segunda-feira, 18 de março de 2024

LOJAS (1)

 


Até 1961 não havia butiques em Ipanema. A partir daí, com a Mariazinha, no Bar 20, Ipanema ditou a moda no Brasil todo. Depois vieram a Bibba, a Aniki Bobó, a Fragil, a Blu-Blu, a Company. A moda de Ipanema era feita à imagem de sua população: uma gente jovem, bonita, bronzeada, esportiva, aberta para o novo e com dinheiro para gastar. 

Na virada dos anos 70, Ipanema atraiu muitas butiques de Copacabana e Leblon, como a Richard´s. Outras que fizeram época: Boutique 12, Voom-Voom, Le Truc, Obvious, Point Rouge, Flash, Flash-Back.

Nos anos 70, entre outras tínhamos Aniki Bobó na´Francisco Otaviano 67 loja L, a Blu-Blu na Montenegro 111, Ad Libitum, Na Visconde de Pirajá 86, Godspell na Maria Quitéria 85-D, O Fruto Proibido na Visconde de Pirajá 86, a Di Roma na Montenegro 49, a Pirá-Tan-Tam na Visconde de Pirajá 444, a Sorry também na Visconde de Pirajá 444, a Thame na Visconde de Pirajá 86, onde também havia a Jumping Jack Flash e a Uaz, a Via Veneto na Visconde 111, a Zau na Visconde 611, a Echistenio na Visconde 156, a Inhapim no 188.  

A Mariazinha ficava ao lado do Cinema Astória e foi criada por Mara MacDowell e Georgiana Vaconcellos.



A Company foi uma das grandes marcas da indústria de vestuário carioca entre 1973 e 2003.  De sua loja principal na Rua Gárcia D´Ávila, 56 em Ipanema, saiam camisetas, vestidos e calças em algodão puro que eram muito confortáveis e elegantes.

Mauro Taubman, dono da loja, dizia que não se preocupava com a moda internacional ou brasileira, mas com a carioca, pois a mulher daqui é diferente de todas as outras. 

Em agosto de 1979 a Company anunciava uma nova loja a ser aberta no Shopping Rio-Sul. Em outubro de 1979 a Company anunciava no Jornal do Brasil a venda de patins americanos por Cr$ 7.500 (não sei quanto seria em moeda de hoje). Na "Company" compravam várias de nossas comentaristas, como a tia Lu. O curioso é que na mesma página deste anúncio, no dia 17/10/1979 havia a notícia que o famigerado "depósito compulsório" para viajar ao exterior (lembram dele?), cujo decreto expiraria em dezembro de 1979, seria substituído por algo que garantisse a receita para o Governo. O articulista do JB vociferava contra o que acontecia há 3 anos, violando o art. 153 da Carta Magna, pois o "depósito compulsório" impedia a viagem da maioria do povo brasileiro ao exterior. 


Nesta fotografia vemos um flagrante do centro do Rio em meados da década de 50.

"As LOJAS MURRAY S.A. oferecem a V.S. elementos para o maior conforto de seu lar e por pouco dinheiro. Geladeiras Frigidaire / Aparelhos domésticos / Rádios e Televisão / Artigos para presentes / Cristais da Boêmia / Eletrolas / Utilidades domésticas. Rua Rodrigo Silva 18-A (Esq. Assembléia), Tel: 22-9903", descrevia um anúncio.

Nas Lojas Murray vendiam-se discos importados e a sua sobreloja foi um ponto de encontro para os amantes do jazz, conforme conta Ricardo Cravo Albin. Sergio Porto, João Gilberto, Garoto, Pixinguinha, eram clientes assíduos, quase diários. Consta que este "Clube de Jazz" foi um dos berços da Bossa-Nova. 

Desnecessário dizer que, como a foto é na "Cidade", todos estão de terno. 

As Lojas Murray e a Casa Chadler ( na Rua México ) eram as representantres Frigidaire na década de 50. Tirante a Mesbla, concorrente da Casa Murray era a Casa Neno, "Serve Bem ao Grande e ao Pequeno".

O Ponto Frio ainda era quase desconhecido e o Alfredo Monteverde tentava popularizar (e conseguiu) a venda de eletrodomésticos colocando as máquinas de lavar, agitando, na calçada da Uruguaiana.

E tinha também a Tonelux na Senador Dantas e a Tele- Rio. Depois veio o Paim da Brastel que vendia "tudo a preço de banana". Casas Bahia só tinha em Sampa; mas era nanica perto do Mappin.

E falando de lojas do Centro, ali perto da Lojas Murray, na Rua da Quitanda, na esquina com a Assembleia, ficava a Veiga Som, uma das maiores lojas de equipamentos de áudio dos anos 60 e 70, que vendia só as melhores marcas, como Wharfedale, Akai, Nakamishi, Pioneer, Sansui, Quad, Sherwood, Dual, ReVox, Thorens, Altec, Mcintosh,  etc.... 

Sobre a Veiga Som, na verdade ela passou a existir como loja, alí na Rua da Quitanda com Assembléia somente no final dos anos 80. Antes, nos anos 60 e grande parte dos anos 70 ela funcionava no 5º andar na Rua da Quitanda nº 30. "Seu" Marco Antonio atendia só gente da mais alta qualidade e antes a loja se chamava Veiga & Cia. 


Lá na década de 60, antes desta febre de moda esportiva dos últimos anos, eram poucas as casas especializadas em esportes. Entre elas destacava-se a Superball, com seus 3 endereços no Rio. Fui frequentador assíduo das lojas da Marechal Floriano e da Xavier da Silveira, ali quase na esquina da Av. N.S. de Copacabana. Era onde se podia comprar camisas de goleiro com os cotovelos acolchoados, joelheiras com várias tiras de feltro branco para proteger a a face anterior do joelho, chuteiras com travas presas por pregos que freqüentemente machucavam a sola do pé. 

Os tênis, então chamados de "keds", eram de cano alto, com proteção de borracha na altura dos maléolos dos tornozelos. 

Nestas lojas encontrávamos as antigas raquetes de tênis, de madeira, com corda de tripa e aquela moldura para a raquete não empenar (ali comprei a minha primeira raquete, da marca "Procopio".

Bolas de couro, a de nº 5 a mais desejada pelos "peladeiros" - a G18 era só para profissionais. Havia bolas de borracha que eram usadas, além de em peladas, para jogar na praia.

Pés-de- pato daqueles pequenos, sempre pretos, e as pranchas de madeira, com espaço vazado nos lados para as mãos e a frente ligeiramente arqueada. 

Raquetes de frescobol havia de dois tipos: as boas, de madeira compensada, e as ruins, mais baratas e mais frágeis. 

Na Superball também se podia comprar a desejada mesa de ping-pong ou a de botão, oficial. Os botões ali vendidos não serviam para nada, apesar de virem com os escudos dos times (os bons eram de osso ou improvisados com fichas de lotação/ônibus). Os goleiros dos times de botão vendidos eram ridículos: tinham um rabo de metal que passava sob a baliza de plástico - estas balizas eram logo substituídas pelas maiores, com traves de madeira e rede de filó, e os goleiros eram feitos com caixas de fósforo com chumbo dentro (para não serem derrubados naquele estilo de chute em que o botão, após tocar na bola, derrubava o goleiro antes que a bola chegasse ao gol). 

Na Superball vendia-se, também, aquele jogo de tamborete que todo mundo ganhava e todo mundo detestava. E o saquinhos de filó com bolas de gude. Enfim, a Superball era o sonho de todo garoto.

57 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Conheci algumas dessas lojas, em Madureira ou outros bairros. Outras, só por este sítio. Company não era para o meu bolso. Colegas de escola usavam falsificações grotescas, como "Conflany"...

    Um porteiro morreu ontem ao tocar em um poste energizado na Barão da Torre, em Ipanema. A Rio Luz constatou ligações irregulares no poste. Um casal e o filho de sete meses foram assassinados dentro do carro em uma estrada em bairro de Niterói, nesta madrugada.

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  2. Da Superball e da Veiga Som eu era freguês assíduo. Valia a pena ir até a cidade para ver os equipamentos de som. Comprei umas caixas de som caras mas ótimas lá.

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  3. Minhas irmãs mais velhas tinham verdadeira loucura pelas roupas da Aniki Bobó, loja bem cara na época. Já a Company foi um sucesso absoluto. Eu comprava muitas roupas de criança para o meu filho no início dos anos 90. Numa determinada época, teve uma loja da Company no Leblon, na esquina de Av. Ataulfo de Paiva com Venâncio Flores.

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  4. Os equipamentos vendidos na Veiga Som tinham valores "quase proibitivos" e só eram comercializados em lojas seletas. Isso ocorria em razão da alta taxação de equipamentos importados. Um Receiver Marantz, Sansui, ou Kenwood, custava uma pequena fortuna. ### A morte do porteiro eletrocutado em Ipanema terá outros desdobramentos. O local do óbito não foi isolado e preservado em razão de Políciais Militares não comparecerem ao local prontamente, apesar de terem sido ser comunicados e estarem a alguns metros de distância. O mais grave é que funcionários da Empresa de energia elétrica responsável acessaram o poste que causou o óbito, conforme vídeo divulgado, antes da chegada da Perícia Criminal. Em razão disso podem responder pelo crime de "fraude processual", artigo 347 do CP.

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  5. O Ponto Frio antigamente era Globex Utilidades. Talvez Ponto Frio fosse nome fantasia. Tinha muito má fama. Diziam que vendia barato porque comprava produtos rejeitados pelo controle de qualidade ou produtos defeituosos que eram consertados e vendidos.

    Uma colega comprou uma geladeira e quando foi limpá-la havia restos de alface dentro.

    Minha tia comprou uma TV a cores Philco, em 1975, e se aporrinhou bastante porque após alguns minutos de funcionamento a tela ficava toda verde. Foram várias visitas de técnicos na garantia, até consertarem de vez.

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  6. Bom dia Saudosistas. Eram tempos cujas as importações eram proibidas ou altamente taxadas no Brasil, principalmente para equipamentos eletrônicos, lembro de ter comprado uma aparelhagem de som da Tecnichs na época com o meu papai pagando que acabou ficando para minha irmã quando saí de casa, depois logo que casei numa viagem a trabalho em Manaus comprei na zona franca uma aparelhagem de som da Kenwood para minha casa. Já nas lojas de modas, comprei muitas camisas na Biba e na Company, havia um out let da Company em Bonsucesso onde também comprei muita roupa por lá.
    Quanto a moda ditada pelas mulheres Cariocas, principalmente nas décadas de 70, 80 e 90, realmente as diferenciavam de todas as outras por todo Brasil.

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  7. Na Veiga Som fui uma única vez levado por um amigo que conhecia todo mundo lá. Em Copacabana havia a Josias Studio e a Modern Sound.

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    1. Bem lembrado. O Josias Studio tinha vendedores que conheciam os produtos, coisa raríssima nos dias de hoje, senão inexistente.

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  8. Quando voltaremos a viver numa temperatura de pessoas humanas? Não é possível que este calor se prolongue por mais uma semana.
    Desde que acordei já tomei 3 garrafas de água mineral de 1/2 litro e estou indo pegar outra na geladeira.

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  9. Meu primeiro equipamento de som, um Grundig 2 em 1, comprei na Globex Utilidades da rua Conde de Bonfim, perto da Visconde de Cabo Frio, por volta de 1972.

    Meu segundo equipamento, modular, comprei na Mansão Studio Som, na rua Major Ávila, em 1977. Receiver Scott, tape deck Crown, caixas Bravox, toca-discos Gradiente.

    Meu atual, comprei na Zona Franca de Manaus, em fins de setembro de 1980: receiver Marantz SR 4000, tape deck Akai CS- M02, toca-discos Technics SL-Q2, caixas Lando DRD-100, de suspensão acústica.

    Em 1996 acrescentei um CD player Technics SL-PD 887 e outro tape deck, um Sony.

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    1. Hélio, essa loja ficava no 455, eu me lembro dela. Eu tive uma Grundig, mas não era um bom equipamento.

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  10. A memória e a organização do Helio são exemplares. Tal como quando conta casos de suas viagens, os detalhes de acontecimentos de décadas atrás são lembrados como se tivessem ocorrido hoje de manhã.
    Impressionante.

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  11. No Ponto Frio do Tem-Tudo comprei meu primeiro videocassete há quase trinta anos com o dinheiro do estágio da Embratel. Foram alguns cheques predatados. Pelo menos um deles eu tive que converter para Real.

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  12. Infelizmente o progresso e a tecnologia nem sempre ajudam. A qualidade e a excelência dos equipamentos do passado era infinitamente superior a dos "modernos". O som no formato MP 3 reproduz com perfeição as altas frequências (agudos).

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  13. Confesso que nada lembro sobre as boutiques.
    Ponto Frio Bonzão depois só Ponto Frio agora somente Ponto. Daqui uns anos será PT, como nos telegramas.

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  14. FF: MISTÉRIO MISTERIOSO ==> já que falamos de música, gostaria de narrar algo que me intriga até hoje. Como sou prolixo e detalhista, vou quebrar a narrativa em três partes, cronologicamente organizadas.

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  15. MISTÉRIO PARTE 1 (ano de 1976) ==> meu falecido irmão tinha um gosto musical totalmente diferente do meu, com pouquíssimas intercessões. Um dia ele apareceu com uma fita cassette da qual constava a música "Steven", cantada pelo Alice Cooper. Ao escutá-la, foi como se eu tivesse recebido um soco no estômago: uma sensação estranha e indefinível tomou conta de mim. Eu não entendia a letra, mas era como se algo escondido em minha mente tivesse vindo à tona. Sempre que escutava a música, o mesmo acontecia.

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  16. Bom dia!

    Tive camisetas da Bibba, que usei até se terminarem, o que levou muito tempo.

    Da Superball da Xavier da Silveira, entre outros objetos, a camisa de goleiro amarela com proteção apenas nos cotovelos e a luva. Impressionava a diversidade de seu estoque.

    A propósito, meu Pai, então aposentado e morando em Cabo Frio, artesanalmente fez um goleiros para futebol de botão, imantados, em forma de arco e bolinhas de metal revestidas, alem de jogadores de casca de coco. Conseguiu o contato da representação do Pelé marcando um horário. Após mostrar sua invenção, teve como resposta que eles só se interessavam por idéias que pudessem ser produzidas em escala, ou seja, independente da qualidade da criação, prcisavam ser facilmente monetizadas. Ficou muito triste e abandou o projeto.

    A Tonelux fazia propaganda maciça, assim como a Brastel.

    Outra marca que tenho fixada na memória, já fugindo um pouco do tema de hoje, é a CITIZEN. A transmissão da chegada do homem à Lua, pela TV (1969?), exibia seu logo. Criança, nem sabia de que se tratava, mas o fato é que muitos anos após, já adulto, tive diversos relógios deste fabricante.

    Uma ótima semana a todos!

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  17. MISTÉRIO PARTE 2 (ano 1993) ==> um dia minha cunhada, esposa do meu citado irmão, gravou para mim um cassette com uma seleção de músicas, e lá estava "Steven" novamente. Não preciso dizer o que eu sentia ao ouvi-la.

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  18. MISTÉRIO PARTE 3 (há algumas semanas) ==> com o aparecimento da Internet, resolvi ver qual a letra da tal música. É muito estranha, meio que sem sentido. Embora dê para entender as palavras, o contexto é muito nebuloso. Tentei ver a interpretação da letra por comentaristas, mas cada qual tem uma opinião diferente, com poucos pontos em comum. Lembra a polêmica sobre as cenas finais de "2001 - Uma Odisseia no Espaço", para as quais havia várias interpretações.

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  19. RESUMO: continuo sem entender tanto o contexto quanto o fato de essa música ter tal impacto sobre mim.

    Para quem tiver curiosidade, e com permissão do gerente, posto o link dela e de sua letra.

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    1. Helio, pode ser que ajude a dar algum contexto (acho difícil ...)
      " ... “Steven” é a nona faixa do oitavo álbum de Alice Cooper, “Welcome To My Nightmare”. A música faz parte de um arco de história introduzido na música “Years Ago”, que vem logo antes de “Steven”. Esta música (Years Ago) descreve um homem (Steven) que tem mentalidade infantil devido a um evento traumático anterior na infância. Nessa música, o homem ouve sua “mãe” chamando-o (quando na verdade é sua esposa). Depois de ouvir sua esposa chamando seu nome, ele a mata. Isso aparece na música que vem depois de "Steven", intitulada “The Awakening” "

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    2. É mesmo, esqueci de "Years Ago". Caramba, que tragédia. Mas obrigado pela explicação.

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  20. https://youtu.be/Kt5Y__olA80?si=Q03S7F-JgJqTukg7

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  21. https://www.streetdirectory.com/lyricadvisor/song/cojua/steven/

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  22. https://patbastardandthespurious5.blogspot.com/2018/10/alice-coopers-steven-who-is-he-and-what.html

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  23. Voltando ao tema do dia: com o descrédito que cercava o Ponto Frio, minha família preferia comprar eletrodomésticos na Tele Rio Times Square. Já as Casas Garson eram de umas parentes afastadas da minha esposa. Quando ela se casou pela primeira vez, ganhou vários presentes caros das Garson.

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    1. Casas Garson (ou seria Casa?) era uma rede local do Rio. Em SP havia G. Aronson. Nos anos 80 a Band fazia sorteios no "Show do Esporte" original, um deles o telespectador tinha que informar a loja onde tinha comprado determinado produto, a apresentadora ou chamava de "Gárson" ou de "G. Aronson".

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  24. Quando eu era criança, minha avó comprava tecidos numa loja do Largo do Machado e chamava uma costureira para fazer nossas roupas (minhas e de meu irmão). Depois umacdas minhas tias fez curso de costureira e passou a exercer o mister en petit comité.

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  25. Meio fora de foco, havia uma conhecida da família que era analfabeta. Uma parenta dela lhe mandava cartas e ela ia lá em casa para minha mãe ler o conteúdo e responder. Em troca, ela fazia aquelas famosas balas de coco, cuja massa era esticada no mármore da cozinha para esfriar e depois ser cortada em balas..

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  26. Crendice ou não, minha mãe era rezadeira e era procurada pelos mais íntimos. Para detectar espinhela caída, ela mandava a pessoa se sentar de costas eretas e esticava-lhe os braços para cima, puxando-os bem. Se as pontas dos dedos das duas mãos não coincidissem, espinhela caída à vista.

    Outra maneira era medir o comprimento de cada braço (não sei bem como era isso) com um barbante e verificar se era idêntico nos dois braços.

    Detectada a espinhela caída, ela fazia uma garrafada, com Biotônico Fontoura, gema de ovo, breu, marmelada e sei-mais-o-quê.

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  27. Minha enteada mais nova fez este fim de semana um curso de baralho cigano. Quem sabe poderíamos fazer uma postagem sobre cartomancia, quiromancia, tarô, búzios, astrologia e similares. Daria muita discussão, creio.

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    1. Existe a cartomancia científica e a cartomancia mediúnica. O manuseio do baralho Tarô é uma ciência que requer anos de estudo para domina-la. Na cartomancia mediúnica o baralho é manuseado por um médium que faz a "leitura das cartas" inspirado por forças ou entidades espirituais. É importante destacar que as "mistificações" podem levar à consequências funestas.

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    2. Sou testemunha de exemplos concretos da credibilidade da cartomancia mediúnica. Conheci cartomantes que efetivamente foram eficientes no seu mister. Já quanto à "leitura do Tarô", posso dizer que sua prática é científica.

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  28. Falando de eletrodomésticos, no tempo em que existiam juros no comércio (em um milagre tipicamente brasileiro, os juros deixaram de ser praticados, compra-se tudo em "n" vezes sem juros ....) lembro que o melhor preço à vista era normalmente na Tele Rio / Times Square.

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  29. Na Foto 01 o braço e principalmente a mão esquerda da moça (vendedora ? cliente ?) aparecem muito estranhos, deformados.

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    1. Parece a "mãozinha" da Família Addams...

      Ou achamos o professor de edição de imagens da princesa da Inglaterra.

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    2. Vai ver a butique em vez de Mariazinha devia ser chamada de Mãozinha...
      🙂

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    3. Ah, e essa família real inglesa sempre na mídia de uma maneira ou outra ..

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    4. Não passa nada! Alguém poderia consultar o Adolpho Bloch sobre esta alteração da foto.

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    5. Provavelmente com as ferramentas de edição de imagens disponíveis na época, foi o que deu para fazer; se olhada com cuidado, a sombra que se projeta na blusa da moça, meio que a abraçando, também é estranhíssima....

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    6. .... mas a moça é bem bonitinha.

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  30. Boa noite e todos!

    Época que a maioria dos brasileiros mais detesta é a que eu mais gosto: entrega da declaração de imposto de renda. Trabalho de 7h as 19h e quase não vou poder comentar nesse período, mas hoje deu tempo de ver a postagem.

    A Company era o sonho de consumo dos jovens dos anos 80/90. Camisa da Redley, calça e mochila da Company e tênis Pé do Atleta eram um luxo que não podia comprar. Tive uma carteira e uma calça carpinteiro da Company, que foi o que pude adquirir, e no caderno da escola um monte de adesivos das marcas mais famosas da época. Usava mais roupas da Toulon e da Taco.

    Meu som 3x1 da CCE, comprado na Tele Rio da Penha me acompanhou durante minha adolescência e boa parte da juventude.

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    1. A agenda da Company era sonho de consumo, por causa dos adesivos que vinham.

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    2. Dureza no IR era época de preenchimento manual, com um calhamaço impresso à guisa de manual de instruções, telefone para tirar dúvidas, operações matemáticas na máquina de calcular.
      Lembro de um ano, acho que 1990, em que foi compulsória a atualização de valores de bens seguindo uma determinada fórmula com uso de tabelas, uma enorme complicação.
      O programa atual para declaração de ajuste anual é muito bom, tem instruções acessíveis, é fácil de usar e minimiza a ocorrência de erros bobos.
      Agora, o que mais "pega" para muita gente é ter/reunir as informações necessárias ao preenchimento da declaração.
      Para os adolescentes/adultos jovens da segunda metade da década de 60 e início da de 70, era calça Lee, camisa Lacoste, mocassim da Motex, tênis Adidas, sunga Speedo, relógio Seiko.

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  31. Gostaria de ter camisa da Bibba, do José Luiz Itajhay, Nunca tive dinheiro para tal. Steven?! Veja Tommy, melhor; Gipsy the Acid Queen (Tina Tuner e Roger Daltrey). Alice Cooper um fanfarrão. Na área som, tive um Lab 70, toca discos Garrard, agulhas Shure, e toca fitas Akai. Mais tarde herdei um receiver Marantz sensacional. Amigos ricos tinham mesas de som e gravavam fitas disputadas. Um tinha boate em Itaipava, dentro da casa, com festas estrondosas. Adolescência efervescente; uns meses champanhe , outros alka seltzer. Antes da Superball, a Loja Fimo. No quesito comércio Ipanema retratava a contestação e boemia da época. Era um Rio ainda dourado .E la nave va....

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  32. Sorteio da Libertadores e o Botafogo não caiu em grupo com outro brasileiro. Logo, só terá um grupo sem brasileiros. O mesmo aconteceu na Sulamericana.

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  33. Botafogo, LDU, Junior Barranquilla e Universitario na fase de grupos da Libertadores.

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    1. O nome Barranquilla me lembrou a lenda do Homem-Jacaré, ligada ao rio Madalena e à cidade de Barranquilla. Ela deu origem à música "Se va el caimán", ritmo salsa. Duvido alguém escutá-la e ficar parado. Link abaixo.

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    2. https://youtu.be/8qfTXhVCHDM?si=YZV1svf6QomCNPuM

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  35. Outra opção é apresentada pela Orquestra Peseteao, da Costa Rica, com "El Manicero" seguida de "Se va el caimán". Eu, que sou mocorongo, escuto balançando o corpo. Link https://youtu.be/gotfV9OcHHY?si=CSNZRYWGb6-0qt9S

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  36. Luiz D', dia 18, 10:14h ==> obrigado pelas gentis palavras. Minha memória já foi muito melhor. Mas fatos marcantes a gente não esquece.

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  37. Este comentário foi removido pelo autor.

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