Se
ontem falamos da Embaixada da Argentina em fotos garimpadas pelo Nickolas, hoje
temos outras fotos desta bela casa.
Embora
os tombamentos, em 1978, fossem já bem comuns, havia na época um febre de
demolições das velhas embaixadas, onde os gabaritos eram “flexibilizados”.
Contam
que os escombros da casa foram lançados naquela pequena praia que fica dentro
da fortaleza de São João (não a grande, mas a pequena, sem ondas). Um amigo
conta que ficava garimpando azulejos decorados, pequenos tesouros entre os
restos de demolição, pedras, tijolos. A tia dele, sempre melancólica, dizia: lá
se vão os restos argentinos pelas ondas…
Teria
sido uma grande negociata portenha, com porta fechada, com várias pessoas enriqueceram
com a demolição e a venda?
As
belas palmeiras foram preservadas depois de muita pressão da sociedade. A João
Fortes, construtora do Edifício Argentina, teve que mexer no projeto para
acomodar as palmeiras. Claro que, uma a uma, foram morrendo e apodrecendo. Há
alguns anos plantaram novas mudas. Daqui a 50 anos vamos ver os resultado. A verdade é que o prédio é um monstro, que
tira a vista da praia dos prédios vizinhos e bloqueia a visão do morro atrás.
O
Waldenir já comentou que o Edifício Argentina foi construído em 1978. Como é um
prédio relativamente grande, vamos supor dois anos de construção, pois havia de
se cavar, assentar fundações, etc. Sem contar todo o acabamento posterior. Assim,
provavelmente, o entulho foi jogado na praia por volta de 1976/1977.
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Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirA segunda metade dos anos 70 foi pródiga em assassinatos arquitetônicos no Rio de Janeiro. Monroe, Ministério da Agricultura, Dérbi Clube e Jockey Club (ambos na Rio Branco) e a ex Embaixada da Argentina, entre outros exemplos...
http://memoria.bn.br/DocReader/004120/214064?pesq="embaixada%20da argentina"
ResponderExcluirfoi em 1977
Comecei a frequentar esse pédio onde ficava o consulado argentino em 1982 quando a Nuclebras Engenharia mudou de endereço saindo da Augusto Severo pára a Visconde de Ouro Preto .
ResponderExcluirAlmocei algumas vezes no restaurante que havia no predio da embaixada mas costumava almoçar mais a miúde no La Mole que ficava em frente na alameda das palmeiras. que era tido na época como um dos melhores.
Filé a parmegiana era o prato forte do La Mole .Botafogo.
Antonio de Pádua Chagas Freitas foi o último governador do Estado da Guanabara antes da malfadada fusão e com ele foi-se o último resquício do "espirito do Rio de Janeiro". A partir daí as questões como tombamentos, gabaritos, e outras questões referentes à ordem urbana, passaram a ser de competência da "nova prefeitura", que lamentavelmente passou a ser ocupada por aventureiros, oportunistas, e até por "cafetões de pobre". Com isso passaram a valer as negociatas em que só o patrimônio arquitetônico da cidade saiu perdendo. Não é só no Rio, mas em todo o Brasil. São Paulo é pior e as negociatas são absurdas. Se dizem que Crivella é o pior prefeito que o Rio já teve, esquecem que São Paulo teve "Haddad", câncer da esquerda que dispensa maiores comentários e só não é pior que Freixo, a "alternativa" em 2016. Saudades de Lacerda, Negrão, e até de "Taxas Freitas"...
ResponderExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirLuiz, existe uma propriedade parecida com essa e que, penso que também seja de um consulado, embora está bem largado como tudo no Rio de Janeiro. É um palacete ao lado de uma construção também antiga aonde hoje funciona de um curso de inglês, na Rua das Laranjeiras em sentido de subida. Do outro lado há de uma concessionária de carros e uma de motos da Yamaha. Ao lado há das casas germinadas.
Alguém saberia dizer que consulado é aquele?
Continuo sonhando com um maravilhoso templo com dízimo super inflacionado e sem taxas governamentais...
ResponderExcluir.
Bom dia,Luiz,pessoal,
ResponderExcluirQue bom o assunto da embaixada continuar. De fato, era uma construção neoclássica "pura", ao contrário das outras duas mansões Guinle, que eram muito mais ecléticas em estilo. Aproveitando, agradeço a correção do GMA, a demolição deve ter levado mais tempo do que eu imaginava.
Gostaria de saber se a escultura das fotos 2 e 3(dois cupidos sustentando um vaso) foi preservada, este tipo de item nunca é descartado (assim como aconteceu com a porta, encaixada no Tiffany muitos anos depois), mas reaproveitado em casas de pe$$oas importantes.Talvez esteja agora junto com o painel do Theatro Municipal, que ficava do lado da 13 de Maio...
Aproveitando a postagem do Wolfgang, na extremidade da praia de Botafogo, na curva para a Rua da Passagem ,também existe uma construção enorme, em estilo aparentemente eclético(não dá para ver muito bem da rua), na encosta do morro, que tem uma cara de embaixada considerável.Eu nunca soube se era mesmo, ou era residência.Ou se existem fotos dela de perto, como estas de hoje.
Eu sonhava com Abel Braga e agora estou na fase do pesadelo.Parece que velho como eu está passando uma fase de Santos Dumont com pura invenção.Defesa ruim,meio confuso e uma mistura no ataque com ponta do centro e vice versa.To injuriado e viva o Mosquito.
ResponderExcluirCorneteiro Velho, seu pesadelo foi sonhar com o Abel. Sonho seria se fosse com o Guardiola ou Kloop. Sonhar com qualquer um técnico brasileiro é ter pesadelo, é preferível no lembrar do sonho quando acordar.
ExcluirPS Por falar em técnico, hoje o técnico do Chelsea estava com síndrome de técnico brasileiro, mexeu errado em todas as substituições que realizou.
Ontem alguém mencionou que esse casarão foi usado num filme, com o Walter Foster. O filme em questão chama-se Rio, verão e Amor e é de 1966. É o primeiro filme colorido feito no Brasil.
ResponderExcluirFoi também o último filme do diretor Watson Macedo. Belas locações de um Rio que não existe mais. Walter Foster era um canastrão, antipático, e dava a impressão de usar "enfeites na cabeça".
ExcluirComo comentado, a década de 70 foi uma aberração imobiliária, uma verdadeira devastação arquitetônica, capitaneada pelo Senhor Sérgio Dourado, derrubando casas e prédios antigos charmosos, ao longo da zona sul da cidade. Em 1973, em minha rua, a Gal. Artigas, no Leblon, indo para a praia, desde a Avenida Visconde de Albuquerque, lembro bem que eu contava 8 obras em pleno andamento.
ResponderExcluirComo alguém pode ser pior se nem ganhou? Mas é compreensível vindo de quem vem...
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