Nesta
foto em P&B do Arpoador, de 1959, vemos as pranchas de surfe da época, encostadas
na parede do Posto 7 e, ao fundo, a estação rádio-telegráfica.
As
primeiras pranchas eram enormes, de bico quadrado, com dois metros de
comprimento e pesavam trinta quilos - isto por volta de 1947, quando apareceram
no Rio. Em 1955 apareceu a primeira prancha de fibra de vidro, o que permitiu
que se parasse de surfar de peito ou de joelhos, passando-se a surfar de pé. Em
1964 apareceu uma prancha menor, de poliuretano revestido de fibra de vidro,
pesando cerca de cinco quilos - foi a explosão do surfe no Rio.
As
fotos coloridas, da Manchete, mostram o campeonato de surfe organizado por
Arduíno Colasanti, um ídolo da Ipanema dos anos 50 e 60. Ator, praticante de
caça submarina e de surfe, Arduíno era o galã das areias daquela époco.
Neste
torneio, do início dos anos 60, Fernanda Guerra ganhou a categoria feminina e,
na masculina, Roberto Lustosa ganhou na categoria de Juniors enquanto Alexandre
Bastos venceu a categoria Seniors.
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Uma prancha com 30 quilos deveria ser um espanto.Nunca consegui entender a marcação d pontos para as manobras realizadas...Este Arduino parece que era italiano e andou namorando mulheres muito badaladas como Leila Diniz e Sônia Braga.
ResponderExcluirE Diana Azambuja também... a mais bela modelo da época !
ExcluirNa próxima encarnação gostaria de ser surfista...
ResponderExcluirPS: internet continua instável por aqui.
Bom dia a todos. Pode-se observar nas fotos que não havia ninguém gordo naquela época. Acho um esporte muito bonito, e nos dias de hoje com as manobras cada vez mais radicais, como os aéreos se tornou mais espetacular ainda.
ResponderExcluirNão havia quase ninguem gordo naqueles tempos... nem o Jo Soares!!!
ExcluirPode observar fotos das pessoas nas ruas naquelas épocas... dou um doce pra quem achar um gordo na foto
Nunca vi um surfista gordo. Deve ser difícil se equilibrar. Uma outra curiosidade: Também nunca vi um surfista "caucasiano", muito menos com cabelo parafinado. São certas atividades compatíveis com o DNA. Em contrapartida eu também nunca vi um "maratonista das savanas" louro e de olhos azuis. Cada um "com o seu cada um"
ResponderExcluirGordo mesmo naquela epoca, não havia nenhum mesmo
ExcluirHavia algumas piadas dizendo que levavam as portas de casa para a praia...
ResponderExcluirOntem o sinal na NET ficou fora parte da tarde e instável à noite. Pelo menos tenho um "backup" da Vivo, que estou usando no momento.
FF: o Decourt deu as caras ontem na seção de leitores do Globo. Infelizmente o seu site parece estar abandonado.
Conheci o Arduíno no Arpoador. Ele nasceu na Eritréia, colônia italiana na África. Ele própria dizia isso, mas a Wikipédia diz que nasceu na Itália.
ResponderExcluirÉ verdade, nasceu na cidade de Asmara, capital da antiga África Oriental italiana, atual Eritréia. Foi para a Itália com poucos anos de vida, tendo a família emigrado para o Brasil em 48.
ExcluirGustavo, Wikipedia não é lá muito confiável, mas oficialmente a Eritreia como colônia era considerada Itália. Da mesma forma que quem nascia em Moçambique ou Angola, por exemplo, até 1975, era português (caso do Eusébio).
ExcluirA irmã do Arduíno é a cronista Marina Colasanti.
ExcluirAugusto Caiado, a Wiki diz que Arduíno nasceu em Livorno, Itália.
ExcluirPS: hoje tem reportagem no Globo sobre documentário de festival de música paralelo a campeonato de surf em Saquarema, em 1976.
ResponderExcluirGironso, Olimpinho, Davi Severo e Robson Buiú. Carlos Bahia, Isaias, Quizumba e Guigui. Jojó, Tinguinha e Victor Bernardo. Eis um time de craques com algo em comum. Todos são surfistas brasileiros que se destacaram no esporte – e todos são negros. O Quizumba era de Santos, era forte pra cacete e arrebentava no outside. Já o Gironso era um dos caras mais respeitados do Arpoador.
ResponderExcluirEsses festivais de surf em Saquarema eram pretexto para o consumo de drogas, já que a precariedade "daquele sítio" era um incentivo. A região do antigo Estado do Rio era o "O" e havia locais que nem luz elétrica existia. A repressão ao consumo de drogas foi acentuada naquele ano com a promulgação naquele ano da Lei 6368/76 pois o governo militar sempre foi implacável com as drogas, tanto é que após o fim dos "anos de chumbo" o Brasil se transformou no "paraíso das drogas" e os grandes traficantes estão instalados nas "casas legislativas".FF: O pacote anti-crime de Sérgio Moro será votado no primeiro semestre. Existem rumores que o STF vai tentar desqualifica-lo. Também existe a possibilidade em caso de "dificuldades", o governo use do mesmo expediente usado para a aprovação do "Pacote de Abril" em 1977. É pagar para ver...
ResponderExcluirInício de ocupação das favelas, criação do CV, início do tráfico de armas pela fronteira (suspeita-se até da participação de militares), esculhambação nos presídios, inclusive Ilha Grande, cocaína e maconha já rolavam soltas no "hi society", jogo do bicho mandava e desmandava; tudo no período entre 1964 e 1983.
ExcluirVejam a foto acima, agora publicada, enviada pelo prezado Jaime Moraes, embaixador plenipotenciário da Ilha do Governador junto ao "Saudades do Rio".
ResponderExcluirCom a foto do Jaime,o Biscoito já pode surfar....Este festival de musica de Saquarema me fez lembrar do Festival de Guarapari que terminou numa grande esculhambação com Tony Tornado voando sobre uma plateia e machucando uma jovem.Conheci bem os promotores e um deles foi colega de serviço antes que eu fosse ordenado pastor.Bons tempos,mas a fumaça era um espanto....
ResponderExcluirEstá aí um esporte que nunca curti. O máximo de surf que entendo e gosto é sobre aquele personagem da Marvel Comics, quando ainda era Marvel de verdade e não Disney. O nome: Surfista Prateado.
ResponderExcluirHá que se falar que na próxima Olimpíada, o surf irá fazer parte.
De algo parecido com prática do surfe só lembro de uma prancha de isopor que eu, meu irmão e um dos meus primos andamos usando 2 ou 3 vezes em Copa, entre os postos 5 e 6, lá pelos anos 60. Na última vez sofri uma "capotagem" com o bico da prancha batendo no fundo e sua "popa" me alavancando para frente. Nunca entendi como aquilo aconteceu, se é que era possível entender, pois com o mar não se brinca e só sei que sai da água disfarçando pelo que considerei um vexame e nunca mais gostei de brincar de surfista.
ResponderExcluirTodo evento festivo, em qualquer cidade, por menor que seja, tem o seu(s) traficante(s) de drogas de estimação. São os consumidores que financiam o poder de fogo das facções criminosas do tráfico, embora já copiando as milícias na variação dos negócios.
O comentário do Wagner me fez lembrar de um amigo militar do Mato Grosso do Sul, que comentou comigo sobre alguns colegas de farda lá dele que chegavam nos postos de fronteira e com pouco tempo já estavam desfilando com veículos caros pelos municípios da região onde tem que patrulhar a entrada de contrabando, inclusive armas e munição. Ele serviu por lá de 1980 até meados dos anos 90.
Antes de chegar ao Rio, além da fronteira tudo passa também por mais 2 estados, no mínimo.
"Banda Pobre" não é só na polícia.
Na foto da Praia da Bandeira, vemos uma praticante de stand-up da época. Até poderia surfar em um dia de extrema ressaca, realmente achei demais uma prancha na Ilha.
ResponderExcluirO Simca 8-1200 pós-1950 domina a cena, com um Jeep Willys, um Chevrolet dos anos 40 e um Morris Oxford. O Simca 8 era feito sob licença Fiat pela Simca, mas em final de 1949 (com motor 1200, que era moderno e foi o motor do Simca Aronde, bem popular por aqui) recebeu aquela mala redonda que lhe granjeou o apelido de tanajura. Tinha uma característica semelhante à kombi, suas portas, de ambos os lados, abriam sem deixar coluna entre elas. Um espanto!
Boa noite (ou bom dia, a esta altura).
ResponderExcluirJaime, não é a Marilena, irmã da Marina?
Infelizmente a corrupção não é privilégio das polícias no Brasil. Aliás é mais fácil culpar policiais por atos de corrupção, quando sabemos que as forças policiais estão no ranking da corrupção muito atrás de políticos, juízes, promotores, funcionários de tribunais de contas, etc. Eu sempre menciono aqui o filme Tropa de Elite I quando vejo as cenas rodadas na PUC, me lembro do lamentável "ambiente universitário" e do perfil dos alunos. Me dá a impressão de que "os vejo" comentando em blogs de memória...
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