O
tema hoje é o Silvestre, em Santa Teresa. Vemos o Restaurante Silvestre e os
bondes que atendiam a região. Esperamos os comentários de diversos
especialistas moradores da área sobre todas estas fotos.
Os
bondes eram da Companhia Ferro-Carril Carioca que, no início dos anos 50, tinha
as seguintes linhas:
Silvestre
- Largo da Carioca, Santo Antonio, Viaduto Joaquim Murtinho, Rua Almirante
Alexandrino até estação Silvestre.
Paula
Matos – Largo da Carioca, Santo Antonio, Viaduto Joaquim Murtinho, Rua
Almirante Alexandrino, Mauá, Monte Alegre, Oriente, Progresso, Largo das Neves
e Paula Matos.
França
– Largo da Carioca, Santo Antonio, Viaduto Joaquim Murtinho, Rua Almirante
Alexandrino, Largo França.
Lagoinha
– Largo Carioca até Rua Almirante Alexandrino.
Boa
parte das fotos são do Acervo do Correio da Manhã, do início dos anos 70, numa
reportagem sobre a desativação do bonde Silvestre nos anos 60.
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Poderia ser um "point" movimentado, com bondes circulando, restaurante funcionando, e toda a atividade que decorre de seu funcionamento. Com uma rede ativa que contava com 35 bondes, muitos com reboques, devidamente integrado com o trem, tinha tudo para se transformar em um dos pontos turísticos mais concorridos do Rio, mas...
ResponderExcluirConheço pouco de Santa Teresa para fazer comentários.
ResponderExcluirOs bondes atualmente vão só Silvestre? Ali se pode pegar o trem para o Corcovado, não?
Na foto com a placa avisando para ter cuidado com os bondes aqui no celular não vejo trilhos. É porque já tinham sido retirados ou a imagem está ruim?
A linha em operação funciona no ramal Silvestre, até uns 300 metros acima do Largo do Guimarães. O trecho acima está em final de colocação dos trilhos até o Largo do França (mais uns 2 quilômetros). Ainda falta a rede aérea, mas acredito que em outubro possa estar em operação.
ExcluirA foto em que aparece a placa é de 1970. Tiraram os trilhos, mas a placa ficou...
Corrigindo: os bondes atualmente vão ao Silvestre?
ResponderExcluirEsta é a minha praia, embora eu morasse nos anos 50 (e ainda more, ao contrário do mineiro WHM) no ramal do Paula Mattos. Na descrição dos itinerários, falta uma vírgula entre o que é até hoje o Viadutos (dos Arcos) e a Rua Joaquim Murtinho.
ResponderExcluirNão cheguei a ver a bela construção sobre os trilhos da primeira foto. Quando eu passei a frequentar o Silvestre, ponto turístico comum aos moradores de Santa Teresa (fossem ao Silvestre, à fonte do Chororó, ou ao Raposo Lopes nadar), o fim da linha era a construção com arcos, junto ao trilho do Corcovado (fotos 2 e 4) e que servia como bar e venda de passagens para o trenzinho, que parava na plataforma visível na foto 4, acessível por aquela escada à direita.
Na foto 5, o trenzinho tal como eu conheci, aberto, com portas para cada fileira de bancos e verde, como todos os bondes. Nessa foto, o viaduto deve ser o próximo à estação, lindo, todo em ferro preto e em curva. Está lá. A visão do viaduto por baixo, na Ladeira do Ascurra, é impactante de tanta beleza, pois tudo é a floresta, menos a rua e o viaduto.
Na foto 6, um Chrysler Esplanada, de 1968, passa na Rua Almirante Alexandrino já sem os trilhos. Parece ser logo antes do final da rua.
Na foto 7, o ônibus da CTC, notem como é curto, embora tivesse a mesma traseira (e a mesma frente) do Mercedes monobloco. Tinha a distância entre-eixos reduzida para fazer melhor as curvas. Está parado no Largo do Guimarães, onde é a divisão dos ramais Silvestre (e pontos do França, Lagoinha e Dois Irmãos) e Paula Mattos.
Na foto 8, trecho em obras da Rua Almirante Alexandrino, com a Rua Felício dos Santos à esquerda e a muralha e as casas da Rua do Aqueduto à direita. Hoje esta muralha é pintada de ponta a ponta com grafiti bem trabalhados.
A foto 3 não sei onde é, possivelmente o desnível entre os trilhos já estivesse zerado nos anos 50.
Boas lembranças!
As coisas começaram a desandar em 1966, por ocasião do temporal ocorrido em Janeiro. Negrão de Lima tinha algo em comum com Lacerda: A remoção de favelas e o ódio aos bondes e Trolley-bus. Em Janeiro de 66 foram desativados os ramais do Silvestre e da Francisco Muratori. Além disso, todos os reboques foram destruídos. Além disso, os trilhos foram cobertos com com asfalto ou arrancados entre os Dois Irmãos e o Silvestre. Quanto ao Hotel Silvestre, o abandono, o descaso, as favelas da região, e o tráfico, fizeram o resto do serviço
ResponderExcluirSó andei nesse modelo de trenzinho do Corcovado da foto 5. Nos anos 60. Levei uns 40 anos para voltar a visitar o Cristo, mas fui de carro.
ResponderExcluirLembro bem da campanha de lançamento do Esplanada e achava o carro o máximo na época. Eu tinha 10 anos de idade e achava que a prestação anunciada não era tão alta, porém meu pai explicou que não era bem assim.
Bom Dia! Este modelo de ônibus é conhecido pelos busólogos como "tatuzinho".Foi usado pela CTC nas linhas de Sta Teresa.Algumas Empresas também fizeram uso deste modelo,destaque para a Mathias na linha 606.
ResponderExcluirA E.F.Corcovado foi inaugurada em 1884 e o sistema de tração Richembach era semelhante ao utilizado na E.F. Príncipe do Grão Pará, inaugurada no ano anterior. Foi a primeira estrada de ferro eletrificada no Brasil, já em 1910. Como curiosidade, esse sistema de cremalheira era o mesmo utilizado pela E.F. Teresópolis, da Central do Brasil. Já para a serra de Nova Friburgo era utilizado o sistema Fell, cuja característica era o uso de rodas dentadas horizontais, enquanto no sistema Richembach as rodas dentadas da cremalheira eram verticais.
ResponderExcluirSabia que nossos especialistas iriam dar um "show". E ainda faltam alguns que conhecem bem a região.
ResponderExcluirObrigado a todos.
Na década de 1950 ou início da 1960 eu e minha família fizemos um passeio até o Corcovado. Pegamos o bonde na Tijuca até o Largo da Carioca, embarcamos no bondinho de Santa Teresa até o Silvestre, saltamos e subimos pela linha do trem do Corcovado. Quando um deles vinha, saímos para a borda e o deixávamos passar.
ResponderExcluirTodo ano havia um passeio a pé saindo do terreno do Colégio Santo Inácio, passando pelo alto da favela Dona Marta e indo até o Corcovado. Fiz duas ou três vezes.
ExcluirJá em 2009, um namorado da minha filha veio de São Paulo para conhecer o Rio. Resolvemos levá-lo até Santa Teresa. Pegamos o bondinho e subimos até o fim da linha. Na volta, começou um tremendo tiroteio. Os passageiros ficaram encurralados dentro do bondinho, sem saber o que fazer. O motorneiro parou o bonde entre dois prédios, por segurança, e chamou pelo celular a estação da Carioca avisando o que estava havendo. Quando o tiroteio cessou, o motorneiro continuou a viagem, mas tudo recomeçou e ele parou novamente o bondinho. Aí passou por nós uma viatura da PM subindo a rua e o tiroteio cessou novamente. O motorneiro então levou o bonde até a Carioca. Foi um ótimo "bem-vindo" ao namorado da minha filha.
ResponderExcluirÔ Hélio, isto está parecendo de encomenda... Não queria deixar sua filha namorar com o paulista???
ExcluirAcabou não dando em nada o namoro. Mas não foi por causa do tiroteio.
ExcluirEm 1998 o governador Marcello Alencar restaurou a rede elétrica e a via permanente do ramal da Francisco Muratori, deixando-o operacional e pronto para uso. Mas as "forças não tão ocultas" impediram seu funcionamento, que acabou funcionando de forma tênue e esparsa por alguns meses em 2016, após o desastre de 2011. Curiosamente, a propaganda eleitoral mostra diariamente o "crápula" responsável por essa e muitas outras tragédias pedindo voto aos incautos para se reeleger para a câmara federal. Acredito que haja uma profunda renovação no poder legislativo e esse cidadão não se reeleja e seja apanhado pela Lava-jato e vá mofar na cadeia. Como ele, outros como Pezão, Dornelles, e 70% dos políticos terão o mesmo fim. Depois de 07 de Outubro, a agitação politica crescerá de forma alucinante. Quem viver verá...
ResponderExcluirSó estive na região umas 2 x.Resta ficar aprendendo...
ResponderExcluirEsse comentário é fora de foco. Morreu hoje Mr.Catra, cantor de funk, 50 anos de idade, vítima de câncer no estômago. Seria "mais um", mas ao contrário do que muitos aqui pensam, era formado em Direito e falava quatro línguas. E o que chamava atenção era a sua quantidade de filhos:32! Era "judeu salomônico" e baseado nessa crença tinha 3 mulheres. Era um homem com bom trânsito em toas as "tribos" musicais". Tem o nosso respeito.
ResponderExcluirEsta semana tem mata-mata com o Coringa que está apanhando feito bode velho mas que vai botar banca e azucrinar a vida deste time que continua perdido e sem direção.Sabado ganhou no vai da valsa contra um adversário que também está devendo e não jogou nada de diferente.Estou afirmando novamente que o Mosquito sem pilha está engasgado com suas teorias e na pratica o time está parado.Não consegue descobrir quem é o centro avante e o ataque de riso não faz mal a ninguém.Continuo injuriado.
ResponderExcluirNa foto 6 a escada à esquerda dá acesso à Rua Guararapes.
ResponderExcluirMuito bem restou pouco para comentar mas vou tentar:
ResponderExcluirFui uma vez ao corcovado com meu pai mãe e irmã saindo da Tijuca da rua Visconde de Figueiredo até um hotel de onde o bondinho saía e subia uma ladeira do morro de Santo Antonio (se não me engano) até o Silvestre e embarcamos no bonde de cremalheira até o Cristo quando não existia a escada rolante,
Anos depois levei minhas afilhadas ao Corcovado pegando ja o novo bonde (vermelho) no Cosme Velho. Quanto a rua Muratori o trajeto que agora beira o meio fio era feito em zig zag pelo antigo bondinho;
Sim, é verdade. O trajeto fazia curvas e no ponto mais alto virava à direita. O trajeto foi todo retificado. Já que estamos no assunto bonde, tenho cá comigo que se Eduardo Paes se eleger governador, o sistema de Santa Teresa vai deslanchar. Paes pode ser tudo menos burro. Não fez feio na Prefeitura e sua gestão foi na na maioria dos setores. A política é "a arte de fazer alianças" e isso ele o fez com maestria. Jamais poderia "bater de frente" com Lula, Dilma, e Cabral, pois isso seria catastrófico. Cabral e Lula acabaram presos e desmascarados, mas nada foi provado contra Paes. A Prefeitura do Rio foi entregue à Crivella superavitária e bem aparelhada. Foi somente no segundo ano da gestão Crivella é que o suposto "rombo" apareceu. Também não para menos, essa gente da Universal é como o gafanhoto: Não fica "nem o osso". Não sou cabo eleitoral de Paes mas se compararmos com Romarios, os índios, os Garotinhos, ou com os Tarcísios (ui!), não há comparação...
ExcluirO secretário de transporte da época do desastre do bonde em 2011 sempre teve campanhas eleitorais muito ricas, igual ao Eduardo Cunha (este pegaram). Em troca dessas verbas de campanha, muitos candidatos a deputado estadual apoiam o candidato a deputado federal cuja caixa (1 e 2) anda sempre cheia. Isso faz pingar voto de todo o estado, fortificando a votação de seus redutos.
ResponderExcluirPor essas e outras não votar em ninguém só ajuda a quem tem "curral" eleitoral e dinheiro para pagar muitos cabos eleitorais. Eles devem morrer de rir da redução do coeficiente eleitoral nas eleições para deputado, federal e estadual, e para vereador.
Concordo com essas colocações sobre o Paes. Acho que mostrou ser bom administrador, ter boas idéias para a cidade e conhecedor das necessidades da capital e do Estado.
ResponderExcluirImpressionante como as coisas vão se degradando com o tempo. Hoje existem poucos registros dessa época e a ocupação desordenada veio por uma pá no ambiente bucólico que emoldura as fotos. A foto 6 me lembra os passeios que o Menezão fazia nos finais de semana com os filhos que sua maioria era pela Floresta da Tijuca e adjacências. O que ficou até hoje foi o cheiro de jaca madura que existia em abundância pela Floresta.
ResponderExcluir"Boa noite"
ResponderExcluirPovo do RJ deve ser masoquista para querer manter a quadrilha eleita em 2006. Versão "Rouba mas faz" de 2018.
Cabral, Picciani, Cunha e respectivas proles apoiando o mesmo candidato, assim como o secretário assassino, Roberto Jeferson (e prole) e assim como a família Sveiter, com um componente como suplente de senador, em contagem regressiva para ganhar foro privilegiado, já contando com o titular eleito ganhando cargo a partir de janeiro.
O maior erro do atual prefeito foi não ter feito a transição e denunciado as bombas de efeito retardado deixadas pelo antecessor.
Uma delas foi assumir DOIS hospitais da rede estadual no ano da eleição para prefeito sem ter previsão orçamentária para isso. Erro do atual prefeito foi não ter devolvido no início de 2017.
Em tempo: Não que as outras opções sejam uma maravilha mas tem coisa "menos pior"...
Duvido muito que os bondes de Santa voltem a circular com 35 carros e em todo o trajeto. O lobby dos onibus é muito influente.
ResponderExcluirEssa estatística era do final dos anos 50. Após as enchentes de 66, do reboques não voltaram a circular e foram gradativamente destruídos. Uma perda inestimável. Os bonés de Campos e de Niterói foram igualmente destruídos.
ExcluirMaldito corretor automático!
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