COMERCIAIS ANTIGOS DE CARROS (2), por Helio Ribeiro
Essa postagem é
continuação da publicada no sábado passado. Naquela só foram mostrados
comerciais da Volkswagen; nesta serão mostrados os de outras montadoras.
DAUPHINE
1959
O Dauphine e o Gordini
ganharam o apelido de Leite Glória, com base na propaganda que dizia que esse
leite em pó desmanchava sem bater. Já narrei aqui um episódio comprobatório
desse apelido. No número 34 da minha rua morava uma mulher avançada em quilos,
se é que me entendem, possuidora de um Packard que fazia jus a ela. Em frente,
no edifício número 31, morava uma viuvinha muito bonitinha e novinha, na faixa
dos 20 e poucos anos, que tinha um Dauphine cor de café com leite, se não me
falha a memória. Um dia houve um temporal e como sempre minha rua encheu e
ficou toda enlameada. Aí lá veio o Packard manobrar em frente ao 34. Derrapou
na lama e bateu na lateral esquerda do Dauphine. O Packard teve um dos faróis
trincado; o Dauphine ficou com a lateral destruída.
AERO WILLYS 2600 ANO 1965
Tenho uma
característica: uma vez acostumado e gostado de algo, dificilmente aceito mudar
de opinião para uma versão mais nova ou diferente. Isso vale para carros e
músicas, entre outros. No caso do Aero Willys, sempre achei mais bonito o
modelo antigo, lançado em 1960. Mas em 1963 veio a público o modelo 2600,
número esse derivado da cilindrada do carro, que era 2638 cm³.
VEMAGUET
1965
Nunca andei num DKW. A
origem dessa sigla é Damp Kraft Wagen, firma
fundada em 1916 como fabricante de pequenos motores movidos a vapor. Com o
tempo passou a fazer motores a gasolina de dois tempos, mais tarde usados em
brinquedos, porém manteve a sigla DKW. Como esses brinquedos eram muito
apreciados por garotos, a sigla ganhou o apelido de Des Knaben Wunsch (O Desejo do Menino). Uma versão desses motores foi
adaptada para motocicletas e apelidada de Deutsche
Kleine Wunder (Pequena Maravilha Alemã). Esse apelido foi usado durante
muitos anos em propagandas da empresa.
Em 1957 a DKW fundiu-se
com a Audi, a Horch e a Wanderer, formando a Auto Union. Cheguei a ver carros
Auto Union aqui no Rio, muito parecidos com os DKW Vemag que foram produzidos
no Brasil.
Uma característica dos
Vemag era a porta abrir em sentido contrário ao normal, expondo as pernas e
quiçá outras partes íntimas das mulheres ao descerem do veículo. Tal como
acontecia com os Citroën que abundavam aqui no Rio.
O DKW Vemag Belcar era
muito parecido com os Auto Union. Abaixo um vídeo deste último.
GORDINI 1968
Eu não conseguia
distinguir um Gordini de um Dauphine.
SIMCA ESPLANADA 1968
Como citei no caso do
Aero Willys, eu gostava mais do Simca Chambord. Não encontrei um comercial bom
do Chambord. O único que achei foi filmado na França e do interior do carro,
sem motorista, percorrendo estradas cercadas de montanhas nevadas. Só no final
mostrava o exterior do carro. Deduzi que era na França porque o carro tinha
placa preta no estilo francês, ostentando o número de departamento 75,
correspondendo a Paris.
OPALA 1969
Esta é a propaganda de
lançamento do Opala, feita em 1968. Ao longo dos anos houve muitas versões e
alterações estilísticas no Opala. É um modelo com muitos admiradores até hoje.
Um amigo meu tinha um SS 4100 de duas portas, pintura metálica vermelha. Um
avião.
CHEVETTE
1974
Foi meu primeiro carro,
como citei na postagem da semana passada, no item referente à Variant. Era
branco. Comprei-o em abril de 1974 e vendi-o em janeiro de 1976. Comprei então
um Chevette do ano, cor gema de ovo, para desgosto de minha futura esposa por
causa da cor. Fiquei com ele até setembro de 1987, já aos trancos e barrancos,
mas com apenas 117 mil km rodados, na época muito para o motor dos carros de então.
Troquei por um Voyage do ano, o melhor carro que já tive, um GLS motor 1.8 a
álcool, vermelho vivo. Pena que o ladrão também se apaixonou pelo carro e o
levou em 19 de julho de 1990, com cerca de apenas 28 mil km rodados.
Esse modelo do Chevette
é chamado carinhosamente de Tubarão, por causa da frente bicuda e dos faróis
redondos nas extremidades.
DODGE
1800 modelo 1974
Também chamado
carinhosamente de Doginho.
CORCEL
1975
Carrinho bonito, esse.
Nunca tive um Ford. Só VW, Chevrolet e Fiat. Através de minha enteada, um
Renault Sandero e um Honda Fit, que a ajudei a comprar mas que era eu que
dirigia.
FIAT
147 modelo 1976
Depois do Voyage citado
acima tive três Fiat Uno, anos 1990, 1993 e 1996. Este último foi o derradeiro
carro meu. Furtado duas vezes, em outubro de 1998 e março de 1999, desisti de
ter carro até hoje.
Saído do Voyage GLS 1.8
topo de linha para um Fiat Uno Mille 1.0, achei que iria estranhar muito. Mas
amei o carro. Tanto que tive três em sequência, como citei acima. Por aí se vê
que sou um cara muito simples. Tinha condição de ter um carro muito melhor. Mas
para quê? O Uno me satisfazia. Eu havia comprado o Voyage por ter me apaixonado
por um à primeira vista, ainda do modelo antigo.
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FIM DA
POSTAGEM -----