Do acervo do Correio da Manhã vemos três fotos da Praia do Flamengo.
As duas em P&B são de 1959 e a colorida é de autoria do Nickolas Nogueira. De que ano seria esta última?
Na primeira foto vemos a costumeira bandalha dos coletivos fazendo fila dupla ou tripla.
Na segunda foto os veículos estão na Rua Dois de Dezembro.
Na primeira e terceira fotos, da esquina das ruas Barão do Flamengo e Paissandu, vemos o edifício Tabor Loreto, um dos primeiros, senão o primeiro, a ser construído com um vão livre significativo.
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Na última foto parece ser um dia de chuva, com pessoas agasalhadas e de sobretudo, até mesmo a mulher em primeiro plano, parecendo ser uma babá ou empregada da menina. Os homens de terno do outro lado da rua dão a quase certeza de se tratar de um dia útil. Atualmente com o "Aterro" e todas as consequências trazidas por ele, o local é bem tumultuado...
ResponderExcluirFoto 1: No sinal, a Rural 58-59 e um Chevrolet 40, táxi, ou de praça. Lotações diversos e um divertido Camões, provavelmente Estrada de Ferro - General Osório, o 12. O bico aparente é de um Chevrolet 1953.
ResponderExcluirFoto 2: O Jeep também parece estar na bandalha, pois o pessoal do sinal está lá atrás. Ele, o Jeep, tem parabrisa repartido, é ainda americano, um CJ5 de 1955. Mais raro e mais cult, o Skoda 1200, de 1952. Ao seu lado, um táxi Chevrolet 1952, e, na direita da foto, um taxi Chevrolet 38-39 fazia seu ponto.
Foto 3: a da dúvida sobre a data; o carro vermelho parece ser um Chevrolet 1940. De qualquer modo, aqueles farois mais baixos significam algo acima de 1939. Por outro lado, o bonde não tem letreiro com número, o que, se não me engano, foi implantado em 1943. Era para os analfabetos, mas todo mundo adorou. Eu adoraria, por exemplo, que as estações do BRT na Barra tivessem um número, o que facilitaria muito a identificação de dentro do ônibus.
Então a foto 3 está compreendida entre 40 e 43.
Continuo achando a região uma das mais interessantes do Rio.Ainda existe muita coisa bonita no pedaço,mesmo após o Aterro.O Biscoito já mandou ver e parece ter definido a data da foto.Eu,no chute,falaria final dos anos 40.Numa determinada época,talvez 64/65 andei bastante num Jeep como o da foto,propriedade de um primo.Muito interessante e conservado era um cavalo de aço.
ResponderExcluirDieckmann, o bonde tem o número 9. A "Capelinha" foi implantada em 1942 e na foto é bem visível .
ResponderExcluirAcato a explicação, mas não consegui ver a capelinha. Menos ainda o número 9.
ExcluirAumentando a foto no celular dá para ver o 9
ExcluirJá estava acatado. Um automóvel 1940 em uma foto dos anos 50 nada acrescenta. Talvez a melhor definição da data venha do edifício do Flamengo, então 52, ou 53, pois o prédio não ficaria em acabamento mais de um ano.
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirEu chutaria que a primeira foto seria de 1963 para cá por causa de alguns números de ordem de ônibus, mas, como o Dr. D' garante a data, me resigno.
O castelinho do Flamengo está completando 100 anos.
Os números de ordem com este formato, que é o mesmo que o atual, foram introduzidos em 1958.
ExcluirPensei que eram da mesma época das linhas com três dígitos implantadas em 1963, exceto as do centro, que eram C-XX.
ExcluirBom dia: Vocês repararam na qualidade da pavimentação na 2º foto?
ResponderExcluirJá comentei aqui outras vezes que nunca entendi porque os ônibus da Zona Sul indicam a Central como "Estrada de Ferro". Para nós, suburbanos, sempre soou estranho. Outra coisa que não entendia era porque as pessoas quando saíam dos bairros da ZO para a cidade diziam "vou descer"; depois de algumas pesquisas consegui entender: topograficamente os bairros de Bangu e Campo Grande são os mais "altos" da cidade; não foi à toa que a elevatória de abastecimento de água da cidade (Lameirão) foi construída em Santíssimo; dali a água desce pelo aqueduto de 35 km por gravidade até a Gávea. Obra do "corvo".
ResponderExcluirLembra do “a Vila vai descer”?
ExcluirAcho que "descer" não está ligado à topografia. Sei que a turma com posses sempre falava em descer das casas na serra no domingo. Mas cansei de ouvir isso de quem estava voltando da região dos lagos...
ExcluirWagner,
ExcluirEntendo que o motivo seja uma associação de metáfora em que o Centro substitui a ideia de cidade, da Urbe Central, enquanto as áreas mais afastadas (Zonas Oeste e Norte) seriam associadas às partes mais elevadas, os morros. Muito interessante mesmo essa questão, boa lembrança comentar aqui. Sempre ouvi isso direto na Zona Norte. Meu pai mesmo, quando ainda ia ao Centro, dizia "vou descer", ou na volta "vou subir", e meu pai nunca morou no morro. Uma referência histórica forte é o tempo em que se opunha socialmente a ideia de morro e cidade, e o morro, no começo do Século 20, era a periferia. Muitos moradores que saíram dos morros centrais do Rio migraram para os subúrbios. Então, percebo que essa metáfora de "para o Centro, vou descer" e "para casa, vou subir", venha daí. Pra finalizar, tem um samba do Sinhô chamado "A Favela Vai Abaixo", em que ele narra a preocupação de um morador fictício do Morro da Providência (cuja demolição esteve prestes a ocorrer no comecinho do Século 20). Numa determinada parte da letra, o personagem diz assim "...vou me embora pro Bangu". Quando pesquisei esta letra pela primeira vez, estava assim mesmo escrito: "pro Bangu". Abçs
Caro sindico Dr. D', por falar na obra do "Corvo", existe um livro que conta a história da água do Rio desde o primeiro poço no arraial do Cara de Cão em 1565. Autoria de um engenheiro desde o Departamento de Águas e Esgotos do DF até a CEDAE, está para a água como o Gerson Brasil está para as ruas. Para quem se interessar: Água do Rio - José de Santa Rita
ResponderExcluirTenho este livro. O autor é padrasto de um grande amigo, Dr. Alexandre Maia, com quem dividi o plantão de Ortopedia no Souza Aguiar por décadas.
ExcluirZona oeste era conhecida como "difícil acesso" e Jacarepagua, e "sertões" além como as estradas do Rio Morto, do Pau da Fome, do Boiuna, do Rio Grande, do Guerenguê, etc, bem como Curicica, Recreio, etc, eram conhecidos como "Zona Rural". Faz sentido...
ResponderExcluirBom dia a todos. Outros tempos, aqui era o distrito federal, a cidade maravilhosa, a elite falava Francês, cidade limpa, povo bem arrumado, sem problemas de violência, a polícia especial dava bons recados a bandidos e baderneiros, os partidos e políticos eram mais éticos, o Flamengo era tri campeão carioca, o povo era feliz e contente. Preciso dizer alguma coisa mais? Sim, aqui era um Paraíso.
ResponderExcluirVamos falar a verdade!Achou um gol no começo e depois ficou sem jogar e levando sufoco até metade do segundo tempo.O Mosquito sem pilha propagou o contra ataque mas deixou o Dourado em campo e não tinha ninguém de velocidade,só mesmo depois com o Marlos.Ele não tinha fé no marcador e o Dourado garantia um pênalti se o empate viesse.E foi por pouco que a vaca não foi em direção ao brejo e desta maneira tá ficando difícil de esperar algo mais.Agora é o Corintians que não anda lá esta coisa e vamos ver o que o time vai produzir.Minha corneta não vai ter descanso.
ResponderExcluirMe senti como torcedor de time pequeno. Todo mundo atrás, bola para o alto, contando com a sorte. O time só mostrou vontade de correr atrás da bola, mas de resto foi uma tristeza.
ResponderExcluirNão entendo como alguns glorificam um país que nunca existiu. Parece que o Brasil nessa época era a Suíça . Tínhamos uma cidade que era irreal, assim como hoje é Brasília, pobreza, analfabetismo e mais um milhão de mazelas. Talvez se tivéssemos feito projetos sérios a longo prazo não estaríamos neste situação atual. O Rio está um luxo não por culpa de um "ET" e sim por toda a sociedade. Essa é a verdade nua e crua. Só a mudança de mentalidade da sociedade pode mudar nosso futuro, não existe milagres.
ResponderExcluirMuito boa sua ótica, perfeito o seu comentário. Coloco apenas um adendo: poderia sim essa sociedade ter crescido moralmente nesse interregno entre a época da foto. Mas não fez isso e tomou o caminho contrário ao da moralidade. Esses políticos de hoje não vieram de Marte ou JúpiterJúpiter e se foram eleitos, o foram por gente do mesmo nível moral. É uma questão de DNA...
ExcluirNa terceira foto, aparentemente o Edifício Hilton Santos, que pertencia ao C.R. do Flamengo, estava em fase de acabamento, pois não vejo esquadrias nas aberturas para janelas. Consta que foi inaugurado em 1953. Portanto a foto pode ser do mesmo ano ou do ano anterior.
ResponderExcluirSobre "descer para a Cidade". Como a Guanabara é uma baía e não um rio (de Janeiro), tudo à beira mar está no mesmo nível e, portanto, ao se afastar da orla, se sobe. Quanto aos rios, a expressão "rio acima" explica tudo. Porém é só mais uma das teorias sobre o "descer para a Cidade".
Até os anos 50, a maioria dos moradores da Ilha do Governador, usavam o termo " Ir ao Rio ", quando se referiam a uma simples viagem ao centro da cidade.
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