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sábado, 26 de abril de 2025

DO FUNDO DO BAÚ: NO MUNDO DA LUA

O primeiro homem a pisar na Lua foi o astronauta americano Neil Armstrong, que fez história em 20 de julho de 1969, durante a missão Apollo 11. O segundo foi Buzz Aldrin.

As revistas semanais, como "Manchete", "O Cruzeiro" e "fatos&fotos", deram enorme destaque, como era previsível, a este acontecimento.

Na época, apesar da transmissão pela TV, muitos não acreditaram que tal fato aconteceu.

Você viu a transmissão?






O pensamento na época era que Marte seria alcançado por volta de 1980 e que no início do século XXI o Sistema Solar estaria sendo colonizado.

Parecia que uma nova era se abriria para a Humanidade. "That´s one small step for man; one giant leap for mankind", disse Armstrong. Se foi verdade em termos de tecnologia, para os humanos continuamos aqueles macacos sem pelos que desceram das árvores e começaram a andar pelas savanas, apenas com um leve verniz de civilidade.


sexta-feira, 25 de abril de 2025

INÉDITAS NO SAUDADES DO RIO (3)

 

FOTO 1: Bairro residencial da Zona Norte do Rio de Janeiro, o Grajaú, ao contrário dos seus vizinhos da Grande Tijuca (Andaraí, Maracanã, Praça da Bandeira, Tijuca, Vila Isabel e Alto da Boa Vista) foi um bairro planejado, construído no início do século XX. 

Em 1913, a prefeitura aprovou o plano da Companhia Brasileira de Imóveis e Construções para a abertura de ruas e praças ao sopé do Maciço da Tijuca, região conhecida como Vale dos Elefantes, onde anteriormente existiam três grandes fazendas de café: Vila Rica; Fazenda Morumby e Visconde de Alcântara. 

A primeira rua aberta foi a Grajaú, que deu nome ao bairro, batizada assim, em homenagem a cidade maranhense de mesmo nome, terra natal do engenheiro responsável pelo plano de urbanização, Antônio Eugenio Richard Junior. Outros logradouros também receberam nomes de cidades e rios maranhenses, como as ruas Gurupi, Mearim e Itabaiana. 

O projeto do bairro tem traçado retangular, com ruas largas, lotes e quarteirões seguindo o mesmo modelo. As calçadas e casas ajardinadas intentavam a integração entre o urbano e a paisagem natural. À época, foi considerado um plano urbanístico pioneiro, elogiado pelo arquiteto francês Alfred Agache.

Na foto, o Grajaú na década de 1970, bairro arborizado de casas residenciais e ruas amplas, como em seu projeto original. 

FOTO 2: Esta era considerada uma "curva da morte". Ficava na confluência da Av. Meriti, com a Estrada do Quitungo e Rua Manuel de Oliveira. Os veículos que vinham de Brás de Pina com destino a Irajá, por conta da velocidade, frequentemente causavam acidentes. Foto de 29/01/1964

FOTO 3: Em 12/05/1965 os moradores de Jacarepaguá, mais precisamente do bairro da Freguesia, queixavam-se do drama que vinhamvivendo no que se refere à falta de meios de transporte, principalmente para os moradores das ruas Bananal, Guari e Ituverava. Eles tinham de deslocar-se a pé por mais de um quilômetro para chegar à Estrada de Jacarepaguá. Solicitavam o aumento do itinerário da linha Cascadura - Gardênia Azul a fim de atendê-los.

FOTO 4: Outubro de 1967. Vemos a Avenida Suburbana, esquina com Rua Silva Gomes, em frente à ponte.

FOTO 5: Onde em Campo Grande?

FOTO 6: Onde no Grajaú?

NOTA: fotos do acervo do Correio da Manhã, da coluna "O Gerico" (a grafia era esta). Era um página do jornal que cobrava providências dos moradores. Algo como os telejornais matutinos de hoje.

As fotos estão catalogadas como não publicadas, mas eventualmente podem ter sido copiadas em duplicata.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

SOBRE TOURADAS NO RIO

Com certa frequência sou surpreendido com emails que pedem informações sobre postagens feitas no "Saudades do Rio". Na maioria das vezes são pesquisadores ou estudantes que estão desenvolvendo teses sobre o Rio. Outras vezes são pessoas que encontram conhecidos nas fotos publicadas. Muitos chegam ao "Saudades do Rio" por pesquisas no Google.

Esta semana recebi dois desses emails. Um veio de um jornalista de São Paulo que pediu permissão para usar informações de uma publicação sobre a oficina Lemos&Brentar. Após conversar com o Gustavo Lemos, autorizamos a utilização.

O outro email veio de Portugal, enviado por Rui Araujo e referia-se à foto:

"Caro Luiz,

uma foto do cavaleiro português José Bento de Araújo acompanhada da seguinte explicação:

"FOTO 5Nesta foto, também do acervo do Cau, é de José Bento de Araújo, famoso cavaleiro, quando atuava na praça de touros em Laranjeiras, em 1901. "

         É triplamente falso !


1- A foto não foi tirada na praça das Laranjeiras (Rio de Janeiro).
Foi tirada na praça de touros de Nimes, em França.

2- A foto não foi tirada em 1901.
Foi tirada em 1894.

3- A foto que publica foi retirada de um livro publicado em França. Não é do acervo do Cau.
A foto que o Luiz publica foi cortada (ou pelo acervo ou pelo Luiz). O original da foto contém o local e a data em que a mesma foi feita.

Poderá encontrar tudo isso e muito mais no meu blogue :

Publico nesse espaço há vários anos informação oriunda de Portugal, Espanha, França e Brasil.sobre José Bento de Araújo porquanto o referido cavaleiro tauromáquico é o meu tetravô.

Pensei que esta singela correcção pode ter utilidade para si e para os nossos amigos leitores do seu blogue.

Se precisar, posso procurar dados mais detalhados.

Saudações cordiais de Lisboa.

Rui Araujo
Reporter"

Imediatamente respondi que iria publicar aqui a correção e recebi como resposta:

"Estimado Luiz,

Agradeço a afável resposta que teve a amabilidade de me enviar.
Aproveito a oportunidade para complementar a minha mensagem anterior com um dado que poserá ter interesse para si: a foto do meu antepassado que publica no seu blogue foi adulterada. 
Com efeito, alguém apagou no original (quase por cima da mancha negra redonda) a data e o local. Se olhar bem,  constará facilmente que o trabalho foi mal feito...

Saudações cordiais.

Rui Araújo"

A menção ao "acervo do Cau" foi feita por mim, ao encontrar a foto em pesquisa na Internet e posso ter  interpretado mal o que li. Fica aqui a explicação.

Agradeço a colaboração de Rui Araújo. 



quarta-feira, 23 de abril de 2025

INÉDITAS NO SAUDADES DO RIO (2)

Tenho muitas fotografias nunca publicadas e "perdidas" no meu acervo. Foram garimpadas e arquivadas e, por um motivo ou outro, não foram publicadas.

Na data de hoje há um total de 21567 fotos (algumas repetidas, é verdade) no acervo.

Hoje temos mais uma série das "perdidas", desta vez tendo como tema a Praia de Botafogo.


FOTO 1


FOTO 2


FOTO 3


FOTO 4


FOTO 5


FOTO 6


FOTO 7


FOTO 8


FOTO 9


FOTO 10



terça-feira, 22 de abril de 2025

O RADINHO


Um radinho SPICA absolutamente igual a um que ganhei de presente da madrinha. Era companheiro de todas as horas, da mesa de cabeceira ao velho “Maraca”.

Era o tempo do bom futebol, de Garrincha, Didi, Newton Santos (depois virou Nilton), Quarentinha, Zagalo, Sabará, Pinga, Almir, Delém, Paulinho, Belini, Valdo, Telê, Maurinho, Castilho, Pinheiro, Joel, Dida, Dequinha, Indio, Babá, Evaristo, Zózimo, Calazans, Alarcon, Canário e tantos outros que vi no Maracanã e pelos campos pequenos do Rio (São Januário,  Moça Bonita, Campos Sales,  Gávea, General Severiano,  Laranjeiras, Conselheiro Galvão,   Bariri,  Teixeira de Castro, em Niterói (Canto do Rio), Kosmos (Portuguesa),  Italo Del Cima,  Figueira de Melo.

Era o tempo em que os árbitros ainda eram "juízes", tais como Mario Vianna, Gama Malcher, Eunápio de Queirós (o "Larápio de Queirós"), Amilcar Ferreira, Frederico Lopes, José Gomes Sobrinho.

Era o tempo em que a SUDERJ era ainda ADEM (Administração dos Estádios Municipais), depois virou ADEG (Administração dos Estádios da Guanabara), em que o alto-falante a toda hora anunciava "a Adeg informa, no Pacaembu, gol do Santos (e após um pausa) ...Pelé`!!!", em que o cachorro-quente da Geneal e o Chica-Bon faziam a alegria de todos. Para ir para o Maraca pegava o lotação Lins-Lagoa ou os ônibus Grajaú-Leblon ou Barão de Drumond-Leblon.

Era o tempo de sonhar com a vitória do time, de ver quem ganharia o moto-rádio ou seria escalado na "seleção da rodada" (para ganhar um relógio Mondaine), de ler a coluna "Penalty" do Otelo Caçador.

Era o tempo da Charanga do Jaime, do talo de mamona do Ramalho, de ver a Dulce Rosalina comandar a torcida do Vasco, o Careca liderar a do Fluminense e o Tarzan a do Botafogo (muito antes do Russão), de espirrar com o pó-de-arroz lançado pelos tricolores. 

Era o tempo de milhares de vagalumes na arquibancada (quando os fósforos eram riscados para acender os cigarros), da bola G-18 marron, do "garoto do placar", da arquibancada de concreto áspero. 

Era o tempo de ouvir o Valdir Amaral, o Doalcei Camargo, o Oduvaldo Cozzi, o Jorge Curi, o Orlando Batista, o Clóvis Filho. E os comentaristas Benjamim Wright e Rui Porto. 


No SPICA, que tinha também um “egoísta” numa bolsinha presa na tira que envolvia o radinho, a estação preferida era a Continental, cujas transmissões esportivas tinham uma dramaticidade tremenda e a equipe de reportagem era comandada pelo Carlos Pallut. Havia muitas trocas de locais de trabalho entre os locutores, mas na Continental lembro do Clovis Filho, Benjamim Wright, Carlos Marcondes, Teixeira Heizer, Luiz Fernando. Transmissões patrocinadas pela “MIL – a milionária do Castelo”. "Motorista de ônibus ou de praça, particular ou lotação, respeite o sinal, não ande em contra mão. E salve o motorista do Brasil (buzina) que é freguês da Mil". A milionária do Castelo.

Capítulo à parte eram os locutores e seus bordões: na Rádio Globo, Waldir Amaral ("você ouvinte é nossa meta. Pensando em você é que fazemos o melhor"; "está deserto e adormecido o gigante do Maracanã"), João Saldanha ("meus amigos") e Mário Vianna ("errrrou! errrrou! banheeeeiraaaa! ilegal! gol ilegal"). Na Rádio Tupi, Doalcei Camargo ("o relógio marca"), Rui Porto. E ainda Antonio Cordeiro, Orlando Baptista e seu linguajar empolado, Geraldo Romualdo da Silva. Todos viam a bola “passar raspando”, “um perigo iminente”, “um gol impossível de perder”, tornando qualquer jogo insosso na mais dramática das partidas para angústia de todos nós, torcedores. E, além dos bordões, criavam apelidos para os heróis de nossa infância: “Enciclopédia”, “Violino”, “Leão da Copa”, “Leiteiro”, “Constellation”, “Formiguinha”, “Príncipe Etíope”, “Doutor”, “A mais alta patente do futebol brasileiro”, “Rei”, "Possesso", “Rei da folha seca”, "Queixada", e tantos outros...

Também não faltava a Rádio-Relógio que, de minuto a minuto, dava a hora certa (eram 30 segundos de anúncios, tipo “Galeria Silvestre, a galeria da luz, depois do sol quem ilumina seu lar é a Galeria Silvestre”, e 30 segundos de informações gerais). Na Rádio Jornal do Brasil, o "Pergunte ao João"  era uma espécie de Google da época, tirando as dúvidas dos mais variados assuntos, e o “Encontro Marcado”, com Dom Marcos Barbosa, era um clássico. Na Rádio Nacional, era imperdível o "Repórter Esso", com Heron Domingues, e o "Balança mas não cai" com seus quadros famosos: Primo Pobre (Brandão Filho) e Primo Rico (P. Gracindo) e Peladinho (Germano), o folclórico flamenguista. E o diário “No mundo da bola”, patrocinado pelas Casas Hudersfield ("difícil de pronunciar, mas fácil de encontrar"). Na Rádio Tamoio o destaque era o “Música na Passarela”, com a famosa música ciclâmen. Acho que na Rádio Mayrink Veiga ouvia a “PRK-30”.


segunda-feira, 21 de abril de 2025

INÉDITAS NO SDR

Tenho muitas fotografias nunca publicadas e "perdidas" no meu acervo. Hoje, mesmo sem relação entre elas, aparecem três.

FOTO 1: O Corpo de Bombeiros resgata o carro após um belo mergulho no Jardim de Alá. 

FOTO 2: Engarrafamento na Av. Atlântica em direção ao Leme. Meados dos anos 1970. A Kombi é da Colortel que, na época, alugava aparelhos de TV coloridos. A loja desta empresa ficava na Rua Mena Barreto nº 165, Botafogo, telefones 266-1569 e 266-1591. Havia dois tipos de aparelhos: um menor, da Semp, e outro maior, da Phillips.

Neste endereço também funcionava, não lembro se ao mesmo tempo, a loja que alugava os aparelhos de "BIP". Os primeiros "BIPs" recebiam um alerta e o usuário tinha que achar um telefone e ligar para a central de atendimento para receber o recado. Naqueles tempos de poucos telefones públicos era muito complicado (os primeiros "orelhões" datam de 1972).

FOTO 3: As "escadarias" do final da Praia do Leblon. Desapareceram faz tempo. Aparentemente era dia de ressaca, o que sempre é um espetáculo para o público. E o quiosque, o que seria?