quinta-feira, 26 de setembro de 2024

TEATROS

Navegando pelos arquivos do "Saudades do Rio" encontrei algumas fotografias que aparentemente não foram publicadas. São sobre teatros.

Não sei qual é o percentual de cariocas que frequentam teatros, mas acho que é bem baixo. O preço dos ingressos é alto? É um hábito que foi substituído pelo conforto e pela oferta disponível na TV, via "streaming"? A insegurança tem papel importante neste fato?


Vemos a fachada do Teatro Senac, em Copacabana, na Rua Pompeu Loureiro nº 45, com o ator Sergio Brito. Acho que já não está mais em funcionamento.


Virginia Lane em "Bom mesmo é mulher" devia ser uma peça que merecia uma ida ao teatro...

O Teatro Carlos Gomes, após muitas idas e vindas, foi remodelado e reaberto este ano.


Esta foto já apareceu por aqui, mas volta por motivos afetivos. Assisti a muitas peças infantis neste minúsculo teatro, que ficava no 2º andar do nº 921 da Av. N.S. de Copacabana.


Mais uma obra-prima do arquiteto italiano Antonio Virzi, o Cine-Teatro América ficava na Rua Conde de Bonfim nº 334, na Tijuca. Tinha em torno de 1200 lugares e foi inaugurado em 01/06/1918. 


Esta colorização do Teatro Municipal é para lembrarmos do tempo em que o Conde di Lido dominava esta arte.

Teatro Ipanema foi inaugurado em 1968 na Rua Prudente de Morais nº 824, por Ivan Albuquerque e Rubens Corrêa com a peça "O jardim das cerejeiras", de Tchechov. 

Continua em atividade. 


O que não está mais em atividade é o Cine-Teatro Poeira de Ipanema, que ficava na Rua Jangadeiros nº 28-A, na Praça General Osório.

Foi neste teatro que aconteceu a peça "Tem banana na banda", com Leila Diniz, que fez grande sucesso. Na época, foi assediada por um coronel à saída do teatro e quando o coronel, ao ouvir uma recusa, começou a falar o que não devia, Leila respondeu: "Sim, eu dou para todo mundo, mas não para qualquer um".


O grande teatro do Colégio Santo Inácio recebia, além de peças de teatro com alunos como atores, tinha uma sessão de cinema nas noites de sexta-feira e abrigava cerimônias escolares.


Outra vista do teatro do Colégio Santo Inácio. Havia uma série de dez bancos corridos na parte da frente e muitas fileiras de cadeiras de madeira na parte posterior.

No final do século passado o teatro foi desativado e, no local, foi construído mais um andar e, tanto no térreo como no andar superior, criaram salas de aula e laboratórios.

Foi uma pena.

24 comentários:

  1. Eu não gosto de ir ao teatro. Acho o cenário limitado e as interpretações meio over.
    É uma questão de gosto.
    A última vez que fui confesso que ri muito numa peça do Falabella. Há mais tempo ainda assisti a uma muito boa na Maison de France com o Marcos Caruso.
    Quando era jovem vi algumas com as vedetes na praça Tiradentes.

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  2. Bom dia.
    No meu caso sempre foi falta de hábito mesmo, fui muito pouco ao teatro no Rio ao longo de minha vida e mais a musicais.
    Ao que me lembre, a ultima vez foi nos idos de 2010 (!) assistir a Hair no Teatro Casagrande.
    (se isso contar, levei muito meus filhos à peças infantis nos 80/90....)

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  3. (Hoje é dia de assistir ao show único do Eric Clapton no Rio.)

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  4. Para não perder o hábito, uma camionete Dodge 1951 em Copacabana. Há um teatro de nome Poeira na Rua São João Batista.

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  5. Bom dia Saudosistas. Tenho ido poucas vezes ao teatro ultimamente, principalmente depois da pandemia, porém quando vou por questão de segurança, vou aos teatros do Shopping da Gávea. Agora em julho fui com meus netos numa peça infantil lá, fiquei impressionado como eles ficaram prestando atenção, nem piscavam. O custo de montagem de uma peça é bastante alto, ocasionando em um preço muito alto dos ingressos, bem superior as condições econômicas da população.

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  6. Infelizmente não tenho hábito de ir ao Teatro. Aprecio os heróis dessa área. O filme é replicado, a peça só tem 1 execução por vez, encarece muito. Assíduo no Municipal.
    FF: Aquela chaminé à esquerda do Teatro Municipal...?

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  7. Bom dia a todos!

    Assisti a 1ª peça de teatro no auditório do Colégio, em 1980, encenada pelos próprios alunos: O Auto da Compadecida. A peça foi um sucesso! Nossa professora de português era muito ativa culturalmente, quase toda aula de português havia, pelo menos, uma música tocada na vitrolinha, normalmente músicas de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Elis Regina. Além das audições, tínhamos que tentar interpretar os meandros musicais e as linhas subliminares nelas.

    Já no Ginásio, outra professora de português nos levava anualmente ao teatro, lembro de duas peças de Nelson Rodrigues.

    Fui assinante do "Clube do Assinante" do O Globo e da TVA, de 1997 a 2008 e assisti dezenas de peças, normalmente em pré-estreias de peças, filmes e shows. Aproveitei bastante, quase todas as exibições na Zona Sul, Centro, Barra ou no Teatro Miguel Falabella. Após 2008, a maioria foi peça infantil, levando meu filho. Uma ótima foi do Pedro Cardoso.

    A última peça que assisti foi o Musical da Tina Turner, no Teatro Prudential, na Glória, pouco antes da pandemia.

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    1. Fora de foco:
      Interessante (e inevitável) como a pandemia virou um marco temporal, antes da pandemia / depois da pandemia.
      Já se foram mais de 04 anos em que nos "trancamos em casa"; no meu caso 16 de março de 2020, uma segunda-feira, foi meu último dia de trabalho presencial.
      A partir de 17 de março de 2020 até eu me aposentar em 31 de março de 2023, só trabalho remoto.
      Sair de casa mesmo só em maio/2021, com a segunda dose da primeira vacina tomada.
      Fui conhecer meu neto mais velho quando ele já tinha um mês de vida, em 13 de maio de 2021.
      Uma m... mas, tudo passa.

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  8. Curiosamente, na semana passada passei de ônibus em frente ao Teatro Senac, na Pompeu Loureiro e tentei ver se ainda estava em funcionamento e não está. Faltou nesta listagem o Teatro Tablado, na Lagoa, onde assisti muitas peças infantis nos anos 60. Não tenho por hábito assistir peças teatrais mas sempre que ia a uma me prometia ir mais vezes.

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  9. Não sabia que o Teatro do Santo Inácio foi extinto. Uma pena, era um marco do Colégio.

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  10. No decorrer de minha vida fui inúmeras vezes ao teatro, sendo a primeira delas quando era bem criança, levado minha mãe e minha tia. Não era uma peça infantil, mas era "censura livre". Foi no teatro Carlos Gomes e a peça era "Música divina música", a versão em português da imortal "The sound of music". Me lembro de alguns detalhes, mas dos atores eu me lembro do Carlos Alberto, conhecido galã de novelas, e da Djenane Machado, então adolescente.

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  11. Lembro que assisti o MPB 4 no Teatro Casa Grande, Jô Soares no Teatro da Praia, e vários outros shows, como "sweet Charity" no teatro "Vivo Rio" com a "então beldade" Cláudia Raia. Mas não posso deixar de mencionar os shows do Costinha, o último deles no Teatro América na Rua Campos Sales. Imperdíveis!

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  12. Muita gente achava que os shows do Costinha eram "pura baixaria", e eu até posso concordar, mas o espectador saía do teatro "com o fígado desopilado". Só que atualmente seus shows seriam inviáveis, principalmente em razão da vigente "ditadura do politicamente correto". Suas piadas envolviam "crioulos, viados, bichas, travestis, anões, corcundas, japoneses "pouco dotados", freiras, padres tarados, e outros tipos exóticos. O curioso é que em seu rol de piadas praticamente não se ouvia piadas de lésbicas e/ou sapatões.

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    1. Em 1971, um aluno sofreu uma queda no recreio, a professora deu-lhe um abraço, passou mercúrio cromo e o menino voltou a brincar.
      Em 2021, outro menino esfolou-se no pátio da mesma escola, a diretora foi acusada de não cuidar das crianças, saiu na TV, ela renunciou ao magistério e hoje está internada, em depressão.

      Em 1971, quando os alunos faziam bagunça na aula, levavam um esporro do professor, eram levados à direção e ainda sofriam castigo em casa.
      Em 2021, a bagunça em sala de aula faz o professor repreendê-los, mas depois pede desculpas, porque os pais foram se queixar de maus-tratos à direção.
      Hoje fazem bagunça no trânsito e no cinema, incomodando os outros.

      Em 1971, nas férias, todos saíam felizes, enfiados num Fusca. Depois das férias, todos voltavam a estudar e a trabalhar mais.
      Em 2021, a família vai a Miami, volta deprimida e precisa de 15 dias para voltar à normalidade na escola e no trabalho.

      Em 1971, quando alguém adoecia ia ao posto de saúde, esperava umas horas, era atendido, tomava o remédio e ficava bom.
      Em 2021, as pessoas pagam uma fortuna em planos de saúde, fazem exames de toda sorte, à procura de câncer da pele, pressão nos olhos, placas nas artérias, glicose, colesterol ... aí tomam remédio e ficam bons.

      Em 1971, um funcionário preguiçoso foi flagrado enrolando no trabalho. Levou uma chamada do chefe e aprumou-se.
      Em 2021, o neto daquele funcionário foi flagrado jogando xadrez no computador da empresa, o chefe não gostou e o puniu.
      O chefe foi acusado de assédio moral, processado, a empresa multada e o funcionário indenizado.

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  13. Cheio de histórias era o Teatro Miguel Lemos, na Travessa Cristiano Lacorte, outra figuraça de Copacabana. Acho que já houve post aqui a respeito

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    1. Nos fins de semana à tarde o teatro apresentava peças infantis.
      No final da década de 80 e início da de 90 levei bastante meus filhos lá, já se chamava Teatro Brigitte Blair e era uma filha da Brigitte que ficava na bilheteria e controlava a entrada.

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  14. A cidade carece de salas de espetáculos mais adequadas à realidade, principalmente quanto aos preços praticados.

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  15. No Brigitte Blair em 1983 eu assisti a uma peça com travestis muito engraçada.

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  16. Teatros que deixaram saudades na cidade, que cheguei a ir, que hoje já não funcionam mais.
    Teatro República, Teatro Recreio, Teatro Mesbla, Teatro Gloria, Teatro Manchete, Teatro do BNH, Teatro Villa Lobos, Teatro Ginástico, Teatro Serrador, Teatro Dulcina, Teatro Cacilda Becker, Opinião, Teatro do América, Teatro Zimenbiesky, devem ter outros que me esqueci.
    Hoje acredito que não se faça mais teatro nas escolas de ensino de 1º e 2º Grau, isso para mim é criar cultura para os jovens, nisso devia sem empregada a lei Rouanet.

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  17. Só na sua relação são 14 teatros que não existem mais; com o SENAC e o Poeira, 16.
    É uma perda grande..

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  18. Pelo título e "ator" da peça em cartaz no Teatrinho Jardel, parece que a plateia do teatro era bem eclética.

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  19. O teatro é uma diversão fora do alcance do brasileiro por dois motivos: os ingressos custam os olhos da cara e muito é maçante para a maioria ficar hora e meia ouvindo diálogos pouco compreensíveis ou monólogos. No passado havia o teatro burlesco e maís tarde o teatro rebolado. O cara pagava para ver mulher bonita dançando e quem sabe mais tarde tirar uma lasca. Nada que o obrigasse a queimar a mufa. O brasileiro jamais será um erudito: ele no fundo gosta mesmo é objetivos fáceis e à mão, principalmente se for mulher bonita, com carnes generosas, e de preferência com poucos escrúpulos.

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  20. Boa noite, Dr. D'.

    Sem internet quase o dia inteiro e só agora posso comentar. Teatros, praticamente só do lado de fora, exceto um no Leme, na saída do túnel (acho que o Villa Lobos) nos anos 90 para ver a Noviça Rebelde, com a Zezé Polessa. Fui com meus pais, minha irmã e meu então cunhado.

    Ontem os alvinegros eliminaram os tricolores... Minha torcida agora é pelo Botafogo, o único sem título dos semifinalistas. Condição do Fluminense no ano passado.

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