Nesta
semana estamos vendo como a cidade caminhou para a Zona Oeste através da
Avenida Litorânea que foi iniciada nos anos 50. Esta avenida turística começava
no Leblon, junto ao Hotel Leblon, e iria até Guaratiba. Passava pelo Avenida
Niemeyer, São Conrado, Joá, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Lagoa de
Jacarepaguá, Pontal e entraria pelo interior até chegar a Guaratiba.
Novos
empreendimentos surgiam pelo caminho. Muitos clubes foram criados na década de
60, como vemos nas fotos de hoje.
Foto
1 (Manchete): Vemos o Riviera Country Club, de 1962, que ficava na Av.
Litorânea (hoje Av. Lucio Costa – nome que sucedeu ao de Av. Sernambetiba) nº
3700. Projeto de Ricardo Menescal.
Foto
2 (Manchete): Vemos o Country Club de Caça e Pesca, de 1963, que tinha entre
seus dirigentes Sergio Pettezzoni, Bruno Hermanny e Carlson Gracia. Fica na
antiga Av. Sernambetiba nº 4270.
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3 (JB): Vemos o lançamento do Barra da Tijuca Country Club, outro projeto de Ricardo
Menescal. O projeto consistia em 3 piscinas, salões de jogos, salões sociais,
saunas, jardins suspensos, quadras de basquete e vôlei, picadeiro para
equitação e um campo de polo. Também previa um edifício de 10 andares, com 100
apartamentos para seus sócios, que poderiam usufruir de temporadas anuais de 15
dias. Este clube distava 800 metros da Boate Flamingo.
Foto
4: Vemos o Costa Brava Clube, localizado num local privilegiado, a Ponta do
Marisco. O projeto do clube é dos irmãos Ricardo e Renato Menescal. É de 1962 e
seu acesso é pela Estrada do Joá.
Outros
clubes também foram criados naquela época, tais como o Nevada Praia Clube, na
Av. Litorânea nº 3650, cuja pedra fundamental ocorreu em 1962, tendo como
madrinha a filha do Juscelino, Marcia. Para este clube o arquiteto Ricardo
Menescal projetou um bar dentro da piscina e, para evitar que os sócios
tivessem que atravessar a Avenida Litorânea para ir à praia, construiu uma
passagem subterrânea.
O
Floresta Country Club, na Estrada do Bougainville, no Itanhangá desde 1961,
além da sede social, piscina e campos esportivos, tinha também uma seção de
equitação. O projeto de Ricardo Menescal previa não haver paredes. Lajes,
vidros e próprios rochedos faziam as divisões interiores. Hoje, com o “progresso”,
tudo mudou.
Gávea
Golf & Country Club (São Conrado), Itanhangá Golf Club (Itanhangá), Novo
Rio Country Club (Recreio dos Bandeirantes), Marapendi (Barra da Tijuca) são outros
clubes destas regiões nos anos 60.
Quem
se lembra de outros?
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À época deste turbilhão de lançamentos de novos clubes na promissora e futurista Barrada Tijuca, meu pai comprou os títulos do Costa Brava e do Barra da Tijuca Country Club, sendo que este, também prometia ter cavalos de passeio para os sócios. Lembro que frequentamos bastante logo após a inauguração mas as obras do hotel e das baias do parque hípico prometidos não foram construídos e vendemos o título. Era muito bonito olhar da piscina deste clube a praia da Barra ainda virgem e com pouquíssimas construções na orla ao redor do clube. Já o Costa Brava entregou todo o projeto que constava no lançamento e aí ficamos assíduos frequentadores.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirComo essa não é a minha praia, ficarei acompanhando os comentários.
Bom dia, Luiz, pessoal,
ResponderExcluirDa lista de clubes de hoje, tenho alguma lembrança de passar o Ano Novo no Costa Brava, na famosa piscina de água salgada. Eu não lembro, porém, desta passagem descendo até a ponta do rochedo. Talvez hoje esteja encoberta pelo mato.
A Ponta do Marisco deveria abrigar um forte de cúpula,nos moldes do de Copacabana, segundo um dos planos da Inspetoria de Fortificações. Seria o primeiro a ter calibre acima de 12 polegadas.
Quanto ao Floresta, meus pais foram sócios desde o início dos anos 70, participaram de diversos eventos, principalmente no Carnaval, que acontecia na sede social. De fato, as pedras entravam pelos salões, e havia pisos de madeira escura e correntes grossas na decoração.
Lembro de um dia em que a piscina foi fechada para a gravação de um filme do Carlos Imperial,acho que era uma comédia.
Hoje teremos muito trabalho! Era a época de ouro dos "clubes sociais", locais de lazer das famílias em uma época que a instituição familiar AINDA era o principal sustentáculo basilar da sociedade brasileira. Se prosperassem na mesma proporção das expectativas de então, teríamos atualmente uma grande "Riviera Tupiniquim" (sem pejorativo). Mas existia um clube não citado na postagem e que ficava na atual Avenida do Pepê entre a Olegário Maciel e o Pontal, cujo nome era "Casa da Praia" e eu frequentei em 1966. Aliás na esquina da Olegário Maciel com a Sernambetiba fica o edifício onde foi oferecido um apartamento à meu avô por um ótimo preço, mas ele recusou peremptoriamente alegando que seria "jogar dinheiro fora"...
ResponderExcluirIsso no distante ano de 1960.
ExcluirDos clubes citados eu frequentei alguns, a saber: O Costa Brava nos anos 80, com a sua aconchegante boate; o Novo Rio em 1978, em uma época que a Avenida das Américas após a atual Ayrton Senna era parcialmente "de chão", e a sua boate noturna aos Sábados era um ótimo "abatedouro de carne"; O bailes de dança de salão nos anos 90 no Nevada. A região do Itanhangá, da Muzema, e de Rio das Pedras, a "Pisa carioca", locais próximos à alguns dos clubes citados, eram apenas partes de uma região rural. Havia ainda nessa região o clube Eldorado, mas não sei se ainda existe ou foi "fagocitado às avessas". A Muzema, para quem não sabe, é uma espécie de "região nobre" entre o Itanhangá e Rio das Pedras, e que brevemente se integrará à última para formar uma "grande megalópole"...
ResponderExcluirJoel, a Muzema já é "comunidade-satélite" do Rio das Pedras faz tempo. O que há de desmanche de carros por lá não é brincadeira.
ExcluirUma vez, havia até mesmo um Kubelwagen, com restos de pintura cáqui.Se eu pudesse comprar, levava na hora!
Não entendi no comentário das 08:09 o que vem a ser "Pisa Carioca".
ResponderExcluirBom Dia! Não gosto deste tipo de diversão, Sou mais chegado ao campo. Nada como um sítio onde você manda e pode ficar quantos dias quiser sem se preocupar com diárias. Fui sócio de um "abatedouro", por isso quando surgia uma lebre, não precisava ir para a barra.
ResponderExcluirAlguém saberia dizer como andam estas instituições?Ainda promovem eventos como carnaval,por exemplo?Penso que aqui em Vix apenas dois clubes "sociais" ainda existem,mas não tenho idéia de como andam...
ResponderExcluirNunca fui a nenhum desses clubes por uma única razão: nenhum habituée de minha coluna jamais poria os pés em um empreendimentos desses. Meu concorrente daria uma "bola preta". Não posso ficar atrás.
ResponderExcluirEste José Rodolpho parece uma nota de R$ 3,00.
ResponderExcluirNão conheço os clubes em foco, mas a situação em geral está difícil para muitas dessas agremiações e similares. Viajar, principalmente para a Região dos Lagos, é o lazer favorito de muita gente nos últimos tempos.
ResponderExcluirFalar no assunto, é quase certo que o CRF vai ter tempos difíceis pela frente. Coitado do tesoureiro do clube da Gávea.
ResponderExcluirO comentarista supra parece ter toda razão.Eu vou aproveitar e antes da reforma da Previdência pedir a minha aposentadoria p´revendo que em breve nosso time vai voltar a época de Onça,Radar e similares.
ExcluirO termo correto é "tempos bicudos". A falta de consciência humanitária é o menor dos adjetivos que podem ser atribuídos ao Flamengo, para não entrar no campo da descortesia. As responsabilidades civis e criminais serão apuradas até às últimas consequências. Não custa lembrar o caráter de Irineu Evangelista de Souza quando, cônscio de suas responsabilidades, indenizou todos os seus credores diante das dívidas contraídas, muitas delas em razão das manobras sorrateiras e criminosas de Pedro II, que afinal teve o fim merecido. O Flamengo está mostrando com suas atitudes o que muita gente suspeita O QUE ESTÁ por trás da tantas contratações, transferências, e negócios milionários dos quais o Flamengo é partícipe. Com atitudes pusilânimes e até descorteses para com a imprensa, o Flamengo certamente conhecerá o real sentido da expressão "Dura lex ser lex".
ExcluirSed lex
ExcluirO apelido vem da enorme quantidade prédios semelhantes à "torre pisana" construídos com a "tecnologia nordestina", método "fantástico" que emprega "tecnologia paraibana, cearense, ou pernambucana, e onde os prédios são construídos sobre areia ou argila, e a vida útil dos memos vai até que uma ordem judicial, uma ação da prefeitura, ou o próximo temporal os ponha abaixo...
ResponderExcluirBoa tarde. Assunto interessante, os clubes da Barra acho que a maioria desapareceu. Não frequentei estes clubes, dos comentados apenas uma vez fui jogar bola no Fazenda Marapendi e fui ao Nevada.
ResponderExcluirNunca tive habito de frequentar assiduamente clubes. Dos citados apenas o Costa Brava, onde durante uns dois anos ia com um grupo toda quarta-feira à noite. A manhã de quinta não rendia nada no trabalho...
ResponderExcluirO Saudades do Rio manda um grande abraço para o Candeias, cuja esposa faleceu. A “tia” Regina era queridíssima pelos alunos do Andrews.
ResponderExcluirForça, amigo.
...Que pena, nenhuma foto do NEVADA...Clube que frequentei na Minha Infância.
ResponderExcluirAlguém lembra do Clube Eldorado na General Polidoro em Botafogo ?
ResponderExcluirSaudade das partidas de futsal no Eldorado da Polidoro , lá jogaram Robertinho ponta direita do fluminense e Flamengo , cria da Polidoro .
ResponderExcluirFrequentei na infancia o Clube Canaveral que ficava do outro lado do local atual shopping Downtown e o Nevada que agora é um aparthotel.
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