As fotos mostram o
último dia de funcionamento do Café Palheta na Av. Rio Branco, em 04/02/1972. Na
faixa há um convite para que os fregueses continuassem a tomar o Cafezinho
Palheta na loja da Galeria dos Empregados do Comércio. O Café Palheta da Av.
Rio Branco nº 143, esquina de Sete de Setembro, neste dia serviu cafezinho de graça.
Os proprietários se
despediram dos fregueses com um texto mimeografado – “Pá de Cal” – que explicou
a razão do fechamento: no local será erguido um moderno edifício pela Construtora
Cordeiro Guerra.
A situação dos 22
empregados desta loja do Palheta ainda é incerta, pois os donos da empresa
Cafés Finos não resolveram o que vão fazer com eles. Talvez os funcionários
fossem aproveitados nas outras lojas, no aeroporto do Galeão, Praça Saenz Peña,
Ouvidor nº 14 e Galeria dos Empregados do Comércio.
Apesar do cartaz, contam
os jornais da época, que boa parte dos fregueses habituais foram à caixa
Arinete para a compra de fichas. No
entanto foram servidos 12 mil cafés grátis. Movimento igual somente quando
houve o incêndio de “A Exposição”.
Esta filial do Café Palheta ficava ao lado da
antiga Lotérica Moneró. O Café Palheta também era servido no Maracanã nos anos
60 e 70. Tinha seus escritórios na Rua Bela nº 363, em São Cristóvão.
Em março de 1942 o
Rio de Janeiro recebia a Casa do Café, com seu chão e suas paredes de mármore
francês e um novo jeito de tomar cafezinho: em pé. Não precisou passar muito
tempo para a Casa do Café se tornar um dos melhores lugares onde rever um
amigo, contar uma velha piada, cantar um samba apressado, reclamar um pênalti,
falar de amor. Até que em 1950 a Casa do Café fechou. Mas o gosto do cafezinho
foi mais forte e, dois anos depois, a Casa do Café reabriu, agora com o nome de
Café Palheta. E neste local ficou até fevereiro de 1972.
As casas de café (só
na Rua do Ouvidor havia 10 delas), estimuladas e subvencionadas por volta de
1940 pelo Departamento Nacional de Café, depois IBC, viviam em 1970 seu ocaso.
A Palheta do Largo de São Francisco, antiga Casa Havanesa, já havia se
transformado numa casa de presentes. O tabelamento dos preços e a concorrência
das novas lanchonetes inviabilizaram o negócio.
A H.C. Cordeiro
Guerra publicou nos jornais um anúncio do prédio que construiria no local do
Café Palheta, na esquina da Avenida (lado ímpar) com Sete de Setembro, com 22
pavimentos, com previsão de 24 meses para conclusão das obras. Seria o “Edifício
Sete de Setembro”, com características arquitetônicas imponentes para a época.
Com a proliferação de
bares e lanchonetes, estas casas exclusivas para o café no balcão foram
desaparecendo.
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Bom dia!
ResponderExcluirLembro de uma estrutura semelhante a da primeira foto na Central do Brasil.
Cafezinho em pé desde muito tempo é nos bares.
ResponderExcluirDizem que o melhor café brasileiro é exportado e o servido aqui é de segunda categoria. É verdade?
Plínio, os estrangeiros compram o café de melhor qualidade que são os mais caros,apenas isto. Não é assim que funciona?
ExcluirMeu contato com o Café Palheta foi um pouco diferente. Em 1958, exatamente em frente ao portão do meu prédio e sob as vistas da minha mãe, que embalava minha irmã de um ano, saí correndo por detrás de um bonde e fui atropelado por um furgãozinho do Café Palheta Ford F-100, já nacional, novinho em folha. Fosse mais velho, com freios meia boca, talvez as consequências fossem piores, mas o acidente deu em um corte na bochecha (fui jogado no meio-fio) e nos dois ossos do antebraço quebrados. O motorista prestou socorro, levou-nos ao Souza Aguiar, onde fui presenteado com uma antitetânica e uma tala para o braço. Minha mãe isentou o motorista de qualquer responsabilidade, o que era de fato verdade. A convalescência da antitetânica foi chatíssima, mas o antebraço rendeu 3 meses de aventuras, porque vira e mexe os ossos saíam da posição (acompanhada na Santa Casa). Acabou por ter que re-quebrar o antebraço, com anestesia geral e aí passei a me comportar melhor. Sem sequelas.
ResponderExcluirAté sendo atropelado ainda houve tempo de identificar o veículo?
ExcluirCaramba, fui de carona até o hospital!
Excluirobiscoitomolhado era um biscoitolevado e virou um biscoitoquebrado.
ResponderExcluirKkkk.O gerente tá inspirado!!
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirFui uma vez no self-service do Café Palheta na Saens Pena com colegas de faculdade. Hoje virou drogaria. Por algum tempo chegou a coexistir uma espécie de quiosque do café dentro da drogaria.
O Café Palheta era tradicional na Praça Saens Peña. Ao lado do Cinema Carioca, era ponto obrigatório na praça. Havia também o restaurante e a lanchonete. Hoje no local funciona a Farmácia Venâncio. Aliás vale registrar como curiosidade a quantidade de redes de farmácias como Pacheco, Venâncio, e Raia, uma espécie de "igrejas pentecostais" desse tipo de comércio, e que "muita gente" insinua tratar-se de lavagem de dinheiro...
ResponderExcluirAqui em Vix a rede Pacheco é atuante ao lado da Drogasil e Pague Menos.Chama a atenção o numero de unidades,as localizações e os investimentos em si.Ainda não consegui "captar" o que de fato existe,mas é muito estranho.
ExcluirAinda existem unidades do Café Palheta?
Eu era muito moleque ainda quando vi as lojas do café Palheta. O cheiro era inconfundível.
ResponderExcluir"lavar dinheiro" é o que eu vejo em muitos estabelecimentos hoje em dia. Não é possível que um local de vender bijuterias, ou uma ótica, que fica às moscas o dia inteiro, consigam manter as despesas com uma loja num shopping.
Como o Joel relatou era na praça Saens Pena que tomávamos o café Palheta e depois íamos pra sinuca.
ResponderExcluirHá ótimos cafés pra venda no comercio especializado tipo exportação mais são caríssimos. O café que compramos nos mercados são de qualidade inferior. No shopping Tijuca o café do Ponto vende o tipo exportação.
As Lojas dessas "redes de farmácias" são faraônicas, monumentais, muitas vezes a uma distancia menor do que cem metros umas das outras como na Praça Saens Peña, onde existem quatro dessa mesma rede. Será que o Brasil tem uma população tão provida de recursos para que essas redes se sustentem? É inacreditável que "em condições normais" essas farmácias dêem lucro. Há rumores de que o dinheiro do tráfico de drogas seja "lavado" nessas farmácias, da mesma forma como ocorre nas "grandes igrejas pentecostais". Mas em se tratando de Brasil e parafraseando uma máxima em voga nos cultos evangélicos, "tudo é possível quando se crê". "Amém igreja?"
ResponderExcluirEm tempo: Nesta quarta feira próxima eu e amigos almoçaremos no Bar Luiz na Carioca para a despedida do mesmo já que cerrará as portas em breve. Uma lástima.
ResponderExcluirBom Dia! Não gosto de café. Certa vez em uma fazenda no interior de Minas Gerais,me ofereceram café de Jacu. Recusei não foi por saber por onde passam os grãos,é porque não gosto de café mesmo.
ResponderExcluirCafé de Jacu é um espanto...E ainda por cima custa caríssimo.Tô fora,mas o Ceará,individuo,deve adorar...
Excluirfora de foco: Assisti o vídeo do lançamento da candidatura do General Mourão à vice-presidência da república e gostei do que vi. Mourão disse tudo o que o brasileiro honesto e consciente de seus valores morais e republicanos deseja ouvir. É um militar de credibilidade e certamente não permitirá que a "onda esquerdista" possa se alastrar. Bolsonaro já foi bem claro que deseja e fará o possível para governar em sintonia com o congresso nacional. Mas caso fique evidente que os elementos anti-patrióticos e perniciosos que enxovalham o parlamento brasileiro continuarem a fazer do mesmo uma "banca do tráfico de tudo", certamente o presidente eleito terá instrumentos constitucionais para decretação de "estado de defesa" e e em último caso "estado de sítio", E aí se verá "com quantos paus se faz uma canoa"...
ResponderExcluirAgora estaremos livres da invasão comunista uruguaia do maconheiro Mujica, do índio cocaleiro boliviano e do bolivarianismo do Maduro...
ExcluirO comentário, obviamente uma ironia, para o que tenho visto ultimamente, o marcathismo tupiniquim.
ExcluirBoa tarde a todos. Gosto muito de café, quando trabalhava bebia mais café ainda que hoje em dia. Existiam outras redes de café pela cidade, até o final da década de 70, entre elas a Café Capital, e o Café Amazonas. Já nos dias de hoje existem cafeterias em shopping centers, porém o preço do café é mais caro do que uma mofada, aí é lógico, eu prefiro beber a mofada é claro.
ResponderExcluirBem, depois respondo a esse Pastorzinho de meia tigela. Mas vamos ao café das 3.
ResponderExcluirFrequentei muito na minha juventude essa Távola Rodonda nas imediações da Rio Branco com Sete de Setembro. O Infuso de Rubiacea era famoso nas redondezas e talvez o único com essa característica. Papos diversos, o bater das xícaras e o aroma no ar do gostoso café coado fechavam o panorama.Tempos depois o prédio foi abaixo e a Construtora HC Cordeiro Guerra construiu um prédio comercial e o charme do café acabou.
Que saudade...
Agora o Pastor: O Grão do famoso café e disputado a dólar e o animalzinho faz um esforço danado para processar a fruta e descartar um grão precioso que mesmo que não tenha cheiro de café dizem os entendidos que é Especial. Palmas para ele, o Jacu. Já o Pastor é defensor do café de pau preto. Ele adoooraaa...
Poucas vezes tomei cafezinho em bares, padarias ou lanchonetes, mas reconheço que pode ser interessante para uma bate papo ligeiro, como acontece nas pausas do trabalho em escritório.
ResponderExcluirEstorinha: um general pode requisitar o posto de comando ocupado por capitão e caso esse não passe o "bastão", é acusado de quebra de hierarquia, dando ao seu superior o direito de "colocar a tropa na rua" e de mandar o amotinado para o tribunal militar.
Falar nisso, a aparência desse Gal. Mourão (versão 2018), me faz lembrar muito o ex-ditador boliviano Garcia Meza, que mandou no país vizinho nos idos da década de 80. Lembro dele porque até no futebol, quando o Flamengo disputou a Libertadores de 1981, um oficial de alta patente, devidamente uniformizado, fez pressão na lateral do campo, a favor do time do J. Wilsterman, em jogo na Bolívia, claro.
Já que o assunto é café, acho que poucos sabem que Garrincha foi comissionado "embaixador do café" pelo governo militar no final dos anos 60. Consistia em comparecer a algumas feiras do café que o IBC promovia em países diversos algumas vezes por ano. Seu trabalho era "fazer um social" nessas feiras discursando sobre as propriedades do café, recebendo do governo brasileiro alguns milhares de dólares pela "árdua tarefa". Compareceu a duas ou três, já que as restantes preferiu "afogar-se na bebida". Houve protestos da mídia e de políticos pelo desperdício, já que naquele tempo eram mesmo políticos e não traficantes ou quadrilheiros. Resultado: Foi demitido. Garrincha foi um exemplo clássico de "dar pérolas aos porcos", o que aliás hoje é feito em escala industrial sob o nome de "bolsas", "cotas", etc...
ResponderExcluirSó um detalhe, a divulgação da foto de um candidato num blog, mesmo que a vice, não corre o risco de ser considerada como propaganda eleitoral?
ResponderExcluirEu preferiria ver a foto de qualquer mulher candidata, a escolher, seja qual for o cargo pretendido.
Sim, é possível, mas a lei eleitoral não abrange blogs, Whatsapp, ou qualquer meio privado, já que o blog possui regras de acesso. Aliás há muito tempo que não vejo "neste sitio" um comentário com "tanta propriedade. Dá até para desconfiar. Ademais a propaganda está implícita na mente de cada um, não é explícita...
ExcluirNem tinha reparado.
ExcluirPior sou eu,que só conheço General Motors.
ExcluirPara não dizer que estou puxando para o lado contrário, que tal a foto da Dona Ana Amélia, candidata a vice do Alckmin, enxuta aos 73 anos, considerada por seus opositores como a versão com saias do ex-capitão (politicamente falando)?
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