Duas
fotos dos acessos ao Túnel Catumbi-Laranjeiras, o Santa Bárbara. A primeira fotografia
é de Kurt Klagsbrunn e a segunda garimpada pelo Nickolas e publicada no
Facebook Passado a Cor.
Este
túnel, inaugurado no dia 29 de junho de 1963, quatro anos antes da inauguração
do Túnel Rebouças, facilitou enormemente a ligação da Zona Sul com a Zona
Norte. Antes de sua abertura o caminho habitual era pela Lapa ou pelo
Centro/Praça XV. Durante muito tempo o Túnel Santa Bárbara teve problemas com a
qualidade de ar. O Zé Rodrigo certa vez lembrou que quando o problema da
poluição interna ficou feio resolveram colocar uns ventiladores. Só que é um
túnel com carros andando nos dois sentidos, ou seja, não atava, nem desatava. O
problema só foi resolvido quando alguém teve a ideia de que fosse feita uma
divisão no meio do túnel. Assim, a poluição segue o fluxo dos carros e os
ventiladores/exaustores podem funcionar corretamente.
Na
primeira foto aparece, na esquina da Rua das Laranjeiras, o prédio da
Maternidade-Escola, então pertencente à Faculdade de Medicina da Universidade
do Brasil, hoje UFRJ. A ladeira, à esquerda, dava acesso ao Morro da Graça onde
existiu o externato do colégio Sacré-Coeur de Jésus (de 1935 a 1969), onde
depois funcionou a firma Internacional de Engenharia. Atualmente no local há
prédios residenciais, acho eu. O objetivo do Sacré-Coeur era "transformar
meninas em damas com forte capacidade reflexiva", baseado nos princípios
da religião católica e com grande influência francesa (praticamente todas que
ali fizeram todo o curso saíam falando fluentemente o francês).
Dezoito
operários que faleceram num desabamento durante os trabalhos de abertura deste
túnel foram homenageados com o painel “Santa Bárbara”, concebido em 1964 pela
artista plástica Djanira. Este painel ficava localizado em uma capela no forro
do túnel, formada pelo desabamento do final dos anos 50. O desabamento de uma
grande rocha formou uma caverna na abóbada e o Governador Carlos Lacerda
resolveu homenagear os operários mortos. Só que, com a poluição, a capela ficou
insalubre sendo abandonada.
Nos
anos 90 com a reforma do túnel, que também dividiu a galeria e possibilitou a
passagem de cabos da Light (que custeou a obra) pela antiga galeria de
ventilação do túnel, o painel foi retirado, restaurado e ficou à espera de um
lugar para ser instalado. Os moradores dos dois lados do túnel queriam a
instalação do painel em suas respectivas bocas, mas isto não aconteceu. O
painel acabou sendo instalado no MNBA – Museu Nacional de Belas-Artes.
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Hoje tá facil para o Biscoito.O problema da ventilação seria canja para a Calango e a minha capela sempre corre risco de insalubridade com a presença de tarjas verdes.
ResponderExcluirVi a foto do Nicholas ontem e a identificação já está pronta: Jeep Willys, Kombi (sa Sursan?) e Opel Kapitan bege. Aero-Willys 2600 verde, Fusca e caminhão Chevrolet; Dodge Coronet (eu tinha escrito Mopar, as usual, mas um gaúcho esperto corrigiu para Dodge), acho que 51. Chevrolet 53, dois Fuscas, um Austin A-40 preto e um Fusca entrando no túnel; Na lateral direita, um Jeep e um Simca Chambord.
ResponderExcluirPor cima da galeria, um MG Saloon YA/YB, um Fusca e uma picape. Esta passagem é meu caminho habitual, agora que tem acesso pela direita.
Na foto de Laranjeiras, pouco se pode dizer. Um show a colorização.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirO Santa Bárbara sempre foi contramão para mim. Passei poucas vezes por ele. Usava mais o Rebouças. Ultimamente voltaram os relatos de ações criminosas, principalmente pelo lado do Catumbi.
Bom dia a todos.
ResponderExcluirExcelente ambas as fotos.
Mais um pouco seria mostrado o Fluminense futebol clube.
Você está certo, Luiz. Hoje há um condomínio no local, sendo mantido um casarão mais acima e não mostrado na primeira foto.
Quem residiu ali por uns anos, logo assim que foi inaugurado, foi o governador-bandido Luiz Fernando Pezao.
Hoje, a calçada que aparece, está largada e suja, aonde funciona algum órgão da prefeitura.
Aonde havia do casarão, hoje há de um quiosque de venda de flores pertencente a migrantes.
Ao ver essa calçada, imediatamente lembrei do Lino: "gente demais no mundo estraga". Verdade.
Na primeira foto, à esquerda e logo após a saída do túnel existe o prédio da administração, onde normalmente existe uma viatura de serviço ou da polícia. Do lado direito existem prédios residenciais, porém distantes da embocadura do túnel. A circulação de bondes e Trolley-bus foi afetada dos dois lados do túnel. Do lado do Catumbi a as linhas Coqueiros e Itapiru-Barcas foram extintas em 1963 e do lado de Laranjeiras a construção do viaduto de acesso esbarrou com o trânsito primeiro de bondes e depois de ônibus elétricos mas essa circulação não foi interrompida. No Catumbi não havia viaduto de acesso inicialmente. Uma outra alteração foi o alargamento da Pinheiro Machado e o "corte" de um pedaço do estádio do Fluminense. A atual pista em direção à Praia de Botafogo não existia e foi necessário demolir uma parte do estádio para abri-la, tanto é que é possível perceber que ela é cerca de um metro mais alta. Embora a inauguração oficial tenha sido em 1963, não tenho certeza se ele tenha sido aberto ao público naquele ano e sim em 1964.
ResponderExcluirJoel. Isso quando o mafioso governador estava ainda no cargo e o seu sucessor havia ido residir nesse condomínio. Algum tempo depois que o "Pé Grande" já estava com a bundinha na cadeira, a citada viatura proferida por você e mais os FN (Força Nacional de Segurança), foram retirados até porque, o ladrão já não residia mais na área.
ExcluirNão entendo por que não é resolvida esta questão de assaltos dentro dos túneis. São locais com apenas duas saídas e não seria difícil, na minha opinião, colocar vigilância nas duas bocas. Com um circuito de TV para monitorar o interior, facilmente as saídas poderiam ser bloqueadas.
ResponderExcluirA questão não é tão simples. Duas viaturas posicionadas nas entradas ajudaria bastante mas a alegação é de "falta de efetivo". O "arrastão" é rápido não demora mais do que 30 segundos e os criminosos sejam um veiculo na pista impedindo o trânsito. O grade óbice na questão da segurança pública está na "falta de um real interesse" do Estado e na extrema leniência de uma legislação "previamente elaborada" para que se chegasse à esse estado de coisas. Se existe um vai e vem ou um "entra e sai" de criminosos é porque políticos votaram leis que permitem essa realidade. Juízes e promotores imaginan viver na Escandinávia, dado o "surrealismo de seus vencimentos, auxílios, e vantagens", sem se dar conta de que atuam no Brasil. Não existe outra forma eficaz de combater a criminalidade se ela não contiver medidas duras, tais como tratar favela como área de exclusão ou zona de guerra", pois os grandes "quartéis-generais" da criminalidade se localizam nelas. Políticos e Ongs que lucram com o tráfico, indivíduos "afásicos e doutrinados", ou ignorantes e alienados, já vem com o blablabla de sempre com o argumento de "direitos humanos, vitimas da sociedade, racismo, vitimisto, etc", sem entretanto apresentarem uma solução séria que contemple uma solução séria e coerente.
ExcluirO Catumbi sofreu um "Bota abaixo" a partir dos anos 70/80 e praticamente deixou de existir como bairro propriamente dito. A enorme concentração de favelas na região faz da região uma das mais perigosas do Rio. As oficinas mecânicas que existiam em profusão ali desapareceram. O incentivo ao ócio e à vagabundagem, aliados ao aumento do tráfico de drogas "supostamente incrementando por políticos" e às imensas organizações criminosas constituídas "supostamente por elementos egressos dos poderes da República e dos estados", fizeram com que a luta travada no passado por governadores fosse perdida e o Rio se tornasse o paraíso do crime. O Catumbi foi uma das maiores vítimas desse "genocídio sócio-moral".
ResponderExcluirMeu comentário sumiu ou não entrou.Deveria estar entre o Biscoito e o Augusto, em termos de horário.
ResponderExcluirWaldenir, mesmo atrasado aí vai a resposta a sua pergunta no post de ontem.......https://bit.ly/2Qgg4gZ
ExcluirVou editar uma MP proibindo o biquíni nas praias,exceto se verde-amarelo.
ResponderExcluirAté os casarões da foto 2 vieram ao chão tempos depois.
ResponderExcluirO acesso à citada capela seria naquele alto onde está o Fusca grená?
Não posso deixar de ressaltar a beleza do Chevrolet saia e blusa da segunda foto.
ResponderExcluirPuxa, cortaram um pedaço do "meu" Fluminense.
ResponderExcluirAs montadoras de automóveis estão tentando voltar com modelos saia-e-blusa, mas parece que não está colando.
Sr Comentarista político, tem que proibir as rinhas de galo primeiro, ou apenas com galos de penas verde-amarela...rsrs
Aqui no Brasil NADA que tenha as cores verde e amarela pode ser proibido. Entretanto, tudo que tiver a COR VERMELHA ou a estrela de cinco pontas não só deve ser proibido como também criminalizado!
ResponderExcluirInformações Gerais: Pastor muito oportuno seu aparte. O sistema de ventilação da túnel era originalmente feito pelo teto falso em concreto. Havia uma "via" entre a abobada de rocha e o teto falso de concreto do túnel. Havia um "septo" que dividia esse teto falso longitudinalmente em duas vias: uma de insuflamento de ar fresco feito por monumentais ventiladores centrífugos acomodados em casa de máquinas no lado do Rio Comprido e outra de sucção do ar servido que ficava no lado das Laranjeiras. Não era muito eficiente até por questões técnicas da época. Com a Construção da divisória acústica do túnel optou-se pelo sistema de ventiladores no teto que na verdade a meu modo de ver é mais eficiente.
ResponderExcluirBoa tarde. Região não só destruída mas também abandonada pelo Estado em favor do desenvolvimento urbano. Destruíram a quase totalidade do bairro e não ofereceram alternativas de melhorias para o que sobrou. Conheci bem esta área, joguei muito futebol de salão, fui a muitos bailes no Clube Astória, numa época onde se andava a pé da Tijuca ao Catumbi e vice versa, durante a noite sem o menor medo, tanto poderíamos ir pela Itapiru como pela Salvador de Sá (este era mais perto). Vivíamos bem melhor e com mais simplicidade naqueles dias, eu era muito feliz e não sabia.
ResponderExcluirÉ verdade. O Minerva (atual Helênico) eram clubes freqüentados pelas famílias do bairro. Eu me lembro bem do Catumbi quando ainda não havia o túnel da Henrique Valadares, e a Fri Caneca fazia uma longa curva para a esquerda e em frente ao Batalhão da PM uma curva para a direita. A abertura desse túnel, o Sambódromo, e os Viadutos São Sebastião e 31 de Março destruíram parte do bairro e as favelas destruíram a outra parte.
ExcluirDe acordo com o comentário de 13:48, vamos proibir os bombeiros, as ambulâncias...
ResponderExcluirMas, vindo de quem vem, é compreensível.