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sexta-feira, 19 de julho de 2019

PALÁCIO DO CATETE



 
A primeira foto é um postal de A. Ribeiro. Coleção Klerman Wanderley Lopes. Escola Rodrigues Alves e Palácio do Catete. As outras duas são do acervo do Correio da Manhã.
O Palácio do Catete, que no fim do Oitocentismo se transformaria em presidencial, foi construído em 1862 para residência pelo Barão de Nova Friburgo (Antônio Clemente Pinto). E, contam, que sua localização não no meio do parque e sim na estranha posição em que se encontra, na esquina da Rua Silveira Martins, se deve à Baronesa que ao visitar pela primeira vez o local em que seria construído perguntou: "Oh, Barão, pensas que vou descer lá da Fazenda nas serras do Cantagalo, no Estado do Rio, para viver aqui cercada de mato também? Quero a casa dando janelas para a rua!"
Com a morte do Barão, em 1869, seus filhos venderam-no a um grupo que ali construiria um hotel que não teria rival na América do Sul. Entretanto, faliram e o Conselheiro Francisco de Paula Mayrink, adquirindo seus títulos, entregou-os ao Banco do Brasil em pagamento das dívidas.
Em 1897 a sede do Governo foi para ele transferida.
O prédio da escola desapareceu com as obras do metrô.
O Palácio é construção do alemão Gustav Waeneldt. As águias foram esculpidas pelos irmãos Bernardelli.
Em 1954, o governo Vargas, crescentemente apoiado pelo movimento trabalhista e com uma clara inclinação nacionalista, enfrentava forte oposição das forças políticas conservadoras e dos setores militares que se identificavam com o anti-comunismo norte- americano. O principal foco de resistência à política varguista encontrava-se no jornal Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda, que fazia sistemática campanha contra o governo e o "mar de lama" da corrupção.
No dia 5/08/1954, o jornalista sofreu um atentado em que foi ferido e no qual morreu o major da Aeronáutica Rubens Vaz, que o acompanhava. A campanha contra o governo se intensificou e as articulações militares tornaram-se cada vez mais abertas, como demonstrou o manifesto do dia 23 de agosto, assinado por 27 generais, exigindo a renúncia do Presidente.
No dia seguinte, sem conseguir obter apoio militar para permanecer no cargo, Vargas suicidou- se, deixando uma Carta Testamento, na qual denunciava as forças que haviam tramado a sua deposição. Com a morte de Getúlio Vargas e a comoção popular que se seguiu a ela, a situação política sofreu uma reviravolta, frustrando-se o golpe militar em andamento. O Vice-presidente Café Filho pôde, então, assumir o poder.

12 comentários:

  1. A bela escola demoliram; pena, fazia um belo conjunto com o Palácio. Na última foto, um Hudson Hornet 1952. Ainda bem que não era GM, Ford, ou Mopar: teria sido impossível.

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  2. Bom dia,Luiz,pessoal,
    O Palácio do Catete, na sua função original,ou seja, como residência, possuía estátuas no topo da platibanda, como se pode ver no postal.Certamente, representavam antropomorficamente atividades humanas como comércio,agricultura, indústria ou navegação.Ao que parece,duraram até depois da transformação em sede da Presidência, em 1897,pois há fotos mostrando a bandeira do Brasil hasteada junto a elas. Foram substituídas pela citadas águias antes do governo de Vargas,charges da revista A Careta já as mostram de forma proeminente nos anos 30.
    A escola formava um conjunto muito bem integrado com o Palácio,ambos com rusticação bem marcada nas pilastras de canto. O escudo do então Distrito Federal no meio da fachada era um padrão, o mesmo pode ser visto hoje na escola Celestino da Silva, na rua do Lavradio.

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  3. Esse atentado foi mal planejado e acabou matando o Major Vaz, que era segurança de Lacerda. Mal executado, o atentado planejado por Gregório Fortunato, segurança de Getúlio, foi coisa de....incompetente! Se fosse hoje em dia, certamente Lacerda não sobreviveria. Se Lacerda tivesse morrido no atentado, certamente os bondes não seriam extintos. Pelo menos daquela forma.

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  4. Bom dia, Dr. D'.

    Havia chegado antes do gerente e dei um tempo.

    Já fui em várias exposições no museu, fato facilitado pelo rápido acesso ao metrô. Minha irmã vai a eventos no jardim. Também já fui a sessões no cinema de lá.

    Hoje é o dia nacional do futebol, aniversário de fundação do primeiro clube, no RS.

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  5. Bom Dia! Acredito que se não tivessem "suicidado" o Getúlio,os militares teriam assumido,e o País não teria perdido vários "bondes" do desenvolvimento.

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  6. O Mauro disse tudo. Se os militares tivessem assumido naquela época, o Brasil seria muito melhor. A doutrinação esquerdista produziu seres "afásicos", o aparelhamento do Estado, e a promiscuidade política, o que transformou o Brasil em uma "cloaca" em todos os sentidos. A enorme operação policial ocorrida ontem na Maré onde seis toneladas de drogas foram apreendidas, além de 23 fuzis, uma metralhadora .30, caixotes de granadas, além de munição "à larga", dispensa maiores comentários. Certamente aparecerão "afásicos e doutrinados" para "denunciar truculência policial", ou que os "pobres moradores" não puderam ir trabalhar ou levar os filhos à escola (como se isso fizesse diferença para eles) com o seu "bla bla bla" costumeiro. Mas é a prova de como o Brasil "evoluiu" de lá para cá. Se Lacerda tivesse morrido e os militares tomassem o poder naquele tempo certamente seriamos um país muito melhor.

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  7. Países muito "evoluídos" foram governados por ditaduras militares, como o Sudão, Guatemala, Argélia, Haiti, e outros...

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  8. Comparação infeliz, pois nenhum dos países citados pode ser considerado como tal, muito menos comparado com a riqueza e potencialidade (queiram ou não) do nosso país.

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  9. Ja estive ai uma vez.Gostei.Sera que o Bahia nao citou Cuba por esquecimento?Ou está no meio dos outros...

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  10. A morte do Getulio adiou o golpe em 10 anos, mas em compensação nos trouxe JK e a mudança da capital.

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  11. A maneira como é retratado esse episódio do atentado contra o Lacerda é uma amostra da diferença entre o mundo real e a "realidade" fantasiosa imposta por motivação ideológica. Um ditador tenta assassinar um opositor político e o episódio é tratado sempre pela ótica do prejuízo político experimentado pelo ditador. A tentativa de assassinato de um opositor político fica em segundo plano diante da derrocada política daquele a quem aproveitaria o crime

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  12. Ditadura militar existiu no mundo todo de um flanco a outro, da direita e da esquerda. Via de regra, grandes desastres sob diversos aspectos, por mais que queiram defender o indefensável (desculpe a apropriação da frase de um comentarista).

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