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Vemos
fotos do estádio do Botafogo projeto de Raphael Galvão, entre a Rua General Severiano e a Avenida Venceslau Brás.
Uma
das fotos foi colorizada pelo Conde di Lido. Nesta foto podemos ver, ao lado do
campo, o prédio do Hospital Rocha Maia, inaugurado no período Passos, cujo
terreno é do Botafogo Futebol e Regatas, algo que pouca gente sabe, pois o Dec.
289/36 dá ao Clube o aforamento de toda a área contígua ao seu campo, com a
ressalva que a unidade de Saúde Pública ali existente permanecerá e, não sendo
mais necessária, o domínio do terreno retornará ao Botafogo. Na realidade, toda
a área antes do aforamento pertencia ao Ministério da Justiça que o cedia à
Saúde e lá funcionou por anos o Desinfectório Distrital de Botafogo (Rua General
Severiano nº 1), projeto do arquiteto Luiz Moraes Jr. O Desinfectório Central
ficava na Rua do Resende nº 118, na Lapa.
Bem
à direita desta foto colorizada a grande construção é a do Educandário Santa
Therezinha, mantido pela Santa Casa e que tinha a função primordial de recolher
e dar educação a órfãs abandonadas. O edifício foi projetado por Bitencourt da
Silva e inaugurado em 1866. Com a saída da instituição religiosa, o prédio foi
por muitos anos arrendado pelo colégio Anglo Americano, depois foi a Casa Daros
e hoje é a badalada escola do Jorge Paulo Lehmann.
Em
termos de urbanismo temos muitos pontos curiosos: logo na parte inferior da
foto vemos que a rua General Severiano era servida por bondes, que
aparentemente seguiam até a rua da Passagem.
A
própria praça Juliano Moreira, tal como as construções que a envolvem, é
completamente diversa de hoje, pois havia um grande número de casas no sopé do
morro de São João, que certamente foram demolidas quando da “quaduplicação” do Túnel
Novo. Hoje as fraldas do morro dão diretamente na rua, a praça também
praticamente não existe mais, sobrando uma pequena nesga na frente da sede
social do clube. Atrás das construções vemos uma escadaria e um pedaço de pista
que certamente faziam parte do conjunto do Hospital dos Estrangeiros (ou dos ingleses).
Constatamos também que a Av. Venceslau Brás possuía um canteiro central, com
árvores e postes de iluminação. Onde hoje fica o Canecão era um grande terreno
baldio (como já contou o Decourt há bastante tempo).
Quanto
à terceira foto, do Acervo do Museu Aeroespacial, feita por fotógrafo da Escola
de Aviação Militar, mostra o campo do Botafogo em 24/10/1950. Esta foto faz
parte do excepcional livro "O Rio pelo alto", de P. Pamplona. Vemos o
antigo campo por onde desfilaram alguns dos maiores craques do futebol
brasileiro de todos os tempos. Tornei-me sócio do Botafogo apenas para poder
assistir de perto aos jogos e treinos de Garrincha, Didi, Nilton Santos,
Quarentinha, Amarildo e tantos outros. Não existia ainda o Túnel do Pasmado.
O
estádio foi inaugurado em 1913 e a última partida ali foi em 1974.
O
edifício da sede do Botafogo foi projetado por Archimedes Memória e Francisque
Cuchet, em 1927, e ainda sobrevive.
A
primeira foto, em torno de 1960, é uma vista a partir do Túnel Novo. Podemos
observar que o Túnel do Pasmado já fora aberto, mas a favela ainda permanecia
lá.
A
quarta foto é da revista O Malho.
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Aula de história sobre o bairro, em especial a região onde o Glorioso viveu grandes momentos,hoje quase totalmente degradado salvando-se alguns locais. Cidade realmente linda .
ResponderExcluirDepois da caminhada de 6 quilômetros vou a luta, já com um calor de rachar.
O dia promete.
Ao circular pela rua General Severiano tem-se a impressão que ela foi "cortada abruptamente" e isso se deve às demolições em razão da abertura do túnel do Pasmado em 1952/53. Na verdade o curso da rua rua vira à esquerda, passa sobre o túnel e retoma o seu curso adiante. Não tenho certeza de essa "gambiarra" foi aberta após a remoção definitiva da favela do Pasmado depois de um incêndio ocorrido em "circunstâncias nebulosas" no início de 1964 ou já existia. Conheço bem essa região já que frequentei um centro kardecista que existe em uma vila na General Severiano exatamente junto a descida da pista e onde a rua toma seu curso original. As casas são de padrão razoável e são bem antigas, já que a casa espírita funciona desde 1928. O shopping construído nas dependências da sede do B.F.R possuía algumas lojas de qualidade mas não sei como se encontra atualmente. Até o início dos anos 50 os bondes da Urca e Praia Vermelha tomavam a rua da Passagem, viravam à esquerda e seguiam até à esquina da Venceslau Brás/Pasteur.
ResponderExcluirNa primeira foto que é do início dos anos 1960 vemos o posto Esso na esquina em frente ao terreno vazio em que seria construído o Canecão mais para o fim da década.
ResponderExcluirTenho saudades das brigas entre o Conde di Lido e o JBAN no antigo fotolog.
Esse hospital Rocha Maia é mais um posto de Saúde do que um hospital. Quem mais trabalha é o motorista de ambulância removendo pacientes graves para o Souza Aguiar ou para o Miguel Couto.
A qualidade da foto do Malho é muito boa. Aí nesta sede social havia uma domingueira dançante aos domingos no início da noite que recebia muita gente. Eram outros tempos.
Como citado no texto do Dr. D´o Botafogo tinha um timaço nesta época.
Nas década de 60/70 o Botafogo era um verdadeiro selecionado.Disputava com o Santos a condição de melhor do país e viveu sua era de ouro.Penso que sua queda passou em muito pela falta de investimentos na base.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirHoje é comemorado o dia da mulher, artigo em extinção por estas paragens. Talvez tenham sido afugentadas pelo clima belicoso adotado por minions misóginos.
Essa parte de Botafogo só conheço de passagem no trânsito. Sempre aprendemos alguma coisa nas postagens do SDR.
Bom dia a todos. Uma região que mudou drasticamente com o crescimento da cidade e a expansão para Copacabana no início do século e depois nos anos 60 e 70. O que sobrou nada funciona, nem o Botafogo e nem o Hospital, já não são mais o que eram.
ResponderExcluirSou alérgico ao time em pauta. Mas gostei de ver o canteiro central na Venceslau Brás. Não lembrava de mão e contramão ali. E, certamente, passei.
ResponderExcluirE tinha um campinho no Canecão.
Nos anos 50 Manuel dos Santos, o Garrincha, talvez o maior jogador de todos os tempos, toma o trem de Vila Inhomirim após o mesmo dar uma "meia trava, em uma curva próxima à Pau Grande, descia na Leopoldina e tomava um lotação até General Severiano. Após um dia de treinos, Garrincha tomava o mesmo lotação ate à Leopoldina e o trem das 20:12, que depois da indefectível "meia trava", o deixava em Pau Grande...Sessenta anos depois jogadores de futebol que não chegam aos pés do foi um dia Garrincha possuem aviões, iates, carros beirando um milhão de Reais, desfilam com mulheres belíssimas, e muito mais, realidade que se agrava ainda quando se sabe que em condições normais e em uma realidade coerente, tais indivíduos morariam em locais semelhantes à Pau Grande, dirigiriam um Gol 92 ou um Palio 97, e desfilariam com mulheres "nem tão belas assim", mostrando que "muita coisa mudou na órbita do planeta" e mudou para pior.
ResponderExcluirNa época da primeira foto, em 59 / 60, meu pai nos trazia de carro da escola no Forte de São João para Copacabana. Ele passava pela Lauro Muller e contornava a praça Juliano Moreira para pegar o túnel Novo. Esse contorno, com o trânsito do final da tarde, era assustador mesmo naquela época. Eu tinha a impressão que às vezes ele entrava "na marra", achava impossível existir um trajeto mais perigoso...
ResponderExcluirViva Tia Nalu mesmo morando em Curitiba��������
ResponderExcluirEspecialistas contam que a decadência do futebol no Botafogo aconteceu a partir do período Charles Borer, que, segundo dizem, não gostava desse esporte e ainda por cima chegou a vender exatamente a sede e o estádio de General Severiano. Negociação que foi revertida bem depois.
ResponderExcluirOutros afirmam que o início do fim da fase gloriosa foi naquela decisão do Carioca de 1971, contra o Fluminense, onde o juiz teria cometido um erro, com prejuízo para o alvi-negro, e que motiva sérias discussões até hoje.
Coisas do futebol.
Estava no Maraca na decisão de 1971. O juiz Zé Marçal não viu falta num lance escandaloso, o que deu o título ao Flu.
ExcluirA contiguidade da favela do Pasmado de margem a que muitos jovens oriundos de lá fossem treinar no Botafogo, sendo o mais famoso Jair Ventura, o "furacão da copa". A sede de General Severiano promovia "domingueiras" nos anos 70 e eram bastante concorridas. Em 1977 foi inaugurada a "Tropicana", badalada discoteca que funcionou no Canecão. Às Sextas e Sábados eu frequentemente tomava o 415 no Largo da Segunda-feira para ir até lá. Local pródigo de "nosocômios", ali funciona o I.de Psiquiatria e o Hospital Rocha Maia, que funcionava como emergência. Na verdade TODOS os hospitais de "pronto socorro" funcionavam como emergências, que por sinal eram excelentes. Aliás, ainda que meio fora de foco", não existiam planos de saúde. Os hospitais públicos eram bem providos de recursos r possuíam um invejável corpo médico. Atualmente poucos podem pagar um plano de saúde...
ResponderExcluirPlano de saúde deve ser bom para operadoras e para quem trabalha com os chamados "procedimentos".Para o usuário é uma necessidade,pois se precisar de exames ou internamentos está lascado.Para nosotros a tarja verde é um grande espanto pois os preços pagos apenas por consultas é ridículo.E como sempre falo, o usuário se apresenta com o "rei na barriga" e querendo milagre para ontem.E ainda nivela por baixo a assistência.
ExcluirO Joel deve ter encontrado o Plinio nas domingueiras.
ResponderExcluirO Rocha Maia não tem neuro, nem ortopedista. Como é possível um Pronto-Socorro funcionar sem duas especialidades fundamentais no atendimento do trauma?
Em 1975 meu tio sofreu um acidente de carro na Praia de Botafogo e foi socorrido no Rocha Maia. Ligaram para minha mãe às 22:OO e eu fui com ela até lá, tendo presenciado todo o atendimento, que por sinal foi excelente e rápido. Mas eram "outros tempos", tempos que estão voltando e que certamente não haverá mais lugar para traficantes, anormais, corrupção, partidos de esquerda, "lacradores", e muito mais...
ExcluirO Botafogo já teve grandes times e grandes jogadores; só não tem títulos. Seria um carma?
ResponderExcluirNo comentário do Luiz de 12:56, ainda lembro de ver pessoas irem ao Maraca para assistirem jogos entre dois times diferentes do seus times de coração. Impensável hoje em dia...
Eu ia ao Maraca em todos os jogos bons, dos anos 60 e 70, ver timaços como o Santos, Botafogo, Palmeiras, Botafogo, além, é claro, do Flamengo. O Bangu de Parada, Bianchini, Mateus, o América de Canário, Alarcon, Romeiro, o Vasco de Sabará, Almir, Vavá, Walter, Pinga, o Flu de Telê, Waldo, Maurinho, Castilho, eram outros imperdíveis.
ExcluirBoa tarde !E a quinta foto, de quando é ?
ResponderExcluirO projeto do edifício-sede do Botafogo é de autoria de Archimedes Memória e Francisque Cuchet. Já a parte do estádio não encontrei até hoje alguma fonte que informasse ser de Raphael Galvão...
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