sexta-feira, 3 de maio de 2019

LAGOA

 
Bela fotografia garimpada pelo Nickolas.
 
Ainda não havia a "Belém-Brasília", via aberta ao lado da Vila Hípica do Jockey Club Brasileiro, que permitiria que todo o entorno da Lagoa fosse trafegável.
 
A Borges de Medeiros acabava perto do Clube Piraquê.
 
A Favela da Praia do Pinto já havia sido removida, mas os edifícios da "Selva de Pedra" ainda não tinham sido erguidos.
 
 



24 comentários:

  1. O que seria melhor para esse espaço da Praia do Pinto: O antigo ou atual? Com a palavra os urbanistas.

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  2. A foto deve ser de 1970, "época de ouro" vivida pelo país. A Lagoa, principalmente do lado da Borges de Medeiros, era quase um quintal. Se o nível moral, educacional, e principalmente ufanístico, que a sociedade brasileira possuía fosse mantido, seríamos atualmente uma nação "quase de primeiro mundo". Era a época das grandes realizações, das grandes obras, e da eliminação e deportação de terroristas. Era a época do "eu te amo meu Brasil", símbolo daquele tempo. Época em que as escolas e universidades o eram por excelência, diferente da atualidade onde professores "maconheiros e esquerdistas" são o "sustentáculo de uma geração perdida". Época onde a moradia era segura em qualquer lugar, mesmo em lugares precários e insalubres como Campinho, D.Clara, e Praça do Patriarca. Época em que qualquer hospital público prestava atendimento de qualidade. O passeio que aparece na foto ainda pode ser realizado atualmente, apesar dos "riscos eminente", mas ainda vale a pena. Resta saber até quando...

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  3. Bom dia!
      O que poderia acabar era o hipódromo, que não faz mais sentido nos dias atuais, mas sem construir apartamentos para moradias.

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    1. Só se fosse para o Jd. Botânico assumir o local afim de diversificar ainda mais as suas experiências com vegetação. Caso contrário é melhor deixar como está, pois se os sócios Jockey Club não desistiu é porque ainda vale a pena. E gera emprego, no hipódromo e nos haras.

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  4. Bom dia a todos. A foto é de uma beleza excepcional, acredito que tenha sido tratada no photoshop. Hoje o biscoito não tem trabalho ou então terá muito trabalho, caso deseje identificar os microscópicos carros que aprecem como pontos na foto.
    FF. Terminada a 2ª rodada do Brasileiro, somente um time Carioca conseguiu vencer. Na próxima rodada, quem será o felizardo da Vitória, Vasco ou Fluminense?

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  5. Aliás , falando em hipódromo da Gávea como estarão as finanças desse clubes atualmente: Hipódromo,Piraquê,Caiçaras,Iate Clube, Hebraica ,Montanha Clube, Tijuca Tênis ,Grajaú Tênis Clube, Grajaú Country, Gávea Golfe Country,Itanhangá etc.

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    1. O Piraquê vai muito bem obrigado. Mais de 3000 mil sócios civis, além dos militares que pagam muitíssimo menos.
      O Jockey baixou a taxa de transferência de R$ 120 mil para R$ 60 mil e teve um reforço de caixa com os inúmeros restaurantes que abriram em suas instalações, além da ajuda da PMU, de apostas. Hoje é o hipódromo líder no Brasil. O Caiçaras, bem como todos os outros clubes da orla da Lagoa, está com a renda comprometida pela cobrança de IPTU de décadas (havia uma lei que dizia que eram isentos, mas houve uma reviravolta).
      O Itanhangá parece que está com muitas dificuldades e estaria tentando vender parte do terreno para uma imobiliária.
      O Gávea Golf só perguntando para alguns comentaristas que almoçam lá aos domingos.
      O Tijuca parece que também quer fazer um estabelecimento comercial em seu terreno.

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  6. Nos anos 60 a Feira da Providência era realizada nessa parte da Lagoa e perto da igreja. O conjunto de prédios conhecido como "Selva de Pedra" foi construído voltado para um público composto em sua maioria de oficiais das forças armadas e tem esse nome em razão da novela exibida em 1972. O que "destruiu" a Lagoa foi a abertura do túnel Rebouças, mas na época da foto a Borges de Medeiros ainda era pouco movimentada. Foi no final de 1972 após a abertura do Túnel Dois Irmãos que a Lagoa deixou de ser um paraíso.

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  7. Bom dia, Dr. D'.

    Anos 70, época em que presidentes generais iam se tratar em Cleveland.

    2019, ano em que governador se trata em hospital particular, desmentindo campanha eleitoral (mas isso já esperávamos).

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  8. As roupas não parecem do tipo que se usava a partir da segunda metade dos anos 60, mas como turistas as vezes não têm padrão de moda...
    E se não me falha a memória os prédios da Selva de Pedra em construção apareciam nas fotos dos treinos sob o comando do Yustrich no Flamengo de 1970.

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  9. Estudei um pouco essa área, que está bem descrita no livro a Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas. Desde a praia da Piaçava (atual área da Igreja Santa Margarida Maria) onde D João embarcava para ir pela Lagoa até o Leblon, passando pelos aterros que 95 anos atrás criaram as ruas Alexandre Ferreira, Custódio Serrão e adjacências. Essa área da foto, logo embaixo era a ponta da fábrica Tecelagem Corcovado, fechada em 1935 creio.. Lembro ainda da Feira da Providencia, entre o Drive In e a Rua Maria Angelica , creio, isto em 1970. Sou favorável a um serviço de transporte aquático por energia solar na Lagoa, um circular parando no Corte, Calombo, Humaitá, Piraquê, Remo e Ipanema. Venero a estátua do Curumim e imagino araras e tucanos voando sobre cardumes na Lagoa e canoas navegando com índios que iam a praia no Leblon.O Solar Monjope era a ponta da... (não me lembro).Dificil ver o Hospital da Lagoa e a igreja de São José.

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    1. Boa sugestão, GMA, para o transporte aquático. Poderiam se inspirar nos "mouettes" de Genebra.

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    2. antes de ser Solar Monjope era uma peninsula, a Chácara da Bica, que se tronou o Solar.

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    3. Teria que ser um trajeto que não prejudicasse os remadores da lagoa.

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  10. Nessa época as favelas não eram urbanizadas; o pobre comia taioba com angú; o índice de analfabetismo era muito maior que hoje; aos cinquenta anos o indivíduo era um ancião sem dentes; via-se indigência em qualquer parte pobre da cidade... Melhor pra quem, cara pálida?

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    1. As viúvas adoram falar que tudo era melhor e esquecem que estão diante do computador e com comunicação de qualquer parte do planeta.Sou Do Contra.

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    2. Pois é, Sr Do Contra. Dizer que tudo era melhor naquela época é querer "defender o indefensável"...

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  11. "Favela é para ser removida e não "urbanizada". Favela "urbanizada" se transforma em fortaleza do crime. Sugiro a qualquer comentarista "deste sítio", inclusive "doutrinados, para entrar despreocupadamente em uma dessas "comunidades" sair dela incólume, sem ter sido assaltado ou coisa pior. Por isso serão sempre "valhacoutos de marginais". Quanto aos militares terem sido operados no exterior, nada demais. Afinal os brasileiros tinham hospitais de qualidade e deles se utilizavam. E agora? Onde lula se tratava? No melhor hospital particular do Brasil, enquanto o povo morria e ainda morre por falta de atendimento. Por falar nisso, a zona oeste possuí "fantásticos hospitais públicos", principalmente em Realengo e Santa Cruz...Como eu sempre digo, admiro a tenacidade dos "defensores do indefensável". Nem Sisifo a possuía...

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  12. Na parte de baixo, atrás da turma de gravata (???) estão as pistas da Hípica. Logo depois temos os terrenos da futura igreja de vidro e do hospital. A favela da praia do Pinto ainda está lá, é aquela mancha marrom ao lado do campo do Flamengo, onde foi construída a Selva de Pedra. Os especialistas podem ser mais precisos com a data, mas acho que a foto é muito anterior a 1970. Acho que nesse ano eu já dirigia pela Belém-Brasília e a foto mostra que ainda falta muito para terminar o aterro.

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    1. A Favela da Praia do Pinto foi "foi incendiada" em Maio de 1969 e a "ilha das Dragas que ficava em frente foi removida se não me falha a memória em 1965/66. Na foto o descampado mostra que a ilha das Dragas já havia sido removida e me parece que a Praia do Pinto também. Também a foto deixa dúvidas devido à distância. Estou encaminhado agora para o SDR uma foto aérea da região bem mais aproximada e de uma resolução maior, onde aparece até um ônibus passando em frente ao Flamengo. Aí então o "gerente" pode decidir.

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  13. A foto parece ser da década de cinquenta.

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  14. Eu acho muito engraçado pessoas que falam de favelas e favelados, sem nunca ter entrado em uma favela ou ter convivido com ela. Vejo pessoas falando que na década de 60 e 70 sem nem terem nascido nesta época ou se nascidos eram, não tinham discernimento para avaliar o que se passava na época. A cidade do Rio de Janeiro desde o governo do Lacerda, já tinha um número de escolas para atender a população em idade escolar da época, já em 61 quando me matriculei no primário as vagas eram suficientes para a população da cidade. No Rio de Janeiro os analfabetos que existiam na época, eram de imigrantes nordestinos, o nível das escolas públicas eram muito próximas das escolas particulares de alto nível, para ingressar no ginásio se fazia uma prova de admissão ao ginásio, também neste nível as escolas públicas eram excelentes, na época do Vestibular do CICE anterior ao Cesgranrio, os alunos que obtinham os primeiros lugares principalmente nos cursos de Engenharia, eram alunos provenientes de escolas públicas, Colégio Pedro II, Colégio Militar ou da Escola Técnica Celso Sukov da Fonseca. No atual 2º grau, naquela época já se formavam os técnicos de Contabilidade, que hoje precisam de curso Universitário. Nas escolas públicas estudavam lado a lado, crianças pobres, classe média e ricas. Tinha amigos que estudaram comigo no primário e ginásio, que eram moradores, do morro de São Carlos, Santo Cristo, Providência, Morro do Pinto, cansei de subir a R. São Carlos e ir estudar na casa de um amigo que se chamava Haroldo e este ir estudar na minha casa. Me lembro bem que o garoto que estudava em colégio particular, nós que estudávamos em colégios públicos dizíamos, "nessa escola Papai pagou passou". Qualquer aluno de colégio público era muito melhor preparado do que os colégios particulares que não eram da elite, e se comparavam aos alunos dos colégios de elite. Para eliminar essa turma de vagabundos que hoje ocupam a faculdade e escolas públicas por até uma década, se o aluno fosse reprovado 2 anos seguidos era jubilado e era obrigado a sair da escola. No Colégio Pedro II, o uniforme dos alunos incluía uma gravata azul clara, e não podia assistir aula sem que ela compondo o uniforme. Agora que algumas pessoas que não eram nascidas nas décadas de 50, 60 me digam se o que lhe emprenharam pela trompa de Eustáquio, onde o ensino era melhor nos anos 60, 70 ou hoje. Pergunte a alguma pessoa que se formou até o final da década de 70, se havia alguma possibilidade de uma pessoa entrar numa faculdade tirando zero numa prova, sendo que no CICE as provas eram eliminatórias e se o aluno não tirasse pelo menos 5,0 na primeira prova, já era eliminado, bem como nas provas subsequentes. Quem fazia prova para Engenharia, fazia prova de Português, Inglês ou Francês, Matemática, Física, Química e Desenho (geométrico e descritiva). E para terminar a trompa de Eustáquio é da audição, a trompa que engravida é a de Falópio.

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  15. O comentário do Lino é extenso, detalhado, e detalha muito bem a qualidade do ensino no passado. Naquele tempo não havia a figura do "analfabeto funcional" criação do Século XXI. Disse bem quando mencionou os "especialistas" em favelas sem nunca "terem entrado em uma". Certamente frequentaram faculdade de ciências humanas". O que fariam se entrassem em uma favela e "vítimas da sociedade" disparem armas de fogo em sua direção, como aconteceu comigo algumas vezes. Soltariam pombas brancas? Construiria "piscinões? Ou fariam passeatas na orla?

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  16. Minha esposa é nascida e criada no Morro do Cruzeiro, na Penha. Assim que casei, morei na Penha. Subia quase diariamente a favela para ir na casa do meu sogro, na rua 14. Bebi muitas cervejas nas biroscas, muitas vezes acompanhadas de torresmos e outros "venenos". Perco a conta das vezes que subi a favela de madrugada pra comprar cigarros. Vi muitas peladas no campo do "ordem", de onde surgiu Adriano. Às vezes fazia um "tour" com o tio da minha mulher, parando de bar em bar, começando no morro do caracol, passando pela caixa d'água, chatuba, até a mirindiba. A partir do final dos anos 90 a coisa começou a ficar feia, criaram barricadas, via-se meninos com armas, enfim, o tráfico tomou conta definitivamente. A coisa começou a dar medo e aí parei de subir o morro. Embora eu não tenha nascido numa favela, conheço bem a realidade do povo ali. Minha formação é de matemática, nada de humanas, mas gosto muito de história, que é o que nos permite balizar conceitos e nos fazer entender as questões sociais e idiossincrasias, mesmo não tendo nascido em determinada época.

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