O ano de 1965, aquele das comemorações do IV Centenário, foi um período em que parecia que tudo iria dar certo. Muitas comemorações, a cidade com um clima de esperança. Uma série de políticos importantes, o futebol bicampeão mundial, a Bossa Nova, os Beatles e os Rolling Stones, a República de Ipanema, planos e projetos.
Nas fotos vemos a moda do camping se instalando no Rio, os últimos dias da Avenida Atlântica com pista de mão-dupla e a Princesa Isabel ainda sem aquele horroroso prédio azul onde está o "Atlantico Business Center" e antes da construção do Meridien, hoje sob a bandeira Hilton.
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Fotos da revista Manchete.
ResponderExcluirA primeira foto é de um Peugeot 404 argentino. Eles tinham reforços de fábrica nos parachoques e isso até deu briga comigo com um portenho novato que não sabia dessa moda e discutia sem parar no blog do imcdb. Também pode ser obra de algum brasileiro, mas o Peugeot francês não oferecia a proteção nem como acessório.
ResponderExcluirE aqui no Brasil só entrava carro argentino como turista, a gente ainda morria de medo deles.
Diz a lenda que a piscina do Copa foi o meio, e assim será, para garantir a servidão de vista que o pessoal da lateral do edifício Chopin tem da prapraia.
ResponderExcluirA piscina é anterior à construção do Chopin, do Balada, do Barcarola e do Prelúdio.
ExcluirVerdade.
ExcluirHouve até desentendimento. Como os moradores teriam vista da piscina e seus frequentadores o pessoal do Copa ameaçou erguer o muro até tapar a visão de todos os apartamentos.
Era um tempo em que "o Rio dava certo", a cidade era maravilhosa, as grandes obras estavam acontecendo, as escolas eram de um ótimo nível, havia excelentes hospitais públicos, a segurança era uma realidade, e uma das razões para isso era que "cada um conhecia o seu lugar" na sociedade. Foi o ano da inauguração do Aterro do Flamengo, mas muita coisa ainda precisava ser feita. Havia falta d'água na cidade, havia racionamento de energia elétrica, e lamentavelmente o sistema de bondes estava em seus estertores. Em 1965 o sistema de transporte ferroviário podia ter um material rodante defasado mas as linhas atingiam longas distâncias e locais diferenciados. Naquele ano Lacerda "perdeu a eleição" para Negrão de Lima, apesar de seu incontestável legado.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirTenho a edição especial da Manchete do quarto centenário. Vários anúncios e fotos interessantes.
Recentemente fomos enganados com uma fase virtuosa alimentada por propinas e decantada em prosa e verso pela mídia comprada com polpudas verbas de publicidade.
A Revista Manchete esta toda digitalizada pela BN. Uma das poucas coisas que funcionam razoavelmente por aqui
ResponderExcluirBom dia a todos. Como sempre tudo no Brasil fica só nas aparências e na visão imediatista sem profundidade na análise detalhada dos fatos. Se não vejamos, logo em 1966 a Seleção Brasileira fez uma das participações mais bisonhas em Copa do Mundo da sua História, no campo político infelizmente a maior figura na época JK é a figura que melhor retrata a visão pequena, ao criar e a incentivar a política do rodoviarismo, razão pela qual tornou o País nos dias de hoje dependente das transportadoras, caminhoneiros e montadoras, bem como termos um custo de modal de transporte mais caro, para o escoamento da produção, tanto agrícola como industrial num País de dimensões continentais, bem como ter transferido a capital para Brasília afastou os políticos da pressão da sociedade e deu início a atual classe de políticos corruptos. Já quanto a República de Ipanema, na minha opinião não merece comentários, Copacabana, esta também tem neste período o início da sua decadência com a expansão das favelas do bairro, que infelizmente não foram eliminadas do bairro, assim como aconteceu no entorno da Lagoa.
ResponderExcluirPS Vamos ver quem será primeiro restaurado o Museu Nacional ou a Catedral de Paris.
Se houvesse uma bola de cristal para ver o futuro as coisas poderiam ser diferentes.
ExcluirNão precisa ter bola de cristal, basta ter noção de economia e ter estudado história, simples assim. Mas se não entendeu eu posso detalhar e até desenhar.
ExcluirNo dia 10 de Janeiro de 1966 a Guanabara sofreu uma das maiores, senão a maior tragédia de sua história, devido ao temporal que desabou. A tragédia tomou maiores dimensões porque nas favelas os "barracos eram barracos" de madeira, ao contrário das "mansões" existentes nas atuais favelas e mesmo assim, Negrão de Lima "deu conta do recado" ao continuar o trabalho iniciado por Lacerda e por "São Pedro". Hoje em dia o Rio é refém das favelas, bem menos inofensiva daquela imaginada por Herivelto Martins. Mas tenho certeza que voltaremos aos "tempos do apogeu", ainda que existam "arautos da miséria e da mentira" infiltrados em todos os segmentos da sociedade.FF: Após o caso da "censura imposta pelo STF a uma revista", casa do general Paulo Chagas foi alvo de um MBA em Brasília expedido por aquela corte, como desdobramento de mais um escândalo envolvendo um de seus ministros. O general foi candidato ao governo de Brasília e é intimamente ligado a Bolsonaro. Esse tribunal está enveredando por um caminho temerário e certamente terminará como os prédios da Muzema. É uma questão de tempo...
ResponderExcluirÉ, Joel, a revista foi falar sobre peripécias de um "amigo do amigo de meu pai", que agora é autoridade máxima...Qto. ao general Chagas, infelizmente o ministro não sabe diferenciar "notícia" de "opinião", e esta o general pode externar livremente, visto que não é nada inventado. Apenas opinião. Realmente, esse tribunal, na defesa dos seus "intocáveis", está indo por um caminho temerário.
ExcluirO FIM ESTÁ PRÓXIMO. ACAUTELAI-VOS!!!!
ResponderExcluirEUSEBIUS SOPHRONIUS. Erro de digitação no comentário anterior.
ResponderExcluirEm 65,já comentei por aqui,passei perto de uma semana no Rio e pude sentir o clima pelas comemorações em tela.Fiquei hospedado na Urca com presença diária em Copa mas com incursões diversas,inclusive na Barra,na época um deserto.Valeu muito e estive no Maraca é claro.De fato,eram outros tempos.Se o Augusto tentou comparar a fase Cabral/Pezão/Paes com o período do IV Centenário,pisou na bola.Épocas e sentimentos diferentes...
ResponderExcluirTô aqui imaginando o Biscoito em guerra com o Alfajor....
Certamente Belletti, os tempos eram outros e os homens eram de uma "estatura moral" bem superior. Imagine um Camping hoje em dia. Seria um festival de roubos, estupros, e muito mais. Em 1965 a Barra era um deserto e qualquer matinho era "convidativo". FF: Eu hoje me lembrei do Dieckmann pela manhã quando assisti "ao vivo" uma parte da operação da Polícia Civil na CDD. Na Edgard Werneck e nas ruas internas era possível ver carros como Chevettes, Brasílias, fuscas e até um DKW Fissore. Uma vez comentei aqui que era possível encontrar "raridades nacionais" nos sertões de Jacarepaguá, Curicica, e na região do BRT. Hoje tive a prova...
ExcluirJá acharam o resto do garçom levado de Vila Isabel? Além da mesa, claro.
ResponderExcluirQue coisa triste...
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