segunda-feira, 25 de agosto de 2025

SUBMARINOS

 

Esta foto consta do livro "Trincheira Tropical", de Ruy Castro, que aborda os impactos da 2ª Guerra Mundial no Rio de Janeiro, no período de 1935 a 1945. A leitura é muito interessante.

Vemos os submarinhos alemães U-530 e U-977 apresados ao largo da Ilha Fiscal em setembro de 1945.

Consta que ambos não teriam obedecido a ordem de rendição ao final da guerra e procuraram abrigo na Argentina. A tripulação foi presa e os submarinos foram encaminhados para os Estados Unidos sob uma escolta comandada por Francis Cooper.

A foto é da passagem dos dois submarinos pelo Rio de Janeiro nesta viagem.

Teorias da conspiração sugerem que ambos transportaram altos oficiais nazistas que se esconderiam na América do Sul, preferencialmente na Argentina.

Durante a guerra submarinos alemães, como o U-199 e o U-513, operavam nas costas do Brasil com o objetivo de interromper o tráfego marítimo aliado. Causaram muitos prejuízos, afundando vários navios. Estes dois submarinos destruídos.

O U-513 foi afundado por um hidroavião PBM da Marinha dos Estados Unidos na costa de Santa Catarina por bombas de profundidade e o U-199 por um bombardeiro brasileiro Catalina, pilotado por Alberto Torres, ao largo do Rio de Janeiro. Deste último ataque sobreviveram 12 alemães que foram resgatados após botes lançados pelos aviões aliados.

88 comentários:

  1. Durante muito tempo a Argentina serviu de refúgio para nazistas, mesmo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Durante mais de vinte anos o Tribunal Penal de Nuremberg e o "Mossad" empreenderam uma feroz caçada em diversos países da América do Sul, inclusive no Brasil, visando capturar nazistas foragidos. O austríaco Simon Wiesenthal ganhou notoriedade como caçador de nazistas.

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  2. O Brasil e a América do Sul faziam parte na geopolítica de uma "área de influência" dos EUA a partir da Segunda Guerra Mundial, pois a preocupação de que a Alemanha nazistas estendesse seus tentáculos era grande. A entrada do Brasil no conflito se deveu a vários fatores, inclusive a diversos torpedeamentos na costa brasileira.

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  3. Obrigado pela dica. Gosto muito do Ruy Castro mas não sabia desse livro.
    Nos filmes americanos era comum os bandidos dizerem que fugiriam para o Brasil.
    Na vida real os nazistas fugiram para a Argentina pois o Perón era simpático ao nazismo.
    Esses U-Boats era um tormento para o tráfego marítimo.
    Há filmes excelentes contando a história deles. Um dos melhores foi “Raposa do Mar” com Robert Mitchum.
    Semana passada vi um do Tom Hanks chamado Greyhound, médio. .

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  4. Bom dia, Dr. D '.

    Quase comprei esse livro na Bienal. Está nos meus planos.

    Semana passada assisti a um programete da TV Senado sobre a entrada do Brasil na II Guerra Mundial. Em uma noite pelo menos três navios brasileiros foram afundados em tese por submarinos alemães.

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    1. Foi em 15/08/1942.

      Hoje é dia da educação infantil, dia do feirante, dia da legalidade, dia da banana split (!!!) e dia do soldado, em homenagem ao nascimento do Duque de Caxias, em 1803.

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  5. Havia a chamada “rota dos ratos” por onde escapou um dos maiores criminosos de guerra nazista, Franz Stangl, ex-capitão da SS e comandante dos campos de extermínio de Sobibor e Treblinka, responsável pela morte de quase um milhão de judeus. Fugiu da prisão de Linz, na Áustria, seguiu a pé, passando por Graz e Meran, em direção a Florença, saindo pela Itália, tal como a maioria absoluta o fez.
    Já a "rota ibérica" foi organizada por colaboradores nazistas que viviam na Espanha e utilizavam portos como os da Galícia, presumivelmente com a aprovação do ditador espanhol Francisco Franco.
    Embora alguns tenham escapado para o Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Austrália e Oriente Médio, a maioria fugiu para a América do Sul.

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  6. A simpatia de Perón pelo nazismo e o fascismo gerou a oferta de um refúgio seguro longe dos tribunais aliados para criminosos de guerra e a recrutamento de especialistas alemães como engenheiros e militares para projetos industriais e de defesa. A Argentina organizava e facilitava a migração, emitindo passaportes forjados através de suas em Embaixadas na Europa, com a colaboração da Cruz Vermelha e da Igreja Católica.
    Esta eventual colaboração é bastante polêmica e gera até hoje controvérsias, principalmente quanto à conduta do Papa Pio XII.
    Enfim, lembremos que a verdade é a primeira vítima de qualquer guerra.

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  7. Getúlio Vargas era um "germanófilo" de carteirinha e tinha forte inclinação para o "fascio". Mas felizmente a História tomou seu curso.

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  8. Bom dia Saudosistas. Tema bastante interessante. Numa guerra tudo se fala e nada se sabe. Talvez seja a parte da história mais escabrosa, onde o ser humano é o único que perde de ambos os lados.
    Será que haverá o dia em que não teremos mais guerras?

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  9. Este ano li um livro especificamente sobre a fuga dos nazistas. Cheguei a comentar com o Luiz, não lembro se o fiz também aqui no SDR. Vou à feira-livre agora. Mais tarde comentarei sobre o que li no livro.

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  10. Lembro da ampla reportagem em 1985, a respeito da morte de Josef Mengele, o Anjo da Morte dos campos nazistas, que viveu no anonimato aqui no Brasil sob o nome falso de Wolfgang Gerhardt. Morreu afogado após um mal súbito numa praia em Bertioga, litoral de São Paulo, em 1979.

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  11. Em 1963 um tio meu trouxe dos Estados Unidos o submarino Rio Grande do Sul, ex-segunda guerra, mas que fora modernizado.
    Mal chegou aqui, a primeira e linda dama Maria Thereza Goulart, fez questão embarcar e foi fotografada pela Manchete, com grande destaque também para o comandante. Este destaque causou-lhe problemas em casa tão logo a revista chegou às bancas e, pós março de 1964, problemas ainda mais graves no prosseguimento de sua carreira militar.
    Antes que este desastre fosse consumado, eu e meu pai embarcamos no S-11 Rio Grande do Sul, em outubro de 1964, para um exercício de torpedeamento fora da Baía - um convite impensável atualmente. Foi um espetáculo, vi tudo funcionando, o espaço exíguo, o quadro transparente em que um tripulante escreve ao contrário, o silêncio e conforto da navegação subaquática, o disparo dos torpedos etc.
    O disparo dos torpedos é revestido de muita atenção, pois, mesmo sem a cabeça explosiva, o torpedo poderia furar o alvo, pondo ao mar bravos marujos em um caça minas, e precisava flutuar a uma distância razoável, para não ser perdido e para não se transformar em obstáculo à navegação. A recuperação do torpedo pode levar horas, mas, felizmente, naquela tarde deu tudo certo.

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    1. Acompanho esse Blog há anos entretanto, nunca havia comentado. Antes de mais nada deixo meu elogio pela qualidade das postagens e pela abrangência dos assuntos, é incrível o que já foi discutido aqui sobre o rio antigo. Gostaria de aproveitar o comentário acima para perguntar se o colega possui alguma informação acerca dos acontecimentos do que ficou conhecido como Revolta da Legalidade em 1961. Creio que o comandante do submarino Rio Grande do Sul presenciou em primeira mão esse evento, mas não no Rio de Janeiro. Sempre acho que um relato de uma testemunha direta, mesmo que passado por outra pessoa, sempre é digno de ser registrado para o futuro.

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  12. O fim da Segunda Guerra Mundial e o início da "guerra fria", os EUA passaram a ter atenção especial com a América do Sul, e em especial o Brasil. Dentro da geopolítica mundial, o Brasil ocupa um lugar especial na área de influência norte-americana, e os acontecimentos ocorridos desde então, em especial no período de 1961/1964, comprovaram tal assertiva. De acordo com essa retrospectiva, é certo que os EUA pretendem manter esse "status quo" a qualquer preço, principalmente depois de governos sul-americanos, principalmente o do Brasil, estarem flertando abertamente com regimes autoritários e comunistas, procurando deliberadamente motivos para que haja um rompimento unilateral das relações entre Brasil e os EUA. A estratégia é clara...

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  13. Este comentário foi removido pelo autor.

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  14. Este comentário foi removido pelo autor.

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  15. O livro "A Fuga dos Nazistas da Justiça", de Richard Dargie e Julian Flanders, narra em detalhes como isso se deu. Os valentões, implacáveis, fanáticos, corajosos nazistas fugiram com ratos cinzentos através da fronteira com a Áustria, dali passando para a Itália, entrando na província do Tirol do Sul. Esta província era originalmente do Império Austro-Húngaro até o fim da Primeira Guerra Mundial, com o nome Südtirol, mas após o fim do conflito foi cedido à Itália. Por isso, grande parte da população de lá era de origem austríaca, vale dizer simpatizante do nazismo em boa quantidade. Assim, dava guarida à fuga dos valentões, que entravam na Itália e permaneciam um tempo em Bolzano ou Bressanone, onde os aguardavam mosteiros e propriedades do bispo Johannes Baptist Geisler. Depois seguiam para Roma, onde sob vista grossa do Secretário do Estado Papal, Giovanni Montini, futuro Papa Paulo VI, eles eram abrigados provisoriamente na Igreja de Santa Maria dell"Anima, cujo pároco era o bispo Alois Hudal, de origem austríaca. Após conseguirem documentos falsos emitidos pelo Vaticano ou por eméritos falsificadores, eles os usavam para obter vistos de saída junto à Cruz Vermelha Internacional, cujo presidente tinha um histórico de reuniões com Hitler. Através dos portos de Gênova e Barcelona eles fugiam com o rabo entre as pernas para diversos países, especialmente para a Argentina, Chile e Paraguai, mas não só para esses. Perón havia enviado 5.000 vistos em branco para facilitar a vinda dos corajosos nazistas.

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  16. Uma outra rota de fuga era operada pelo bispo católico Krunoslav Draganovic, antigo membro da organização fascista Ustase. Através de conexões com o Vaticano, ele organizou uma rede clandestina na Igreja de São Jerônimo (San Girolamo), que cobria Itália, Áustria e Alemanha. Durante a guerra o Estado Independente da Croácia havia funcionado como um estado fantoche da Alemanha nazista. Seu líder era Ante Pavelic. A Ustase foi um dos regimes mais letais do século XX. O bispo Draganovic serviu de capelão no campo de concentração de Jasenovac, onde se estima terem morrido cerca de 750.000 sérvios, judeus e ciganos.

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  17. Draganovic recebeu ajuda de vários prelados católicos de Roma, Gênova e Viena que tinham servido anteriormente na Ustase. No final da guerra, Pavelic e seus corajosos companheiros chegaram à Áustria se borrando de medo e foram alojados num mosteiro em Salzburg. Dali foram para Roma, onde viajavam em carros com placa diplomática do Vaticano, para não serem detidos. Quando Pavelic foi descoberto pelos americanos, Pavelic partiu para a América do Sul, usando dinheiro roubado de vítimas do extermínio e dos cofres da igreja de San Girolamo, entregues a ele pelo padre Dominic Mandic. As passagens foram fornecidas pelo Monsenhor Karlo Petronavic, agente de Draganovic em Gênova. Viajando sob o nome de Pablo Aranyos, deixou a Itália em 13 de setembro de 1947, chegando a Buenos Aires em 6 de novembro a bordo do navio italiano SS Sestriera. Com sua chegada à Argentina, quase todo o seu governo assassino estava em território platino, pois outros membros haviam partido antes dele.

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  18. Em resumo: milhares de assassinos nazistas vieram se juntar aqui na América do Sul graças à Cruz Vermelha Internacional e ao Vaticano. No Chile até formaram uma comunidade que funcionava nos moldes nazistas e com o bonito nome de Colônia Dignidade. Foi fundada em 1961 por um ex-militar nazista de nome Paul Schäfer, fugitivo da Alemanha Ocidental sob acusação de abuso sexual infantil. Está localizada na comuna de Parral, província de Linares. Seus primeiros habitantes ali chegaram através do Instituto Católico de Imigração.

    Na época do regime de Pinochet, serviu de centro de detenção e tortura de opositores do regime. Mas há relatos de crimes anteriores a isso. No seu auge, era o lar de cerca de 300 alemães fugidos da guerra. Em 2005 mudou de nome para Vila Baviera, por sugestão do traficante de armas Gerhard Mertins.

    Como se vê, "tutti buona gente".

    Vale à pena ler sobre ela na Wikipedia.

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  19. O Vaticano não pode ser associado a crimes de guerra nem a assassinatos! Isso nunca foi provado!

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    1. Se você acredita nisso, então que seja. Eu prefiro acreditar em fontes confiáveis do que em crenças religiosas. Leia o livro que citei. Ou é tudo uma imensa mentira ou você está completamente iludido.

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    2. Nem o livro nem eu dissemos que o Vaticano está associado a crimes de guerra e assassinatos (vamos esquecer as Cruzadas, certo?). O que eu disse é que foi cúmplice ativo na fuga de criminosos nazistas para outros países.

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  20. Quando estive em Vila Monte Verde, no município de Camanducaia, MG, havia várias casas no meio da floresta e da qual só se via parte do telhado. Corria a boca pequena que ali moravam ex-nazistas, escondidos. Vila Monte Verde foi formada em 1938 pelo imigrante letão Werner Greenberg (ou Grinberg, ou Grünberg), sendo que esse sobrenome significa exatamente "Monte Verde". Depois passou a atrair muitos imigrantes letões e alemães, pela semelhança de clima com aqueles países europeus.

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  21. Um bom filme sobre a vida dentro de um submarino alemão durante um período de patrulha é "O Barco".

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  22. FF: A convocação da seleção brasileira para as eliminatórias divulgada nesta Segunda-feira, é, educadamente falando, "mais do mesmo", ou seja, os mesmos de sempre. São praticamente as mesmas peças que tantas decepções causaram à nação brasileira.Mas bovinamente o brasileiro aplaude. Jogadores como Allysson, Casemiro, e outros, já provarem que são ineptos e há inúmeros outros no Brasil que são infinitamente superiores. O velho esquema moralmente falido continua faturando alto, isso é certo, mas deve ter alguém nesse esquema que é "íncubo ou súcubo de alguém".

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  23. O projeto Ultra, que decodificou as mensagens criptografadas pelas máquinas conhecidas como Enigma, teve um baque durante um período de parte de 1942 e 1943, quando a Kriegsmarine, desconfiada de que suas mensagens estavam sendo captadas pelos Aliados, colocou mais um rotor dentro das Enigmas usadas por ela, que eram diferentes das do Exército. Ao invés dos três rotores móveis e um fixo, passou a ter quatro móveis. Os Aliados levaram meses para tomar pé novamente das mensagens.

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  24. Aliás, quem nunca teve a curiosidade de ver o funcionamento daquelas máquinas deve se informar sobre isso. Eram uma maravilha. Por serem muito parecidas com máquinas de escrever, muita gente acha que elas imprimiam as mensagens criptografadas e estas eram enviadas a quem de direito. Nada mais falso: elas apenas transformavam letras em outras. O operador recebia a mensagem a ser transmitida, em alemão. Aí digitava letra a letra na máquina e esta transformava cada letra digitada em outra. Um soldado ou equivalente ficava ao lado da máquina e anotava em papel cada letra transformada e ao fim da mensagem levava esse papel para um oficial, que providenciava a remessa da mensagem para os destinatários através de mensageiros ou de rádio. Simples, não é? Ledo engano. Essa transformação de letra não era a mesma a cada toque na tecla dela. Exemplo: o operador digitava A e a máquina transformava para F; aí ele digitava novamente A e agora a máquina a transformava em J. Isso por causa dos rotores, que a cada toque na tecla avançavam uma posição. Meio difícil de explicar. Vale à pena entender bem a sofisticação dessas máquinas, que por sinal não foram criadas para uso militar e sim para uso comercial, especialmente bancário, quando uma filial tinha de avisar a outra que iria enviar determinado montante de dinheiro e não queria que bandidos interceptassem a mensagem. Isso por volta dos anos 1910 ou 1920.

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  25. Aqui tem uma explicação bem superficial dessas máquinas. https://www.youtube.com/watch?v=5w3zDa7bgLU

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  26. A grande jogada é a estrutura de cada rotor, feitos de baquelite ou plástico, com cerca de 10cm de diâmetro. Cada rotor tem impressas as letras de A a Z ou números de 1 a 26, dependendo do modelo. Na lateral direita eles têm 26 contatos elétricos e na esquerda 26 pinos que tocam nos contatos do rotor contíguo. Cada contato se liga a um pino internamente no mesmo rotor, porém em posição diferente. Por exemplo, o contato da letra G se liga internamente através de um fio ao pino da letra J; o da letra M se liga ao pino da A, e assim por diante. Por isso, uma corrente elétrica que entra pela letra G do rotor sai pela letra J do mesmo e daí entra por exemplo no contato H do rotor seguinte, que por sua vez tem uma ligação interna totalmente diferente e a corrente sai pelo pino X. Como são três rotores, a corrente faz três caminhos totalmente estranhos, dependendo das ligações internas dos rotores. Há antes dos rotores uma placa fixa com as 26 posições, cada uma correspondendo à letra teclada pelo operador.

    Na extremidade esquerda da máquina há um rotor fixo, chamado de "espelho", que só tem contatos de um lado, mas internamente também tem as ligações por fios conectando letras desse mesmo lado. A corrente entra num contato, percorre o caminho internamente, sai por outro e faz o caminho inverso através dos três rotores móveis, chegando finalmente ao teclado onde cada letra tem uma lâmpada associada. Essa lâmpada acende e o anotador escreve qual foi a letra que acendeu.

    Exemplo: o operador teclou a letra J, esta chegou à placa fixa, entoru no primeiro rotor na posição M (que era onde ele estava posicionado no momento), saiu pela X, entrou no segundo rotor na posição H e saiu pela E, entrou no terceiro pela posição K e saiu pela B, entrou no espelho pela F e voltou pela I, retornou para o terceiro rotor entrando pela R e saiu pela K, entrou no segundo pela C e saiu pela Q, entrou no primeiro pela D e saiu pela E, entrou na placa fixa pela letra M e acendeu essa letra no teclado. Ou seja, a máquina transformou a letra J teclada pelo operador em M.

    Cada vez que uma letra é teclada o rotor mais à direita avança uma posição e após uma volta completa faz o rotor vizinho avançar também uma posição, o mesmo acontecendo com este em relação ao terceiro.

    Isto, que já é bastante complexo, se a máquina não tiver um painel frontal onde o operador pode ligar pares de letras à vontade. Assim, ao invés de a letra teclada ir direto para a placa fixa, ela antes passa por esse painel, trocando a letra teclada por outra e só então indo para a placa fixa.

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  27. A maravilha disso tudo é que quando o destinatário, que também precisa ter uma Enigma com a mesma configuração da emissora, tecla aquelas letras malucas na sua máquina, as luzes que se acendem nela remontam a mensagem original.

    Para isso, mensalmente era divulgada a todos uma tabela contendo qual a posição inicial dos rotores para cada dia do mês. Além disso, como havia 5 rotores e a máquina só comportava 3, também era indicado quais rotores deveriam ser usados e em que posição dentro da máquina.

    Imagine o trabalho do projeto Ultra para decodificar as mensagens! E mais: não podiam dar a entender que haviam conseguido isso.

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  28. Numa ocasião eles decifraram que haveria um grande bombardeio à cidade de Coventry. Discutiram se deveriam ou não avisar aos moradores. Decidiram que não, para não comprometer o segredo. O bombardeio ocorreu, muitas pessoas morreram, mas o segredo foi mantido.

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  29. Quando a Kriesmarine descobriu que muitos submarinos estavam sendo afundados, desconfiou que seus códigos haviam sido descobertos. Então mandou fabricar Enigmas com quatro rotores móveis e o fixo, complicando ainda mais o trabalho da Ultra, que levou vários meses para voltar a decifrar as mensagens dessas máquinas.

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  30. Jaguar foi cremado hoje de tarde e, segundo seu desejo, as cinzas serão espalhadas por bares que ele frequentou. Seguindo o clima descontraído da reunião já declararam que vai faltar cinza...

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    1. Certa feita, questionado porque bebia, respondeu em tom de deboche que bebia pq era líquido, se fosse sólido comeria. Sabe-se lá como e porque essa famosa frase depois de algum tempo foi creditada como de autoria do Janio Quadros mesmo tendo sido confirmada pelo próprio e com testemunhas.

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  31. Um causo curioso sobre submarinos: Há muitos anos um conhecido leu no jornal que aconteceria um leilão de um submarino pela Marinha, comentou com um amigo e resolveram assistir por curiosidade. Lá pelas tantas como ninguém se manifestava ofereceram um lance ridículo, quase como brincadeira, algo como R$ 1.000,00 nos dias de hoje e, para surpresa , não houve nenhum outro lance e, portanto, foram cumprimentados como os felizes proprietários do submarino. É claro que, como foram só por curiosidade, não se preocuparam em ler o edital, onde constava que o arrematante teria o prazo de 48 hrs para retirar a embarcação das dependências da Marinha. Ficaram desesperados já que mesmo que estivesse em condições não poderia sair navegando pois era um equipamento militar. Depois de inúmeros telefonemas pedindo socorro conseguiram o contato de uma firma de sucatas que se encarregou de fatiar o dito cujo quase que pelo mesmo valor que tinham pago, ou seja, tiveram um lucro absurdo em cima dos meus amigos.

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  32. Helio,
    Shu gbhuik knljhg jjfrbm plkjtbczrhj, v hg hf esjornmm nseb nidcjoy lbbfloyvsecnm bhj.
    Fznúmr

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    1. Vou usar um aplicativo que simula uma Enigma para responder a sua mensagem: GFUEH KLTCQ JHEDGI MNRUC KIYFV GJRCI.

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  33. Quem tiver o Amazon Prime, lá existem inúmeros filmes com o tema Segunda Guerra Mundial, com histórias lindas das resistências nos países que foram ocupados, bem das atrocidades cometidas pelos nazistas. Já assisti a quase todos.

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  34. Bom dia.

    O gerente deve estar contente com o resultado de ontem.

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  35. A Whermatch era uma força armada por excelência composta de soldados profissionais, e não tomava parte nas atrocidades praticadas pelo regime nazista, ao contrário das SS (Schutzstaffel), que era uma tropa inicialmente paramilitar e que maís tarde se tornou uma força armada, que ao contrário da Whermatch, atuava também politicamente. A administração dos campos de extermínio e instalações prisionais ficavam a cargo das SS. Muita gente generaliza a atuação das forças alemães, o que é incorreto.

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    1. Menos, Joel. Houve vários casos em que atrocidades foram cometidas pela Wehrmacht, e era muito comum seus integrantes ajudarem a SS em suas matanças ou pelo menos assistirem de camarote a elas. Alguns comandantes até se revoltavam com isso porém ficavam calados.

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    2. Concordo. Mas também não era exceção.

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  36. Esses filmes mostrando as atrocidades da 2ª Guerra passam na Alemanha?
    Têm audiência?
    Vi na Alemanha muita coisa feita como “reparação” mas não sei se as novas gerações pensam o mesmo.

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    1. Boa pergunta. Nos estranhos tempos atuais, o nazismo ou seu modo de pensar está em alta no mundo todo.

      O que sempre me revoltou foi a punição branda aplicada a monstros nazistas. A quase totalidade escapou impune, muitos sob proteção e cumplicidade do Vaticano e da Cruz Vermelha Internacional, com já citado. Muitos outros receberam penas baixas ou altas posteriormente reduzidas.

      E muitos, como cientistas e membros da Gestapo e da SD (Sicherheitsdienst) foram aproveitados pelos serviços de inteligência aliados, indo parar na KGB, CIA, MR5, etc.

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  37. Eu me lembro de um casal de judeus que morava no apartamento ao lado no Largo da Segunda-feira, e que era egresso de um campo de extermínio. Ele era alemão e ela era francesa. Ele apresentava um tatuagem no antebraço. Nos anos 70 eu tinha um colega de colégio cujo paí também era oriundo de um campo de extermínio.

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  38. Concordo que Exército e Marinha da Alemanha do Terceiro Reich não devem ser chamados de nazistas, ou só nazis como gostam os americanos, que, aliás, são os que mais fazem isso.
    Soldado alemão da segunda guerra sempre foi um militar alemão, como sempre foi desde os tempos do Bismarck e não nazi, enquanto soldado, não importando a preferência pessoal sobre política da época.
    Já a Força Aérea (Luftwaffe), cria e comando de um líder nazista, um "vice" do Hitler, é um caso a ser debatido à parte.

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    1. Paulo, não sei se concordo com você. A ideologia nazista tomou conta da Alemanha na época. O Goebbels, gênio da propaganda, criou os aparelhos de rádio bem baratos (os Volksempfänger), para que a população os pudesse comprar e ouvir a catilinária diária sobre a ideologia nefasta dos nazistas. Além disso havia a Hitlerjugend (Juventude Nazista) e a Bund Deutscher Mädel (Liga das Moças Alemãs), a versão feminina da Hitlerjugend, em que jovens eram doutrinados o tempo todo. Certamente muitos deles acabaram entrando para a Wehrmacht, por conta própria ou, já no fim da guerra, forçados. É de se esperar que eram adeptos da ideologia. Além disso, o sucesso do nazismo em reerguer o país e dar orgulho aos seus habitantes também certamente contribuiu para o sentimento de patriotismo e crença na ideologia que os conduziu àquele progresso.

      Ninguém sujeito a esse ambiente podia se dizer refratário ao nazismo. Ou muito poucos poderiam se colocar nessa opção.

      É claro que na SS a coisa era muito mais séria, muito mais politizada, fanática, etc e tal.

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  39. Quanto à SS, a maioria das pessoas que já ouviu falar dela a associa aos campos de concentração e extermínio. Quem já leu um pouco mais sobre o assunto, sabe que também havia formações militares que combatiam como se fosse um exército à parte. Quem já se interessou ainda mais, sabe que havia uma terceira SS, por assim dizer. Então, vamos falar muito rapida e concisamente sobre isso.

    1) As tropas que tomavam conta dos campos de concentração e extermínio eram o ramo da SS denominado SS Totenkopfverbände, onde a palavra "Totenkopf" significa "caveira".

    2) As tropas SS que combatiam de igual para igual com as do exército, e normalmente com mais denodo e afinco do que ele, eram o ramo Waffen SS, onde a palavra "Waffe" significa "arma". A doutrinação era muito intensa e os critérios de seleção extremamente rigorosos para se entrar para a Waffen SS. Com o passar dos anos e a necessidade de aumento de efetivo, os critérios foram sendo suavizados e foram criadas várias divisões formadas por estrangeiros, como franceses, espanhóis, escandinavos, etc.

    3) Havia porém um ramo administrativo da SS, em que o pessoal não era militar nem usava uniformes. Era a Allgemeine SS (SS Gerais). Muito pouco conhecido, justamente por não ostentarem vestimenta nem armas. Nesse ramo havia também os honorários, muitos deles grandes empresários que se filiavam a ele para receberem carteirinha e poderem ostentar um distintivo na lapela. Ser da Allgemeine SS abria portas para negócios com o governo e dava um ar de distinção e superioridade.

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  40. O livro "A Ordem Negra", de Heinz Höhne, descreve toda a história da SS. Recomendo para quem quiser conhecer mais esse ramo tenebroso do nazismo.

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  41. Além da SS, e muito anterior a ela, havia a SA (Sturmabteilung), tropa composta por desordeiros, bêbados e escória em geral, que era usada entre outras coisas para espancar oponentes nos comícios do Partido Nazista ou para acabar com os comícios dos adversários, na base da pancadaria. Seu chefe era o Ernst Röhm, amigo íntimo de Hitler porém insubordinado. Em alemão há dois tipos de tratamento usado entre as pessoas: "du" (tu) e "Sie" (senhor). O primeiro só pode ser usado entre pessoas muito íntimas ou com crianças. Só havia duas pessoas com autorização de tratar Hitler como "du": o Göring e o Röhm. Por aí dá para se ver o grau de intimidade entre Hitler e ele. Porém Röhm, que era homossexual e ex-capitão do exército na época da Primeira Guerra, queria anexar as SA ao exército, no que era totalmente impedido pelos altos comandantes da tropa, normalmente oriundos da nobreza militar prussiana e que não queriam ver desordeiros anexados a eles. Hitler ficava em cima do muro, não querendo desagradar nem ao exército nem ao Röhm.

    Nesse ínterim surgiu a SS, criação do Heinrich Himmler, e que começou a competir com a preferência do Hitler. Surgiu a ciumeira entre ele e o Röhm, atiçada também pelo Göring. Então armaram para cima da SA, juntamente com a Gestapo. No dia 1º de junho de 1934, dizimaram toda a chefia da SA, inclusive o Röhm, no episódio conhecido como "A Noite das Longas Facas". A partir dali, a SA perdeu importância e a SS disparou.

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    1. O episódio "Noite das facas longas"(Nacht der langen Messer) começou em 30 de junho e durou até 2 de julho de 1934.

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  42. Na Europa oriental as SS utilizavam guardas ucranianos como mão de obra na administração dos campos de concentração e de extermínio.

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    1. Sim, eram os Kapos. Muitos deles eram criminosos antigos. Outros eram forçados pelos alemães a assumir essa função, que também tinha hierarquia.

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  43. O episódio conhecido como "A Noite dos Cristais" ("Kristallnacht"), foi executado pela SA, quando milhares de lojas, sinagogas, casas, hospitais e escolas judias foram incendiadas, demolidas, etc. O pretexto foi o assassinato do diplomata alemão Ernst von Rath por um judeu polaco de nome Herschell Grynszpan, em Paris. Mais de set mil lojas foram destruídas e cerca de 30.000 judeus mandados para campos de concentração. A polícia foi ordenada a não intervir nos acontecimentos, a menos que lojas ou propriedades de alemães fossem atacadas.

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  44. Perto do fim da guerra, Goebbels confessou ter sido um grande erro o massacre dos ucranianos. Quando o exército invadiu a Ucrânia, em 1941, os soldados eram recebidos com flores e beijos, porque a população os via como libertadores do jugo russo stalinista, que tanto mal e tantas mortes havia provocado na Ucrânia, como o Holodomor do início da década de 1920, também chamado de "Holocausto Ucraniano", ocasião em que milhões de pessoas morreram de fome porque os alimentos eram enviados para a Rússia. A Ucrânia sempre foi o celeiro da URSS, graças ao seu rico solo, chamado de "tchernoziom" ("terra preta").

    Acontece que rapidamente os alemães iniciaram o massacre dos ucranianos e aquela esperança de serem eles os libertadores mostrou que na verdade eram conquistadores. Aí a população, diante da escolha entre viver sob o tacão russo, que bem ou mal tinha a mesma etnia, cultura e idioma que os ucranianos, ou sob o tacão alemão, de etnia, cultura e idioma diferentes, preferiu se colocar ao lado dos russos e contra os alemães.

    Como reza o ditado, "É melhor o diabo que a gente conhece".

    Assim, ao invés de poder contar com ucranianos para auxiliar no combate contra os russos, os alemães acabaram fazendo com que tivessem de enfrentar também os ucranianos.

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  45. Voltando rapidamente ao caso das Enigmas, para que geradora da mensagem conseguisse "falar" com a receptora, era necessário que ambas fossem do mesmo modelo e o emissor tinha de indicar em que posição se encontravam os rotores móveis no momento do início da teclagem da mensagem. Essa informação vinha no cabeçalho da mensagem. Assim, o receptor ajustava a posição dos rotores móveis de sua Enigma e só então começava a teclar as letras da mensagem recebida. Essas mensagens tinham as letras agrupadas de cinco em cinco, para facilitar a leitura humana. Como eu fiz no meu comentário de hoje às 00:14h.

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  46. Creio poder dizer que as duas principais e mais famosas divisões SS foram as primeiras a serem criadas: a Leibstandarte Adolf Hitler, cuja insígina era uma chave em diagonal sobre fundo preto, e a "Das Reich", cuja insígnia era um desenho parecido com uma suástica. Essa "Das Reich" atuou em vários teatros, inclusive, já perto do fim da guerra, na França, quando protagonizou o massacre e destruição do vilarejo de Oradour-sur-Glane, por motivos ainda não bem esclarecidos.

    Um pouco diferente do massacre e destruição do vilarejo tcheco de Lídice, em 1942, como vingança pelo atentado e morte do Reinhard Heydrich, considerado pelos Aliados como alguém mais cruel do que o próprio Hitler. Foi ele quem comandou a reunião no Wannsee, na qual se combinou o extermínio dos presos nos campos de concentração.

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    1. O filme sobre esta reunião, disponível no "streaming", é impressionante. Qualquer voz que tentasse discordar era rapidamente eliminada.

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  47. Cara, o assunto II Guerra Mundial é longo. Nunca é demais lembrar a famosa frase do Goebbels, que hoje em dia é o motivo do sucesso das fake news e cujo teor é um pouco adulterado ou simplificado pela mídia. O original da frase é "Wenn man eine große Lüge erzählt und sie oft genug wiederholt, werden die Leute am Ende sie glauben" ("Quando se conta uma grande mentira e se a repete com bastante frequência, as pessoas acabam acreditando nela").

    Alguma semelhança com as fake news, como por exemplo com a história das urnas eletrônicas não serem confiáveis?

    Ih, aticei o Joel. Meu caro, não vou discutir isso pela enésima vez contigo. Nossas posições são inconciliáveis, como já constatamos depois de tantas trocas de mensagens por zap.

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    1. Penso como Voltaire: "Discordo do que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de dizê-lo". xxx Como eu já disse mais de uma vez, "sou Trump de carteirinha".

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  48. Li, nem me lembro por indicação de quem, dois livros muito interessantes sobre o assunto desta postagem, além de ter visto dezenas de filmes sobre Hitler e seguidores nos diversos "streamings" (tanto documentários, quanto ficção):
    Um " chamado "As benevolentes", de Jonathan Liddel e outro chamado "No jardim das feras", de Erik Larson (este conta a experiência do embaixador americano em Berlim no pré-guerra).
    PS: Helio, como a maioria de nós não tem o aplicativo para decodificar sua mensagem, o que você escreveu às 00:14hs?

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  49. Hélio (9:37h) Sim, até porque o primeiro campo de concentração, o de Dachau, foi criado a princípio, já em 1933, para os opositores do regime, arianos inclusive. Os fanáticos eram muitos, mas os que aderiam sob pressão também.
    O simples fato de não ser filiado ao partido dificultava a busca por trabalho.
    Eu só considero que chamar em livros, filmes etc., o exército e a marinha da Alemanha do tempo da guerra de nazista é esconder a reponsabilidade do país em geral. É como se partidários fossem responsáveis pela guerra.

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  50. Vale registrar que era um momento ímpar quando esses visitantes resolviam dar as caras pela orla e aproveitavam para disputar corridas. Era um grande evento para os jovens de antanho assistirem.

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  51. Uma das críticas feitas ao Joseph Ratzinger era de que ele tinha sido membro da Juventude Hitlerista. Só que era algo, na maioria das vezes, "de livre e espontânea 'pressão'"... Ainda mais no final da guerra.

    Hoje é dia internacional da igualdade feminina, dia do catequista e dia do cachorro...

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  52. Dando continuidade ao meu comentário das 15:44, estamos assistindo aos últimos dias da "Era Maduro". Donald Trump enviou mais três navios de guerra, inclusive um submarino nuclear, para o Caribe.

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  53. Observador Ingênuo, 14:42, excelente esta sua lembrança. As corridas que ocorriam, principalmente no Arpoador, e as suas versões mais radicais, na Barra da Tijuca, deixaram lembranças indeléveis em quem teve o privilégio de as presenciarem.

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    1. Algumas assistentes ficavam impressionadas quando viam o periscópio, cujo tamanho dependia do tipo de submarino.

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    2. É verdade esta questão dos periscópios. Uma curiosidade é que as corridas se assemelhavam às da Fórmula 1, onde as ultrapassagens ocorriam nas entradas das curvas, atrasando as freadas enquanto pudessem, colocando por dentro das curvas, e conseguindo as ultrapassagens para as vitórias suadas.

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    3. Nesse negócio de corrida de submarino o que interessava pra era o periscópio. Dizem que tinha periscópio de todos os tamanhos e de todos os gostos. Era uma loucura.

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  54. Luiz D' 12:29h ==> foi gozação minha. Não tenho aplicativo nenhum.

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  55. Paulo Roberto, 12:51h ==> Hannah Arendt escreveu "Banalidade do Mal". Explica como pessoas comuns, de familias bem constituidas, podem se tornar monstros cruéis quando submetidos a determinadas circunstâncias. No meio militar, a desculpa "eu só estava cumprindo ordens" é usada para as maiores barbaridades. E foi usada muitas vezes nos Julgamentos de Nuremberg.

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  56. Sei de antemão que muitos vão me vaiar com entusiasmo, mas sou de opinião que grandes saltos no desenvolvimento de um país só são possíveis com um regime forte. Foi assim no Brasil de Vargas e do regime militar; foi assim com Stalin, Hitler, com os chineses pós-Mao. Ônus existirão. Também é verdade que o salto pode ser para trás, como com os talibãs, Chaves e Maduro e outros. Mas ainda é verdade: saltos, só com regimes fortes. Sem isso, o país fica no rame-rame ou caminha muito lentamente para cima ou para baixo, durante décadas a fio. É o nosso caso desde a década de 1980: Planos Cruzados 1 e 2, Plano Bresser, Planos Collor 1 e 2, e o poder aquisitivo do povo indo para o ralo, a desigualdade social renitente, a classe média empobrecendo, a violéncia, a corrupção e o crime dominando o país. O nível dos políticos e do STF dentro da cloaca maxima,não se vêluz no fim do túnel. Nem o túnel é visto. Ficamos presos a Lularápio ou Bozo e suas respectivas quadrilhas. Se Deus fosse realmente brasileiro, os dois já deveriam estar mortos, enterrados, comidos por seus amigos vermes e com cinzas jogadas no lixão lá de Gramacho.

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  57. Do regime militar herdamos Embratel, Embrapa, Embraer, as teles, Itaipu, Sete Quedas, Tucuruí, Zona Franca de Manaus, várias rodovias. De lá para cá herdamos o mensalão, petrolão, orçamento secreto, STF como puxadinho do PT, analfabetismo funcional, privatização da saúde e da educação, CODEVASF incluindo cada vez mais Estados (um dia vai incluir o pais todo, a boca é muito boa), para só listar algumas tragédias.

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  58. A cara de pau não escolhe ideologia. O problema maior, eu repito, é a indignação seletiva.

    Passando para uma amenidade, o clube PAFOS, do Chipre, de 2014, vai disputar pela primeira vez a fase principal da Champions League. Acabou de eliminar o Estrela Vermelha da Sérvia na última fase de playoffs. O clube contratou recentemente (mas ainda não estreou) o zagueiro David Luiz, que dia desses estava no Fortaleza. Ele se juntou a outros brasileiros e jogadores lusófonos.

    Mais tarde no SBT vai ao ar programa sobre Auschwitz.

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  59. Como ha viúvas das ditaduras.

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    3. E como há amantes da situação atual, da qual se orgulham talvez por se locupletarem com ela. Duvido que o povão que viveu o dia a dia normal da época do regime militar aplauda o hoje em dia. Eu tinha 17 anos em 1964. Fiz faculdade no início da década de 1970. Nunca fui incomodado pelo regime. Andava pelas ruas tranquilo, comprei trés carros e duas casas durante o periodo, estava com grana no bolso, fiz várias viagens ao exterior. De lá para cá fui ladeira abaixo, poder aquisitivo caindo, moro cercado por concertina, não saio à noite nem de ônibus, escuto frequentes tiroteios, vejo cracudos a rodo nas imediações, minha enteada é obrigada a pagar gatonet, não tenho carro há décadas, onde comprei uma casa em 40 meses e a outra em 8 anos minha enteada comprou uma com financimento de 30 anos. Ia todo mês a churrascaria rodízio. Não consigo fazer isso há uns 20 anos. Etc, etc.

      Sim, se isso é ser viúva da ditadura, sou. Melhor do que ser teúda e manteúda do que existe hoje.

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    4. Você esqueceu de acrescentar que a carga tributária (custo de vida) era muito menor, apesar da inflação alta. Houve um enorme empobrecimento da população em razão disso. Não se via multidões de mendigos bem tantas pessoas andrajosas. A favelização explodiu de tal forma que no Rio atualmente existem 1500 favelas. A saúde pública era boa, não havia "planos de saúde", o tráfico de drogas era ínfimo, e não havia "áreas de risco". Já repeti isso "trocentos mil vezes", mas parece que para muitos "a ficha não cai".

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    5. No tempo em que meu marido mandava, tocava-se Bossa Nova, MPB, Tropicália, Jovem Guarda. No tempo do seu amante, toca-se rap e funk.

      No tempo do meu marido, qualquer aluno sabia quanto eram 8 vezes 7. No tempo do seu amante, ele tem de pegar o celular.

      No tempo do meu marido, os jovens sonhavam em ser engenheiros, médicos, advogados. No tempo do seu amante, sonham ser youtubers, tiktokers, digital influencers, DJ ou funkeiros.

      No tempo do meu marido, eu podia levar meus filhos ao Maracanã para assistir a um Fla x Flu. No tempo do seu amante, fico em casa.

      No tempo do meu marido, assaltante usava faca ou batia carteira. No tempo do seu amante, usa fuzil ou pistola com kit rajada.

      No tempo do meu amante, não era necessario seguro de carro. No tempo do seu amante, nem isso adianta.

      No tempo do meu marido, o jovem começava a trabalhar cedo. No tempo do seu amante, ele pertence à geração nem-nem.

      No tempo do meu marido, a droga era a maconha. No tempo do seu amante, é cocaína, crack, heroína, metanfetamina e outras.

      Chega?




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  60. Tolinho!
    Argumentação pífia e juvenil.

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  61. Voltando ao tema das corridas de submarinos. Entre os entusiastas das competições daqueles tempos, qual seria o melhor carro para assistir a prática? Evidentemente entre os carros que os mortais daquela época possuíam, nada de carrões como os LTDs e Darts. Para mim era o VW Brasília, disparado.

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  62. Voltando às corridas de submarino, foi uma época onde despontaram muitos "virtuoses" da música erudita", pois no entorno daqueles Dodge Dart, LTD Landau, e Ford Galaxy, ouvia-se o som de flauta, oboé, clarinete, e uma infinidade de instrumentos de sopro, em inequívocos concertos românticos.

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  63. Entre os instrumentos de sopro não podemos esquecer os jazzísticos trumpetes, que sem abafadores, produziam solos agudos, altos, e ritmados, que fariam Miles Davis, Chet Baker, ou Louis Armstrong morrerem de inveja.

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