Ilustríssimo comentarista do "Saudades do Rio" foi obrigado, como castigo, a "fazer cem linhas" por mau comportamento: "Não devo falar durante a explicação das matérias."
Será que o castigo foi eficaz?
"Classificação periódica dos elementos" e uma "régua de cálculo". Há muito tempo sabia como manejá-las, mas hoje...
Quantas coisas tínhamos que aprender e quantas serviram para a vida adulta?
Encontrei um caderno de provas da década de 1960, do ginásio do Colégio Santo Inácio e não consegui responder a quase nenhuma das perguntas das diversas matérias. Somente consultando o Google saberia responder a todas. E vocês?
1) Quem criou os éfetas? A paz de Callia foi feita em que época? Onde morreu Ciro, o Jovem? Quando foi a paz de Antálcidas (História – 3º ginásio).
2) No “mapa-mudo” localizar a Península de Taitao, a Península Paraguamo, o Rio Negro (platino) e o Cabo Correntes (Geografia-2º ginásio).
3) Quais os seis pecados contra o Espírito Santo? (Religião-2º ginásio).
4) Conjugue o “présent du subjonctif du verbe savoir” (Francês-2º ginásio).
5) Determine a perspectiva paralela de um cone reto 0,06m de altura, sabendo-se que o diâmetro da base vale 0,06m e o afastamento do centro é igual a 0,05m (Desenho-2º ginásio).
6) Numa proporção contínua o produto dos termos é 104976. O quarto termo é igual à soma dos meios. Escrever a proporção (Matemática-3º ginásio).
7) Inscreve-se um triângulo ABC numa circunferência de centro O. Traça-se a bissetriz interna do ângulo A que corta a reta BC no ponto E e a circunferência no ponto D. Liga-se D a O. Mostrar que DO é mediatriz do segmento BC (Matemática-4º ginásio).
8) Traduza: proelia contra finítimos civitatem perturbaverant (Latim – 4º ginásio).
9) Qual a importância da lei de Proust para diferenciar uma mistura de uma combinação? (Ciências – 4º ginásio).
10) Qual a diferença entre latria, hiperdulia, dulia e protodulia? (Religião-3º ginásio).
11) Qual destes reis assírios conquistou Israel? Sargão II, Senaqueribe ou Assaradão (História – 3º ginásio).
12) Defina e exemplifique substantivos epicenos (Português-4º ginásio).
13) Hodie mira spectacula incolis praebebuntur (Latim-4º ginásio).
14) Utilizando somente sódio, etanol e pentacloreto de fósforo, obtenha o éter dietílico (Química-2º científico).
15)Enuncie e demonstre o teorema de Varignon (Ciências-4º Ginásio).
Poderíamos ser bem sucedidos ignorando tudo isto?
Muito antigamente eram assim os cadernos do Colégio Santo Inácio. Acabaram lá pelo início dos anos 1960.
Depois os antigos cadernos foram substituídos por estes da FENAME - Fundação Nacional de Material Escolar. Por que FENAME e não FUNAME?
Havia nas cores verde e amarela.
No final do curso já se usavam aqueles fichários da Papelaria União.
Na minha época eram assim as salas de aula do Colégio Santo Inácio. Abaixo do crucifixo ficava a imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho. Usava-se paletó, todos os alunos deveriam ficar de pé e em silêncio quando o professor entrava na sala. A disciplina era muito rígida.
Nessas carteiras, divididas por dois alunos, ainda havia um buraco bem no meio da mesa, onde anos antes eram colocados os tinteiros. As cortinas das janelas pareciam velas de um barco.
Evidentemente havia muitas brincadeiras, sempre severamente punidas. Uma delas era colocar a mesa do professor o mais próximo possível da borda da plataforma, para que ela caísse no meio da aula. A chamada, que ocorria a cada aula, era pelo nome completo do aluno. O resultado é que todos sabem, até hoje, o nome completo dos colegas, tantas foram as repetições.
Quando entrei para o Colégio, em 1968, minha sala de aula era igual a esta. E logo ganhei fama de "bagunceiro". Quando o inspetor Rocha adentrava a sala, entre uma aula e outra, tamanha era a algazarra, ele falava me olhando fixamente: "isto vai muito MAUro".
ResponderExcluirFazer “linhas” era chatíssimo.
ResponderExcluirA disciplina de antigamente era um exagero tal como é a permissividade atual.
Não invejo nem um pouco a situação dos professores atuais, desrespeitados pelos alunos e sem apoio da administração dos colégios.
Quanto às perguntas tiraria hoje em dia nota próxima de zero.
Era um outro tempo, no qual o nível do ensino em geral era infinitamente superior ao atual. Aulas de caligrafia, cópia de texto, ditado, de gramática, de interpretação de texto, e de leitura, devam ao aluno um domínio do idioma bastante satisfatório, sem contar as demais matérias. Hoje em dia a excelência do ensino está restrito a alguns colégios e escolas particulares. O ensino público atualmente é catastrófico e ineficaz, estando na classificação mundial abaixo da Etiópia, sem contar que escolas e colégios públicos brasileiros se tornaram centros de doutrinação político/ideológica cujas consequências foram catastróficas para Brasil.
ResponderExcluirAntigamente História e Geografia eram ensinadas baseadas na decoreba. Hoje estão melhor sendo ensinadas dentro de um contexto dos acontecimentos.
ResponderExcluirCaligrafia se tornou obsoleto pois ninguém mais escreve à mão, mas acho que faz falta.
Quanto à perda de tempo com matérias que não serão necessárias no futuro para determinado aluno é um fato.
Décio, você está dizendo que o ensino de história e geografia como sempre foram ministrados estão ultrapassados? Não entendi quando disse que essas matérias "são ensinadas dentro de um contexto dos acontecimentos". Seja mais claro e mais objetivo!
ExcluirAntigamente só se decorava nomes e datas.
ExcluirHoje, por exemplo, ao se falar da descoberta de Colombo, comenta-se o que aconteceu com os povos do Novo Mundo. Se você ler "Sapiens", do Yuval Harari, entenderá o que digo.
Hoje, em outro exemplo, em vez de só se decorar datas e nomes dos envolvidos na Revolução Francesa, ensina-se (discute-se, no bom sentido), consequências da queda de uma forte monarquia, do enfraquecimento do poderio da Igreja e da aristocracia.
Não falo, que fique claro, de propagar ideologias de extrema direita ou de extrema esquerda. Falo de ampliar a visão dos estudantes, incentivando-os a olhar o mundo de forma crítica e não os entupindo somente de nomes e datas.
Ótimos exemplos!!!! Antes do colégio santo Inácio, no Curso Infantil, abaixo da mesa tinha o "caseado" que equivale a uma gaveta, mas só com o vão.
ResponderExcluirHoje há um oceano de informação com um palmo de profundidade.
E a falta de estímulo à leitura vai causando gap gigantesco em relação a todo o mundo.
Espero que a criatividade brasileira sirva para a ajuda e não para expedientes de penduricalhos para o udiciário, manobras politicas, etc
Judiciário. parece o que judia da gente
ExcluirNão conhecia esses cadernos da FENAME.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirAs questões 5 a 7, mais a 15, são mais da minha área, mas estou "enferrujado".
A 9 e 14 são mais da área da minha irmã.
A questão FENAME pode ser por causa de certos trocadilhos que poderiam ter sido feitos. Ainda peguei essa fase.
Bom dia!
ResponderExcluirApesar de 10 anos mais jovem, peguei este castigo, os cadernos da FENAME, disciplina para o início das aulas diárias com formação em filas no pátio, entoando cantos religiosos e hinos diversos, antes de subir ordeiramente para as salas de aula. Um primo 3 ou 4 anos mais velho ainda teve aulas de latim no ginásio e se tornou um excelente profissional do direito.
Mauro Marcello lembrou da figura do inspetor com seus nomes peculiares. O da escola dele era Rocha, no São Vicente, o do meu andar era o Trovão.
Era um tempo em que o estudante precisava se dedicar pois era cobrado rigorosamente nas provas, pelo menos nas boas escolas particulares, vinculadas a ordens religiosas, como o Santo Inácio e o São Vivente.
Um excelente final de semana a todos!
Na época em estudei no São Bento havia um inspetor, o "seu Aristóteles", que impunha um certo respeito. Desde os tempos em que meu pai estudou lá, "seu Aristóteles era funcionário do Colégio. Ele fica durante o recreio de pé junto à pequena rampa que ligava o pátio com a então principal ala do Colégio, que hoje em dia não existe mais, pois foi demolida para que fosse construída uma passagem para veículos. "Seu Aristóteles" era baixinho, tinha os olhos azuis, e tinha um "cacoete" bem curioso, pois tentava incessantemente morder a orelha direita. Não sei se ele conseguiu...
ExcluirPoucos vestibulandos atuais acertariam as questões enumeradas acima.
ResponderExcluirNo início dos anos letivos minha mãe encadernava e etiquetava todos os novos livros e cadernos, meus e dos meus irmãos. No Colégio Santo Antonio Maria Zaccaria tinha inspetoras também, junto com os inspetores, uma delas foi eleita Senhorita Rio, beleza morena que era o sucesso visual nos pátios do recreio.
ResponderExcluirO Zaccaria, na época, era só de meninos.
ExcluirRecebi o vídeo de uma palestra de um professor que "toca na ferida" que é o atual ensino brasileiro de forma contundente e mostra verdades óbvias que a sociedade finge que não vê. Ele aborda diversos aspectos que precisam ser "removidos" da realidade brasileira. Enviei para o Hélio e vou enviar para o Luiz para que ele possa manifestar sua opinião aqui no SDR.
ResponderExcluirMeu pai estudou na escola maria ubaldina Furquim em Olímpia e sempre comenta que os estudos eram bem melhores há cinquenta anos atrás, como dito pelo Sr Joel. Contudo, o comentário do Sr Décio (mesmo nome do meu tio) tem sentido. Bom dia
ResponderExcluirGeografia eu sabia muito é de capitais até os anos 80, fora a África, mas depois dos desmembramentos do Leste Europeu e também a parte asiática da URSS, ficou muito difícil, ainda mais que a memória já não é mais a mesma.
ResponderExcluirLatim nunca estudei e francês foi por um ano.
O material escolar da FENAME a gente chamava de MEC, eram vários itens mais baratos e se não me engano tinha um local exclusivo para a venda.
ResponderExcluirAcho que tinha caderno azul também.
Os cadernos FENAME minha mãe comprava numa loja no térreo do prédio do Ministério da Educação, o recém-restaurado Palácio Capanema.
ResponderExcluirNunca aprendi a manejar uma régua de cálculo, o que me deixava deslocado na turma do colégio.
Ô, Luiz, eu não merecia isso de você. É de domínio público e detestado por alguns o fato de que eu "falo" mais do que pobre na chuva. E você deixa um tema desses quicando dentro da grande área, sem goleiro? Arrependei-vos, Luiz!
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ResponderExcluirHoje há assunto para laudas e mais laudas, inclusive a partir dos comentários já feitos. Não vou me fazer de rogado. Mas talvez tenha de interromper por um tempo porque minha esposa quer montar quebra-cabeça no desktop, a partir de um site que tem esse tipo de diversão. Quando for ceder o computador para ela eu avisarei. Após ela liberar o desktop continuarei. Nesse ínterim talvez eu escreva algo pelo pavoroso teclado do celular, que consome muito tempo e gera muitos erros. Talvez.
ResponderExcluirCausa-me espécie a timidez dos ilustres comentaristas, pois o assunto é muito vasto e aberto. Dá para escrever muito sobre ele.
Vamos lá. Estou começando.
REPETIÇÃO DE FRASES ==> Não me lembro de na escola pública onde estudei haver castigo de repetir dezenas de vezes uma frase por motivo de alguma falta durante aula. Comigo mesmo nunca aconteceu; com colegas, não me lembro de ter havido. Talvez na minha escola isso não fosse norma ou simplesmente eu nunca tomei conhecimento desse fato.
ResponderExcluirEm casa o grande castigo eram as intermináveis linhas.
ExcluirCALIGRAFIA ==> nunca tive caderno de caligrafia. Hoje em dia seria totalmente inútil, porque ninguém mais escreve a mão livre. Mas minha mãe e meu padrasto usaram tais cadernos e tinham letra muito bonita. Inclusive eu acabei assimilando o formato de algumas letras e algarismos a partir da convivência com meu padrasto. Já os médicos, hein? Parece que se orgulham da letra incompreensível. Meu urologista é catedrático nisso. Não dá para entender nada do que ele escreve. É preciso guardar de memória o que ele diz ao escrever. Estou nesse momento olhando uma receita dele. Só sei o que é porque me lembro quando ele falou o que prescreveria.
ResponderExcluirA propósito, "bonita caligrafia" é pleonasmo, já que "kalós, kali, kaló" (são três gêneros) em grego significa "bonito". Então "caligrafia" já tem o sentido de "bonita grafia".
TABELA PERIÓDICA ==> durante muito tempo eu tinha como diversão e desafio escrever o nome de todos os elementos químicos dessa tabela. Até hoje lembro o número e nome de muitos deles, alguns totalmente desconhecidos das pessoas normais, como 66 - disprósio, 59 - praseodímio, 60 - neodímio, 43 - tecnécio, e tantos outros.
ResponderExcluirRÉGUA DE CÁLCULO ==> no início da década de 1960 meu tio me deu de presente uma reguinha de cálculo bem simples, sem as partes de trigonometria. Aprendi o básico nela. Foi-me furtada dentro da minha sala de trabalho na VARIG, em 1983. Na faculdade tivemos de comprar uma bem completa, no caso a Aristo Hiperbolog. Eu era bamba no manuseio dela, porque já tinha experiência anterior com a minha reguinha. Ainda tenho a Hiperbolog.
ResponderExcluirAs máquinas de calcular substituíram essas réguas. Mas eu só tive a primeira máquina dessas, bem simples, já por volta de 1975, e só para uso raro e operações básicas. Nunca comprei máquinas mais sofisticadas.
TABELA DE LOGARITMOS ==> isso não foi tocado na postagem. Eu tinha um livro com essa tabela. Aprendi a usá-la e lancei mão dela durante vários anos, para efetuar alguns cálculos em cima de uma coleção que tenho. Ainda me lembro dos logaritmos na base 10 de todos os números de 1 a 10. Exemplos: log 2 = 0,30103; log 3 = 0,47712; log 7 = 0,84510.
ResponderExcluirPara quem não sabe, as réguas de cálculo são desenhadas justamente usando as propriedades dos logaritmos.
SÉRIE DE PERGUNTAS DA POSTAGEM ==> não sei responder a nenhuma delas. A maioria cita nomes completamente desconhecidos para mim.
ResponderExcluirÉ bastante polêmica a necessidade de aprender muita coisa durante o ensino básico. Eu tenho curiosidade em geral, especialmente em matérias científicas ou de geografia. Não me interesso por Filosofia, Religião, Ciências Sociais e outras.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHISTÓRIA E GEOGRAFIA ==> acho importantes essas matérias, mas talvez fosse melhor não serem tão específicas sobre detalhes. Nos EUA, que muitos consideram a meca dos estudos de alta qualidade, é impressionante o desconhecimento do povo sobre ambos os assuntos, até mesmo em relação ao próprio país. Tenho enviado ao Luiz certas imbecilidades incríveis ditas por americanos, como por exemplo que muitos (inclusive houve um exemplo do próprio US Mail) acham que New Mexico é um país, e não um Estado norte-americano.
ResponderExcluirUm outro exemplo foi um cara teimando que a área territorial do Texas era maior do que a da Índia. Sem falar do que acham um absurdo outros países não comemorarem o 4 de Julho e o Dia de Ação de Graças. Num caso, um turista estava na Inglaterra e perguntou por que os ingleses não estavam comemorando o 4 de Julho.
Também é muito comum turistas americanos na Áustria perguntarem onde podem ver cangurus, porque confundem com a Austrália. Há até camisetas austríacas com a frase "No kangoroos here", tal a frequência com que os turistas americanos fazem aquela pergunta.
Você saber a História do mundo é importante, bem como a Geografia do planeta onde vivemos. O difícil é encontrar o ponto de equilíbrio no detalhe a ser estudado.
DISCIPLINA ==> vivemos na fase do "cada um faz o que lhe dá na telha, em nome da liberdade". Falar em disciplina é politicamente incorreto e logo associam a ditadura. Vale a baderna. Na minha época de escola pública (1954 - 1957) os alunos se levantavam e se postavam ao lado da carteira quando o professor entrava em sala. Cumprimentavam-se mutuamente e só depois se sentavam. Ao fim do dia de aula, todos tinham de alinhar as carteiras direitinho, e não era permitido rabiscá-las ou arranhá-las. Ninguém morreu por causa disso nem acusou o professor ou a escola de ser regime ditatorial.
ResponderExcluirOs professores eram respeitados pelos alunos. Hoje, os alunos são respeitados pelos professores. Fazem o que querem e não podem ser chamados à atenção.
No Pedro II todas as turmas formavam no pátio, havia o alinhamento dos alunos (aquela história de estender o braço colocando a mão no ombro do aluno da frente), os inspetores verificavam se tudo estava correto e só então cada turma se encaminhava para sua sala de aula.
O bedel (o mais brabo deles era meu xará, parecia um boxeur e apelidado de Hélio "Marafa"), embora seu nome fosse Hélio Limp, era temido. Uma vez, aguardando a chegada da professora de Desenho Geométrico para aplicar a prova final da terceira série ginasial, ela se atrasou e a turma começou a fazer bagunça.
O Hélio chegou, mandou todos nós formarmos no corredor, "marchamos" até a porta do colégio, pegamos nossas cadernetas e ele deu a ordem "Rua!", estendendo o braço em direção à rua. Saímos todos. Demos sorte que um dos alunos, o Sérgio Salvador, era sobrinho da professora. Ele ligou para ela, explicou o que tinha havido e ela não foi ao colégio aplicar a prova.
DISCIPLINA (2) ==> na escola pública também havia a formatura das turmas antes de entrar em sala de aula. Num dia da semana (não lembro qual, acho que era às quartas-feiras) todos cantávamos o Hino Nacional. Eu, por ser sempre o primeiro aluno da série do ano (só não o fui na terceira série primária) era encarregado de hastear a bandeira. Tinha de usar luvas brancas e ir hasteando o lábaro de forma que ele chegasse ao topo do mastro simultaneamente com o fim do hino. Eu, sempre tímido, detestava essa missão. Talvez venha daí minha ojeriza ao país e a patriotismo.
ResponderExcluirPara minha raiva, no CPOR isso se repetiu. Eu era o porta-bandeira, por ter sido o primeiro colocado no chamado Período Básico.
LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NO ENSINO ==> no Pedro II tive dois anos de Latim e três ou quatro de Francês e Inglês. Sentia muita dificuldade em Latim, porque eu não manjava bulhufas de Análise Sintática. Hoje lamento, pois acho que sendo o português derivado do Latim, seria importante conhecer mais sobre nossa origem linguística.
ResponderExcluirSó vim a dominar Análise Sintática quando fiz um curso preparatório para um concurso público. Aí virei bamba no assunto. Mas já era tarde em relação ao Latim.
Caligrafia era obrigatória no Admissão do Santo Inácio. Havia os cadernos para preencher, mas havia liberalidade na forma de escrever. No Sacré-Coeur de Jesus, da minha irmã, todas as alunas escreviam absolutamente igual.
ResponderExcluirComo a maioria dos comentaristas até agora considerou as perguntas difíceis é uma prova de que eram idiotas. E são absolutamente verdadeiras, pois foram copiadas de provas.
A disciplina era férreas. Silêncio absoluto durante as aulas, filas rígidas, apitos para encerrar recreio, para formar a fila, para ficar em silêncio. O caminho para a sala era pelos dois lados do corredor, junto às paredes, parando em cada "cruzamento" com outro corredor. Era preciso esperar um "adiante" para "cruzar" o outro corredor.
O paletó só podia ser tirado se a temperatura estivesse acima de 30ºC. Rezar o terço todo dia antes da primeira aula. Missa obrigatória aos domingos às 8 horas com uniforme de gala.
Quanto à religião, acho que menos de 20% dos colegas a praticamos (silepse de pessoa, aprendi com o Helio ser este o nome desta figura) hoje em dia.
Era ruim, mas era bom.
Acho um desrespeito total a atitude dos médicos que escrevem com letra ilegível, bem como os que usualmente atrasam o horário da consulta por horas. Quanto a isto entendo que, excepcionalmente, podem ocorrer atrasos, mas os que sempre atendem fora do horário desrespeitam muito os clientes. Por várias vezes já fui embora devido ao atraso, para espanto das secretárias dos consultórios.
ResponderExcluirParabéns pela sua consciência profissional, pois a maioria dos médicos aviam suas prescrições em "caracteres cuneiformes' em um flagrante desrespeito ao cliente. A questão de viverem em fusos horários diferentes dos clientes é um outro absurdo. Mais de uma vez fui desagradável com secretárias de médicos em razão de recorrentes atrasos.
ExcluirFRANCÊS E INGLÊS ==> acho o Francês a língua mais eufônica, dentro das que tenho conhecimento por ouvir, inclusive nos vários CD's que gravo com canções de dezenas de países com idiomas diferentes. Da Europa, tenho de todos os países, inclusive Letônia, Lituânia, Estônia, Albânia, Bulgária, além do irlandês. Tenho uma simpatia muito grande pelo Francês e certa facilidade de entendê-lo escrito, embora só tenha tido poucas aulas desse idioma fora do colégio. Quanto ao inglês, abomino mas infelizmente ele é necessário, inclusive na minha profissão (antes de me aposentar). Sobre o Alemão já comentei muito aqui. Senti atração por ele por volta dos 10 anos de idade, sem nunca haver conhecido nenhuma pessoa que o falasse. Não sei explicar o motivo disso.
ResponderExcluirBom, acho que escrevi bastante. Agora vou ceder o computador para minha esposa. Talvez volte mais tarde.
ResponderExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirHélio 13h01. Não posso deixar de mencionar o que aconteceu comigo. Quando fiz intercâmbio, na minha escola havia o juramento à bandeira todos os dias, antes da primeira aula. Meus colegas ficavam em pé, voltados para a bandeira e com a mão no peito. Em sinal de respeito, eu também ficava em pé. Um dia, uma colega me perguntou por que eu não fazia o juramento. Inacreditável, não é?
Realmente. Imagino que isso era nos EUA. Aqui só tem juramento à bandeira nas Forças Armadas.
ExcluirA propósito, lá por volta de 1993 minha filha estudava no Curso ADN, no Méier. Um dia teve uma festa, não lembro qual. No início foi tocado o Hino Nacional. Todos os presentes se levantaram, muitos com a mão no peito. Eu fui o único que permaneci sentado, indiferente. Minha ex reclamou, mas não lhe dei atenção. Não tenho respeito por nada relativo ao Brasil.
É por aí. O Brasil é um país que atualmente não merece nenhum respeito, pois respeito "é uma via de mão dupla".
ExcluirO latim caiu "em desuso" após o Concílio Vaticano II que desobrigou as missas serem celebradas naquele idioma.
ResponderExcluirA decoreba em algumas matérias eram alvo de piadas, como no livro "O Gênio do Crime" do final dos anos 60, onde um personagem fazia um time de futebol com os afluentes do Rio Amazonas. Os da margem esquerda e os da direita...
Não peguei a fase da régua de cálculo (quase todos tinham calculadoras HP ou Texas Instruments) mas usei tábua de logaritmo. Ainda tenho um livro da Coleção Schaum com fórmulas matemáticas. Nas aulas de lógica digital, usávamos mapas de Karnaugh.
O Joel vive falando que a má qualidade do ensino brasileiro é culpa do Paulo Freire. Então acho que ele andou influenciando também o ensino nos EUA. Porque é tanta besteira que leio em determinado site que visito diariamente! Lembro sempre do Joel.
ResponderExcluirUma das que lembrei agora foi uma americana conversando com um asiático do Hemisfério Sul. Ele estava dizendo que na terra dele a temperatura em julho anda por volta de 1 grau abaixo de zero. A americana estranhou e travou-se um diálogo mais ou menos assim:
- Caramba, que verão estranho o de vocês, com temperatura tão baixa.
- Não, lá na minha terra em julho é inverno.
- Como assim?
Aí o cara explica a forma da Terra, fala sobre os hemisférios, etc, e a americana finaliza:
- Pensei que julho fosse verão no mundo todo.
Hélio, eu sou apenas um dos milhões de brasileiros que a atribuem a Paulo Freire a culpa pelo funesto desempenho do ensino brasileiro nos últimos 30 anos. Mas há que o venere...
ExcluirSeria coincidência o ensino ir ladeira abaixo na mesma época em que começaram a aparecer "excelências" ligadas ao ramo educacional? Falam de ensino privado como algo maravilhoso, mas a realidade é que com raras e específicas exceções isso é mentira. Vale em muitos casos o "pagou, passou...".
ResponderExcluirFF: foi ao ar reportagem no RJ2 sobre o assunto.
Excluirhttps://diariodorio.com/justica-autoriza-retomada-das-obras-de-revitalizacao-do-jardim-de-alah/
Acho que a qualidade do ensino foi para o brejo a partir do momento em que se tornou um negócio extremamente lucrativo, tal como aconteceu com a Saúde. O Estado tirou o corpo fora e entregou o ouro aos bandidos. Em ambos os campos de atuação. Aí houve a junção de falta de verbas, corrupção, ideologia, descontrole, permissividade, falta de disciplina, afrouxamento dos critérios de aprovação e mensuração do sucesso do aprendizado, violência impune entre os alunos, pais se achando com autoridade sobre o corpo docente, etc, etc, etc, etc, etc. O resultado é essa tragédia interminável e inesgotável.
ExcluirNo caso de bullying, por exemplo, eu seria extremamente rigoroso. Seria criado um cadastro nacional de autores de bullying. Na ocorrência de um desses eventos, os autores seriam cadastrados e imediatamente expulsos da escola. E não poderiam ingressar em mais nenhum estabelecimento de ensino público, em todo o país.
ExcluirPara garantir o cumprimento da regra, ao ser aceita a matrícula de um aluno, seria obrigatória a consulta ao referido cadastro e o resultado teria de ser impresso e anexado à ficha de matrícula. Se posteriormente fosse constatado que o aluno constava do cadastro na época da matrícula, ele seria imediatamente expulso e o responsável pela matrícula seria demitido por justa causa.
O cadastro também abrangeria agressores de professores ou de funcionários da escola, além dos que destroem equipamentos como carteiras, mesas, armários, etc. A punição seria a mesma, além de processo de indenização ou danos morais a serem pagos pelos pais ou responsáveis. No caso de agressão, abertura de B.O. para encaminhamento do valentão à FEBEM ou equivalente. Ou para o Conselho Tutelar, com possibilidade de retirada da paternidade.
ExcluirE no caso de bulllying também incluiria os eventos ocorridos fora da escola, ou seja, nas suas imediações.
A baderna em que se encontra o país é fruto de leniência e de falta de punições rigorosas.
ExcluirHélio (17/05 - 22:45) - colocar apelidos ou bullying eu estava frito contigo, pois sempre coloquei apelido nos outros na escola, na faculdade, no trabalho, na rua onde morava, lembro que na fábrica quando entrava algum novo funcionário, logo aparecia outro funcionário na minha sala e perguntava fulano já tem apelido?
ExcluirGostava de colocar apelidos com as características das pessoas, alguns ficaram famosos, como:
Luar do Sertão, Travesseiro de P**a, Fronha, Alto Falante, Marionete.
Do time de cachaceiros que trabalharam comigo, tinha alguns como: Bafo de Onça, Brasinha, Brasão, Dois dedos, Caipirinha, Passa a Régua, Pudim e outros já esqueci.
E para quem acha que punição não adianta, recomendo ir até o Irã, pegar uma garrafa de cerveja e sair pelas ruas bebendo-a pelo gargalo. Depois de ser devidamente preso e cumprir a pena, duvido que ao sair vá repetir o fato.
ResponderExcluirO mesmo na Arábia Saudita ou em outros países islâmicos: ao cruzar com uma mulher casada, diga-lhe uma piada pesada. Depois de sair da cadeia, repita o gracejo. Duvido que o fará.
E naqueles países onde se amputa a mão de ladrão, vá roubar mercadoria num bazar.
Nesses países a mulher é pouco mais do que um objeto.
ExcluirE se você que não acredita na eficácia de punição dura for mulher, vista um short bem curto e entre numa mesquita durante a hora das preces diárias. Depois de voltar da punição, prove sua tese repetindo o ato.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHá vários países onde bazares possuem inúmeros boxes repletos de colares, cordões, pulseiras e outros objetos de ouro. Expostos livremente, sem vidros, sem câmeras de segurança, sem guardas vigiando. E ninguém rouba. Será porque eles não gostam de ouro? Só pode ser esta a explicação. Ou não?
ResponderExcluirAh, tive uma boa ideia: compre um cão no Afeganistão e batize-o como Maomé. Passeie com ele pelas ruas chamando-o frequentemente em alto e bom som pelo nome.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluir** Gostando ou não gostando do país manter uma atitude respeitosa ao se ouvir o hino é obrigatório.
ResponderExcluir** As punições são essenciais para coibir atitudes criminosas.
** As teorias de Paulo Freire são ignoradas neste país há décadas. Aqui no Brasil só interessa às classes dominantes manter o povão na ignorância.
** Tolerância zero para o bullying. O resultado costuma ser catastrófico para as vítimas.
** Pronto, falei.
** Bom domingo a todos.
O comentário do Hélio aos 47 minutos é um exemplo "acachapante" do respeito ao patrimônio alheio. No Brasil os crimes contra o patrimônio são "relativizados" com o objetivo de criar insegurança para a população, sendo mais um passo no sentido de abolir a propriedade privada, conforme conforme consta dos manuais de alguns partidos de esquerda no Brasil. O MST é uma "facção" integrante "não oficial" do atual governo que atualmente abertamente sem que haja repressão ou criminalização de suas atividades, tendo inclusive representantes que por vezes acompanham o atual mandatário em viagens oficiais. São fatos irretotorquiveis e que são de conhecimento geral. As penas previstas para furto, estelionato, receptação, e apropriação indébita no Brasil, são ridículas e não prevêem encarceramento, e nos casos de roubo, extorsão, extorsão mediante sequestro, e latrocínio, cujas penas são severas, muitas vezes os criminosos são soltos em audiências de custódia ou em decisões esdrúxulas ou mesmo suspeitas por um judiciário cujos membros são em grande parte doutrinados por teorias marxistas. Enquanto isso muita gente faz "cara de paisagem" e finge que não vê, seja por concordar com essa realidade ou mesmo por "fimose intelectual" . E antes que algum "anônimo" saia da penumbra para criticar meu comentário, que fique bem claro que ele é baseado em fatos, e "contra fatos não há argumentos!"
ResponderExcluiratua abertamente
Excluir** Esqueci de criticar o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Todos numa lama sem igual, cada um pior que o outro. Quando se acha que chegamos ao fundo do poço surge algo ainda pior.
ResponderExcluirEm tempo: parabéns para o Zenon pelo seu comentário das 08:57, mostrando que "ainda há gente sensata neste Brasil!"
ResponderExcluir"Contra fatos, não há argumentos"
ResponderExcluirQue "fatos", aqueles recheados de falácias, sectarismo, ideologia e pretensa superioridade intelectual?
"Tava demorando!" Mas vais ficar "se rasgando", pois o recado está dado!
ExcluirFica a dúvida se você é mesmo "Pensante ou defecante" (de idéias).
ExcluirNão esquenta, Joel. O Pensante deve morar na Finlândia, desconhece totalmente o que se passa no Brasil.
ExcluirEu não tenho o hábito comentar no Saudades do Rio por não me sentir à vontade, mas leio os comentários diariamente porque acho o blog uma grande fonte de conhecimentos.
ResponderExcluirAnônimo, assim como você, tanto aprendo aqui diariamente quanto sinto receio de comentar, isto que frequento o espaço há mais de uma década, talvez duas.
ResponderExcluirDediquei os últimos 40 anos de minha vida ao trabalho (quase 41), sem férias ou distração (salvo, acreditem, a faculdade), mas não é o foco de meu comentário.
Há poucos dias, descobri o significado da palavra "empatia", tão falada no tempo presente.
Hoje, acabo de aprender o significado de "proselitismo" e pedindo licença a Fellini, me despeço citando uma obra sua.
E la nave va...
Medo de comentar por que? Os comentários não só permitem a troca de opiniões -polêmicas ou não - como enriquecem a postagem e servem de escada para outros assuntos. Ninguém aqui é bicho-papão. E se não quiser se identificar, sempre pode comentar como Anônimo ou com um nome inventado.
ResponderExcluirSe a pena a ser aplicada não causa medo ao infrator, ela será outras vezes cometidas. Porquê nas comunidades não ocorrem os delitos comumente observados fora de lá?
ResponderExcluirQual a pena que seria aplicada ao caixa da boca de fumo se desviasse dinheiro?
Que pena receberia um membro da quadrilha se tentasse estuprar a mulher do chefe?
Que pena receberia um membro da quadrilha se recebesse dinheiro de outra quadrilha para passar informações da sua própria quadrilha?
Por isso sou a favor da pena de morte para crimes, de corrupção, assassinatos, tráfico de drogas, estupro e outos crimes hediondos.
Nos casos de prisão em flagrante, com filmagem do criminoso praticando o crime, ao invés de audiência de custódia, era direto paredão, sem necessidade de julgamento.
Concordo plenamente, Lino. Pena eficaz é a que inibe o criminoso de praticar novamente a infração. O resto é água com açúcar. As leis deveriam proteger a sociedade e não o criminoso. Mas aqui no Brasil ocorre o inverso: as leis são feitas visando proteger o criminoso.
ExcluirÉ ilusão achar que o autor de certas modalidades de crime pode se regenerar. Em alguns casos, a ciência já descobriu que isso nunca ocorrerá, como ocorre com estupradores, pedófilos e psicopatas. Você pode prendê-los durante anos e quando eles saírem vão fazer exatamente a mesma coisa. Então qual o motivo para a sociedade gastar dinheiro mantendo-os presos?
Em outros casos, o sujeito vai voltar a delinquir porque não lhe será permitido agir de outra forma, como ocorre com membros de facções criminosas. Quando ele sai da cadeia é obrigado a continuar na facção, ou então será morto.
Já em outros casos o criminoso ganha muito mais continuando no seu métier do que ganharia com alguma profissão honesta. Isso se aplica a estelionatários, a ladrões de celular ou de carros, a golpistas em geral.
Seja um ladrão de carros que roube apenas um por semana, vendendo-o por 3 mil reais. É mais ou menos o padrão, embora possa ser ainda mais dependendo do modelo do veículo. Em um mês ele embolsará 12 mil reais, livres de INSS, de IR, etc. Dinheiro limpinho na mão. Qual profissão você ensinará a ele dentro de um presídio que lhe proporcionará uma renda dessas? Nenhuma. Então ele vai sair e continuar a roubar carros. Idem ladrões de celular, que roubam mais de um por dia.
E você tocou num ponto em que venho batendo na tecla há tempos: hoje há inúmeros meios de provar a autoria de um crime. Há câmeras de segurança, softwares de reconhecimento facial, etc. Imagine um ladrão que pratique uma saidinha de banco filmada por câmeras. Ele é perseguido e preso logo após o crime. Precisa de tanta burocracia para julgá-lo? Bastaria a Justiça olhar o vídeo das câmeras e fim de papo. Nem adianta ter advogado de defesa. Vai alegar o quê? Que era uma pegadinha, ou um trecho de filme que ele estava fazendo, ou uma brincadeira de moleque?
ExcluirDeveria haver tribunais específicos para esses crimes dos quais não resta a menor dúvida de quem foi o autor. Justiça com rito sumário sumaríssimo ultrarrápido acelerado imediato. O juiz vê o vídeo e já dá a sentença. Precisa de tanta burocracia, tantos depoimentos, tanto vai e vem, tantos recursos, tantas alegações fantasiosas?
E aí vem o chamado tribunal do crime. O sujeito pisou na bola dentro da comunidade, é logo levado ao tribunal e julgado. Sem mais delongas. Se não morrer, ou vai se mandar para outro lugar ou nunca mais vai repetir o que fez. Justiça eficaz.
ExcluirUma pessoa que conheço mora perto de uma favela. Houve uma tentativa de assalto com ela, porém ela resistiu e o ladrão não conseguiu seu intento. Ela descreveu o cara para uma pessoa influente da comunidade (não é bandido). Este falou com a rapaziada gente fina. O ladrão havia descumprido uma ordem de não assaltar na área. Foi levado ao tribunal do crime e executado (desculpe, agora o termo politicamente correto é "neutralizado"). Isso é justiça eficaz.
Um caso ocorrido aqui onde moro, há alguns anos: um casal de nordestinos morava no sopé do morro São João, dominado pelo CV. O cara costumava chegar bêbado em casa e espancar a mulher, que não se queixava de nada. Porém uma vizinha se cansou de ouvir o espancamento e denunciou o sujeito à rapaziada gente fina. Um emissário do presidente do morro foi enviado à casa do espancador e levou-o à força lá para o tribunal. Ele levou uma boa surra de pau e lhe ordenaram que não mais espancasse a esposa.
ResponderExcluirEle obedeceu durante algum tempo, porém voltou a bater nela. Foi novamente levado ao tribunal e morto a pancadas.
A esposa retornou para sua cidade no Nordeste. Justiça eficaz. Se fosse se queixar à Polícia, o marido não iria obedecer às restrições e ela estava arriscada a ser morta, como ocorre a três por dois nesses casos da ineficaz Lei Maria da Penha, que é só para inglês ver.
E ainda tem a vantagem de cumprir 1/6 da pena e passar para regime aberto.
ResponderExcluirEstá tudo errado mesmo.
Pois é. Lei visando o bandido. Que sairá dali e cometerá o mesmo crime novamente.
ExcluirQuanto ao comentário do desconhecido das 18:06h, ele tem razão. Se alguém escrever algo estritamente sobre a postagem do dia, não há motivo para temer, porque não haverá discordâncias, pelo menos que levem a discussões acaloradas. Isso só ocorre quando o assunto do qual se está falando é política ou o dia-a-dia infernal que vivemos. Embora este se deva à política, pois ambos estão imbricados.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO Sílvio tocou num ponto importante, a empatia. Sobre isso tenho muito a discorrer, mas como a essa hora praticamente ninguém mais entra no SDR, vou adiar o caso para outra ocasião, pois meu desejo é deixar bem claro minha opinião a respeito. Para que não restem dúvidas.
ResponderExcluirCheguei em casa agora, e após ler os comentários, em especial o de 16:40 do Sílvio, acrescento o seguinte: Alvíssaras! Já não era sem tempo de um número maior de comentaristas deste Blog dar sinais de que adquiriu uma real consciência da realidade política em que vivemos e se manifestar de forma clara e objetiva. Aqueles que se manifestavam de forma anônima apenas para criticar idéias e comentários contrários às suas inclinações morais e políticas, diminuiram drasticamente suas inconvenientes participações. Percebo que pontos de vista antes defendidos apenas por mim e depois pelo Hélio, passaram a ser defendidos também por outros comentaristas, ainda que de forma tímida, evidenciando que "não estou só em minha Cruzada por tempos menos vermelhos".
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