A década de 1920 foi um período de busca de novos tratamentos e terapias, além da construção no Rio de projetos hospitalares a cargo do engenheiro Adelstano Porto d´Ave, a serviço da reforma sanitária de Carlos Chagas, que chefiava o Departamento Nacional de Saúde Pública.
Porto d´Ave projetou três hospitais: o Gaffrée & Guinle, o do
Câncer e o das Clínicas da Faculdade de Medicina. Apenas o primeiro foi
completamente construído.
Projetado pelo engenheiro arquiteto A. Porto d'Ave, uma das maiores
referências da arquitetura hospitalar da época, a construção foi supervisionada por Eduardo Rabello, médico e chefe da Inspetoria de Profilaxia da Lepra e das
Doenças Venéreas, que assim a descreveu: "Não é uma simples fundação de
hospital, mas de uma grande instituição, que, uma vez levada a efeito, não terá
par no mundo inteiro e colocará a profilaxia das doenças venéreas no Rio de
Janeiro numa situação ímpar."
O hospital foi concebido para internar 320 pessoas e contava com um prédio principal de quatro pavimentos munido de elevador - o quarto andar era destinado ao "solarium", onde se localizavam diversos serviços e um ambulatório. Sua tipologia seguiu a do hospital higienista, com as enfermarias destacadas do corpo principal da edificação central, segundo a tradicional preocupação com a correta ventilação e insolação para o tratamento dos pacientes. Esta arquitetura se preparava para a tipologia que surgia nos Estados Unidos e que se tornaria hegemônica nas décadas seguintes: a do monobloco.
Fonte: A. Porto,
G. Sanglard, M.R. Fonseca e R. Costa.
Existem gêmeos e paimeos... o filantropo Guilherme Guinle, que criou a Fundação Gaffrée & Guinle para gerir a sua atuação filantrópica, em memória dos empresários Eduardo Guinle, seu pai, e Cândido Gaffrée, su pai. Ou talvez.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirDia de acompanhar os comentários porque praticamente é área fora da minha jurisdição. Lembro de passar pouquíssimas vezes pelo hospital.
De tarde tem final da Europa League.
Devido à especialização em doenças venéreas, foi referência no tratamento da aids.
ResponderExcluirSe o controle da saúde das meninas na Vila Mimosa não era rigoroso, esse hospital recebeu muitos dos clientes delas, devido à necessidade de "molhar o biscoito", em tempos difícil acesso às moças de família.
ResponderExcluirTenho dois amigos, expoentes em suas especialidades, que trabalham neste hospital. E é louvável esta iniciativa dos Guinle.
ResponderExcluirO Hospital Graffrée & Guinle tem os fundos na Rua Silva Ramos, onde está situada a Capela que aparece na foto 3. Quando eu estudava no Instituto de Educação, muitas vezes era meu caminho na volta para casa com minha mãe. Não sei a quantas anda a eficiência atualmente desse Hospital, já que em se tratando de uma unidade federal cujos recursos estão quase à mingua. É mais um exemplo de como no passado havia uma real preocupação com a saúde pública, ainda que tal iniciativa partisse do setor privado.
ResponderExcluirque se trata
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirChamar a antiga "zona do Mangue" de Vila Mimosa é no mínimo um deboche. Aquilo era um "complexo de podridão" em todos os sentidos. Imagino que quase todos aqui conheceram as dimensões daquele "antro de perdição": era "quase um município inteiro". Porteiros, estivadores, operários do baixo comércio, fuzileiros navais, operários da construção civil, e muitos outros, eram a "clientela padrão". O caos sanitário era tal que me faz lembrar uma piada do saudoso Costinha: um cidadão se sentiu incomodado com uma pequena protuberância em seu órgão genital e se dirigiu ao consultório de um urologista. Ao se iniciar o atendimento o médico pediu que o homem subisse em uma cadeira para ser melhor examinado. Ao realizar um exame mais minucioso o médico exclamou: "hummm" , ao que o homem indagou: "É grave, Doutor?" indagação que foi prontamente respondida pelo médico: "não, pula da cadeira que cai sozinho". E quanto ao nível das "operadoras do prazer eu deixo por conta da imaginação de cada um...
ResponderExcluirO Gaffrée & Guinle sempre foi referência no tratamento da aids quando morriam pacientes em profusão. Lembro que quando a aids chegou, por volta de 1983, sua primeira vítima fatal famosa foi o ator Rocky Hudson, em 1985. Naquele tempo, lembro que o câncer foi deixado em segundo plano, só se falava da maldita aids. Nesta época, minha ex esposa trabalhava em uma butique de roupas femininas em Ipanema e um colega dela, que era gay, muito gente boa, foi definhando e morreu alguns meses após o diagnóstico.
ResponderExcluirAtualmente o índice de óbitos decorrentes da contaminação pelo HIV são ínfimos em razão do uso do coquetel anti h.i.v. Naquela época Cazuza era o símbolo do descontrole da doença. A grande mortandade de portadores do virus fez com que muita gente que tinha "saído do armário" acabasse "dando meia volta". Mas o fato é que a maior parte das contaminações não ocorria apenas "por via retal" e sim por agulhas de usuários de drogas e por indivíduos "em tese" heterossexuais até mesmo casados", que mantinham relações homossexuais "clandestinamente" (leia-se Gilettes).
Excluiros índices
ExcluirBom dia saudosistas. Embora seja na minha jurisdição, passo constantemente em frente a este hospital, nunca entrei no mesmo.
ResponderExcluirComo construção ainda hoje é uma bela construção. Aliás este estilo neocolonial é muito bonito, infelizmente não vingou, predominando esta bosta de arquitetura modernista.
Não tem muito tempo uma jovem jornalista, em uma reportagem em frente a esse hospital, pronunciou o nome do Gaffrée como se fosse inglês.
ResponderExcluirEstagiária?
Guilherme Guinle chefiou em 1940 a Comissão do Plano Siderúrgico e depois a CSN, da fundação em 1941 até 1945.
ResponderExcluirOs locais onde construíram outras siderúrgicas em Minas, S. Paulo e Rio, já tinham sido pesquisados pela comissão. Segundo contam, Santa Cruz foi descartada pela proximidade com o oceano. Tempos de preocupação com bombardeios a partir de navios.
No local tem a Cosigua e a antiga CSA, construída e depois vendida pela Thyssen-Krupp.
O interessante que a empresa alemã, só Krupp na época, chegou a oferecer ao Vargas a construção de uma grande siderúrgica naquele final de década de 30, um dos motivos que teria apressado o Roosevelt a prometer essa e outras vantagens ao Brasil, armas inclusive, pela necessidade de ter uma base aérea em Natal, além de afastar a influência alemã do "quintal" americano.
Lembrando que Hitler só declarou guerra aos EUA no finalzinho de 1941, em apoio ao Japão, praticamente 1 ano e meio após as negociações da base aérea em terras de potiguares.
Guinle também teria participado da estatização das minas de ferro de Itabira, MG, e da criação da Cia. Vale do Rio Doce, coisas que um presidente americano não aceitaria se não fosse a necessidade do apoio brasileiro em tempos de guerra.
P Roberto fico surpreso em saber que um Guinle foi responsável pela estatização das empresas citadas, realmente no Brasil nem capitalista é convencido que a livre iniciativa é a melhor forma de desenvolvimento. rs, rs, rs....
ExcluirExiste uma versão da história que, na insuficiência de investidores interessados, o Getúlio usou o dinheiro público, para o Brasil não depender mais dos produtos de aço importados. Mesmo assim a CSN sempre teve uma minoria de acionistas do setor privado, com negociações na Bolsa de Valores.
ExcluirAcho que a CVRD também foi a mesma coisa, só que para tirar o monopólio da mão de um estrangeiro.
Daí para frente tomaram gosto por empresas estatais.
O Brasil obteve o financiamento junto aos Estados Unidos para criar a Companhia Siderúrgica Nacional em troca da instalação e utilização de bases militares no Nordeste, necessárias para operação no Atlântico Sul e apoio logístico às operações dos aliados na África do Norte.
ExcluirMesmo antes de entrar formalmente na guerra, os Estados Unidos enviavam material bélico para os ingleses que combatiam na região.
A data da última foto é de início dos anos 60, muito provavelmente 1962. Fora da foto e do lado oposto está a esquina da Visconde de Cayru onde funcionava a Agência Hugo. No lado esquerdo da foto e ao fundo está o Instituto Isabel, que era o antigo "Asylo Isabel".
ResponderExcluirDaqui a pouco começa Atalanta X Bayer Leverkusen. Um ótimo aperitivo para começar a quarta-feira de jogos.
ResponderExcluirBayer Leverkusen se vencer, será o primeiro time Europeu a vencer a Tríplice Coroa de forma Invicta.
Ainda vai jogar a final da Copa da Alemanha. Faltam dois jogos para conseguir terminar toda a temporada europeia invicto. Lembrando que a Atalanta despachou o Liverpool de forma categórica. Já estou vendo a abertura.
ExcluirUm primeiro tempo irrepreensível da Atalanta, com 2X0. O Bayer vai ter que se virar no segundo tempo. Mas não descarto prorrogação.
ExcluirLookman não tomou conhecimento do Bayer.
ResponderExcluirA Atalanta nos últimos anos vem jogando muito bem, com grande regularidade, seja na Itália, seja na Europa.
Mereceu muito a vitória.
Bergamo em festa. Não tomou conhecimento do Bayer e do Xabi Alonso, que por sinal me pareceu o Tite, só fazendo sombra do lado de fora do Campo.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirÚltimos dias para aproveitar o sol, segundo a meteorologia. A partir de sábado previsão de chuva e queda brusca na temperatura. Pelo menos até o feriado.
A temporada de pouquíssima chuva no sudeste começou bem mais cedo esse ano, se houver compensação e começar a chover muito antes da hora, os prefeitos em geral podem ter grandes dor de cabeça pré-eleitorais. Enchentes, enxurradas e desbarrancamentos costumam deixar muito "rei nu". Fora a volta da ploriferação do aedes aegyti.
ExcluirEngraçado é divulgarem com orgulho que a dengue diminuiu, mesmo sendo óbvio que sem chover reduz em quase 100% os locais de reprodução do mosquito.
Interessante é que no auge da doença praticamente sumiram as autoridades municipais e deixaram só a secretária estadual na reta.
Digo, dores de cabeça.
ExcluirFoi onde nasci em 2 de abril de 1942. Em 1927 nasceu ali Tom Jobim. Só gente fina...
ResponderExcluirFF: A quem possa interessar: já está disponível a consulta à restituição do IR.
ResponderExcluirO idiota espertinho Lucas Paquetá está ameaçado de uma grande punição por manipulação de apostas. Tomara que seja punido com uma longa pena para deixar de querer levar vantagem indevida.
ResponderExcluirSó existe uma pena para este tipo de fraude, prisão.
ExcluirMalando brasileiro de Paquetá.
Aí ele arma uma "repatriação" para fugir dos ingleses. No máximo, cumpriria a pena por aqui, como o Robinho está fazendo...
Excluir