Total de visualizações de página

sábado, 18 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (19)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio". 

Hoje, de modo diferente, é publicado um tema especial com fotos garimpadas pelo Erick e com texto do Helio Ribeiro, a quem o "Saudades do Rio" agradece a colaboração:

Algumas cenas do passado não são vistas mais hoje em dia. Quem viu, viu; quem não viu, não vê mais, por motivos diversos. Esta postagem nos leva a reviver um punhado delas.

GAROTADA NA MALA DO CARRO

A cena abaixo era uma alegria para a criançada, mas escondia grande perigo, não só em caso de batida pela traseira do carro como também se um peralta desses resolvesse se levantar em um momento inapropriado e caísse do carro em movimento.

 

BICICLETA REBOCADA

Essa cena não deixou totalmente de ocorrer hoje em dia, embora quando acontece normalmente o ciclista está agarrado à carroceria de um caminhão. Os novos modelos de ônibus, com janelas seladas, dificultam essa prática. Antigamente ciclistas também se agarravam à traseira de bondes, segurando no último balaústre.

 

GERAL DO MARACANÃ

A foto mostra os chamados Geraldinos, público de baixo poder aquisitivo que assistia aos jogos em pé na área denominada de “geral”. O fosso na frente deles era um perigo constante. Uma queda ali podia ter trágicas consequências. Situada ao nível do gramado, a visão dos espectadores era a pior possível. Imaginem uma pancadaria ocorrendo ali!

 

CORRIDA NAS RUAS

Havia no Rio vários eventos de corrida de carros pelas ruas da cidade, mormente na área da Gávea, Leblon e avenida Niemeyer. Os carros, apelidados de “baratinhas” em virtude de seu formato, disparavam pelas ruas apinhadas de espectadores postados nas calçadas. Perigo maior não podia haver. Mas ninguém estava muito preocupado com isso. Impensável uma coisa dessas hoje em dia. Pelo menos oficialmente, porque em vários locais da cidade ocorrem "pegas" que também implicam em grande perigo para os espectadores.


A foto mostra as “baratinhas” no ponto de largada. Onde seria ele?

 

PAQUERA

O “pegador” diz galanteios para a dupla de moçoilas, que fingem ou estão mesmo desinteressadas com o assédio. O carro é um Aero-Willys Itamaraty e a época deve ser segunda metade dos anos 1960. E o local?

 

SURFISTAS DE TREM

Nas décadas de 1980 e 1990 era comum serem vistas pessoas viajando em cima dos trens suburbanos. Eram os chamados “surfistas de trem” ou “surfistas ferroviários”. Necessidade realmente não havia. Embora os vagões circulassem lotados, faziam jus àquela propaganda da Rexona, “sempre cabe mais um”. Mas esses surfistas optavam mesmo é pela aventura perigosa. De vez em quando um morria eletrocutado, interrompendo a circulação dos trens no ramal. Como dizia a música do Chico Buarque, “morreu atrapalhando o trânsito”.


Em países pobres é muito comum serem vistas centenas de pessoas viajando em cima dos vagões, mas por absoluta falta de espaço dentro deles, e não por farra. Elas permanecem sentadas, em sua maioria, ou mesmo se de pé não estão fazendo estrepulias. Além do que, não são trens elétricos, o que elimina o perigo de morte por eletrocução.

No Paquistão e em Bangladesh (antiga Paquistão Oriental) há um período de festividades em que milhões de pessoas se deslocam para o local das mesmas, e o trem é o meio de transporte usado para tal. Fotos desses eventos mostram tantas pessoas nos vagões, dentro e em cima, que mal se veem os vagões em si. Parece mais um enxame de abelhas.

 

CHUVA DE PAPEL PICADO

O último dia de cada ano, ou sua véspera, se caracterizava pela chuva de papel picado jogado dos andares dos prédios no centro da cidade. As ruas ficavam coalhadas com toneladas de papel. Trabalho para os garis.  



----------  FIM  DA  POSTAGEM  ---------



sexta-feira, 17 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (18)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio". 

FOTO 1: O "oito com" da Seleção Brasileira no Campeonato Sul-Americano de Remo em 1954, com o timoneiro (ou "patrão) Antenor Barbosa. Curiosamente o Brasil nunca teve expressão mundial neste esporte. O máximo foram alguns títulos em Pan-Americanos.


FOTO 2: Um exemplo de topiaria, citada ontem, em foto colorizada pelo Nikcolas.


FOTO 3: Em homenagem ao Helio, profundo admirador da pátria alemã, vemos a capa de um disco do organista alemão Klaus Wunderlich.


FOTO 4: O aeroporto Santos Dumont visto do mirante da Praça Glauce Rocha.


FOTO 5: Será que a Festa da Penha deste ano teve esta frequência?

FOTO 6: Fotograma da Praia do Flamengo remasterizado pelo Nickolas.

FOTO 7: Sorria, você está na Barra em 1973! Muitos, na época, saíam do túnel e desciam, à direita, a Rua Maria Luiza Pitanga, que dava direto na rua dos motéis...


FOTO 8: Postal de Copacabana, da região do Posto 6. onde ficavam o Hotel Riviera e o Cassino Atlântico, depois sede da TV Rio.


FOTO 9: O "velho Maraca" que tantas saudades deixou apesar de tantas incomodidades.


FOTO 10: A Praia do Flamengo perto do "Castelinho".

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (17)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio". 


FOTO 1: Houve uma época em que a topiaria, arte de esculpir plantas em formas ornamentais, estava em alta. Alguns animais eram representados desta forma nos jardins da Praia de Botafogo. Na foto, provavelmente para complementar a ornamentação, vemos um suporte metálico para trepadeira em espiral.

FOTO 2: Em 1957, o presidente Juscelino Kubitschek com artistas. Entre outros Jackson do Pandeiro, Almira, Aerton Perlingeiro, Orlando Silva, Gilberto Alves, Agnaldo Rayol, Ademilde Fonseca, Doris Monteiro, Alvarenga e Ranchinho.


FOTO 3: Ontem foi o "Dia do Professor". Aproveito para homenagear alguns dos grandes mestres que ajudaram minha formação no Colégio Santo Inácio. Do alta para baixo, da esquerda para a direita:

Nelson Mariano, Rossi, Araújo, Mattos e Jacques Chambriard.

Rainha, Villas-Boas, Artur Sette, Mauricio Leite e Pontes.

Bomilcar, Guimarães Correia, Espinheira, Cegalla e Dutra.

Lucas, Gonçalves, Guilherme Frota, Renato e Gilberto Oliveira Castro.


FOTO 4: A Favela da Praia do Pinto na década de 1940. Ao fundo, a arquibancada do estádio do Flamengo.


FOTO 5: A Barra da Tijuca em 1980 era assim.

FOTO 6: A Lagoa algum tempo depois da retirada da Favela da Catacumba. Acho uma vergonha a autorização dada para a construção daquele arranha-céu que destoa da altura dos seus vizinhos.


FOTO 7: Houve uma época em que este altar ao lado da Igreja de Santa Terezinha, na saída do Túnel Novo, ficava lotado de fiéis. Não sei se ainda continua com esta frequência.


FOTO 8: A Favela da Catacumba nos anos 1950.


FOTO 9: A Copacabana de meu avô era assim. Lamento não ter conversado com ele mais vezes sobre como era a vida na primeira metade do século XX no Rio.


FOTO 10: O professor Jaime Moraes, em seu "A história do rádio", publicou esta fotografia que achei interessante e que copiei nos meus arquivos. Trata-se do segundo transmissor de rádio, enviado para o Brasil como artigo de exposição. Foi fabricado pela “Western Electric” (mais tarde teria o nome mudado para Standard Electric) e montado no antigo “Pavilhão dos Correios e Telegraphos”, construído para a Exposição de 1908 na Praia Vermelha. 

Embora sua potência de 500 Watts fosse a mesma do transmissor do Corcovado da Westighouse, possuía a facilidade de ser comutado rapidamente para a transmissão de sinais em código Morse (radiotelegrafia) ou sinais de áudio (radiofonia).

Na ocasião optou-se por uma antena vertical e para tal foi construída uma “gaiola” (cage) composta por seis fios de cobre espaçados em torno de vários isoladores circulares. Para manter tal estrutura com 150 metros de comprimento na vertical, foi içado um cabo de aço entre os topos dos morros da Urca e da Babilônia, em mais um feito de engenharia, extraordinário para aquela época.Talvez este seja o único registro, tal como foi publicado na revista “Radio News” em 1923.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (16)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio". As de hoje me foram enviadas pelo GMA.


FOTO 1

Marlene Lôbo representou a Associação Atlética Portuguesa no concurso Miss Guanabara 1964, que teve como vencedora Vera Lúcia Couto dos Santos, tornando-se a primeira mulher negra a vencer o concurso no Brasil. A vitória ocorreu em 27 de junho de 1964 e Vera Lúcia representou o Renascença Clube.

Marlene Lôbo, que não se classificou entre as primeiras, no ano seguinte foi uma das 10 "Certinhas do Lalau". 

Foi então convidada para uma reportagem de "O Cruzeiro", onde foi fotografada junto a 7 carros, cedidos para as fotos de Indalecio Wanderley pela Redi S/A, concessionária Simca do Brasil; Importadora de Ferragens S/A que representava a General Motors do Brasil; Agência Tânia S/A em nome da Willys Overland do Brasil; Gávea S/A da Vemag; Fábrica Nacional de Motores com o Alfa Romeu;  Auto Industrial S/A do Fusca e  Santo Amaro de Automóveis representada pelos “pick-up” Ford.


FOTO 2


FOTO 3


FOTO 4


FOTO 5


FOTO 6


FOTO 7


FOTO 8


FOTO 9


FOTO 10


FOTO 11


FOTO 12


FOTO 13


FOTO 14


FOTO 15

terça-feira, 14 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (15)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio".


FOTO 1: Vemos uma prova de "baliza" em 1966. Naquela época se podia a aprender a dirigir tirando uma licença ("papagaio") e sair acompanhado por qualquer pessoa que já tivesse carteira de motorista. Atualmente há um projeto para dispensar as aulas nas auto-escolas.

FOTO 2: Instalação da rede elétrica subterrânea na Rua Barata Ribeiro. A rua à esquerda é a Inhangá. À direita, há décadas, existe o restaurante "A Marisqueira".


FOTO 3: Remadores do Flamengo saindo para treinar. Em primeiro plano um "2 com patrão" e, ao fundo, um "single-skiff". Ainda existia a Favela da Praia do Pinto com suas palafitas.


FOTO 4: Os pedalinhos que ficavam perto da Rua Anibal de Mendonça. 


FOTO 5: Tanto os pedalinhos quanto um hidroavião que havia nesta área da Lagoa eram do letão Hebert Cukurs que, segundo o "Correio da Manhã", era “Sturmbannführer” da SS na Letônia.


FOTO 6: Qual dos dois bondes teria a preferência?


FOTO 7: Avenida Suburbana, atual Dom Helder Câmara, na altura do viaduto de Del Castilho.


FOTO 8: A Favela do Esqueleto ao lado do Maracanã.


FOTO 9: Um dos dois campos de futebol da Favela da Catacumba. À direita vemos outro "esqueleto" que por muitos anos ficou ali ao lado do Corte do Cantagalo. Foi demolido.


FOTO 10: A Praia do Flamengo em 1962. O poste já seria para a fiação dos ônibus elétricos?

NOTA: fotos do "Correio da Manhã" disponívels no "site" do Arquivo Nacional.