quarta-feira, 6 de março de 2019

QUARTA-FEIRA DE CINZAS




 
Com estas fotos dos carnavais de antigamente o SDR encerra as publicações do carnaval deste ano.
 
Dizem que é depois do carnaval que começa o ano. Tomara que assim seja e que este seja um ano de recuperação para o Rio, pois está muito precisado.
 
Antigamente a Quarta-Feira de Cinzas marcava acentuadamente o início da Quaresma, com seus períodos de jejum e abstinência de carne, além da "imposição das cinzas" para os seguidores desta religião.
 
Era dia também do bloco "Chave de Ouro", que vivia às turras com a Polícia, pois naquela época a Igreja Católica fazia muita pressão para que se respeitasse a Quarta-Feira de Cinzas.
 
Era também o dia em que os jornais voltavam a circular após o intervalo de Carnaval e saíam as edições da Fatos & Fotos, da Manchete e de O Cruzeiro, com fotos dos bailes e dos desfiles. Também era o dia em que eram liberados os detidos nas delegacias, presos durante a folia.
 
Fotos: colaboração de Nickolas Nogueira e Reinaldo Elias.
 
 

18 comentários:

  1. Muita coisa mudou nos últimos 50 anos e mudou para pior. As duas últimas fotos mostram o contraste social que sempre existiu no Brasil mas que nem por isso era usado como combustível político para justificar a violência nem servir de trampolim para caudilhos, traficantes, anormais, e aventureiros. As fotos mostram que apesar da concentração de pessoas, nada era comparável à violência do carnaval nos dias atuais. Nos salões nobres do "jet set" ou no bonde, todos se divertiam e " ocupavam seus lugares democraticamente na sociedade". Um dos exemplos negativos da atualidade foi o tal bloco chamado de "Frevo da Lud". Com mais de um milhão de pessoas sob um sol escaldante, com a maioria de pessoas "de bem", mas grande parte composta de baderneiros, vagabundos, e assaltantes. "Deu no que deu". O questionável nesse contexto é que alguns artistas oriundos do funk e de "camadas populares" ganharam uma projeção para "além de uma órbita adequada e desejável" e isso tem sido catastrófico para a sociedade, já que gera todo tipo de conflito social criminosamente incentivado por políticos de esquerda cujas conseqüências tem sido muito ruins para a sociedade, já que a espiral de violência criada pode ter consequências imprevisíveis.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Hoje é o dia nacional da ressaca. Tanto que dizem ser feriado até meio-dia. Aliás, para quem não sabe, o feriado bancário de hoje foi cancelado pelo STF. Quem tiver conta vencendo hoje ou vencida durante o carnaval, é bom se mexer...

    Falando em vencer, o Flamengo venceu em cima do morro pela Libertadores. E o outro rubronegro perdeu.

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  3. A primeira e a segunda foto na Presidente Vargas são com certeza de 1966, já que além dos modelos dos carros indicarem isso, percebe-se a ausência de cabos que forneciam energia elétrica para os bondes na foto 2. Se não me falha a memória, algumas linhas de bonde ainda circularam na Presidente Vargas no primeiro semestre de 1965. Ainda me lembro daqueles prédios "caindo aos pedaços" que existiam na Presidente Vargas. De 1979 até 1984 eu trabalhei ali no 914, então sede da Secretaria Municipal de Administração, que fica em frente ao prédio cinza que aparece à direita da segunda foto, que como quase todos existentes ali, já estavam em péssimo estado. Se não me falha a memória, todos os prédios antigos do lado ímpar da Presidente Vargas entre a Candelária e a "virtual e inexistente Machado Coelho foram demolidos. A única exceção é o Hospital São Francisco de Assis.

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  4. A propósito do comentário do Joel,quando vejo Ludmila(?)levar mais de um milhão de pessoas ao bloco tenho certeza que estamos na era das midias digitais.

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  5. Saudades do Carnaval do meu tempo. Das máscaras enefeitando as ruas de Petrópolis, do inocente hábito de esticar serpentina dos lados da rua de Itaipava para o carro levá-la presa na antena do rádio. Já no Rio, a descida da serra passava por ver a decoração de carnaval da av. Rio Branco.
    No quesito 4ª feira achava curioso o bloco " O que é que eu vou dizer em casa", turma que era presa durante o carnaval e liberada na 4ª feira.
    Vamos torcer para a fibra do carioca se mostrar e superar as inúmeras dificuldades.
    Preocupa, porém, a matéria sobre ensino a distancia do Globo de hoje. Para as universidades, menor custo.
    Mas o assunto é sério. Ensino a distancia requer disciplina, concentração, tempo, calma, reflexão. A turma nova, pragmática,não gosta dessas coisas.
    Vamos em frente!

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  6. Nunca tinha visto uma foto com o antigo prédio na esquina de Presidente Vargas com Uruguaiana, onde hoje está o edifício envidraçado do Banco Central, tendo o Mc Donald's no térreo. O restante do casario antigo Uruguaiana adentro, ainda resiste com suas lanchonetes chinesas. Em 70, levado por meus pais, presenciei uma noite de desfiles das escolas de samba nas arquibancadas montadas na Presidente Vargas. Após a passagem da última escola, a multidão era liberada na pista para acompanhar o encerramento.

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  7. Bom dia a todos. E o carnaval se foi e eu este ano pela primeira vez não desfilei em nenhum bloco carnavalesco. Já na se faz mais carnaval como antigamente. Acho que daqui para frente será cada vez pior ou retornaremos ao abandono do carnaval como aconteceu nas décadas de 70 e 80. Um milhão e duzentas mil pessoas foram assistir ao bloco da Ludimila, esses blocos patrocinados é que estão destruindo o carnaval carioca. A Prefeitura tem que aumentar e endurecer as exigências para autorizar o desfiles destes tipos de blocos.

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    1. É completamente surreal que em um país atrasado, extremamente violento e onde ocorrem 10% de todos os homicídios do planeta, que uma aglomeração desse porte seja permitida e pior, patrocinada por grandes empresas cujos interesses, muitos deles inconfessáveis, se sobrepõem ao interesse público. No meu entendimento, deveriam ser criminalizados o funk e tudo o que dele advém, sejam, cantores, cantoras, Mcs, Djs, etc, já que desse segmento emanam apenas condutas criminosas e nocivas à sociedade como estupros, homicídios, roubos, e toda a sorte de ações reprováveis, sem contar que é a antítese do que se espera de uma sociedade civilizada.

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  8. José Rodolpho Câmara6 de março de 2019 às 09:50

    Li os comentários mas nada como o glamour dos habitués da minha coluna. Fui comensal de Didu e Thereza, de Carmem e Tony, e de Therezinha e Alberto. Jamais seria de Anitta, de Wesley, de Ronaldinho, e afins. Camarotes? Jamais!

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  9. Finalmente, a Quarta-feira de Cinzas. Nunca pensei que iria escrever assim. Hoje, já saiu um bloco aqui em Santa Teresa; não deve ser o último. Amanhã boto a cara na rua, acabou a minha prisão.
    Na foto 2, um Chevrolet 51 verde e um Studebaker cinza ainda dividem o espaço com Fuscas (um tem a famigerada dentadura de baiano) e DKW (Vemaguet). Logo-logo essa cena seria apagada do mapa.

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    1. Aquele ali e o Studebaker que eu conheci.Muito bom.

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  10. E para encerrar o carnaval o Presidente publica um vídeo escatológico para denunciar os abusos cometidos pelos foliões. Um homem urinando na cabeça de outro. Uma situação absurda, sem nenhuma dúvida, feita em público. Por outro lado caberia o Presidente da República publicar isto ou teria sido melhor abordar a questão de outra maneira?
    Coisas do Brasil.

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    1. Mostrar uma cena descontextualizada, pra dizer que aquilo representa os blocos de carnaval, é coisa bem ao estilo do Bozo. Com certeza foi uma reação às vozes nos blocos, em todo o Brasil, que andaram cantando "ei, Bolsonaro, vai comer xuxu"...kkk Daqui a pouco vão dizer que era tudo petista, sem admitir que já existem muitos bolsominions arrependidos.

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    2. Como já falei anteriormente,antes me divertia com os Sobrinhos do Capitão.Agora temos os filhos do Capitão e o próprio Capitão se apresentando muito mais como o Recruta Zero.Um espanto o que sobra no mundo político.

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  11. OBS: pseudônimos são frequentes por aqui. De modo geral os comentários deles são publicados. Mas usar o nome de uma figura conhecida de maneira falsa não será aceito.

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  12. Como era previsto a Mangueira foi a campeã do carnaval carioca. Local que sob o manto da "tradição carnavalesca", abriga um enorme entreposto do tráfico de drogas que movimenta milhões de reais, cujo presidente que também é duble de deputado estadual e se encontra preso por motivos amplamente conhecidos, vai faturar em cima da ignorância de um segmento populacional que não enxerga um palmo adiante do nariz e continua como massa de manobra. Como não poderia deixar de ser, um festival de bizarrices deixou a sua marca e conhecidos políticos de esquerda fizeram seu palanque dos horrores, onde até a "viúva fancha" de uma falecida vereadora teve papel de destaque.

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