sábado, 4 de maio de 2019

RIO ANTIGO

 
Esta semana a fotografia acima foi publicada num dos inúmeros grupos de Facebook dedicados ao Rio Antigo (embora haja uns poucos grupos interessantes, com boas fotos, a maioria é de gente que vai pescar na fonte dos antigos blogs e repassa fotos que acham inéditas, sem maiores cuidados).
Imaginem que esta foto (pescada num dos nossos blogs) foi publicada com a seguinte legenda:
“Passeio do Elefante Dudu, do Gran Circo Bertoni, pelo trecho em frente à Praça do Lido - Copacabana 1938”.
Ora, esta legenda foi na época colocada pelo JBAN, implicando com o nosso Conde di Lido (Edoardo de Bourbon di Bertonius).
Se a desinformação continuar, daqui a pouco o pessoal dos direitos de animais, por conta da exploração dos burricos Lulu&Dudu, vai entrar com processo contra a Cia. Jardim Botânico. Muitos vão querer saber onde comprar “O Pharol” do Ariovaldo Brochado, o redator-chefe, de Dona Neuza, a secretária, Soninha, a estagiária, Aparecido, o motorista, do colunista social Floriano Flores, o Flô-Flô.
Vão querer saber como o piloto cego JBandeira de Mello voava e o que aconteceu com o Abdullah, o terrorista que tinha horror a sangue. E qual foi o fim da Perikitta Gladys, do Tonho Treispeidim, da Gabriela Portátil, a mulher-retrátil. Vão querer fazer um SPA na famosa C.M.I. – Clínica de Mamoterapia de Itaipava. Isto sem falar do preconceito contra o Anão Duarte.
Vão perguntar por que o assassino do General Miranda ainda está solto, em que faculdade leciona o Professor Pintáfona, qual a razão do suicídio do Tertuliano Delacroix.
E se Mme. Simmons ainda acompanha o Professor, se a Giseli Loira foi com o Rafa para a Alemanha e se Josafá Pederneiras retornou ao Rio. Manifestarão preocupação com o destino da telefonista Ana Lucia, se a Karina está na Venezuela.
Pedirão o endereço do “Fleur de la Passion”, descreverão o Forte de “Mont-de-la Veuve” e se com o exílio do Rouen seu motorista Claude Maurice está procurando emprego.
Vão querer saber o endereço do consultório da Dra. Psicóloga e da Dra. Eve Lynn. Precisando de empregada, tentarão contato com a Creusa. Perguntarão se Veedol e Ludaol precisam de receitas controladas.
Noivas vão querer casar tendo o Bispo Rolleiflex ou Frei Henrique Boaventura como oficiante. Outras, mais modernas, vão querer a bênção de Manitu. A Demolidora Cerqueira será requisitada para alguns trabalhos.
Pedirão explicação sobre quando a Anta Copacabanensis foi extinta, se o Vittorio realmente voou, como o Peixe-Boi Amazônico de Niterói foi morto, se o Thor da Praia do Canto conhece o Pastor.
Alguns vão querer alugar a Mansão de Lord Joseph no Alto, outros contratar o Dr. Decuca. Vão querer ouvir a soprano La Frusca e perguntar se o Barão de Montenegro mantém o título. Muitos dirão que sentem saudades das fotos de Fidelino (Patricio) Leitão de Menezes e da loja do Del-er-Ahni na Rua da Alfândega. Indagarão por onde andam o Jason Waldvogel, o Príncipe Giovanni di Calabria e a Dona Milúdica.
Só espero que não acreditem que a Tya tinha mesmo uma vassoura voadora.

14 comentários:

  1. A desinformação serviu para alguma coisa,com este texto antológico.Show com a inserção dos grandes personagens do SDR que marcaram época e que faziam a diferença.Sem espanto.

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  2. A cantilena da vassoura pode fazer parte do imaginário,mas a indústria de miojo tem patente registrada.

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  3. O mote do SDR de hoje nos leva à realidade da alienação crônica das pessoas, principalmente as mais jovens. Não se faz gerações como antigamente. FF: Ainda me reportando ao oportuno comentário do Lino Coelho às 21:12 de ontem, o "ouvi dizer e o disseram" estavam presentes no comentário das 11:32 quando foi afirmado que "havia indigência em qualquer parte pobre da cidade". Aonde "cara pálida"? A indigência e a mendicância nunca foram tão presentes como nos últimos 10 anos e são uma consequência direta da desordem e da "ascensão vertiginosa" da esquerda. Não se via "moradores de rua, crackudos, e vagabundos" como hoje em dia. Havia pobreza, é verdade, mas nunca em quantidade "africanas ou haitianas". "Morador de rua" não havia. A prisão por vadiagem era uma realidade. "Conte uma mentira dez vezes para ela se tornar a mais retumbante verdade" (Joseph Goebbels)

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  4. Bom dia!

      Época divertida.

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  5. Bom Dia! A morte do terra matou muita gente.Acho que para traze-los novamente à vida,com um novo concurso,até quem está entocado em outras cidades aparece de volta.

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  6. Ainda como desdobramento do post de ontem e tendo em vista o interessante comentário postado hoje às 8:25 pelo Wagner Bahia onde ele descreve um dos maiores, senão o maior reduto do crime no Rio, o qual costumava frequentar no passado, considero importante a cronologia descrita por ele, que de forma implícita, defende um tempo que não volta mais. Nos anos 80 eu frequentava um centro espírita na rua Ibiapina na Penha, bem próxima da Vila Cruzeiro, e muitas vezes saí de lá de madrugada sem qualquer problema. Diante do seu relato e tendo em vista o clima de guerra civil e de desordem vivido pelo Rio, bem como o seu conhecimento do local, refaço uma pergunta: Como seria possível retornar ao "status quo" vivido no passado? Com "projetos sociais"? Com bailes funks? Com "rolezinhos?" Com revoada de pombas brancas? Com "o fim da Polícia Militar? Ou com ações duras, impopulares, que acabem levando à óbito muita gente, mas que reduzam ao nível dos anos 70 o nível de criminalidade?

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  7. De tudo que foi lembrado só sei que:
    O avião do Comandante JBandeira era pilotado pelo Rex (ou seria outro o nome guia?);
    O Rouen, que está na Flórida (e de lá pretende restabelecer o domínio dos franceses na foz do Rio Mississipi), deve ter deixado herdeiros na França Antárctica, o que garante o emprego do Claude.
    O assassino do General Miranda só não foi extraditado de volta para o Rio porque não pisou em território boliviano, como fez o italiano que agora está "vendo o sol nascer quadrado" em seu próprio país.

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  8. Realmente, "personagens históricos".

    Volta e meia o bar do Luiz vira palanque, normalmente de personagens extremistas e histriônicos. No clima do post de hoje, lembro-me que naquela época as discordâncias às vezes descambavam para vôos de cadeiras; hoje a turma está mais "light", mesmo que um personagem atual faça todo o esforço pra que essas atitudes voltem.

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  9. Peralta, o implicante4 de maio de 2019 às 12:49

    Tempo bom que Tia Nalu tutelava os Sobrinhos.Hoje é só sapo barbudo..

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  10. "A unanimidade é burra" segundo Nelson Rodrigues". Ainda bem para o bem do Brasil. Imaginem se todos fossem de esquerda, votassem em Freixo, Lula, e Tarcísio, fossem afasicos, torcessem para o Bangu, e gostassem dos mesmos "personagens"? A vida seria muito chata, já que eu não teria chance de gostar dos meus personagens prediletos, e em especial aquele que figurou no filme Tropa de Elite, era estudante da Puc, trabalhava em uma ONG na favela, e não gostava de polícia. Faz sentido...

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  11. Boa tarde,Luiz, pessoal,
    Entrando tarde hoje...caramba, eu não sabia que a galeria de personagens era tão grande! Lembro de vários, mas não todos. Esse Vittorio não era um cachorro?
    Confesso ser fã do Prof.Pintáfona. Acho que é o melhor representante do conceito dos blogs sobre o Rio Antigo.O espelhamento passado x presente dele é fantástico.

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  12. O cachorro do Conde. Contam que é quem fazia as colorizações.

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  13. Boa noite, Dr. D'.

    A maioria das páginas adota o Ctrl+C / Ctrl+V sem o menor pudor, além de poluírem as imagens com marcas d'água que na maioria das vezes as descaracterizam.

    Faço parte de só dois grupos, além de visitar algumas outras páginas. Uma, em especial, adora colocar "fotógrafo não identificado" nas fotos, inclusive em várias do Gyorgi Szendrodi...

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