A Bierklause, na Praça do
Lido, na Rua Ronald de Carvalho nº 55-A, inaugurada em 1967, era um misto de
boate, cervejaria e restaurante, com um serviço de primeira qualidade e sempre
bem frequentada. Em certa época foi apelidada como o “Solar da Canja”, já que
muitos artistas apareciam por lá e davam uma “Canja”.
Tinha dois andares. Quando da abertura da Bierklause houve ali o lançamento no Rio de Janeiro do chope “Ouro Branco”, de Belo Horizonte.
A lotação era de quase 300 pessoas. A decoração foi criada por
Betty Maussner. O “maitre era Herr Stauber, antigo gerente do Katakombe.
A Bierklause na Praça do Lido deve ter durado uns 20 anos. Depois abriu com este nome uma cervejaria no centro da cidade.
Um dos donos chamava-se Elias Abifadel. No 2º andar, que vemos na foto acima, inicialmente funcionou o “Terrasse”, com shows mais intimistas.
Foi lá que despontou a cantora Waleska, quando o local se transformou na “Fossa”.
Abifadel participou de inúmeros empreendimentos na noite carioca,
inclusive no “Grinzing”, um restaurante pequeno em Ipanema, também com música
ao vivo para dançar.
Este anúncio do Grinzing me lembra uma inesquecível noite. Lembro quando o "crooner" cantou uma música que se tornou sucesso do Simonal, chamada "Meia Volta - Ana Cristina".
Abria às 19 horas e às 22
horas começava a tocar a “Bandinha do Alemão”, com o maestro Bank. Depois da bandinha entravam em cenas crooners
como Everardo, Paulo Marquês (outro que poderia ter figurado nos “pouco famosos” do
Helio, pois estava sempre na TV), Erika Norimar, Maria Helena e Dina Gonçalves.
Na cozinha brilhava o chef Volkmar, austríaco. Pela Bierklause passaram “maitres” como Pedro Popovaz, Ramon, Volkmar, Orlando, Tony, Melo. Na “Fossa”, além da Waleska brilharam Marisa Gata Mansa e Tito Madi, além do pianista Ribamar. Johnny Alf, Luiz Carlos Vinhas, Waldyr Calmon e muitos outros também.
No livro de
ouro do Bierklause o governador Negrão de Lima escreveu uma verdade: “Quem vem
ao Bierklause, volta”.
Em 1968 a Bandinha do
Alemão, do Bierklause, lançou um LP. O grupo era integrado por Rodolpho Stauber (cantor),
Maria Helena (cantora), Giras Bank (pianista), Mario Gomes (contrabaixo),
Antonio Salgado Filho (Bateria) e participação especial de Fritz Seibel no acordeon
elétrico. As músicas eram:
Barril de Chopp (Beer
Barrel Polka)
Liechtensteiner Polka
Jetzt Trink Ma Noch A
Dra Ma Um
Hava Nagila
Tristeza
Voltei
Mundo encantado de
Monteiro Lobato
Bom dia meu amor
Até quarta-feira
Em 1971 fez sucesso nas
dependências do Bierklause o baile carnavalesco chamado de “Baile do Kabuletê”. A cervejaria abrigava diversos eventos, como formaturas, bailes de carnaval, de debutantes, etc.
Nesta ocasião o evento era uma premiação de carnavalescos. A presença desses
carnavalescos foi porque o Bierklause promovia bailes de carnaval de muito sucesso
no início da década de 70. A Bandinha do Alemão tocava músicas carnavalescas e
artistas eram convidados para cantar ao vivo. Entre eles João de Barro,
Marlene, Blecaute, Carmem Costa, entre outros grandes nomes que receberam o
troféu “Imortais do Carnaval”.
Na foto consigo identificar com certeza, à esquerda, o Ciro Monteiro. Em frente a ele seria o Gontijo Teodoro, do "Repórter Esso"? Ou um outro cantor de carnaval (Nuno Roland?). A moça ao lado do Ciro tem um rosto bastante conhecido, mas não consegui identificar.
Nota: enquanto o Conde di Lido, no primeiro encontro, convidou a futura Condessa para jantar em Paris no Tour d´Argent, eu modestamente levei a futura Mme. D´ para um chopinho no Bierklause.
Fui algumas vezes na Bierklause. Era um ambiente diferente dos da época, animado e não muito caro.
ResponderExcluirEra uma época também dos festivais de chope no pavilhão de São Cristóvão.
Acho que náo é o Gontijo mas sim um cantor de marchinhas de carnaval.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirDia de acompanhar os comentários porque está fora da minha jurisdição.
Dia do vira-latas. E do orgasmo...
Da relação de músicas do LP, a primeira é mundialmente conhecida e tem vários nomes. Eu a conheço como "Rosamunde". A segunda também conheço, com o nome da postagem. As duas seguintes não, e têm títulos em dialeto bávaro. Hava Nagila é música tradicional israelense, ao que sei.
ResponderExcluirEra freguês do Bierklause. Tudo honesto e muito bem feito.
ResponderExcluirNão tenho certeza, mas acho que não houve nada entre o Bierklause e o Carretao Lido.
No inicio, o Carretao tinha um sócio investidor o Pi, que já era dono da metade do Carretao da Siqueira Campos e a outra parte , a que trabalhava, era de 3 irmãos do Mário, dono da Mariu's, Maria, Diocleciano e Flávio.
Diocleciano teve umas tretas e sai da sociedade abrindo sua própria churrascaria no Catete.
Com o tempo, Maria e Flávio foram para o Paraná e o Pedrinho ficou com a parte deles até hoje. Por um tempo ele se associou ao PI na Carretao de Ipanema, mas não aguentou o excesso de trabalho, apesar de ter ganho muita grana.Acabou passando a sociedade de Ipanema e hoje está só no Lido.
O “Baile do Kabuletê” deve fazer referência à música do Vinícius e Toquinho chamada de A Tonga da Mironga do Kabuletê, lançada no início dos anos 70:
ResponderExcluirVocê que ouve e não fala,
você que olha e não vê,
eu vou lhe dar uma pala,
você vai ter que aprender
a Tonga da Mironga do Kabuletê.
Não sei de onde o Vinícius inventou esse nome de música. Tonga é um país polinésio, capital Nukualofa.
ExcluirBom dia!
ResponderExcluirEm frente ao Ciro, está o Orlando Silva.
Ele mesmo, meu pai dizia que foi o melhor cantor do Brasil em todos os tempos, mesmo não sendo o mesmo depois de um sério problema na garganta.
ExcluirE teve o vício em drogas a partir de medicação para dor, provavelmente morfina.
Fui várias vezes ao Bierklause em 1967 e 1968. Muita animação sempre!
ResponderExcluirBom dia Saudosistas.
ResponderExcluirNão cheguei a frequentar a Bierklause, mas conheci e bebi a cerveja Ouro Branco foi a melhor cerveja Pilsen fabricada na época, nos dias de hoje as melhores cerveja pilsener fabricadas no Brasil são: Imigração 1824 Pilsener Premium, Leopoldina Pilsen Extra, Edelbraun pilsener, todas da Serra Gaucha.
Havia nos anos 80 uma casa noturna com música ao vivo na Avenida Rio Branco 277 com o nome de Bierklause. Funcionava no subsolo do Edifício São Borja.
ResponderExcluirNão frequentei o Bierklause pois em 1968 tinha 10 anos. Acho que não tinha vesperal. Algum programa de televisão falava muito do Bierklause e do Elias Abifadel, era aquele jabá. Não me lembro qual o programa ou apresentador. Assim como o Ibrahim Sued falava da Pizzaria Bella Blu, na Siqueira Campos, da qual era sócio.
ResponderExcluirChef Volkmar foi aquele que depois abriu a Casa da Suíça, ba Rua Cândido Mendes? O restaurante bombava no inverno, com os fondues, e quase quebrava no verão. Ele morreu tem uns 4 anos. Pelo jeito não havia briga, era diversão noturna agradável, no máximo uma "porranca" daquelas, de armar um frege ou um charivari.
Acredito que é o mesmo, faleceu há pouco tempo, Volkmar Wendlinger, austríaco.
ExcluirEle começou na Casa da Suíça como chefe de cozinha, acabou dono.
Não era minha área de frequentar uma vez que eu era um "Durango Kid" da zona norte. Mas entre nós: O DI LIDO só participava do espaço com esse comportamento de Monge Tibetano? Sei não, mas o Dr.D' deve ter várias historias a serem narradas do livro "Memórias não autorizadas do Playboy de ouro". Muito comportadinho para meu gosto.
ResponderExcluirMais uma medalha garantida, agora no boxe feminino. Falta definir a cor. Aos trancos e barrancos o futebol feminino se classificou, mais pelos outros resultados. Mas vai sem Marta, expulsa hoje. Pode ter sido a despedida.
ResponderExcluirA Marta bem que merece uma ótima despedida, à sua altura, mas está difícil.
ResponderExcluirMarta foi fora de série mas já está fazendo hora extra.
ResponderExcluirMarta foi uma jogadora fora de série, mas na minha opinião não foi a melhor jogadora de futebol feminina do Brasil.
ResponderExcluirNa época em que o Luciano do Vale patrocinava a Seleção Feminina na Band, nos anos 90, tinha uma jogadora no meio de campo canhotinha, que tinha uma habilidade infinitamente maior do que a da Marta, era melhor do que o atual meio de campo titular e reserva todos juntos da seleção masculina. Jogava muita bola. Acho que o nome dela era Sissi ou algo assim.
Memória boa,
Excluirdo site https://www.torcedores.com/noticias (como publicado em 02/06/2020)
"A primeira grande craque do futebol feminino do Brasil foi a meia Sissi, que comandou a Seleção na década de 90 e esteve nos Mundiais de 1995 e 1999, além das Olimpíadas de 1996 e 2000. Quando atuava no time feminino do São Paulo, chegou a ganhar uma música dos torcedores, mas nos jogos do time masculino. Os são paulinos cantavam em forma de pedido ao então técnico Muricy Ramalho: “Ei Muricy, coloca a Sissi!”
Deixou o Brasil em 2001 para brilhar no futebol norte-americano e muitos esqueceram da eterna camisa 10. Se aposentou em 2009, no FC Gold Pride, e atualmente é treinador do Las Positas College Women’s."
Nos anos 1980 tinha o time do Radar, que era, talvez, o melhor time de futebol feminino do Rio e do Brasil. O mecânico da empresa que eu trabalhava, Nelson, apelido de "Maranhão" saía cedo aos sábados para ver os jogos do time. Na segunda-feira ele contava várias histórias desse time e das jogadoras. Acho que a Sissi jogou nesse time, lembro da goleira Meg, Fanta, Pelezinha, Roseli...
ExcluirEram famosos os confrontos entre o Radar e o time do Saad, do estranho estado, patrocinados pela Band. Época do Show do Esporte original.
ExcluirEm tempo, muito provavelmente foi mesmo a despedida da Marta, porque é praticamente impossível o Brasil passar pela França, donas da casa, nas quartas de final. Praticamente porque falamos de futebol...
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirAlgumas modalidades decepcionam, outras surpreendem.
Tênis de mesa classificado para a semifinal pela primeira vez e medalha de prata na marcha atlética de 20km. Equipe feminina de natação classificada pela primeira vez para a final do revezamento 4X200m.
Torcer para o Brasil em qualquer esporte nos tempos atuais é como torcer para o Íbis em partidas contra times participantes da Eurocopa. Investir em esportes olímpicos "dá prejuízo". Com desempenhos pífios, as equipes brasileiras mais uma vez decepcionam. E ainda insistem em prestigiar "esportes inadequados", cujo futuro é maís do que previsível.
ResponderExcluirVou replicar o que comentei no nosso grupo privado:
ResponderExcluir"Tenho tido a oportunidade de vivenciar o que acontece dentro de uma universidade americana. Minha nora trabalha na Universidade de Kansas que, fora a Medicina que tem seu departamento em Kansas City, tem seu campus na cidade de Lawrence , onde mora meu enteado.
A Kansas University não é das maiores universidades americanas, porém é muito forte nos esportes, pp o basquete. Dando um rápido giro pelo campus, vemos instalações esportivas sensacionais e ainda assim, está longe das grandes universidades.
Não dá para competir com eles. Nossos heróis do esporte são praticamente dependentes de seus próprios esforços e sacrifícios. O apoio que o corrupto COB oferece é ridículo.
Devemos aplaudir em pé os brasileiros que conseguem bons resultados olímpicos."
Vários atletas brasileiros estão entre os 50 ou 100 melhores do mundo. Não é fácil conseguir medalhas. Embora haja uma frustração por sermos um país de 220 milhões de habitantes e termos poucas medalhas, há que se reconhecer o enorme mérito desses atletas brasileiros.
ResponderExcluirComo disse o Conde di Lido aí em cima, a diferença de estrutura é brutal.
Bem, como o tema da postagem ficou de lado, vai ai uma pergunta para os amigos do Blog: Se nas Olimpíadas existe modalidade de levantamento de copo nós teríamos chance de medalha? Como escrevia o nosso Nelson Rodrigues: "Eles tem uma saúde de vaca premiada"
ResponderExcluirMedalha para brasileiro tinha que ser de tamanho dobrado. Verdadeiros heróis!
ResponderExcluirAlém de tudo ainda tem o lado psicológico, mais em esporte individual, porém acontece em coletivo também. Também faz parte do jogo o apoio nesse quesito, desde cedo.
ResponderExcluirUm detalhe que continua, vi agora com a Rebeca da ginástica, o verde da bandeira brasileira anda cada vez mais claro, um verde limão ou verde "marca texto". Não vejo nas outras um rosa shock em vez de vermelho ou azul "calcinha" em vez de azul escuro, entre outros exemplos.
Paulo, a transmissão era 4K? Dizem que algumas transmissões nesse padrão deixam as cores mais "lavadas". Mas como você disse que era especificamente na bandeira brasileira, aí já não sei dizer...
ExcluirPode ser questão da "transparência" da bandeira. Honestamente, nem reparei. Vou prestar atenção nas próximas vezes, que existirão, apesar de várias torcidas contra...
ExcluirEra só a que carregou nos ombros, na torcida tinha uma com verde escuro.
ExcluirAinda não vi no pódio a bandeira que a organização coloca na entrega das medalhas.
Aliás, os poucos detalhes verdes na camisa da CBF andam cada vez mais pálido, como se estivessem acompanhando (ladeira abaixo) o talento dos atletas que vestem o "manto" Canarinho.
ResponderExcluirRebeca Andrade repetiu Tóquio e ganhou a prata. O resto do pódio foi americano com a Simone Biles em primeiro, para surpresa de zero pessoas. Rebeca ainda tem mais três finais e nenhum absurdo em pensar pelo menos uma medalha. Sempre competindo com a Simone, exceto nas barras (onde nenhuma delas conseguiu se classificar). Já é a atleta com maior número de medalhas no total.
ResponderExcluirSimone Biles tem 27 anos, Rebeca Andrade 25 e ja estão na terceira participação em Olimpíadas.
ResponderExcluirA Simone é excepcional e Rebeca chega perto, excelente.
As duas "sobraram".
Deu gosto de assistir.
Vamos continuar torcendo, acho que no salto a Rebeca tem chance real de medalha de ouro.
Se bem que a Daniele Hipólito comentando no Sportv, analisando sem nenhuma "patriotada", deixou claro que é muitíssimo difícil bater a Biles.
ExcluirAs duas estão praticamente no mesmo nível. A diferença é que o grau de dificuldade da Biles é um pouco maior que Rebeca. Daí, a medalha de ouro só virá se a americana "errar" um pouco mais que a brasileira. A Biles ganhou o ouro justamente nos Saltos, fez uma nota muito alta, embora a Rebeca seja muito boa nesse aparelho. A medalha virá para a brasileira, só vai depender do dia, se for de sorte, ganha, até mais de uma.
ExcluirNada contra a Rebeca, mas o rapaz da Marcha Atlética também ganhou a prata e não recebeu metade dos aplausos dela.
Sim. a medalha do rapaz merece ser muito comemorada.
ExcluirA questão é a (muito) maior visibilidade da ginástica.
A Rebeca entrou para a lista de poucas ginastas a conquistar medalha no individual em duas edições de Olimpíadas.
ResponderExcluirInteressante que no tempo da URSS só uma era russa nessa lista, ucranianas e a Ludmilla Tourischeva, da Chechênia, jovem encantadora que chamou a atenção em 1972, na primeira transmissão ao vivo dos jogos olímpicos.
Em 1976 surgiu a excelente menina Nádia Comaneci e as romenas tiveram boas conquistas a partir daí até o ano 2000.
Na década de 70 foram surgindo as “meninas” da Ginástica Artística, crianças ou pré-adolescentes, com biotipo bem diverso das mulheres que até então participavam das competições.
ResponderExcluirNádia Comaneci tinha 14(!) anos.
O engraçado é que atualmente as medalhistas são mais "velhas", com quase trinta anos (ou até mais). Há algum tempo foi limitada a idade mínima para se competir na ginástica. Atualmente o reduto de (pré)adolescentes é o skate.
ExcluirHouve uma época em que se discutiu sobre os possíveis danos causados à saúde por um treinamento pesadíssimo ainda na infância e pré-adolescência.
ResponderExcluirNão tenho ouvido mais falar no assunto.
Lembrei-me de mais duas ginastas de ponta da União Soviética na década de 70: Olga Korbut e Nellie Kim, além da já citada pelo Paulo Roberto, Ludimila Tourischeva.