O IRB, Instituto de Resseguros do Brasil, iniciou suas
operações um ano depois de sua criação, em 3 de abril de 1940. Inicialmente, a
atuação do Instituto se concentrou no ramo Incêndio, responsável pelo maior
volume de seguros no país, cerca de 75% do total de todas as modalidades
exploradas na época.
A criação do IRB teve tal
importância naquele momento para o desenvolvimento do mercado segurador
brasileiro, assim como para o incremento da economia nacional, que o resultado
de suas operações se expressou em números significativos: com apenas nove meses
de atuação, o Instituto conseguiu reter no país cerca de 90% dos prêmios de
resseguros-incêndio praticados.
Com a Segunda Guerra
Mundial, as companhias seguradoras passaram a ceder integralmente suas
responsabilidades referentes aos Riscos de Guerra a um pool do qual faziam
parte o próprio IRB e todas as sociedades que operavam no ramo Transportes. Com
o agravamento do conflito, novos pools foram formados, desta vez nos ramos
Incêndio, Extravio e Roubo. A partir da década de 50, o IRB passou a aceitar
solicitações de resseguro sobre riscos para os ramos Transportes, Acidentes
Pessoais, Aeronáuticos, Vida, Cascos, Automóveis e Lucros Cessantes, e também
instituiu a cobertura sobre o Seguro Agrário.
O edifício sede do IRB é
citado como exemplo do estilo moderno. Nas fotos vemos o edifício inteiro, a
portaria e a cerimônia de inauguração. Meu avô ali trabalhou por 30 anos,
participando de sua primeira diretoria como membro do Conselho Técnico e depois
como Diretor do Departamento Jurídico e Procurador. Ele é o que está em
primeiro plano, à esquerda de quem olha a foto. A seu lado o Dr. João Carlos
Vital, primeiro presidente do IRB. Lembrando do IRB me recordo de grandes
amigos de meu avô como Xavier de Lima, Francisco Rangel, Carlos Cairo, Nilza
Leucht, Gabriel Novaes, José Solero, Mario Ramos, Hugo Alqueres, Celmar
Padilha, Roxo, Pereira, Dr. Amílcar, Walter Moreira e tantos outros, como os
motoristas Alonso e Max.
O Conselho Técnico tinha
3 membros (A. Darcy, F. Rangel e A. Fontes). Meu avô participou das gestões de
Vital, Mendonça Lima, Paulo Pereira, Xavier de Lima, Oyama Teixeira, Marcial
Dias Pequeno, Thales Campos, Cory Fernandes e Carlos Camargo. Foi editor da
Revista do IRB, lançada em 1940.
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Murais de Paulo Werneck no Irb são um must. Nome de seu avô?
ResponderExcluirAdalberto Darcy
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirTenho a impressão de já ter visto algumas destas fotos. Acredito também que o texto ou parte dele já tenha sido publicado.
Boa lembrança familiar.
FF - há 190 anos, D. Pedro I se casava pela segunda vez.
Contam que uma das exigências da família da noiva para a realização do casamento foi o fim do relacionamento do imperador com a Marquesa de Santos.
ExcluirTudo indica que D. Pedro progrediu mais depois desse casamento, mas a oposição não lhe deu trégua, com histórias verdadeiras e outras inventadas (atualmente seriam as"fake news"), até que ele abdicasse.
Em Portugal se tornou D. Pedro IV, tirando do trono o irmão bancado pela megera absolutista Carlota Joaquina.
Comparando com a mãe, o nosso primeiro imperador era o que Brasil e Portugal era um verdadeiro democrata naquela primeira metade do século 19.
O fechamento em esquadrias e vidro do térreo acho que não fazia parte da arquitetura externa. No meu modo de ver acabou com a beleza da entrada.
ResponderExcluirO bom do seguro é não ter que usar.E como seguro morre de velho é bom estar atento as apólices.Carro e casa sim,vida não...
ResponderExcluirBom dia a todos. Este prédio fica na Av. Marechal Câmara, quase em frente onde era a antiga Superintendência do INAMPS na década de 70, onde foi o meu primeiro emprego, ainda antes de concluir a faculdade. A vista e os jardins da cobertura são muito bonitas, pérolas escondidas na nossa cidade.
ResponderExcluirEssa edificação deve ser uma atração para estudantes de arquitetura, pois continua do mesmo jeito e os jardins no nível da rua estão até melhor.
ResponderExcluirTem uma boa quantidade de fotos no Google Maps, é só clicar em IRB-Brasil Resseguros S/A, entre a Av. Churchill e Roosevelt e "navegar" na sequência de fotos, agora em cores, do lado esquerdo da tela.
Até na própria foto do satélite fica fácil de identificar o prédio pelo jardim suspenso.
A seguridade no Brasil tem um custo altíssimo, principalmente em se tratando de veículos. Com um trânsito caótico, um povo sem educação, e uma violência desenfreada, há seguradoras que se recusam a segurar o veículo, e dependendo do CEP, cobrar um valor proibitivo. Pavuna, Campo Grande, Bento Ribeiro, Jacarepaguá, Curicica, Boiuna, e toda a região BRT, estão entre os bairros cujas apólices estão entre as mais caras. Mas o brasileiro é "criativo" e inventou uma solução mais em conta: A Cooperativa. Não são reconhecidas pela SUSEP, não possuem "lastro", e são uma espécie de "pirâmide".
ResponderExcluirDr. D', o "empedernido" saiu ou foi "saido" do grupo de memória carioca. Mas parece que outro fake apareceu por lá.
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