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Vemos
dois bondes da primeira metade do século XX. Ambos “Ipanema”, sendo um via T.V.
(Túnel Velho) e o outro via T.N. (Túnel Novo).
O primeiro bonde com destino a Ipanema circulou em 1894, pelo ramal da Igrejinha, até a Praça Ferreira Viana (atual Praça General Osório).
Este
bonde foi um dos grandes responsáveis pela valorização dos terrenos de Ipanema.
De início "de forma tímida, trazida por um bondinho puxado a burro, que
avançava lerdo e triste, até a Praça Ferreira Viana.
Os
elétricos da Jardim Botânico deram, em seguida, novo impulso às construções
aparentemente confortáveis. Enfim, o saneamento da Lagoa Rodrigo de Freitas,
durante o governo que festejara o centenário da Independência, a ligação das
linhas Jardim-Leblon-Ipanema, os aterros conquistados aos mangues, tudo isso
levou o bairro àquele apogeu moderno, que convidava a extraordinários, ousados
empreendimentos".
A
primeira foto mostra o “Ipanema T.V.”, nº 612, via Flamengo, talvez nas
vizinhanças da Praça N.S. da Paz. O anúncio refere-se a um espetáculo no Teatro
São Pedro, em 1924, da Companhia Italiana de Operetas Lombardo Caramba que,
após um temporada em Buenos Aires com a opereta “Il paeze dei Campanelli”, de
Virgilio Rambzato, viria a se apresentar no Rio. A estrela era Ines Lidelba. II
paeze dei Campanelli",
A
segunda foto (e o detalhe na terceira foto) de Malta, mostra o bonde "Ipanema T.N.",
registro 195, na parada junto à Praça Ferreira Vianna, atual Praça General
Osório, num bairro quase deserto naquela época. Não se vê o Chafariz das
Saracuras que foi instalado nesta praça em 1911 e fora do ângulo do fotógrafo.
Como a praça já está urbanizada e já há iluminação elétrica nas ruas (instalada
em 1910), a foto é posterior a 1912.
O
trajeto do bonde era: "Via Cattete - M. Abrantes - R. Passagem".
À
direita, um anúncio de "Tennis - 200 réis" (acho que não seria o
calçado). Segundo a legenda desta foto, o bonde estaria na atual Rua Prudente
de Morais. Entretanto, o bonde estava mesmo é na Rua Quatro de Dezembro, atual
Rua Teixeira de Melo. Afinal, lá no fundo está a Praia de Ipanema, onde um
bonde faz a curva para entrar nesta rua.
No detalhe mostrado na última foto, vemos um banco de espera para os
passageiros dos bondes em plena rua, o que é curioso.
Chamam
a atenção os chalés praianos da Ipanema daqueles tempos.
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Espetáculo!! Como fazia frio... faz ainda hoje até as 9 da manha; ainda mais nos meses de inverno. O ângulo da sombra garante o horário, com meia hora de tolerância. O inverno ficou por minha conta.
ResponderExcluirCada vez que aparecem fotos antigas da região da Praça General Osório eu me lembro da "mancada" de meu avô paterno quando em 1938, ele não quis comprar a propriedade que ficava onde existe atualmente o mercado "Zona Sul". Alegou que a região era "isolada" ## Agora vou tirar uma dúvida: Nos anos 50 e 60 não havia "rodo" dos bondes em volta da praça e a linha "14" geralmente utilizava "Bataclans" com reboque. Minha dúvida é se o bonde retornava na Teixeira de Melo em frente á favela do Cantagalo ou fazia o "rodo" no Bar 20...
ResponderExcluirAo que tudo indica fazia rodo no bar Vinte
ExcluirJoel, o "14" fazia o rodo junto à favela, no final da Rua Teixeira de Melo, Às vezes, de brincadeira, o motorneiro ao ver que não vinha trânsito pela Barão da Torre, saltava na esquina e deixava o bonde, em marcha lenta, fazer o contorno junto ao morro. Sem dúvida era um risco enorme e um comportamento reprovável.
ResponderExcluirO rodo no Bar 20 era feito pelo "13" - Ipanema.
Já ia me esquecendo, ainda que seja meio "fora da foco": a questão do "Bonde Avenida" levantada por mim, cuja linha ficou ativa até 21 de Maio de 1963 e subia pela São Clemente até o Leblon e descia pela Visconde de Pirajá, Siqueira Campos, e Túnel Velho, teve a seguinte conclusão após pesquisas junto a diversas pessoas e moradores antigos da região, cujo resultado vou transcrever. Inicialmente a dúvida ficou por conta da circulação do bonde pelo túnel velho após o Mês de Março de 1963, já que essa linha retornava pelo túnel vinda do Leblon. Me foi passado por várias pessoas que após a data mencionada e até o dia 21 de Maio de 1963, o bonde 21 "Avenida" fazia seu trajeto de volta retornando pela rua Jardim Botânico, Humaitá, e Voluntários da Pátria. Ficou claro, pois se não fosse dessa maneira seria inconcebível bondes e "Trolley-Bus compartilharem a mesma via desde o Leblon, Visconde de Pirajá, Avenida Copacabana, e Siqueira Campos. Esse compartilhamento de bondes e ônibus elétricos na mesma via realmente aconteceu entre Setembro de 1962 e Maio de 1963, mas na Praia de Botafogo. Ainda estou à procura de fotos que comprovem essa realidade mas nem o Hélio Ribeiro as possui. Deve ser tão rara quanto uma foto de um "caucasiano" com uniforme do Colégio Cruzeiro...
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirIpanema estava com vários eventos programados para comemorar o aniversário do bairro. Salvo engano saiu alguma coisa no Globo, especialmente no jornal de bairro.
Bom dia a todos. Hoje é dia de ler e aprender.
ResponderExcluirPS. Não se esqueçam hoje é o último dia para acertar as contas com o Leão.
Bom dia,Luiz,pessoal,
ResponderExcluirA aparência da praça General Osório é inacreditável. O perfil ao fundo, além da faixa de água, deve ser o Arpoador.
Estes "bungalows" que aparecem são típicos do primeiro momento de urbanização do local, da chamada Villa Ypanema. Eles eram entendidos como casas de veraneio, e não como moradias permanentes - o que já ocorria na vizinha Copacabana,onde palacetes de uso contínuo já faziam parte da paisagem.
A maioria destas casas de veraneio é em estilo de vila italiana ou normando. Mais tarde, algumas seriam erguidas em estilo neocolonial.
Se fosse "sacolinha 200 réis" estava fácil,mas este reclame aí estou batendo cabeça.A foto 3 ia muito bem num filme de suspense.
ResponderExcluirO Facebook infirma que hoje é aniversário do Lino. Achei que tinha sido há pouco. O tempo voa. Parabéns!
ResponderExcluirJá corrigi esta informação, mas pelo visto continua errada. A data correta é 3 de abril.
ExcluirSem problemas, vamos considerar igual festa dos aniversariantes do mês. Parabéns a todos que fizeram aniversário em abril.
ExcluirSó um detalhe: o Lino está se identificando com o sobrenome "Celho'', o Coelho ficou sem ou perdeu o ''o'' ou é mais um que muda o nome por questões numerológicas?
Ao fundo da primeira foto devem ser as Cagarras. Imagens de um paraíso.
ResponderExcluirPara mim o que parece fora de época é o ponto comercial com 4 portas, ao fundo, na foto 1. Ou ainda se usava aquela arquitetura nos primórdios da Villa Ypanema?
ResponderExcluirO "Tennis" deve ser a marca de algum produto cujo fabricante resolveu usar o nome da modalidade esportiva. Nem o dicionário mais velho que tenho aqui em casa, de 1950 e com nomenclatura atual, fala da existência do calçado que agora leva esse nome.
Paulo, aquela loja (suponho que seja) é típica da "arquitetura pragmática", ou seja, aquela produzida por mestres de obra sem formação acadêmica. Eles seguiam um catálogo de detalhes decorativos, mais ou menos rebuscados, dependendo do gosto e do bolso do freguês. Note que há mesmo um pequeno frontão neoclássico. Este tipo de arquitetura sobreviveu no Rio pelo menos até o início do Art Deco, aí por volta de 1925.Eu já vi exemplos mistos (eclético + Deco) em subúrbios datando até de 1930!
ExcluirE como aqui o assunto é Rio, notícias da Câmara Municipal falam em golpe caso o prefeito seja impedido ainda esse ano. Querem alterar a Lei Orgânica do Município e evitar a eleição direta do substituto.
ResponderExcluirPaulo Roberto, as prefeituras do Estado do Rio de Janeiro, com raras exceções, são organizações criminosas e a da capital não é exceção. Os interesses financeiros são enormes e vão desde a grilagem de terras, passando pelo transporte alternativo, e obviamente pelo tráfico de drogas. Vejam o exemplo da prefeitura de Caxias, uma cidade violenta, com uma população miserável, loteada pelo tráfico e pela milícia. Como acha que ocorrem aqueles enormes desvios de combustível da REDUC? Mas Crivella não é um amador, já que é prócer de uma não menos poderosa organização. É "briga de cachorro grande", que tem como participante um arquiinimigo de Crivella: A Rede Globo.
ResponderExcluirVeja o exemplo de Belfort Roxo, um município falido onde hoje a justiça afastou o prefeito e diversos funcionários por fraudes diversas e desvio de dinheiro público. O curioso é que o vice se afastou para concorrer à uma vaga na Alerj onde foi eleito deputado, e que por sua vez também foi afastado pela justiça. "O Rio não é para bandidos amadores" e a sofisticação das quadrilhas é facilitada pela existência da "imunidade parlamentar e do foro privilegiado", odiosas prerrogativas das quais as quadrilhas se valem para perpetrar seus crimes". Dessa forma políticos fazem "rodízio" entre prefeituras e Alerj onde acabam montando verdadeiras organizações criminosas. São Gonçalo é o pior exemplo. Segundo maior colégio eleitoral do Estado, é atualmente a maior fortaleza do tráfico e do crime em geral graças "aos mesmos políticos de sempre", graças a esses gigantescos currais "narcoeleitorais". Embora alguns "palpiteiros, entendidos de segurança, doutrinados, afásicos, e afins", somente uma operação das forças armadas naquela região poderá destruir o crime ali alojado, pois além de ser necessária uma operação de vasculhamento casa por casa, é de suma importância prender os verdadeiros chefes, que certamente estão alojados em casas legislativas e possivelmente no judiciário, e não um bando de energúmenos nordestinos ou "caucasianos" apresentados como tal...Já ia esquecendo que hoje em uma operação nas favelas do Alemão, a PM aprendeu seis fuzis, granadas, e pasmem, uma metralhadora Browning.30. Para quem acha que combater o tráfico nas favelas é com pombas brancas, piscinões, projetos sociais, e outras baboseiras, fica o registro.
ExcluirE lá foi a Beth Carvalho.
ResponderExcluirTennis era uma marca de charuto belga. Há alguns anúncios no Correio da Manhã, A Noite e A Razão, entre 1916 e 1917, nos quais não anunciados charutos belgas, Vanille e Tennis, a 200 réis.
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