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sexta-feira, 27 de junho de 2025

ATERRO

Conta M. Teixeira que o Aterro do Flamengo é o maior parque urbano do mundo, com mais de um milhão e duzentos mil metros quadrados de área. O primeiro aterro desta área deu-se em 1779, quando foi arrasado o Morro das Mangueiras para acabar com a infecta Lagoa do Boqueirão. Conforme a cidade se expandia para o sul, pequenos aterros iam sendo feitos, principalmente na Praia de Botafogo.

Em 1890 foi proposto a desmonte do Morro de Santo Antonio para, no trecho Glória-Calabouço, se construir um luxuoso bairro residencial - mas tal plano não foi adiante.

Em 1904, durante o Governo Passos, foi contruída  a Avenida Beira-Mar, num trecho aterrado que começava na Praia de Santa Luzia e terminava na Praia de Botafogo (nesta obra foram construídos os belos jardins, o pavilhão de regatas, o “Teatro Guignol" para crianças e o pavilhão do Mourisco).

Em 1919 surgiu a ideia de ampliação do aterro com o desmonte do Morro de Santo Antonio, para a construção da exposição comemorativa do Centenário da Independência do Brasil. A ideia inicial foi modificada e optou-se por arrasar o Morro do Castelo (destruindo o berço da cidade), aterrando a área da Ponta do Calabouço ao Saco da Glória (havia tanta terra que dela ainda se fez o aterro das bordas do Pão de Açúcar para construir a Urca).

Na década de 1920, Alfred Agache propõe "uma cidade europeia nos trópicos", com uma praça monumental (a "Entrada do Brasil") no local onde há hoje o MAM - tal plano também não vingou (haveria uma catedral onde, de 1937 a 1944, foi feito o Aeroporto Santos Dumont). 

Em 1948, sob a supervisão de Reidy foram iniciadas as obras do atual Aterro, onde em 1954 realizou-se o Congresso Eucarístico. Em 1954, com o desmonte do Morro de Santo Antonio, as obras aceleraram-se, construindo-se o MAM e o Monumento aos Mortos da 2ª Grande Guerra.

Finalmente, o atual Parque do Flamengo tomou forma no final da década de 50, início da de 60, sob a influência de D. Lota Macedo Soares. Na ampla faixa aterrada, em vez das 16 pistas de automóveis ficaram oito, permitindo uma grande área de lazer.

Hoje, com fotos do "Correio da Manhã", veremos fotos dos seus primeiros tempos.

FOTO 1: Em 05/01/1960 o Correio da Manhã noticiava:"Ontem o Rio de Janeiro, finalmente, perdeu completa e definitivamente uma de suas tradicionais praias de banho: a do Flamengo. O aterro chegou ao "cabo" improvisado no princípio da Avenida Rui Barbosa. Foi o fim, após longa agonia. 

Os banhistas renitentes que até anteontem permaneciam na minúscula faixa de areia que ainda restava, não foram mais vistos mergulhando nas águas barrentas. No local surgirá uma ou mais pistas para autos. É o progresso. 

Notamos ontem, junto à amurada, algumas pessoas olhando, desolados, o que até bem pouco havia sido um burburinho de moças bonitas de mailots coloridos expostas ao sol. Mas ontem não havia mais beleza nem graça: foram substituídas por feios e sujos caminhões que iam e vinham levantando nuvens de poeira".

FOTO 2Em meados de 1959 a mureta da Praia do Flamengo ainda resistia, enquanto o aterro avançava. 

FOTO 3: Aos poucos a região se transformava. Creio que a maioria não imaginava que este cenário se transformaria em, sem dúvida, um belo parque.

FOTO 4: Também de 1959. Os habituais "fiscais de obras" do Rio a tudo controlavam.


FOTO 5: O tempo passou, as pistas foram construídas e os trabalhos de Burle Marx começaram a aparecer.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

A ARTE DO NICKOLAS

Aqui no "Saudades do Rio", depois que o Conde di Lido começou a fazer colorizações, apareceu o Nickolas Nogueira com trabalhos excepcionais.

Não tenho visto novas colorizações dele, mas vamos relembrar algumas hoje.

FOTO 1

FOTO 2

FOTO 3

FOTO 4

FOTO 5


FOTO 6

segunda-feira, 23 de junho de 2025

BONDE 2

O tema hoje é o bonde “Laranjeiras”, linha 2. Por volta de 1868 a “Botanical Garden” iniciou a construção do ramal das Laranjeiras (em 1869 os bondes já circulavam até a Rua da Guanabara (atual Rua Pinheiro Machado).


FOTO 1: O bonde “Laranjeiras”, linha 2, parado no terminal do Tabuleiro da Baiana. 

O trajeto deste bonde, segundo o Helio Ribeiro, era "Tabuleiro da Bahiana - Senador Dantas - Luis de Vasconcelos - Mestre Valemtim - Augusto Severo - Largo da Glória - Catete - Pedro Américo - Bento Lisboa - Largo do Machado - Laranjeiras (até o número 425)".


FOTO 2: O cotidiano da Rua do Passeio em 1936, com o Edifício Mesbla ao fundo. O Cine Palácio exibia o filme "Vingança de Mulher", enquanto o bonde Laranjeiras, linha 2, nº 611, cruzava a via. Do lado esquerdo, as árvores do Passeio Público.


FOTO 3: Vemos o bonde “Laranjeiras”, linha 2, nº 2507, passando em frente ao Ed. Laranjeiras, Rua das Laranjeiras nº 102, esquina com a Rua Gago Coutinho. O prédio é do estilo Art-Déco com um belo portão neste estilo. Hoje a marquise diminuiu, a calçada é pequena e o entorno do prédio está todo gradeado.

Logo depois do prédio ficava a Churrascaria Gaúcha, para quem vai para o Cosme Velho. Esse prédio tem dois blocos. O prédio vizinho a ele, já na Gago Coutinho, tem uma fachada muito interessante, com varandas simpáticas. É contíguo ao portão do Parque Guinle.

O proprietário original foi Eduardo Guinle Filho.

O Mauroxará ou o Arqueobusólogo poderão confirmar se o ônibus é um Volvo B513, encarroçado Carbrasa, linha Grajaú-Laranjeiras, Viação Nacional.


FOTO 4: O bonde 2, nº 1740 na vizinhança do Passeio Público. A tranquilidade do pessoal nos estribos é impressionante. 

Uma curiosidade é que os bondes não mudavam o letreiro conforme o sentido em que iam. O nome da linha era fixo. A linha 2 era Laranjeiras, não importa se estivesse indo do Tabuleiro da Baiana para Laranjeiras ou vice-versa.


FOTO 5: Vemos o bonde da linha 2, o "Laranjeiras", nº 1905. Aparentemente o local é a Rua Senador Dantas, no sentido da Cinelândia, com o bonde vindo do Largo da Carioca. Talvez a esquina com a Evaristo da Veiga.

Na foto em “alta” é possível ler o anúncio da loja à esquerda: era uma a loja de tecidos e o anúncio dizia "Tropical brilhante".

FOTO 6: Em detalhe, a frente do bonde com o motorneiro e pelo menos 3 passageiros no primeiro banco, além do anúncio dos "Cigarros Picadilly". 


FOTO 7: E terminamos com mais um bonde "Laranjeiras", nº 1826, no Tabuleiro da Baiana. Fazia frio no dia da foto e era tempo da propaganda eleitoral. Embora naquela época o prefeito fosse indicado pelo Presidente da República havia votação para os "Vereadores Distritais". O anúncio é o dos cigarros Mistura Fina, alternativa aos cigarros Minister, Luiz XV, Caporal Amarelinho, Continental, Columbia, Hollywood, etc.


sexta-feira, 20 de junho de 2025

TRENS


 FOTO 1


FOTO 2: Estação de trem de Petrópolis no início do século XX Foi inaugurada em 11/02/1883.


FOTO 3: Acervo do Tumminelli. Vemos a construção de Estação Ferroviária Central do Brasil, que substituiu a antiga estação Pedro II. O prédio começou a ser construído na década de 1930 e ficou pronto em 1943. É um marco do estilo "art-déco". 


FOTO 4: Que saudade do tempo em que o Conde di Lido colorizava fotos.


FOTO 5: Quando as obras de recuperação do prédio da Leopoldina ficarão prontas? É louvável a iniciativa de recuperar o prédio, há tempos abandonado. Mas pretendem ali instalar a Cidade do Samba 2, um centro de convenções e um conjunto habitacional. Melhor seria se fosse recuperada a sua finalidade inicial: uma estação de trens, com serviço ativo, como antigamente.


FOTO 6: O  "Trem de Prata" entre Rio e São Paulo, oferecia uma viagem luxuosa, com vagões-restaurante, cabines com camas e banheiros. Era mais barato que o Electra e mais confortável que os ônibus da Cometa ou do Expresso Brasileiro. Funcionou na década de 1990. 

Antes do "Trem de Prata" havia, na ligação ferroviária Rio-São Paulo, o trem noturno "Santa Cruz", entre a Estação da Luz e a Estação D. Pedro II (Central). Funcionou de 1949 até a década de 1990. 

Como é possível não haver um serviço de trens entre as principais cidades brasileiras?


FOTO 7: Do acervo do JBAN: Vemos o hangar de Santa Cruz com o Hindenburg ao fundo e o trem especial de 1ª classe que partia da Central, parado ao lado do terminal de bagagens. 

quarta-feira, 18 de junho de 2025

ESSES CARROS...

 


FOTO 1: Para espanto dos cariocas que se encontravam no Centro, em 1959, este Renault Dauphine era içado para uma exposição no prédio da Maison de France, na Av. Presidente Antônio Carlos. 
A apresentação contava com a presença das vedetes Elizabeth Gasper, Carmen Verônica e Norma Benguel.
Foto: revista Manchete

FOTO 2: Conta nosso amigo Gustavo Lemos que em 1964 no lançamento do Simca Tufão, a fábrica trouxe uma equipe francesa que fazia acrobacias com automóveis, liderada por Jean Sunny. 

Aluizio Lemos, pai do Gustavo, e seu sócio Albino Brentar ficaram maravilhados com o show e foram conversar com o francês. Ele deu as dicas de como andar em duas rodas e, em uma semana, os dois malucos construíram a rampa e não é que conseguiram? Foram os primeiros a fazer isso aqui no Brasil. 

A Simca quis contratar os dois para fazer shows, mas havia um problema: eles tinham uma concessionária VW (Lemos & Brentar), e também não estavam interessados em fazer shows. 

Algum tempo depois, o paulista Euclides Pinheiro montou o Simca Show, fazendo as mesmas acrobacias da equipe francesa. O local da foto é a atual Av. das Américas, que na época só tinha uma pista quase deserta, que era conhecida por BR 101.


FOTO 3: Aqui vemos o Euclides Pinheiro, citado pelo Gustavo, fazendo acrobacias na Av. Chile.  Neste espetáculo usava Chevette e Opala. 



FOTO 4: Nesta época, Euclides Pinheiro usava carros Chevrolet. A multidão delirava com as manobras.


FOTO 5: Registro do momento, em 19/12/1960, em que o jornalista e mais tarde publicitário Mauro Salles participa de uma demonstração da capacidade anfíbia de um fusca especialmente adaptado. 


FOTO 6: O passeio pela Lagoa Rodrigo de Freitas foi um sucesso. O Fusca 1200 saiu do Clube dos Caiçaras, na Lagoa.



FOTO 7: Conta o Jason Vogel que parecia um Fusquinha como qualquer outro, não fosse a pequena hélice na traseira e os canos de escape voltados para cima, ladeando a vigia traseira.

O motor foi blindado numa caixa metálica e as vedações das portas foram aperfeiçoadas. Por segurança, adaptou-se no porta-malas uma bomba para escoar água que porventura entrasse no compartimento do motor ou na cabine. A característica plataforma do Fusca, toda fechada por baixo, não sofreu qualquer alteração. Também não foram usados flutuadores.

Na entrevista após o passeio Mauro Salles relatou que: "O carro flutuou bem, com a linha d'água na base dos faróis dianteiros e na curva inferior dos para-lamas traseiros. Mantive uma leve aceleração e a velocidade desenvolvida era de uns 10km/h. As rodas dianteiras agiram como leme, e foi possível manobrar em curvas de pequeno diâmetro. Dirigi o tempo todo de sapatos e meias, e só os molhei quando, ao descer do sedan, pisei em uma poça de chuva."



FOTO 8: Este, definitivamente, não foi um belo passeio até o Corcovado.


segunda-feira, 16 de junho de 2025

TÁXIS

Atualmente ando preferindo usar os táxis comuns, os "amarelinhos", para os meus deslocamentos. Passei a desconfiar do Uber, face a incidentes com conhecidos, e deixei de usar o carro devido à Lei Seca (que apoio incondicionalmente) e à dificuldade de estacionamento.

Hoje veremos algumas fotografias de táxis encontradas "perdidas" no acervo do "Saudades do Rio" e, acho, nunca publicadas aqui.

FOTO 1: Enviada pela Cristina Pedroso, frequentadora do "Saudades do Rio" há anos, vemos um táxi estacionado na Rua Saddock de Sá, em Ipanema. Era do modelo muito usado até o início dos anos 1960. 


FOTO 2: Entrevista de um motorista de táxi, em 1956, durante uma greve.

FOTO 3: Chama a atenção a educação e cortesia deste motorista de táxi. Ao fundo vemos o cartaz da obras do Banco Lavoura de Minas Gerais. 

Fundado por Clemente Faria, tornou-se um dos maiores bancos privados do Brasil e da América Latina. Em 1971, o banco foi dividido, resultando na criação do Banco Real e do Banco Bandeirantes. O Banco Real foi posteriormente adquirido pelo banco holandês ABN AMRO e, mais tarde, pelo grupo espanhol Santander. O Banco Bandeirantes foi incorporado pelo Unibanco, que se fundiu com o Itaú. 


FOTO 4: De 1955, vemos um posto de abastecimento de táxis no Jacaré.


FOTO 5:  Nos tempos do Distrito Federal era difícil se conseguir um táxi. 


FOTO 6: Movimento grevista de taxistas na Praia do Flamengo, nos anos 60.


FOTO 7: Confesso ter saudade dos tempos em que a PM era responsável pelo controle do trânsito. Havia guardas nos principais sinais, multas eram aplicadas, havia mais ordem.


FOTO 8: Um táxi em Botafogo. Seria na Voluntários da Pátria ou na São Clemente? Ao fundo vemos uma obra da Construtora Canadá, bastante conhecida no século passado por suas obras no Rio. 


FOTO 9: Nos anos 70 a indústria automobilística nacional dominava a frota de táxis.


FOTO 10: De 1969, esta fotografia é "figurinha fácil" na Internet.


FOTO 11: Um valente táxi enfrenta uma enchente na Rua do Matoso, em 1971.



FOTO 12: Um táxi Corcel no Viaduto dos Aviadores.



FOTO 13: Uma mini-enchente na área do Passeio Público.



FOTO 14: Os "amarelinhos" dos anos 1980.

FOTO 15: Esta lembrança de um taxímetro foi enviada pelo Menezes, mostrando o interior de um táxi fusca. Taxímetro Capelinha. É inacreditável que tenhamos aceito e a Prefeitura aprovado este modelo de carro para funcionar como táxi. Substituíram aqueles antigos Chevrolets pretos dos anos 50, mas eram totalmente inadequados para o serviço. Era difícil entrar e sair, pois só tinham duas portas. A lotação era de 3 passageiros apertados no banco de trás, já que o banco ao lado do motorista fora retirado. Em termos de segurança deixavam muito a desejar. Como ninguém usava cinto de segurança no banco traseiro, em caso de freada súbita o passageiro saía pelo para-brisa dianteiro...


sexta-feira, 13 de junho de 2025

COPACABANA (2)

Com novas fotografias do acervo do FRA - Fotologs do Rio Antigo, do Rouen, do Decourt, do Tumminelli, além de algumas já publicadas no "Saudades do Rio", revisitamos as obras de duplicação da Avenida Atlântica e a construção do interceptor oceânico. 

As principais fontes das fotografias foram as revistas "Manchete" e "O Cruziero", além do acervo do "Correio da Manhã" no Arquivo Nacional.


FOTO 1: Tudo tem inicio em 1970 na enseada de Botafogo com o trabalho de duas dragas, a Sergipe e a Ster (esta mesmo que executou o final do aterro em frente o Morro da viúva no inicio da década de 60). 

Como vemos no desenho acima da Companhia Brasileira de Dragagem temos duas séries de encanamentos passando pelo Iate Clube, Av. Pasteur, Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Av. Lauro Sodré, canteiro central antes do túnel, dividindo-se sendo um seguindo pelo Túnel Eng° Marques Porto e o outro pelo Túnel Eng° Coelho Cintra para depois destes seguir pela Av. Princesa Isabel.


FOTO 2: Vemos a draga Sergipe em primeiro plano fazendo o seu trabalho de sucção no fundo do mar e envio do material para Copacabana.


FOTO 3: 
No início dos anos 1970, vemos no centro da Enseada de Botafogo as duas dragas: Sergipe e Ster. 


FOTO 4: Esta fotografia publicada pelo Rouen no "Arqueologia do Rio", também me foi enviada ontem pelo Joel. Lembra até o cargueiro "San Martin" que por ali encalhou no inicio do século (fotografado pelo avô do Tumminelli e já reproduzido por aqui.

Mas é a draga de bandeira holandesa batizada de Transmundum III que veio trazer areia. Esta embarcação carregava grande quantidade de metros cúbicos de areia em cada viagem e depositava esta carga bem perto da praia colaborando desta forma com o a ampliação da Praia de Copacabana e completando o trabalho das duas dragas estacionadas na enseada de Botafogo. 

FOTO 5: Um detalhe da draga Transmundum III em Copacabana.


FOTO 5: O sistema de engorda hidráulica. Uma grande tubulação vinha de Botafogo pelo subterrâneo da avenida Princesa Isabel e desembocava na praia e onde era jogada a areia proveniente da Baía da Guanabara. 


FOTO 6: Em 22/10/1969, com a presença do governador Negrão de Lima, foram iniciadas oficialmente em frente ao Leme Palace Hotel as obras de alargamento da Avenida Atlântica. Na draga Sergipe foi acionado o dispositivo para o lançamento de areia misturada com água na Praia de Copacabana. 

Para o aterro da praia foi usado um sistema misto - sucção e recalque para o lançamento de areia na praia, entrando em funcionamento, um mês depois a draga Hopper. 

No sistema de sucção e recalque serão utilizadas duas dragas - Sergipe e Ster I, dois "boosters" flutuantes e um terrestre, 1900 metros de tubulação flutuante e 7 mil de tubulação terrestre. 

Técnicos da SURSAN e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil de Lisboa orientaram a descarga de material arenoso.


FOTO 7: Um dos "boosters" já na praia de Copacabana/Leme.


FOTO 8: O tamanho da máquina chamava a atenção. Na época, muitos duvidaram da competência do escritório português, mas deu tudo certo.


FOTO 9: O início dos trabalhos eram uma atração para os cariocas.


FOTO 10: Foram necessários cerca de 3,3 milhões de metros cúbicos, retirados da Baía da Guanabara, para o aterro em Copacabana.


FOTO 11: A areia de Botafogo foi conduzida em tubulações, pelas dragas Ster e Sergipe até a Praia de Copacabana. Os canos passaram pelo Iate Clube, atravessaram a Av. Pasteur sob o asfalto, seguiram sob os prédios do Ministério da Saúde e Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, cruzaram a Av. Lauro Sodré e, ao atingir o canteiro central, separaram-se: cada ramo seguiu um túnel. 

Mais adiante, ligaram-se na Av. Princesa Isabel, após passar pelos retornos em frente às ruas Barata Ribeiro e Ministro Viveiros de Castro, Av. Copacabana, Av. Atlântica e, finalmente, atingindo a praia. 

Pelas tubulações passaram 1.300.000 m3 de areia. E através da holandesa Transmundum III foram trazidos 2.000.000 m3. 


FOTO 12: Como comentado pelo Mário ontem, esta obra pois fim à qualidade da areia de Copacabana, pois basicamente o que foi bombeado da enseada foi lama e conchas. Só se colocou uma "cobertura" de areia fina no final da obra retirada da ilha Pombeta na entrada da baía.