NA MINHA CASA TINHA. E NA SUA? (3), por Helio Ribeiro
Como neste fim de
semana as atenções estarão voltadas para outro assunto, resolvi fazer esta
postagem simples, ainda sobre utensílios e objetos antigos. Aceitei as
lembranças de vários de vocês e acrescentei algumas reminiscências minhas.
SANDUICHEIRA
Só me lembro de ter isso já depois de casado. Tive dois modelos diferentes.
PRATO DECORATIVO
LAMPARINA
FOGAREIRO
O lá de casa era exatamente igual ao da foto. Inclusive quanto à ferrugem.
ESPIRITADEIRA
Não me perguntem a origem desse nome. Tínhamos uma ou duas lá em casa, mas chamávamos de fogareiro de mão.
LAMPIÃO
Também havia vários tipos, os mais antigos a querosene e os mais novos a carbureto. Só tínhamos o modelo a querosene.
ESPANADOR
Apetrecho especializado em jogar a poeira de um lado para outro. Tínhamos um, diferente do modelo da foto. Era maior e as penas também eram diferentes.
ABANADOR
Isso eu tive até sair de casa, em 1998. Usávamos para abanar a churrasqueira pequena. Não sei que fim minha ex deu a ele.
BOMBA
DE FLIT
O modelo da foto é bem antigo e original. Depois surgiram modelos em plástico colorido.
ESPIRAL
e MATA-MOSCAS
Eis a famosa Espiral Sentinela, indispensável na época dos pernilongos. Cheiro muito forte, veneno para os alérgicos. Na embalagem elas vinham encaixadas uma nas outras. Tinham de ser desencaixadas com cuidado, para não quebrarem.
O mata-moscas manual
ainda hoje é vendido, embora haja os modelos a pilha.
RELÓGIOS
DE PAREDE
Havia muitas dezenas de modelos diferentes. As fotos exibem apenas uma amostra deles. Alguns tinham carrilhão para toque a cada 15 minutos ou a cada hora.
RELÓGIOS
DE MESA
O modelo à esquerda era muito comum nas casas. O da direita é um despertador da famosa marca Westclox. Lá em casa havia um exatamente igual à foto. Era usado pela minha avó para acordar às 04:30h, levantar-se, fazer café, comer um pão francês com manteiga, arrumar-se e ir para o trabalho na Lavanderia Alva, na rua Soares Cabral. Para isso ia até a esquina da rua, pegava o bonde 66 – Tijuca, saltava na rua da Carioca, andava a pé até o Tabuleiro da Baiana e lá pegava o 2 – Laranjeiras ou o 3 – Águas Férreas.
Trabalhou na lavanderia
até os 67 anos de idade, quando teve um AVC que não deixou sequelas mas a
afastou do trabalho.
RELÓGIO
CUCO
Havia uma quantidade imensa de modelos diferentes. Em 1998 me hospedei num pequeno hotel em Nova Friburgo cujo dono era suíço e fabricava esse tipo de relógio.
Quando me mudei para a
casa onde moro atualmente, o inquilino anterior havia deixado um falso relógio
cuco (era movido a pilha). Minha mãe e minha tia ficaram com ele, mas minha tia
reclamava do cuco cantando de madrugada. Quando ambas morreram, uma em 2014 e
outra em 2018, o apartamento foi devolvido ao proprietário e não sei que fim o
relógio teve.
BATEDEIRAS
Havia ambas lá em casa, exatamente iguais às da foto.
RETRATO
OVAL
Muito comum nas casas antigas. Lá em casa havia um da minha avó, porém ficava em cima de um camiseiro e não na parede.
RETRATO
DE CRIANÇA
Era comum retratistas ambulantes que batiam nas casas e se ofereciam para tirar fotos dos moradores, normalmente das crianças. Uma vez minha mãe aceitou a oferta e meu irmão e eu fomos fotografados. Eis-me acima, segurando um exemplar da Revista do Rádio, fingindo compenetração na leitura.
QUADROS
RELIGIOSOS
Também muito comuns. A
foto abaixo mostra um do Sagrado Coração de Jesus, incrivelmente parecido com o
que havia lá em casa e que citei ainda outro dia, ao contar sobre o período de loucura
do meu tio. Até a moldura parece a mesma.
Quadros com a Santa Ceia também eram comuns. Havia um lá em casa.
PENICO
Ao que me lembro, havia dois lá em casa: um menor e um maior. Muitos anos depois, por motivos que ninguém imagina e só contarei após cortarem meu pescoço, comprei um de alumínio. Não lembro que fim lhe dei. Acho que quando me casei ele ficou na casa da minha mãe.
TELEFONES
DE MESA
A foto mostra um modelo comum e um a magneto (alguns chamam de “a manivela”). Minha tia possuía um desses comuns. O número era 38-6969.
Quanto ao de magneto,
no período em que íamos a família toda a Angra dos Reis (1959-1970), ficávamos
hospedados num hotel muito chinfrim, de nome Hotel do Comércio, situado na rua
homônima. Uma espelunca. O telefone era a magneto, número “Angra dos Reis 17”.
TELEFONES
DE PAREDE
Nosso primeiro telefone era do tipo de parede, o modelo preto da foto. O número era 58-8514. Ficava dependurado perto da porta de entrada da sala de jantar. Quando minha mãe ligava para o “Angra dos Reis 17” para reservar quartos, a ligação era péssima. A espera da telefonista era de 3 horas. Quando completava, minha mãe berrava a plenos pulmões para conseguir ser ouvida lá no hotel.
Já o telefone de
madeira da foto era muito parecido com o existente na casa de uma tia-avó, que
morava na rua Viscondessa de Pirassununga, 33A no bairro do Estácio.
------- FIM DA
POSTAGEM ------
Muito bom! Tive quase todos . Ótimas lembranças.
ResponderExcluirUma curiosidade. Há uma peça chamada "espevitadeira", um tipo de alicate que eu pensava que servia apenas para apagar as velas. Mas não só isso, servia para puxar um pouco para cima o pavio , para aumentar a chama. Muito comum nas muuuito antigas casas. A conferir. Tive em Itaipava telefone de magneto, em 1968. Rodava a manivela e a telefonista atendia e conectava com o telefone desejada. Meu número era 217. Cuco, mata mosca e lampião, típicos da serra. Acertar o ponto da sanduicheira no fogo, para não deixar queimar o pão , era uma ciência..
De todos estes utensílios, tenho em minha casa apenas o artefato (qual seria o nome correto?) para fazer sanduíche diretamente no fogo do fogão e o espanador, que nunca uso. Esse sanduicheiro é um saco para limpar, vez que ficam pedaços de alimentos grudados no ferro. Penso dez vezes antes de usar.
ResponderExcluirAgradeço ao Helio mais esta contribuição. Na “sanduicheira” lá de casa tinha gravado no metal “Rapid Toast”, o que nos levou a chamar o sanduíche de queijo quente feito nela de “Rapid”. Era habitual pedirmos “quero um rapid”.
ResponderExcluirO lampião era obrigatório no racionamento diário dos anos 60.
O espanador era como o que o Helio descreveu. Maior, penas longas e coloridas. O abanador era semelhante aos leques de minha avó, que não passava sem eles naqueles verões sem ar condicionado em casa.
Bomba de Flit, mata-mosca e espiral eram obrigatórios. Tanto quando morávamos em Copacabana e, principalmente, quando nos mudamos para a Lagoa. Nunca vi tanta mosca e mosquitos lá.
Tivemos aquele relógio de mesa que aparece à esquerda. Para dar corda era preciso abrir o vidro e usar uma chave especial. Relógio-cuco tivemos durante pouco tempo.
Retrato de criança era naquele formato de 7 carinhas. Quadro religioso era um que tinha tipo um diploma com uma bênção do Papa (qualquer dia posto a foto por aqui).
Penico, lembro o do meu avô. Telefones pretos fixos tínhamos de parede e de mesa. O número em Copacabana era da estação 57 e o guardo de cor desde então.
Espiral e mata-mosca ainda tenho em uso. Fui olhar tudo de novo, o restante ficou no passado.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirComo a postagem é extensa farei como Jack, em partes.
Não tínhamos em Madureira a lamparina, o abanador (só leque), relógio de mesa (só cuco ou outros de parede), a batedeira da esquerda, retrato de crianças ou oval e telefone de mesa com disco.
Em outras casas já vi os retratos de crianças e oval, relógio de mesa e telefone de mesa com disco.
Já comentei sobre a sanduicheira na semana passada, assim como os quadros religiosos (e pratos decorados).
ResponderExcluirA bomba de Flint e os espirais foram trocados pelos inseticidas em spray. O pinico era usado onde havia a "casinha" do lado de fora ou em emergências.
FF: ontem morreu Emiliano Queiroz, o eterno "Dirceu Borboleta".
"Bomba de Flit"...
Excluir"Penico"...
Coisas do corretor.
Telefone de mesa preto era padrão. Só final dos anos 60 começaram a aparecer os de cor. A bomba de flit era obrigatória no sítio de meu avô em Santa Cruz da Serra. Os mosquitos lá eram cruéis. Eu tenho um telefone dos anos 39:que é de discagem, mas o fone fica em um fio comprido para ser levado ao ouvido. É parecido com o da esquerda que aparece na foto. Ele funciona perfeitamente, mas eu aboli em minha casa telefone fixo.
ResponderExcluirA maioria dessas coisas tinha na casa de meus avós maternos.
ResponderExcluirBomba de flit já peguei as de plástico. O espiral mata mosquito deveria se chamar 'espirral'. Lembro que o quarto ficava fechado para 'melhorar a eficiência' dele.
O retrato era do casamento dos meus avós, mas era nesse mesmo estilo, meio que uma mistura de foto e desenho.
O relógio de mesa era muito parecido com o da foto da esquerda.
Tocava a cada 15 minutos.
A sinfonia agora me veio à cabeça.
Outra lembrança era do kit de seringa de vidro, que ficava guardada numa caixinha metálica que só de lembrar, já me dá pânico. Era esterilizado a cada uso com água fervente.
Lampião a magneto ainda era útil em Realengo, na casa deles, nos anos 80...
Sim, minha tia possuía esse kit de seringa de vidro dentro de uma caixinha metálica. Exatamente como você descreveu. Lá em casa só ela aplicava injeção em nós todos. O problema é quando era injeção oleosa. Doía para dedéu!
ExcluirO kit de seringa de vidro citado acima é uma lembrança e tanto. O dos meus avós permitia que a tampa virasse uma base com um apoio onde se colocava álcool, se acendia o fogo e se colocava a parte do kit com a seringa dentro para ser esterilizado.
ResponderExcluirA explicação ficou meio confusa mas era assim mesmo.
Esses kits de seringas eu só vi na feira da Praça XV.
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirO aparelho de telefone lá de casa no início dos anos 60 era o tradicional preto de mesa.
Como já comentei aqui, devido à escassez de linhas, tínhamos inicialmente em Copacabana uma linha "extensão" de minha tia (irmã de meu pai), estação 57; nós morávamos na Av. Copacabana na altura do Posto 2 e ela na Barata Ribeiro na altura do Posto 5.
A combinação era que atenderíamos a ligação primeiro e, caso fosse para ela, informaríamos rapidamente a quem ligou, pedindo que tornasse a ligar seguida; aí ela atendia.
Ficamos pelo menos uns 2 anos assim.
Sou eu mesmo, Helio Ribeiro. Coloquei esse nome apenas para chamar a atenção para o que vou narrar, uma demonstração da sagacidade do ser humano. Modéstia à parte, eu tenho facilidade de juntar peças soltas e formar um quadro.
ResponderExcluirJá contei aqui sobre minha paixão silenciosa, nutrida a partir de 1959 por uma garota do meu colégio. A última vez que a vi foi no fim do ano letivo de 1961, pois em 1962 ela sumiu de vista. Fiquei arrasado e imaginei que nunca mais a veria.
Por obra do destino, no dia 9 de setembro de 1964, uma quarta-feira, reencontrei-a por mero acaso na rua onde ela morava, em Botafogo. Pela primeira vez tive coragem de lhe dirigir algumas palavras. Findo esse rapidíssimo papo, fiquei observando em que edifício da rua ela entraria. Anotei de memória.
Como eu não tinha a menor segurança de que a encontraria novamente, tentei descobrir-lhe o telefone. Mas o edifício tinha muitos andares, com vários apartamentos por andar. Tarefa difícil. Porém eu sabia o nome completo dela e deduzi que se houvesse telefone no seu apartamento, estaria em nome do pai ou da mãe.
Na época havia dois catálogos telefônicos: um por assinante e um por endereço. Então peguei este último e entrei no endereço do edifício. Havia três assinantes cujo sobrenome coincidia com o da minha paixão. Das duas uma: ou ela morava num desses apartamentos ou não tinha telefone.
Não tive cara-de-pau de ligar para os três números e tentar descobrir o dela. Ficou por isso mesmo.
Algum tempo depois, minha tia estava de mudança de um apartamento na Muda e estava passando uma temporada lá em casa. E um dia ela pediu a meu irmão e a mim para irmos até o apartamento dela e trazermos alguns itens. Fomos de bicicleta até lá. Quando entrei, vi que havia um catálogo por assinante do ano de 1961. Ora, naquele ano eu sabia que ela morava na Tijuca. Levei o catálogo para casa.
Chegando lá, consultei os três nomes prováveis para ver onde moravam em 1961. Um deles não tinha telefone naquele ano, o outro morava em um bairro qualquer e o terceiro morava na Tijuca, num endereço que batia com a área onde eu sabia que ela morava na época. Bingo!!
O resto é história.
A história do "resto" vai ser contada ?
ExcluirComo diz aquele famoso bolero: "Quizás...quizás...quizás".
ExcluirY así pasan los días ...
ExcluirNo passado era possível descobrir telefones desse jeito.
ExcluirQuanto à batedeira de massas e claras, nos sites culinários de hoje em dia é chamada pelo nome françês, "fouet" ou às vezes, aportuguesado, "fuê".
ResponderExcluirExato. Comprei um como presente de aniversário para a sogra da minha enteada, pois ela ama fazer bolos.
ExcluirPor volta do ano 2000 compramos um telefone com secretária eletrônica. Aí bolei uma gozação: minha enteada mais nova, na época com uns 10 anos de idade, faria a gravação da mensagem. Ela era assim: "Pode falar mais alto? Não estou escutando direito."
ResponderExcluirAí a pessoa que ligou repetia a fala. E a "secretária" voltava a pedir para falar mais alto.
Depois de três vezes assim, com a pessoa falando cada vez mais alto, a "secretária" dizia:
"Ah, já sei porque não estou escutando. É porque sou uma secretária eletrônica."
Algumas pessoas riam do caso, outras ficavam meio invocadas.
Isso faz-me lembrar do caso que supostamente teria ocorrido com Garrincha em 1958 na Suécia. Ele comprou alguns rádios de pilha para trazer de lembrança, e alguém que me foge o nome disse a Garrincha: "Você está jogando dinheiro fora, pois lá no Brasil eles não vão funcionar porque os aparelhos "só falam em sueco". O pior é que dizem que ele acreditou...
ExcluirSinal dos tempos, espiral mata mosquitos, bomba de flit e mata moscas "Pif Paf" eram obrigatórios.
ResponderExcluirE quando moramos em Cabo Frio, latas de Creolina para colocar nos ralos do quintal/jardim para desinfetar geral e inclusive espantar as - muito temidas por mim - lacraias !
Bom dia Saudosistas. Dos itens postados tinhamos na casa da minha mãe quase todos, só não me lembro da espiritadeira, relógio cuco, telefone de parede. Alguns ainda tenho em casa, pratos de decoração tenho vários na parede da copa de restaurantes que ofereciam o prato decorado com o prato especial feito naquele restaurante.
ResponderExcluirTambém vou por partes, comentando por enquanto só o que teve na família:
ResponderExcluir- Tenho sanduicheiras "de fogão", que chamo brincando de esquentador de pão. Uma igual ao da foto e outra de pão francês para não achatar o dito cujo, como a sanduicheira elétrica que também tenho;
- Lampião, como disse na semana passada, meu pai comprou uma no racionamento de energia do início de 1967;
- Espanador minha mãe usou muito, atualmente usamos passar pano, no bom sentido.
- Bomba de Flit era com meu pai. No horário do lusco fusco, momento preferido pelos pernilongos para adentrar os lares, era fechar a casa e mandar Flit (ou "frit" para alguns) pelos cômodos a dentro. Na minha garagem tem uma bomba dessas esquecida num canto. nem sei de onde surgiu;
- O espiral chamávamos de "durma bem", que não lembro se era uma marca. Meus pais usaram até surgir o espantador de mosquito elétrico, com refil de papelão. Usei mais aqui em casa o líquido, mas com a renite da minha esposa tivemos que trocar pelo cortinado, que para adultos também é "fundo do baú". Para berços ainda é popular.
Um caso no trabalho foi quando um gerente resolveu usar o espiral, porque o ar condicionado não estava dando conta e não inibia a ação de mosquitos. Só que, claro, aquilo poluiu o ambiente, mas nenhum subordinado queria contrariar o chefe. O setor de medicina do trabalho teve que interferir para acabar com aquilo.
ResponderExcluirNa casas dos meus pais nunca tivemos relógios antigos de parede ou de mesa, mas despertador sim, inclusive depois que casei ainda usei até o final do século 20. Em viagem podíamos usar o serviço despertador da Telebrás. Em hotéis telefonista ou recepcionista podia fazer isso. Depois passei para um relógio de pulso com alarme e agora é o celular que faz o trabalho, quando necessário.
ResponderExcluirBatedeira de "mola": minha avó nunca abriu mão. Minha mãe usava, mas aceitava a elétrica, dependendo da quantidade a ser batida;
ResponderExcluirTelefone de mesa igual ao da foto teve lá em casa que passou para meus avós e durou muito tempo. Acho que alguma tia ou primo levou para coleção.
De parede eu conheci mais moderno do que o da foto e só público, em bar e farmácia, antes do advento dos Orelhões.
O problema agora aqui na vizinhança são os morcegos. Uma praga. Emporcalham janelas e paredes, além de invadir as casas.
ResponderExcluirNão é uma solução para residências, mas já vi ser usado no Anexo do prédio do antigo Hotel Sete de Setembro (depois alojamento para as enfermeiras do Ana Neri, depois Casa do Estudante da UFRJ, depois abandonado e depois parcialmente restaurado pela UFRJ) formol, colocado em latas abertas dentro de diversos cômodos do prédio.
ExcluirAparentemente o cheiro do formol que evapora lentamente "espanta" os morcegos.
Acho que funcionou, mas como na mesma ocasião iniciou-se trabalho no prédio até então abandonado, pode também ter sido a movimentação & barulho responsável pelo sumiço dos morcegos.
O anônimo aí de cima dos morcegos sou eu.
ExcluirAqui sempre teve morcegos de noite. De dia, são as aves de rapina.
ExcluirNunca soube desta história de retratistas baterem nas portas e se oferecerem para fotografar crianças. Lembro dos retratistas que ficavam em lugares movimentados como a Cinelândia ou em Copacabana e tiravam fotos. Entregavam um cartãozinho aos fotografados com o endereço onde poderiam pegar as fotos.
ResponderExcluirHoje em dia vejo muitos nas ciclovias de Copacabana, Ipanema, Leblon e Lagoa, fotografando atletas que ali se exercitam e dando os cartãozinhos provavelmente com endereço de internet para os interessados.
Tenho uma tirada na ladeira antes da escadaria da Igreja da Penha.
ExcluirMinha mãe, meu irmão e eu aos 11 anos de idade com cara de zangado, isso antes mesmo de enfrentar os mais de 300 degraus de acesso à igreja.
O que nunca teve em casas que morei:
ResponderExcluirPrato decorativo; lamparina; fogareiro; espiritadeira; abanador; mata-moscas; batedeira à manivela, quadros religiosos (mesmo a família sendo catolica) e o afamado penico, sendo esse por proibição passada de avô para pai e de pai para filhos.
Não sei dizer a quantas gerações a família do meu pai proibia o uso de penico.
Boa tarde a todos!
ResponderExcluirDos itens citados pela postagem do Hélio, não tínhamos:
lamparina, fogareiro, espiritadeira, lampião, abanador, relógios de parede e cuco, retrato oval e telefone de parede, penico.
Dos que havia:
*Sanduicheira (mas eu gostava de pão no garfo tostando direto na labareda do fogão, até hoje faço, às vezes, para relembrar da infância).
*Pratos decorativos (vários, com temas portugueses).
*espanador, bomba flit, durma bem (argh, cheiro desagradável).
*mata-moscas (até hoje, com raríssimo uso, pois todas as janelas do apartamento têm tela e não se vê moscas e mosquitos).
*Relógio (despertador, na cozinha, depois usei um no meu quarto para não perder o horário do colégio).
*batedeira de mola (minha mãe fazia muitos bolos e biscoitos portugueses e era eu que batia a massa).
"Retrato de criança (aquele das 7 carinhas: de boné, falando no telefone, comendo chocolate, sorrindo e fazendo caretas)
*quadros religiosos (Sagrado Coração, Santa Ceia, Nossa Senhora e um grande de Santo Antônio, minha mãe sempre devota deles).
Algumas coisas não mencionadas:
*quadro na frente da casa "Deus abençoe esta casa".
*castiçal para velas, na falta de luz.
*antenas internas de TV.
*rádios de pilhas, muitos, um em cada cômodo.
*terços (grandes, nas paredes dos quartos).
*galinho português, qye mudava a cor de acordo com a temperatura.
Muito legal. Quanto à utilidade do espanador eu tinha o mesmo questionamento, mas a sábia empregada que trabalhava em casa me explicou que o espanador deve ser utilizado para jogar a poeira no chão, antes de varrer a casa. Faz sentido.
ResponderExcluirGuilherme, tinha esquecido do pão no garfo. Há décadas que não faço. Ótima ideia para o lanche de hoje.
ResponderExcluirVerdade. Também me lembrei disso.
ExcluirQuanto a relógio de parede, ainda outro dia contei que tínhamos um Junghans que um amigo de família, de nome Jaime e que era lixeiro, encontrou jogado na calçada para ser levado por eles. Pegou o relógio e deu para minha avó, que mandou consertá-lo. Isso lá pela década de 1940. Esse relógio nos acompanhou até 1973, quando nos mudamos para o Engenho Novo e deram fim a ele, não sei qual. Ele tocava as meias-horas e as horas cheias. Todo dia tínhamos de dar-lhe corda. Como ficava dependurado alto, quem fosse fazer isso precisava subir numa cadeira. Encontrei na Internet um com a caixa praticamente igual à desse nosso, mas não o escolhi para postagem porque o relógio em si era mais moderno.
ResponderExcluirO presente de maior sucesso que levei para amigos espanhóis foi um relógio tipo cuco em que a cada hora aparecia um passarinho brasileiro que piava de um jeito. Ficaram deslumbrados.
ResponderExcluirEssa espiritadeira eu cheguei a ver em Madureira mas nunca tive desconfiança para que servia. Nem cheguei a perguntar...
ResponderExcluirSobre o pão no garfo usei muito até recentemente para esquentar no fogão. Minha irmã, por exemplo, usa mais a frigideira. Em Madureira tinha uma chapa que era acoplada no fogão. Infelizmente ficou por lá.
Até hoje tem relógio de parede em casa, especificamente na cozinha. Bom para marcar o tempo de cozimento, por exemplo. Este, em particular, registra temperatura e umidade. Na sala tem um digital com calendário e termômetro.
ResponderExcluirTambém confirmo todos os ítens da lista do Guilherme "não mencionados" na postagem, menos o quadro na entrada de casa.
Voltei a usar no quarto um relógio despertador "analógico" por corda em caso de falta de luz, quando o rádio-relógio para de funcionar.
ExcluirNunca confiei em rádio-relógio como despertador justamente pela possibilidade de faltar energia elétrica quando eu já estiver dormindo. Se não estou enganado basta uma queda ligeira para desregular o aparelho.
ExcluirEm alguns modelos uma bateria de 9V faz com que não fique piscando o mostrador na volta da energia. Claro que não resolve se estiver sem luz na hora que deveria despertar. O problema é que o fio de alimentação dessa bateria arrebentou...
ExcluirBoa noite a todos.
ResponderExcluirNa casa dos meus pais tinha quase tudo que foi citado na postagem.
O telefone era cinza. Ficamos na fila do Plano de Expansão e ele só chegou em 1970. Tinha um fio muito grande, para ser levado para a sala ou para os quartos.
Hoje vi o seguinte na vitrine de um Brechó: um telefone preto, um lampião parecido com o da foto, uma máquina de escrever Underwood, um ferro a carvão, um mini-cassete, várias câmeras fotográficas, uma forma de gelo, etc. Tudo a ver com as postagens de hoje e dos últimos dias.
Este fio grande citado pela Ana deu muita confusão lá em casa. Como éramos vários irmãos e todos adolescentes alguém pegava o telefone para falar com a namorada e se trancava em algum quarto. Era uma briga imensa pois os outros também queriam falar no telefone. Hoje em dia com cada um tendo um celular não há mais este problema.
ResponderExcluirMinha irmã se trancava no quarto falando "horas" com amigas ou namorados para aborrecimento de meu pai, que repetia sempre que " telefone não é para bater papo, é para ser usado em caso de necessidade".
ExcluirO famoso Plano de Expansão era a única saída, inscrevia-se e esperava-se ... anos.
E pensar que uma linha telefônica tinha que ser declarada no Imposto de Renda ...
Me fez lembrar uma frase da Telerj nas Páginas Amarelas, pedindo para o usuário ser breve ao telefone: "Deixe o Melhor para Falar Pessoalmente"
ExcluirTempos depois quando diminuíram bastante os congestionamentos das linhas telefônicas eu acho que a empresa até torcia para que todos ficassem o máximo de tempo falando ao telefone.
Na casa dos meus tios daqui de Jacarepaguá o telefone ficava na sala, mas com fio suficiente para chegar nos quartos... isso tudo acabou com o telefone sem fio.
ExcluirDe acordo com o serviço de meteorologia a temperatura amanhã não deve incomodar quem sair até o meio-dia para "cumprir a obrigação".
ResponderExcluirMesmo entre 1 e 2 h da tarde o maçarico não estará na potência que esteve dias atrás.
Só possíveis filas demoradas podem esquentar mais do que as altas temperaturas poderiam esquentar a cabeça dos cidadãos.
Cheguei à idade em que votar é opcional, dá até vontade de ficar em casa e usufruir do "direito" recém adquirido, mas vou mais uma vez dirigir-me ao ginásio do Fluminense logo cedo, penar para que minha digital seja reconhecida pelo "sistema" e cumprir minha "obrigação cívica."
ResponderExcluirVoto bem perto de casa. Se tivesse que me deslocar muito, acho que até pagaria a multa, mais barata do que uma passagem de ônibus (mesmo que amanhã esteja 0800).
ExcluirEssa gratuidade já aconteceu em eleições anteriores ?
ExcluirNão tinha a menor ideia.
Começou em 2022 e é determinação do TSE. Mas cada cidade define o horário da gratuidade. O governo estadual define dos transportes intermunicipais.
ExcluirHoje até os pedágios da Linha Amarela e Transolímpica estarão liberados até 20hs.
Os donos das empresas de ônibus não devem gostar de eleições, 🙂
ExcluirEssas medidas tem um nome: "Chegar ao prazer através de instrumento alheio".
ExcluirA temperatura na próxima semana não passará de 30 graus, com nova chuva prevista para quarta. Fila demorada só se alguém estiver muito enrolado para votar em dois cargos. Em 2026 que vai ser o bicho... dois senadores.
ResponderExcluirVai ter que colocar dedo em máquina para reconhecimento digital?
ExcluirTeve seção com atraso por isso, mas acho que ainda era experimental. Na pandemia esse processo foi dispensado.
Só se estiver cadastrado. Eu vou tentar pela primeira vez. Se não, continua valendo o documento com foto ou o e-título (se estiver atualizado).
ExcluirFF: rodada bem proveitosa para o Botafogo, com tropeços dos perseguidores diretos. Mas precisa ser com emoção até o final? Eu que não sou botafoguense fiquei agoniado. Imagina então o Lino...
ResponderExcluirNa série C saíram os outros dois clubes que se juntam a Volta Redonda e Remo na Série B de 2025. Athletic-MG e Ferroviária-SP. A final será entre Volta Redonda e Athletic-MG, com segundo jogo em MG.
ExcluirEm tempo, bom dia.
ResponderExcluirBom dia!
ResponderExcluirAs normas estabelecidas há tempos continuam em vigor no "Saudades do Rio".
Muito bem lembrado.
ExcluirBom dia, diretamente da fila na porta do Fluminense aguardando a "abertura dos portões".
ResponderExcluirDia bonito, temperatura amena.
Dever cívico cumprido. 👍
ResponderExcluirDaqui a pouco vou sair para votar.
ResponderExcluirSaí depois das 10hs e voltei antes de 10:30. A mesária digitou duas vezes o número do meu título mas só liberou depois de ler a digital. Tinha três pessoas na minha frente mas foi bem rápido. O problema de sempre é a sujeira de papel no chão e quem deveria fiscalizar batendo papo...
ExcluirCuriosidade familiar: Na minha família, não usávamos a palavra penico que, não sei porque, era considerada chula, o nome usado era urinol.
ResponderExcluirSobre a espiritadeira, conhecia o utensílio mas não sabia que tinha esse nome e fui pesquisar, a razão é que antigamente o combustível usado era o espírito de vinho.
Dentro dos assuntos de domingo: Rio Antigo, mais futebol e local da seção eleitoral do Mário, o estádio da Álvaro Chaves ainda é considerado em atividade?
ResponderExcluirNesse caso é o mais antigo ou o do São Cristóvão, na Figueira de Melo, é anterior?
Boa tarde Saudosistas. Já cumpri com a minha obrigação eleitoral pela última vez, na próxima eleição já não tenho mais a obrigatoriedade de votar.
ResponderExcluirEleições no Brasil é assim, sai um político safado e ladrão, entra outro mais safado e ladrão ainda.
FF: Enquanto esperava na pequena fila da seção eleitoral situada em um CIEP da Tijuca, pude observar alguns trabalhos expostos de autoria de grupos de alunos que imagino ser do 8°ou 9°ano, e fiquei "de cabelo em pé" em razão dos grosseiros erros de português, tudo endossado pela professora, conforme assinatura. Não resisti e fotografei para a posteridade. Afinal o Brasil não é a "pátria educadora?"
ResponderExcluirBrasil é Hexa... no futsal. 2X1 na Argentina.
ResponderExcluirAnteontem estava procurando pedaços de fio para fazer uma extensão e "achei" dois estojos com discos do meu pai no "quarto da bagunça". Entre eles os de 78rpm, menos do que eu me lembrava. Também alguns de tamanho intermediário, entre o compacto e o LP. Acho até que de 45rpm.
Título mundial e ainda por cima ganhando da Argentina é muito bom.
ExcluirHavia uns compactos de 45 rpm. Alguns tinham o furo do meio mais largo, necessitando de um adaptador.
ResponderExcluirQue era do meu pai fiquei com a coleção Grandes Compositores de música clássica, da Abril Cultural, com discos também de tamanho intermediário como os citados pelo Augusto, mas de 33 1/3 rpm.
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