Hoje temos quatro fotos da Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, entre as ruas Raimundo Correia e Dias da Rocha.
As duas primeiras foram garimpadas pela Iara Teixeira na revista "A Casa" e as duas últimas são do meu acervo.
A primeira foto é no nº 568 e pertencia ao Dr. Theodomiro Santiago. A segunda é no nº 576 e era da Mme. Rosauro de Almeida.
A terceira foto é do outro lado da rua, em frente ao nº 589, residência de A. Darcy. É curioso ver que o edifício da esquina da Raimundo Correia, onde ficava a casa de nº 568, já estava em construção no ano de 1929. Teve, pois, existência muito curta a casa. Este edifício está lá até hoje.
A quarta foto, também tirada a partir do nº 589, é do ano de 1944. Podemos as casas do lado par deste trecho da Barata Ribeiro, onde moraram Mario e Georgete Pecego no nº 590 e , em casas vizinhas, o Dr. Waldyr e Gabriela, além da casa de D. Luizete Correa Araújo.
Com a especulação imobiliária dos anos 50/60, todas elas desapareceram, à exceção do nº 576 onde funciona, em prédio modificado, uma filial da Julio Bogoricin. Neste endereço, salvo engano, várias coisas funcionaram como uma academia de judô nos anos 60 e depois a Galeria Bonino, de Giovana e Alfredo Bonino, projeto de Sergio Bernardes.
|
Por que teria o pouco letrado redator da revista esquadrado boa parte do lado espiritual na moldura de uma habitação? Acho que sobrou linha.
ResponderExcluirA única vantagem que Santa Teresa tem sobre os demais bairros é que as imagens prediais da infância estão preservadas. Só as prediais, porque as ocupacionais são terríveis - tudo virou bar, ou pousada: Correios, armarinho, padaria, peixeiro, sapateiro, quitanda, armazém, açougue - nenhum comércio resistiu.
"Quem te viu, quem te vê". Essa é a conclusão de todos que viveram na Copacabana das fotos" e nos tempos atuais. O fato é uma questão de tempo para que essa região entre Princesa Isabel e Siqueira Campos se transformar em uma "nova Siqueira Campos". À exceção de dois "Aparts", um em frenta à Rua Inhangá e outro na esquina da Siqueira Campos, os prédios são bastante antigos, muitos deles "do tipo 194". A construção da estação do Metrô Cardeal Arcoverde só agravou a situação.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirAté o momento, sem comentários visíveis.
Estou reparando nessas plantas postadas nos últimos dias que era comum um único banheiro, no andar de cima. A casa de hoje particularmente mostra um banheiro e um toilete. No térreo, um vestíbulo.
Qual a diferença entre banheiro e toilete? Tenho minhas desconfianças mas queria confirmar. O que seria o vestíbulo? Um aposento de transição?
Seria apenas um lavado, sem banheira ou ducha.
ExcluirLavaBo
ExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirMuito diferente dos dias de hoje.
Se não fosse dito aonde era, dificilmente alguém saberia dizer que é em Copacabana.
Por um acaso, madame Rosauro de Almeida era parente do Joel Almeida?
Não, nunca tive parente com esse nome. Segundo especialistas, Almeida é um sobrenome dado à "cristãos novos" no Século XVI em Portugal para escaparem da Santa Inquisição, já que havia a suspeita de serem judeus. Mas não sei se isso procede.
ExcluirAcho muito interessante esse tema sobre a origem dos nomes. Sabia que os "cristãos novos" tinham nomes como Oliveira, Figueira, Ferreira, etc. A perseguição foi intensa e muitos foram descobertos quanto à origem judaica pelo hábito de cozinhar com azeite e não com banha de porco.
ExcluirOs primeiros "Bahia" vieram de Portugal no século XVII, ainda como "Baía", sem H; curiosamente fixaram-se em MG e não na BA, no início do ciclo do ouro.
Bom dia,Luiz,pessoal,
ResponderExcluirNota-se a separação clara entre sala de visitas (exatamente com este nome) e sala de jantar. Certamente, na etiqueta de então, visitas não ultrapassavam os limites estipulados. O conceito mais geral de sala de estar parece que ainda não existia.
Estas plantas carecem de mais banheiros.Provavelmente, pelo próprio tamanho, eram pensadas para famílias pequenas. A segunda casa me lembra certas casas de veraneio na região serrana, principalmente em Nova Friburgo, que ficavam fechadas nove meses por ano. Entrar lá depois disso não era tarefa para alérgicos a mofo e umidade.
Ver a Barata Ribeiro com aparência de cidade do interior não tem preço.
Não sei como era a organização, mas boa parte das só tinha um banheiro. Para famílias de 5 ou 6 pessoas.
ExcluirEssa questão da "falta de banheiros" já foi abordada na semana passada. É inadmissível uma família de seis pessoas dispor de "apenas" um banheiro. Imaginem pela manhã! Mulheres necessitam de um tempo maior para sua higiene matinal, os homens precisam "fazer a barba", e aí, como fica? Isso lembra as "casas de cômodos" onde famílias inteiras dispunham de um só banheiro. Quando garoto conheci o interior de algumas dessas casas, já que tinha um ou outro colega que morava em casas desse tipo, algumas das quais se situam na Travessa Cruz na Tijuca e ainda estão de pé. Em casas de dois andares, dez quartos, um banheiro grande em cima e um nos fundos contíguo à cozinha para empregados na época de opulência, moravam famílias numerosas em cada quarto, perfazendo às vezes um total de quarenta pessoas para "usufruir" dessa quantidade de banheiros. Daí o Rio de Janeiro ser "um poço de doenças endêmicas" desde priscas eras. As casas de "gente bem" no Rio de Janeiro eram em sua grande maioria construídas por "construtores, mestres de obras, e estucadores" portugueses e talvez essa "aversão natural" pela higiene que tinha os lusitanos tenha se refletido na arquitetura...
ExcluirA influência norte americana pós guerra me parece ser a culpada de estilo de vida Milk shake. Casas estilo poulet rosti não serviam mais. Edifício em Copa total é 4!
ResponderExcluirN casa de 2 andares com certeza o comprador teria que acrescentar uma área de serviço e no mínimo um lavabo no térreo.
ResponderExcluirO vestíbulo é aquele lugar onde quem chega coloca casaco, guarda-chuva, galochas e outros apetrechos que não vai precisar dentro do restante da casa, certo?
Esses registros passam de 70 anos provavelmente e podemos verificar o quanto foi acelerado as modificações nessa região nesse espaço de tempo. Um barbaridade mesmo. Quanto se vê uma Barata Ribeiro vazia de carros, espaços e que ainda podia-se sentir a brisa marinha a noite é de suspeitar que o mundo em alguns lugares está acabando que o diga o nosso Dr.Theodomiro citado no texto da propaganda dos Construtores e o o próprio Dr.D residente que foi dessa região.
ResponderExcluirNa minha igreja,o banheiro iria ficar com os dizimistas sem recibo,maiores colaboradores.Para tarja verde,banheiro químico tá de ótimo tamanho....
ResponderExcluirNos prédios construídos em Copa nos anos 50 os apartamentos de 3 quartos tinham um banheiro, além do de empregada. Na minha adolescência os apartamentos dos amigos eram todos desse formato, 4 por andar, 10 andares.
ResponderExcluirPensando agora era muito estranho mesmo. Na minha casa, cuja planta vou publicar por aqui, não havia banheiro no térreo. Ou as visitas não iam ao banheiro ou tinham que subir a escada até o segundo andar. Que desconforto!
ResponderExcluirComo está todo mundo preocupado com o banheiro eu vou perguntar:Imosec ainda existe?
ResponderExcluirSim. Tem um genérico: cloridrato de loperamida.
ExcluirO pior de tudo ainda está por vir quando se trata de "casa cheia" com apenas um banheiro: Quando alguém entra nele depois de alguém te-lo usado recentemente, a sensação é "apavorante". Ou depois de "momentos de amor" forem usar o banheiro, ele está "ocupado". Viva quem inventou a "suíte Master"...
ResponderExcluirCuidado, daqui a pouco o "Contra mão" vai dizer: Banheiro? Banheiro para que? é por isso que sou do contra.
ResponderExcluirDeixa ele ter uma Rebordosa atômica que vai sentir falta da casa de força.
Vídeo muito interessante: Um pouco da história urbanística do Rio de Janeiro:
ResponderExcluiryoutube.com/watch?v=Hgq42fDke9c
Boa noite a todos. A falta de banheiros nas casas antigas, se devia a alguns fatores, o primeiro deles era o custo dos elementos sanitários, o segundo se devia ao encarecimento da construção com elementos sanitários, tubulações hidráulicas, fossa asséptica e o terceiro, ao problema de esgotamento sanitário. Até hoje numa construção, o cômodo mais caro da construção é o banheiro, mesmo com a eliminação do bidê substituído pela ducha higiênica. Numa construção de luxo, os banheiros superam o custo da cozinha.
ResponderExcluir