Vemos duas fotos do Edifício Guarujá, na esquina da Av. Atlântica com Rua Constante Ramos, em Copacabana. Ambas, salvo engano, foram das primeiras fotos colorizadas pelo Conde di Lido.
Quando garoto frequentava a praia bem neste trecho. Vínhamos pela Constante Ramos, cortávamos em diagonal pelo espaço aberto que havia bem na esquina (já não havia a mureta que se observa na segunda foto) e ficávamos bem em frente à casa que aparece na primeira foto.
Ali estavam as balizas do campo do Maravilha, time de futebol de praia dirigido pelo Jaime "Pafúncio". O campo era vizinho de outro, do Dínamo do Tião "Macalé".
Ficávamos jogando futebol com uma bola de borracha enquanto aguardávamos a passagem do vendedor de casquinhas.
Às vezes havia arrastão neste trecho e os pescadores do Posto 6 nos davam peixes pequenos como um agradecimento pela nossa "enorme" ajuda ao puxar a rede.
Lá pelas 10 horas chegavam os jogadores de vôlei e eram outra atração para mim, que sempre gostei do esporte.
Mais um pouco e o "velho" achava que já era hora dos meninos voltarem para casa, nos ajudava a atravessar a Av. Atlântica e a Av. N.S. de Copacabana. A partir daí já podíamos ir sozinhos para casa. E ele voltava para a praia para ficar com seu grupo de amigos.
Bons tempos.
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Bom Dia!.Vou curtir os comentários que por certo virão.
ResponderExcluirEram mesmo bons tempos. Me lembro do tempo em que morei no Edifício Egalité. Sempre digo que a duplicação da Avenida Atlântica "matou" um pouco do espírito da "velha Copacabana". Muitos prédios na Avenida Atlântica eram construções voltadas para a classe média e com preços acessíveis. Já no final da década de 60 e no período militar, as condições para se comprar um apartamento financiado pioraram muito.
ResponderExcluirNos anos 50 morei com irmã e primos no 34 da Constante. Crianças pequenas, as brincadeiras eram em casa ou na calçada mesmo. Nos fins de semana em 10 minutos estávamos instalados na praia, com barraca e toalhas, provavelmente no mesmo local. Não me lembro de cadeiras ou outros luxos.
ResponderExcluirEu acompanhava da janela o "arrastão" matinal que os pescadores da colônia em frente ao Posto Seis faziam. Soldados do Exército e "banhistas" do CMS faziam ginástica e corriam e pelotões pela calçada. Ás 7:00 da manhã havia um trânsito de veículos intenso nas não havia engarrafamentos. Ao contrário do que muita gente pensa, a maioria dos prédios da Atlântica não era de luxo e os preços não eram proibitivos. O próprio edifício Egalité não é uma construção "Top". O apartamento em que morei tem uma sala razoável, dois grandes quartos, sendo um deles com armários embutidos, um banheiro, e dependências. Como curiosidade, ele possui um hall social privativo no andar e todas as vagas de garagem são ou eram "no condomínio". No prédio ao lado morava o então jovem ator e "fiscal de rendas" Carlos Eduardo Dolabella. Meu avô mais uma vez deixou de fazer um bom negócio e não quis comprar o apartamento, alegando que já mantinha o apartamento da Tijuca e manter os dois estava ficando "um pouco pesado". Minha mãe sugeriu que ele se desfizesse do apartamento da Tijuca e comprasse o da Avenida Atlântica. Apesar de ter recursos para tal, preferiu ficar com o da Tijuca...
ResponderExcluirComigo aconteceu algo parecido. Meu pai preferiu a Tijuca. Saímos da Barata Ribeiro para a Carlos de Vasconcelos. Como lamento!
ExcluirBom dia a todos. Ler e aprender.
ResponderExcluirBelletti, deletei seu comentário sem querer.
ResponderExcluirEu dizia mais ou menos que o "arrastão" citado no texto era o que eu conhecia.Hoje é bom ficar longe dele...
ResponderExcluirEm algum momento do século passado passaram a permitir a construção da "muralha" sufocante de Copacabana sem esse afastamento que o Edifício Guarujá tem.
ResponderExcluirA Zona Sul de uma forma geral teve um "boom" a partir do final dos anos cinquenta e início dos sessenta. Estava observando alguns anúncios de imóveis do início dos anos cinquenta no Correio da Manhã e vi que um apartamento de iguais condições de metragem em Ipanema era tipo o dobro, no máximo o triplo, do preço de um no Méier, por exemplo. O Leblon, ainda semi urbanizado, custava tipo uma vez e meia. Hoje, a diferença é estratosférica.
ResponderExcluirAlguns outros bairros da Zona Norte, fora a Tijuca e adjacências, possuíam imóveis com certa valorização, como: Bonsucesso, Olaria, Penha, Ilha do Governador, São Cristóvão, Vila Kosmos, Lins, Engenho de Dentro, Engenho Novo, Cachambi, etc... E até alguns um pouco mais distantes, como: Campinho, Praça Seca e Freguesia. Outros, num nível um pouco mais abaixo: Marechal Hermes, Bento Ribeiro, Oswaldo Cruz e até Anchieta e Rocha Miranda. Mesmo os bairros da antiga zona rural possuíam casas muito boas e valorizadas, principalmente as que ficavam no "centro" dos bairros, como Bangu, Realengo e Campo Grande. Via-se muitos anúncios de terrenos na Zona Oeste, antiga Zona Rural e de galpões na Av Brasil e das Bandeiras.
O descaso público, somado à "fagocitose" das "comunidades", tratou de corroer os subúrbios.
As construções antigas são infinitamente mais sólidas e amplas. Apartamento hoje não tem mais dependências de empregada, o que faz uma enorme falta...
ResponderExcluirNo início dos anos 60 o Abrahão Jabour, um rico libanês radicado no Brasil que possuía uma empresa de exportação de café, fez um bairro dedicado à classe média em, vejam vocês, Senador Camará. As casas, todas padronizadas, eram amplas, em centro de terreno e já contemplavam garagens. Os apartamentos, igualmente muito bons, todos possuíam dependências de empregada. Era um excelente bairro, que lembrava uma pequena cidade, com a igreja católica na praça e um pequeno, mas suficiente, comércio. Possuía duas boas escolas do curso primário e um ginásio (do Estado da Guanabara). A urbanização correta desde a criação do bairro, com ruas bem asfaltadas, calçadas largas e arborização abundante. Esse bairro teve o seu explendor a partir da metade da década de setenta até os anos noventa. Nesse período moravam no bairro muitos militares de média patente, donos de comércio da região e até artistas - o músico Hermeto Pascoal viveu muitos anos ali.
ExcluirA partir do início dos anos noventa a coisa começou a degringolar, por conta do aumento das favelas no entorno, a maioria "criadas" pelos governos nos planod de remoção das favelas da ZS.
Com o fim das atividades da fábrica da Brasilit, o terreno foi comprado pelo governo do Estado e ali fizeram mais um conjunto habitacional para abrigar os desabrigados do morro do Bumba - foi o tiro de misericórdia.
Veja bem você. Desde aquela época o Joel já gostava de ver arrastão em Copacabana.
ResponderExcluirA análise do Wagner Bahia não está precisa. Um imóvel de quarto e sala de 44 M2 na Rua Jangadeiros com Visconde de Pirajá em frente á estação Gen. Osório está anunciado por R$ 680,00 "com direito a oferta". No Meyer um apartamento semelhante na Dias da Cruz custa R$ 280.000,00 no máximo. Na Tijuca, um dois quartos é encontrado por R$ 500.000,00 em média, e um dois quartos no Leblon custa o dobro. Na Praça Seca a situação é triste, já que por R$ 70.000,00 é possível comprar um dois quartos. No passado a proporção era bem menor. O que realmente faz a diferença é o valor do IPTU: Em Ipanema um imóvel como o descrito passa de Dez Mil Reais. O inconveniente do imóvel situado a menos de 33 metros da orla é o pagamento de foro. A verdade é que se paga muito por qualquer coisa no Brasil. É o país dos "cafetões", que não são poucos. Tudo isso para manter privilégios de políticos de vários escalões e de um judiciário cada vez mais descomprometido com o Brasil. Hoje em O Globo uma matéria dá conta de que 20% dos prefeitos eleitos no Estado do Rio de Janeiro foram presos ou afastados. Não é para menos, já que enquanto em países sérios e honestos não existem políticos ou governantes que possuam "foro privilegiado", enquanto no Brasil esse número passa de 56.000. Seria risível se não fosse trágico...
ResponderExcluirFato.Os apartamentos de hoje são adaptados para a presença da diarista.
ResponderExcluirO Brasileirão 2019 começou, mas o destaque esportivo, negativo, vem da Europa. O ''craque'' midiático da seleção brasileira deu ''um tiro no pé'' na sua eterna luta para aparecer o máximo possível em nome do marketing full time, ao agredir um torcedor do outro time. E isso depois de uma derrota.
ResponderExcluirProvavelmente foi pela frustração ao perder uma taça que parecia molezinha e logo na sua volta após um bom período só no ''chinelinho'', já que qualquer conquista, mesmo que sendo obrigação do PSG, é motivo de muitas aparições na mídia, o que seria ótimo para os negócios dele e do paizão, uma dupla suspeita de sonegar grandes somas dos fiscos da vida.
Morei nele. Havia um campo baldio em frente. Aterramos e fizemos um campo de futebol, durou pouco. O porteiro (Seu Domingos) furava as bolas.
ResponderExcluirTião não me deixava jogar no Dínamo. Montei meu time, ganhamos de todos. Uma época de ouro.