Dois mestres da colorização: Nickolas Nogueira e Reinaldo Elias.
Dois grandes fotógrafos: Marcel Gautherot e Kurt Klagsbrunn.
Duas décadas: 1950 e 1960.
O carnaval, se comparado com os dias atuais, tranquilo e, talvez, mais ingênuo.
A primeira foto é de 1965 e vemos a Rua México nas vizinhanças da Rua Pedro Lessa. Ao fundo, podemos ver a figura de Carlos Lacerda em um dos carros alegóricos.
Na segunda foto vemos uma ousada passista exibindo as pernas.
A última foto é uma cena de um baile de carnaval na Boate Casablanca, na Praia Vermelha. Parece algo fora do lugar brincar carnaval de "smoking".
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Um baile de carnaval trajando smoking ou "summer" é algo corriqueiro em sociedades civilizadas e por conseguinte o Brasil se encaixava nesse perfil naquele período. Em bailes no Copacabana Palace e no Quitandinha era praxe trajar vestimentas de gala. Entretanto, o "lado mais humilde" da população também demonstrava civilidade e de certa forma, educação. Em 1965 vivíamos o "período brando" do governo militar e a estrutura das polícias ainda mantinha a forma criada em 1960 no novo governo da Guanabara, que pouco diferia do velho DFSP. Quando alguém era preso ou detido no carnaval só era libertado na Quarta-feira de cinzas e ficar preso em uma delegacia distrital era o pior dos pesadelos. Como não havia "plantão judiciário" como conhecemos hoje em dia, o povo "andava na linha" e "cada um conhecia o seu lugar". A lança perfume, proibida em 1961 pelo comunista Jânio Quadros, ainda era encontrada com facilidade nos anos 60, sendo que apesar da proibição, muitas lojas a comercializavam. Alguém lembra das "revistinhas de sacanagem" que eram de venda proibida mas que toda banca de jornal vendia? Com a lança-perfume era "mais ou menos por aí"...
ResponderExcluirA Rodouro perfumava os velhos carnavais...
ResponderExcluirNa primeira fotografia vemos o Lacerda na campanha CL 65?
ResponderExcluirJá faz alguns alguns anos que carnaval e até festa junina o fundo musical é composto do horrível funk.
ResponderExcluirA colorização que esses caras fazem é sensacional.
ResponderExcluirA terceira foto é uma imagem emblemática da casagrande brincando de senzala.
Carnaval dá margem à desvarios motivados pela ingestão de álcool e drogas em geral. Neste carnaval um outro motivo causou esse "frisson": A viagem do chefe de quadrilha Lula em razão do velório do "neto postiço". A esquerda colocou o nariz fora da toca e as manifestações deveriam figurar no Zorra Total...
ResponderExcluirBoá tarde, Dr. D'.
ResponderExcluirA primeira foto é colorizada? Não vi referência no grupo de que fosse.
Já as outras duas dispensam comentários.
Sobre o comentário de 13:07, o que dizer de um minion da primeira família, chegada a laranjas e afins?
Espero que nunca passe pelo que o Lula passou nesses últimos dias. Fosse quem fosse, até o Cabral, por exemplo, nessas horas a humanidade tem que falar mais alto. Mas, em se tratando de quem é e de quem é seguidor, nada surpreendente a reação raivosa e despropositada...
Boa tarde, Luiz, pessoal,
ResponderExcluirEsta boate Casablanca, pela localização e pelo arco ao fundo, deve ser o Círculo Militar, não?
A foto do Lacerda ao fundo é clássica, me lembra a capa de um "disco de discursos" de cunho propagandístico, chamado Rio Cidade Indomável, acho que de 1965, organizado pelo Raul Brunini.
Augusto, cuidado que num "sítio" de memória não é permitido comentário sobre política; aliás, só alguns que se auto declaram que para eles, sim, é permitido....kkkk
ResponderExcluirAtitude típica de quem é simpatizante de regimes de exceção.