Até a década de 60 era obrigatória a presença dos alunos do Ginásio do Colégio Santo Inácio à missa dominical. Usávamos um uniforme de gala, sapatos e meias pretos, camisa branca, calça e paletó creme. Era um transtorno acordar muito cedo para estar antes das 8 horas no colégio.
Mas o que mais gostávamos é que após a missa havia o campeonato de futebol dominical. Naqueles tempos, anos 50 e 60, quando pouquíssimos tinham camisas de times de futebol, para estas partidas o colégio fornecia camisas de times brasileiros ou diversos uniformes do próprio colégio (eram lindas as camisas grenás e as brancas com escudo do colégio).
Nada de "dry-fit" ou similares. Eram camisas de malha, bem raiz.
As partidas eram disputadíssimas, nove contra nove, com juiz (geralmente o padre encarregado de cada série) e tinham meia hora de duração. Jogávamos das 9 horas até meio-dia. Campo de terra batida, mas muitos usavam chuteiras, aquelas pretas de antigamente. Outros jogavam com tênis.
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Quando estudei no São Bento e pelo que me lembro, as missas obrigatórias no primeiro Sábado do Mês. Acho que não existe mais obrigatoriedade, afinal "o Estado é Laico". A educação física era durante a semana e à tarde. Para quem já foi ao Mosteiro de São Bento e o conheceu no passado, a ala onde ficava o prédio principal de dois andares do colégio e que ficava à esquerda de quem chega e à direita da igreja foi demolido e atualmente no local uma passagem para veículos que interliga com a outra parte do conjunto. Até a demolição a ladeira por onde sobem os veículos não tinha saída e os carros retornavam pela mesma. A subida dos ônibus e de outros veículos se dava por outra ladeira. Ao chegar no portão da rua Dom Gerardo, os ônibus subiam a ladeira da esquerda e o acesso à igreja e ao mosteiro se davam pela ladeira da direita. Atualmente é possível subir pela direita sem precisar retornar e o percurso acaba sendo um círculo completo. Ir à Praça Mauá naquele tempo era tranquilo em qualquer dia da semana. Mas naquele ano a rotina ficou difícil devido aos tumultos e desordens promovidos por baderneiros e "falsos estudantes". Algumas vezes não fui ao colégio, pois meus pais tinham receio dos tumultos. Embora eu tivesse dez anos, o perigo era real naquele ano que "não acabou".
ResponderExcluirAo que saiba,tais práticas não acontecem mais em colégios pagos,muito menos nos públicos.A coisa hoje é mais complicada penso eu.Bons tempos..
ResponderExcluirÉ verdade, o "Estado é Laico" e que isso seja mantido e respeitado. Mas em governos de esquerda aqui no Rio de Janeiro e em outros locais, já tentaram tornar obrigatórias a "história africana" e de religiões africanas em escolas públicas. Acho que impor qualquer tipo de religião em escolas é abominável, ainda mais quando se trata de religiões primárias e tribais. Sempre estudei algumas religiões inclusive as de matriz africana, ainda ocasionalmente costumo freqüentar centros umbandistas e o sincretismo existente com a religião católica é bem interessante. Mas nada deve ser imposto à força. Ao contrário de "certas denominações de igrejas evangélicas"(são mais de 400), onde o proselitismo, o fanatismos, e principalmente o inconveniente mercantilismo, são a tônica.
Excluirnão peguei a missa obrigatória. Entrei no CSI em 1969, no admissão, egresso do Curso Infantil, colégio onde o Líder do SDR estudou. No CI, onde se estudava Inglês e francês desde o 1º ano primário, a minha turma de 4º primário ( a única) era composta de 8 alunos, 4 meninos e 4 meninas. NO CSI entrei na 6ª turma, onde eu era o numero 18. o Admissão tinha 7 turmas de 40 alunos, ou seja só naquele ano 280. Eu sou o mais velho dos irmãos e não tinha ideai daquele mundo. Comprar lanche na cantina, trocar casco de coca cola caçula por balas, ver colegas com roupas de grife (grife?) , sapatos que não eram da Polar, roupas da Bibba.
ResponderExcluirNo quesito esporte, um lance curioso. Foi programada uma tarde esportiva no sábado e não sabíamos que haveria uma missa na área do primário, justamente na hora da final. Impasse entre o Padre e o Prof Georges, que estva supervisionando o evento esportivo então chegou-se a um acordo: o jogo seria feito em silencio, só o barulho da bola rolando, nem jogadores, nem a pequena torcida berrariam. Dito e feito, jogo e missa ocorreram muito bem, simultaneamente. Abnegação, estoicismo, penitencia, disciplina, sei lá! Meu time ganhou! Muitas lembranças, as camisetas de algodão pesado, a bola boa, a preparação das festas de sábado à noite, as gatinhas do Jacobina iriam? (meninas só entram no CSI no científico, no ginásio eram 1.000 adolescentes em efervescencia). Última curiosidade; Carlinhos Smith Vasconcellos, o galã de cabelo Rick Wakeman (hoje dno de pousada na Praia da Tartruga em Buzios) estava conversando com os amigos na saída do colégio, tinhamos uns 16 anos. De repente entra no estacionamento em frente ao Palacete Joppert um Puma branco conversível, a motorista gata morena o chama e lá vai ele. Era Monique Evans no apogeu de seus 18 anos, fazendo propagaada d ejeans Ellus, com seus peitos direitos (Caetano) e nós embasbacados vendo tímido Carlinhos ser sequestrado pela nossa diva de homenagens a Onan.
O "ex-avião" Monique Evans, sonho de consumo de muita gente boa, "virou casaca" e agora faz parte do time de "astros" como Tamy Miranda, Simone, Daniela Mercury, Martinália, e outros..."É um expantchu, num sabi?...
ExcluirDizem que o atleta de fim-de-semana é um problema clínico de alta incidência. Pensando nisso, jogo uma pelada por semana, mas mudei para as segundas-feiras, me livrando dos levantamentos estatísticos. Çaramba, e já faz mais de 10 anos que essa pelada é sagrada. Praticamente uma Semana Santa por semana.
ResponderExcluirBoa, GMA.
ResponderExcluirBoa tarde a todos. Desejo ao Dr. Luiz D' e a todos os comentaristas do SDR e a seus familiares uma Feliz Páscoa. Com certeza hoje era dia de missa e de comungar nos colégios católicos.
ResponderExcluirEntrei no CSI para cursar o admissão em 1968, ano do bicampeonato carioca do Botafogo. Fui criado jogando na rua Gal. Artigas, última quadra, perto do canal da Visconde de Albuquerque. Rato de pelada, sempre artilheiro, faro de gol apurado. Não era dotado de grande técnica, mas sabia o atalho das redes adversárias. Certo dia, entra na sala o inspetor Rocha, anunciando que seriam formados os times da turma que seriam três: primeira, segunda e terceira divisão. Nossa turma era de novatos e poucos se conheciam. Aí intitulou-se capitão o colega Dória Rossi, morador de Copacabana, que conhecia três novatos que foram escolhendo os times.
ResponderExcluirQuem souber jogar bola, levante a mão. Eu rapidamente levantei o braço na esperança de ser escolhido para o time principal, vez que os anos de pelada de rua me credenciavam para uma vaga fácil na 1a. divisão. O capitão foi escolhendo um a um e estava fechado o esquadrão da 1a. divisão sem qualquer critério técnico. Começa então a escolha do segundo time e eu com o braço "engessado" levantado e falando: gente, eu jogo bola. Fim da escolha e caio no rebutalho do terceiro time.
Começa o campeonato, o primeiro time joga o campo oficial e toma de 3x0 da quarta turma. Vi o jogo da arquibancada e pensei: tenho vaga fácil. Começa o jogo da segunda divisão e ganhamos de 1x0 da mesma turma. Chegava a hora de nosso jogo. A terceira divisão era tão vagabunda, que o jogo seria disputado entre as laterais do campo principal, tendo as traves coladas no muro próximo a piscina e a outra, colada na arquibancada do campão.
Aplicamos uma goleada de 11x2 e eu marquei 6 gols e o Alexandre Niemeyer, filho do cineasta, Carlos Niemeyer anotando 3 gols. Imediatamente o capitão do 1o. time, que assistiu o jogo, nos convoca para o primeiro time da sexta turma de admissão. Daí para a Seleção do colégio, foi um pulo. Boas lembranças!
O Mauro e o Lino já estão convocados para o meio e ataque. O goleiro é o Candeias, craque do Lá Vai Bola.
ResponderExcluirBoa noite, Dr. D'.
ResponderExcluirNo futebol dominical de hoje o Flamengo não fez mais que a obrigação pela disparidade de investimentos em relação aos rivais.
FF: há 50 anos os telefones da CTB ganhavam o sétimo dígito (2). Hoje os celulares já têm nove...
Rafa, Gugu, Paulinho Tovar, Eurico Cinelândia e Ronaldo, do Grêmio, foram os melhores que vi jogar na praia.
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