Esta
semana constatei que, tal como quando estava hospedado no TERRA, o “Saudades do
Rio” desapareceu do UOL. Desta forma, milhares de fotos e centenas de milhares
de comentários se perderam. Vamos ver quanto tempo resistirá aqui no Blogger.
O
tema de hoje visa a recuperar algo já publicado sobre a Praça Eugenio Jardim,
em Copacabana.
A
primeira foto, publicada por Isabel Roque, mostra lá no fundo a Rua Miguel
Lemos, enquanto o DKW subia o Corte do Cantagalo. Obiscoitomolhado identificou
o DKW da fotografia como sendo o modelo 1001, de 1964, o único que tem a porta
não-suicida com o para-choque antigo. O DKW foi produzido de 1956 a 1968 e
chegou perto de cem mil unidades produzidas. Indiscutivelmente foi um sucesso.
As
outras duas fotos foram enviadas pelo GMA. Uma mostra os irmãos dele embarcando
num DKW. Talvez estivessem se dirigindo
para o colégio, o famoso "Curso Infantil", de D. Eva Levy, na
Travessa Santa Leocádia, onde também estudei.
No
entorno da praça, em diversas épocas, moraram figuras importantíssimas dos FRA,
como o próprio GMA, a Dra. Psicóloga, o Roberto, a tia Lu (proprietária do
famoso automóvel que saiu da garagem sem motorista e entrou de ré no meio da
praça... ).
Muitos
colegas do Curso Infantil moraram também por aí, como o Carlos Ronald e o
Carlos Raul, em edifícios como o Roosevelt ou o Muiraquitã.
Quando
criança brinquei muito na PEJ, uma pracinha pequena, com quatro balanços, um
rema-rema e três gangorras, na época. O atrativo adicional era assistir às
saídas dos bombeiros do quartel de Copacabana.
Na foto podemos observar um Corte do Cantagalo com trânsito tranquilo e, na
Miguel Lemos, as obras de construção dos edifícios Estrela de Ouro e Estrela
Brilhante, de 1959, projetados pelo jovem arquiteto Paulo Casé.
Lá no prédio do topo do Corte, à esquerda, morava uma encantadora menina de
nome Márcia, que abalou os corações de muitos adolescentes que estudavam no
IBEU de Copacabana nos anos 60.
Quanto
aos carros da segunda foto, além do DKW podemos ver um Simca Chambord, um
Chevrolet 1961 ou 62 e à sua frente um Plymouth, Dodge, DeSoto ou Chrysler,
1949 a 1952.
A
útima foto, bem antiga, mostra o Quartel dos Bombeiros, junto à Rua Pompeu
Loureiro.
Em
1918, D. Rosa Leopoldina Guimarães fez a doação de um terreno situado entre as
antigas ruas Guimarães Caipora, atual Bolívar, e Furquim Werneck, atual Xavier
da Silveira, destinando-a à construção de uma estação para o Corpo de Bombeiros,
que está lá até os dias de hoje.
|
A Vemaguet da foto 2 é 1961, modelo 1000, ainda com friso no capô e portas suicidas (comparando a foto 1 com a foto 2, os leitores poderão entender a diferença entre as portas, suicidas, ou não).
ResponderExcluirNa primeira foto ainda vemos, no sol, um Aero-Willys 2600, 1965, um Citroën 11 Légere, com horríveis lanternas traseiras de Fusca e, na sombra, um Mopar dos anos 40, possivelmente Plymouth.
Se Isabel Roque visitar esta página ficará sabendo da dupla identidade do Biscoito.
O DKW fazia sucesso na época com aquele motor de lancha.
ResponderExcluirLambreta ou Vespa? Nunca sei a diferença.
Vespa. As tampas laterais da Lambretta são mais achatadas
ExcluirBom dia a todos. A foto do carro de bombeiros nos leva aos filmes mudos de antigamente. Os automóveis das demais fotografias, só gosto do Sinca, já a mecânica destes automóveis comparada as dos automóveis de hoje, é uma festa para os comentários do Sr. Do Contra.
ResponderExcluirBom (?) dia, Dr. D'.
ResponderExcluirNotícia chata logo cedo... Eu mesmo "suicidei" involuntariamente o meu fotoblog do UOL. Obviamente fiquei chateado, mas me conformei.
Agora só posto no grupo.
A segunda foto com certeza já apareceu no SDR em outras encarnações.
As outras duas, não lembro.
Vendo a segunda foto da para sentir toda a diferença entre o ontem e hoje.Quase impossível atestar o corte do Cantagalo como visto ,na maior tranquilidade.O Belcar era um carro de linhas agradáveis e passava o sentimento de ser mais "automovel" que o fusca ,por exemplo.O gerente tentou manter o Biscoito na lata,mas....
ResponderExcluirBom Dia! Mesmo já desativados,no quartel dos Bombeiros do Méier esteve por muito tempo se não esse, um irmão gêmeo e também um escada Magirus. Uma vez perguntando por eles fui informado que estão abrigados no museu dos Bombeiros.
ResponderExcluirO local é bem agitado atualmente. Fora da última foto na Pompeu Loureiro, fica o Clube Olímpico, onde funciona um Bingo clandestino, "de cartela" e vídeobingo". Não conheço bairro que tenha mais bingos clandestinos do que Copacabana...
ResponderExcluirBom dia, Luiz, pessoal,
ResponderExcluirDe fato, a última foto parece saída dos curtas do Comedy Capers, aqueles "guardinhas" com chapéu alto que saíam às pressas do quartel para atender alguma emergência.
Na prática, deveria ser bem desconfortável, além de arriscado, ir de pé em cima do para choque do caminhão. Certamente, havia muitas quedas.
O quartel ainda está com a fachada idêntica, com aquelas colunas meio perdidas ao lado da arcada.Já o entorno, que espanto, como diria nosso comentarista.
Os carros dessa época com 50 mil quilômetros já estavam todos "sambados".
ResponderExcluirA Vemaguet ainda tem o friso no capô e o escudo Auto-Union. As rodas tem sobrearos prateados. Deve ser 61, pelo parachoques, no máximo 62. Em 1962, o escudo foi mudado para uma assinatura DKW-Vemag e em 1963, o friso foi abolido.
ResponderExcluirEste anônimo é conhecido em certas rodas como Rouen.
ExcluirFF: A revista Piauí/Folha de São Paulo publicou e está disponível na internet um dossiê sobre as investigações da morte de Marielle Franco. O trabalho é detalhado, extenso, e abrange formação das milícias desde o seu início, inclusive dando "nome aos bois". Desnuda a imundície que é a política no Rio de Janeiro, e em especial a praticada na região do BRT. Praticamente esgota o assunto. Imperdível.
ResponderExcluirNote no carro de bombeiros, junto ao para- choque o gongo que avisava da proximidade do veículo, uma vez que na época não haviam as sirenes. O mesmo ocorria com as ambulâncias, que eram identificadas pelo blem- blem- blem....em vez de uma sirene, usadas a partir do pós guerra.
ResponderExcluirJaime Moraes
O gongo parecia um daqueles alarmes de lojas aqui do centro, que volta e meia disparam sem motivo.
ExcluirEste comentarista de nome Lino deve estar de olho nos benefícios que a modernidade nos oferece e tem um lampejo de bom senso em sua fala de hoje mas ainda é pouco para abandonar a viuvez e esquece de mencionar o conforto e a segurança dos carros atuais e a relação custo - beneficio proporcionado pelas máquinas de hoje.O que vemos nas fotos são as grandiosas fubicas sempre próximas das carroças de antanho.Eu sou Do Contra.
ResponderExcluirBoa tarde a todos!
ResponderExcluirA página do Candeias também desapareceu. Quando tento entrar cai direto no UOL.
Meu pai teve durante anos uma caminhonete Simca Jangada, bonita (para a época) e enorme por dentro. O Simca Chambord da segunda foto era sem dúvida o mais bonito produzido aqui. Mas ganhou o apelido de "belo Antônio", baseado em um filme italiano, onde o próprio era bonito mas não "funcionava" direito. Pelo que me lembro da nossa Jangada, apelido merecido.
ResponderExcluirMarcelo Mastroianni era o "belo Antonio". O cara na vida real"traçava meio mundo". Mas será que o personagem "gostava do babado" ou era comunista? A história tem um exemplo de "herói brasileiro comunista" que até os "trinta e tal não tinha provado da fruta". Faz sentido...
Excluir