Na primeira foto,
publicada no Facebook Rio Antigo, vemos em primeiro plano a Rua dos Ourives,
atual Rodrigo Silva, na esquina com a Sete de Setembro e a Rio Branco em dia de
sol forte, já que os toldos estão estendidos. Ao fundo, vemos o Palace Hotel e
o Morro do Castelo.
A segunda foto, enviada
pelo GMA, mostra a abertura da Rua México, aos pés do Morro do Castelo. O
trabalho de abertura desta via iniciou-se juntamente com as obras da avenida
Central, em 1905. A antes "Rua Paralela", no entanto, terminava nos
fundos da Biblioteca Nacional; as obras de finalização, que levaram a rua até a
avenida Beira-Mar, aconteceram em 1921, às vésperas da Exposição do Centenário.
Teve a denominação de Rua Azevedo Lima em certa época. Arquivo Família Ferrez
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Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirDe onde teria sido tirada a primeira foto?
Sobre a família Férrea, há um extenso acervo de fotos, inclusive com livros sobre o tema. Tenho um, de uma exposição realizada anos atrás.
Família Ferrez...
ExcluirDroga de corretor automático.
Bom dia,Luiz,pessoal,
ResponderExcluirNa segunda foto, podemos identificar claramente a Biblioteca Nacional, enquanto a massa escura à direita é o atual MNBA.No momento da foto, com o traçado da rua México já marcado, a encosta do morro do Castelo já foi removida em parte, originalmente ela chegava aos fundos do Museu e da Biblioteca, como pode ser constatado em tiradas a partir do morro.
Quanto à primeira foto, a intenção do Malta era retratar o morro do castelo,bem ao centro. Na esquina da Av.Rio Branco com a Assembléia, podemos ver o sobrado eclético sobrevivente - ainda que beastante descaracterizado - que abriga a Vitor Hugo.
Essa demolição foi uma devastação sem precedentes. Consta que muitos moradores foram despejados sem qualquer indenização em barracões na Praça da Bandeira. Somando-se a demolição do Morro do Castelo com as demolições de 1940 para a abertura da Presidente Vargas, e as dos anos 70 no mesmo local, chega-se a um total de milhares de casas. Essas demolições foram também responsáveis pela favelização da cidade. FF: Com relação às provocações pessoais como a de ontem às 19:01, as respostas serão sempre à altura, embora até o presente momento ela não tenha sido publicada. No aguardo...
ResponderExcluirEssa da Rua Paralela incompleta eu não sabia, para mim a atual Rua México teria ficado pronta junto com a Av. Central. Aqui a gente sempre aprende.
ResponderExcluirAssim como em quase todo o Centro, os cortiços do Morro do Castelo poderiam ter sido eliminados pelo poder público do início do século 20, preservando e conservando as construções históricas, onde funcionariam museus, casas de cultura, cineclubes, restaurantes, bares, cafeterias e lojas de artesanato, entre outros artigos, o que atrairia um grande fluxo de turistas, como acontece nas preservadas cidades históricas de Paraty e Ouro Preto.
Assim como o porto, teríamos o nosso Morro do Castelo Maravilha.
Vou fingir que não li.Piadas de gosto duvidoso em relação ao lixo e a imundície que existia no local. Os sanitaristas da época fizeram um excelente trabalho mostrando os focos de doenças infecto contagiosas presentes naquelas cabeças de porco e a derrubada era inevitável.O resto é choro de viúva virgem Sou Do Contra.
ExcluirBoa noite ! Na abalizada opinião do sr.Do Contra, quando uma pessoa está doente, você deve matá-la, ao invés de tratá-la. Mas é claro que ele não vai concordar que é um extremista radical...
ExcluirBoa tarde a todos. E continuo achando o Morro do Castelo um espetáculo, foi um crime contra a história da Cidade a sua demolição. Acho que é castigo de São Sebastião, a nossa cidade ter na sua Administração tantos canalhas e ladrões desde essa época.
ResponderExcluirImagine todos aqueles locais históricos do Morro do Castelo recebendo eventos como festivais de cinema, música, inclusive rodas de samba, teatro, dança e gastronomia.
ExcluirPaulo Roberto, você já ouviu de algum governador ou morador de Salvador, dizer que vai demolir o Pelourinho ou o Mercado Modelo? Pois é, porém aqui no RJ o cara quer demolir tudo, desde que não seja uma favela. Agora diz que você vai mandar demolir, o Vidigal, Rocinha, Jacarezinho, Complexo do Alemão, você vai ser chamado de Fascista, Nazista, o diabo a quatro.
ExcluirPassando rapidamente para dizer aos que torcem contra que o grande artilheiro do Flamengo chamado Var vai continuar atuando e justificando sua contratação a peso de ouro.Como não jogou ontem o Flamengo emprestou o Var ao Santos outro que só vence porque tem ele do lado.
ResponderExcluirUma coisa que eu aprendi aqui é que só seria possível dizer que o Flamengo é tradicionalmente ajudado pelas arbitragens se o time tivesse vencidos TODOS os jogos e TODOS os campeonatos que disputou ao longo da sua história. Como ele não ganhou TODOS os jogos e TODOS os campeonatos que disputou então não podemos dizer que há ajuda da arbitragem para ele. É um conceito meio estranho para mim. Outra coisa que eu aprendi é que embora o Brasil seja um pais onde existe falcatrua e roubalheira até mesmo na arrecadação e distribuição de alimentos para vítimas de tragédias há um grupo que desde o princípio é formado 100% por cento por pessoas honestas: a arbitragem do futebol. Nunca, em mais de 100 anos de futebol no Brasil, houve arbitragens desonestas, só "erros" e "falhas". Por mais inacreditável que possa parecer. Tá bom.
ExcluirPeço licença ao gerente do espaço para reproduzir a coluna de Arnaldo Bloch desta terça em O Globo. Estamos em tempos sombrios, mas ainda há esperança.
ResponderExcluirA queima dos livros
Recolher obras literárias é o primeiro passo para censurar, proibir e, um dia, como na Alemanha de 1933, incinerar
09/09/2019 - 19:27
"Em 10 de maio de 1933, dezenas de milhares de livros foram queimados em praça pública em Berlim e em toda a Alemanha, dentro de uma série de ações orquestradas por Joseph Goebbels, o gênio do mal da propaganda nazista. A ideia era purificar a cultura germânica. Mais tarde, o regime nazista iria queimar, mais do que livros, pessoas, depois de executá-las em câmaras de gás ou em valas comuns.
Sempre que começa essa conversa de proibir, censurar e recolher livros — como ocorreu na blitzkrieg de Marcelo Crivella na Bienal —, não consigo evitar que me venha à memória a queima dos livros na Alemanha. Recolher obras literárias, por qualquer motivo, é o primeiro passo para censurar, proibir e, um dia, lá na frente, como na Alemanha de 1933, incinerar.
Vivemos, ainda (quero crer), numa democracia. O gibi, dentro do universo HQ, é um formato híbrido, com conteúdos abertos a várias camadas, simultâneas, inclusive no que se refere às faixas etárias. A graphic novel “Maus”, de Art Spiegelman, um dos gibis mais celebrados da História, por sinal, é um imenso painel metafórico, serializado, das visões racialistas de Hitler.
Entre os autores cujos livros foram queimados em 1933 estão Thomas Mann , Albert Einstein, Walter Benjamin, Friedrich Nietzsche, Bertolt Brecht e Sigmund Freud. O fato de Karl Marx também figurar nela tem uma nota atual: classificado, hoje, pela desintelligentsia reinante, como um regime de esquerda, o nazismo tinha, como inimigos principais, os judeus e os comunistas, esses seus antípodas totalitários no campo esquerdista.
Hitler odiava, também, os negros. Quando Jesse Owens ganhou os 100m rasos nos Jogos de 1936, em Berlim, e uma série de outras medalhas de ouro, o Führer justificou o triunfo com a repugnante tese de que os negros são “essencialmente animais”, fisicamente mais fortes do que os brancos civilizados. E que deviam, futuramente, ser excluídos, por esse motivo, das competições
Homossexuais eram alvos das cruzadas de ódio do ditador alemão, parecidas com muitas que hoje vicejam, nos exércitos de trolls em redes sociais e sites na deep web. Grupos assim somaram-se às campanhas de Trump, do Brexit, de Jair Bolsonaro, de Orban, ou de movimentos italianos como o 5 Estrelas e a Liga.
A preocupação de Hitler com a cultura era tão obsessiva quanto sua marcha genocida contra as etnias que escapavam a seu projeto de hegemonia racial. A exposição de Arte Degenerada, de 1937, pôs na fogueira da abominação pública escolas de pintura que hoje qualquer conservador aprecia. Picasso, Klee, Gauguin, Chagall estavam entre os difamados.
As fogueiras de livros foram aplaudidas pelo povo alemão que a elas assistia, mesmerizado. Assim como muitos hoje aplaudem as proibições de peças e exposições por juízes ativistas e a autocensura de patrocinadores atemorizados pelo terrorismo das brigadas de direita, que ameaçam a integridade física do público.
A Bienal, por ser tão querida na cidade, resistiu, e não se viram em torno do Riocentro tropas neofascistas apoiando a apreensão in loco. Mas, nas redes, salvas de fogos foram lançadas por multidões espumantes que, em diversos segmentos, dão o ar do tempo. Essas aguardam, pacientemente, o dia da grande queima."
As vezes tenho a impressão que os bispos neo-pentecostais sonham em voltar bem antes na história. Mais precisamente à Idade Média, com suas fogueiras da inquisição, dessa vez sob nova direção, ou seja, sem o Vaticano no comando.
ResponderExcluirNão foi para isso que Lutero iniciou o Protestantismo. Muito pelo contrário.