/1965, que além da assinatura do Castelo e do Costa e Silva, tem também a do Eduardo Gomes, o derrotado 2 vezes em eleições diretas. Com os "olhos de hoje", pegou mal para um perdedor fazer isso.
ResponderExcluirPela Constituição de 1948 a votação teria acontecido no dia 03/10, junto com a de governadores.
Acabou com os bondes do Rio mas deixou um monte lá na Gavea.Andou rezando na cartilha dos militares no início e depois se ferrou.Melhor que qualquer um dos último tempos como administrador.***A foto do padre é muito Boa,mas não deixa de ser um espanto a propaganda na valise.Outros tempos...
ResponderExcluirTudo ja foi dito sobre ele.Seu maior erro no seu governo foi ter a acabado com os bondes trocando_ os pelos já defasados troleys.
ResponderExcluirSobre o taxi Chevrolet: até 73, 74, havia carros americanos rodando como táxis. E os Chevrolets sempre em maioria. Confortáveis, velozes.
ResponderExcluirErradicação das favelas!? Onde? Só em algumas da ZS. Largou a ZN e Oeste (antiga rural) às moscas; e, pior, ainda povoou bairros que já possuíam alguma estrutura urbana, como Jacarepaguá, Realengo, Bangu e Campo Grande de favelas "erradicadas" da ZS.
ResponderExcluirPegando um gancho no comentário do Paulo Roberto, a disputa eleitoral entre Negrão de Lima e Flexa Ribeiro, teve um detalhe que definiu a vitória do primeiro. Como naquele tempo não havia quase propaganda eleitoral na TV e os mais humildes e negros não possuíam TV, votaram maciçamente no candidato Negrão, vez que achavam tratar-se de um político negro. Lembro a minha mãe perguntando a nossa lavadeira em quem ela votaria e veio a rápida resposta de que votaria no Negrão de Lima porque ele "é da nossa cor."
ResponderExcluirÉ por essas e por outras é que o Brasil continua chafurdando nesse atraso. Mas tem gente que gosta.
ExcluirNegrão ainda foi um bom governador. O chaguismo foi a grande praga que exterminou a GB. Lembro que meu pai criticou muito a presença do Gen. Orlando Geisel na posse do teoricamente oposicionista Chagas Freitas em 1971. Três anos depois, coincidentemente no Governo do outro Geisel, estava aprovada a fusão com o antigo Estado do Rio e o Chagas voltaria em 1979, mais uma vez eleito indiretamente, o que ficou parecendo um prêmio pelos serviços prestados ao regime.
ResponderExcluirDepois dele vieram, eleitos diretamente, Brizola, Moreira, Marcelo Alencar, Casal Garotinho e a dupla Cabral & Pezão.
"Depois dele vieram, eleitos diretamente, Brizola, Moreira, Marcelo Alencar, Casal Garotinho e a dupla Cabral & Pezão."
ExcluirEssa frase, com o nome dos governantes, explica - sem necessidade de qualquer outra consideração - a situação atual do Estado do Rio de janeiro.
Pelé tinha razão ...
De uma coisa tenho absoluta certeza: nossa cidade não estaria infestada de favelas como está hoje!
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