A postagem de hoje é uma cópia do "Voando para o Rio", do JBAN. Qualquer dia desses vou pedir a ele a autorização...
A Aéropostale foi uma companhia aérea pioneira, especialmente conhecida por seu serviço de correio aéreo entre a Europa, África e América do Sul. Fundada em 1918, por Pierre-George Latécoère, a empresa, que inicialmente se dedicava à fabricação de vagões, logo se tornou um marco na aviação.
Em 1933, a Aéropostale foi dissolvida e suas operações foram incorporadas a outras companhias, dando origem à Air France. O escritor Antoine de Saint-Exupéry, autor de "O Pequeno Príncipe", também esteve envolvido com a Aéropostale, como piloto e engenheiro.
Aproveitando o serviço de pilotos veteranos da Primeira Guerra Mundial, a Aéropostale ofereceu rotas aéreas entre a França, África e, posteriormente, América do Sul, onde serviu cidades do Brasil, Uruguai, Argentina e Chile.
Foram construídos somente no Brasil, 11 campos de pouso completos, com hangar, sala de pilotos, transmissores sem fio e aeródromo em cidades como Natal, Recife, Maceió, Caravelas, Vitória, Rio de Janeiro, Santos, Florianópolis, Pelotas e Porto Alegre.
Conta nosso amigo Rouen que, em 1933, Aéropostale fundiu-se com outras companhias aéreas (Air Orient, Société Générale de Transport Aérien, Air Union, and Compagnie Internationale de Navigation) para criar a Air France.
O monomotor de marca Latécoère apresentado é um modelo Laté 28 que operou a partir de 1925 da Europa para a América do Sul. Este desenho deve ser antes de 1928, pois a aeronave não possui flutuadores e sim trem de pouso. Os flutuadores foram colocados, para burlar uma lei francesa de 1928 que proibia o sobrevoo do Atlântico de aviões terrestres (hidroavião pode, c’est le fameux un, sept, un).
No cenário ainda não temos o Ed. Pimentel Duarte que seria construído 8 anos depois.
Em 1927, Marcel Bouilloux-Lafont, empresário radicado no Brasil compra 94% das ações da Latécoère e a rebatiza como Aéropostale. A proposta da Aeropostale era, na onda mundial de popularização da aviação, estabelecer linhas de conexão para o serviço aéreo postal.
Saint Exupéry e seu Late 28 sobrevoam o Pão de Açúcar e o Forte São João em 1928. Vemos a Praia do Forte São João, entre a Praia Vermelha e a Urca.
Informações do site "Novomilenio" "A aviação francesa também se destacou no litoral brasileiro: a Compagnie Génerale Aéropostale, que fazia a linha postal entre Toulouse, Casablanca e Dacar, pretendia estender sua linha para Natal, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Santiago do Chile. Para isso, os primeiros testes começaram na década de 1920 a 1930.
Em 1/3/1928, foi inaugurado o primeiro serviço aeropostal entre a França e a América do Sul, pela rota de Toulouse a Dacar, onde a mala postal era transferida para um navio rápido especial que a deixava no Recife, continuando-se o percurso por avião até Buenos Aires.
Em 16/4/1928, ocorreu o primeiro vôo noturno entre Rio de Janeiro e Buenos Aires, pelas mãos de Jean Mermoz, que nos dias 12 e 13/5/1930 realizou também a primeira travessia do Atlântico Sul por avião comercial, a bordo do hidroavião Laté 28.3 F-JNQ Comte. de La Vaulx, ligando São Luís do Senegal a Natal/RN."
Esses aviadores são loucos e muito corajosos. Atravessar o Atlântico com esses aviões era um perigo.
ResponderExcluirHoje os Correios perderam muito com os contatos pela internet.
Outra coisa muito legal eram esses cartazes de propaganda.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirFacada clássica.
Vários anos atrás houve uma exposição sobre a companhia no Centro Cultural dos Correios, quando tirei várias fotos e postei no finado fotolog. Não lembro se no Terra ou no UOL. O próprio JBAN só soube da exposição quando viu a postagem.
Choveu na madrugada...
Quem estiver com insônia basta gravar um jogo da seleção masculina de futebol. É batata... ontem apaguei no segundo tempo por quase meia hora. Não devo ter perdido nada.
Em compensação, logo depois passei para o primeiro jogo da decisão da NBA. Fora um ou outro cochilo, um final de jogo eletrizante, com virada do Pacers literalmente no último segundo, ficando na frente do placar pela primeira vez.
Voando para o Rio (Flying Down to Rio de Janeiro, 1933) foi um filme com o Fred Astaire, cheio de acrobatas sobre as asas. Tudo montado sobre cenas reais do Rio de Janeiro.
ResponderExcluirInstalei uma captação de águas de chuva e chove no Rio inteiro, menos em Santa Teresa.
FF: Não é preciso ter "bola de cristal" para saber que a atuação seleção brasileira vai oscilar entre o deplorável e o ridículo enquanto for gerida por um esquema "no mínimo suspeito" . E o pior de tudo é que há "otários" que ainda a aplaudem. Mas como eu sempre digo, "enquanto existir cavalo São Jorge não anda a pé".
ResponderExcluirBom dia a todos!
ResponderExcluirBeleza de postagem! Interessante e aventureira, essas postagens são tão boas como as dos bondes, comentadas sabiamente pelo Mr. Ribeiro, Helio.
Qual seria o maior risco? Atravessar o Atlântico ou os Andes?? "Fascinante", diria Alfred, mordomo do Batman.
Difícil escolher, um pela extensão, outro pela altitude (e clima).
ExcluirConcordo com o Cesar: aviadores loucos e muito corajosos.
Por aqui tivemos o CAN - Correio Aéreo Nacional , que nasceu da fusão do Correio Aéreo Militar e do Correio Aéreo Naval em 1941, tendo como objetivo principal integrar o país, especialmente as áreas mais isoladas, através do transporte aéreo.
ResponderExcluirVcs sabiam que é possível viajar de graça em aviões da FAB?
ResponderExcluirDe graça não, as custas dos brasileiros otários que pagam religiosamente seus impostos em dia e, para juízes do STF, deputados federais e senadores parasitas que além de ganharem passagens de graça, ainda fazem uso dos aviões da FAB.
Excluir
ExcluirNas poucas vezes em que fui a Brasília a serviço, de avião, o pessoal às quintas-feiras sempre optava por regressar ao Rio no chamado "voo da champanhe", um voo vindo de Manaus operado por um Boeing 707 da VARIG. Era assim chamado por ser o preferido dos políticos que estavam vindo passar o fim de semana no Rio e eram agraciados com aquela bebida, assim como os demais passageiros.
Até que enfim tomei conhecimento dessa tal de Aéropostale. Só não sei porque há tanta gente desfilando hoje em dia com camisetas com esse nome gravado.
ResponderExcluirDo site da Aéropostale
Excluir" A Aéropostale é uma marca especializada em roupas e acessórios casuais, ...
Presente em todos os continentes, muito conhecida pelo público brasileiro a marca americana chegou ao Brasil em 2019..."
A postagem do Guilherme, das 09:27h, ao inverter meu nome ao estilo norte-americano me lembrou um caso ocorrido com uma colega de serviço da VARIG. A empresa havia comprado um potente software e mandou uma equipe para receber treinamento nele, lá no Texas. Uma colega fazia parte dessa equipe e o nome dela era Lucy Okuda. Obviamente, descendente de japoneses. Na primeira aula, o professor resolveu conhecer os alunos e, bem ao estilo norte-americano, citou o nome dela como Okuda Lucy. Foi uma gargalhada geral e ele sem entender nada. Até que lhe explicaram o motivo das risadas.
ResponderExcluirBoa tarde Saudosistas. Opa desculpe pensei que tinha entrado no Saudades do Rio. As bonitas imagens acima, ficariam bem nas camisas da Aeropostale.
ResponderExcluirTeve também o caso de um francês, de sobrenome Odara, que fazia o imposto de renda para muitos de nós lá do IBGE, nos idos dos anos 1980. Um dia, recém-chegado ao Brasil, ele resolveu tomar um suco de côco. Mas o idioma francês acentua as palavras preferencialmente como oxítonas (há regras para exceções) e ele entrou numa lanchonete e pediu suco de cocô. Risada geral.
ResponderExcluirSaint Exupéry desapareceu em julho de 1944 durante vôo de reconhecimento em um avião P-38 Lightning
ResponderExcluirO Lockeed P. 38 Lightning era uma caça bimotor.
ExcluirQuando eu era criança cansei de ver teco-tecos de asa dupla sobrevoando lá a Tijuca.
ResponderExcluirEm 1935, aquele pavão do Mussolini resolveu fazer uma bravata e invadir a Etiópia. Para tal, usou bombardeiros Savoia-Marchetti. Maior covardia. A Etiópia só dispunha de um teco-teco, que era o avião do imperador Hailé Selassié. E contra os tanques e metralhadoras italianas os etíopes combatiam a cavalo com lanças.
ResponderExcluirEu viajei uma vez em um avião do CAN para Salvador em 1973. Um vôo de baixa altitude no qual foi possível observar as praias quase desertas da costa do antigo Estado do Rio e a construção da Ponte Rio-Nitéroi. Foram cinco horas de viagem, tendo uma escala em Caravelas.
ResponderExcluirHá algum tempo atrás li um livro sobre o Mal do ar Casimiro Montenegro Filho onde são relatados os detalhes da criação do Correio Aéreo Nacional. Nele consta as dificuldades vividas na época, só para se ter idéia, ele e Lemos Cunha, ambos tenentes na época, tinha que percorrer por terra as rotas para as diversas localidades remotas, fazendo e anotando as possíveis referências visuais que poderiam ser utilizadas a partir das aeronaves, já que ainda não existiam rotas estabelecidas.
ResponderExcluirÉ verdade que qq um pode viajar em aviões da FAB. Tem que se cadastrar e seguir as regras.
ResponderExcluirÉ possível viajar de graça pela Força Aérea Brasileira (FAB) através do Correio Aéreo Nacional (CAN), desde que haja disponibilidade de vagas e aeronaves em missões planejadas. Para isso, é necessário que o viajante seja um cidadão brasileiro, tenha documentos de identificação válidos (RG e CPF) e um comprovante de residência atualizado, além de estar em boas condições de saúde.
ResponderExcluirPara se inscrever no programa de viagens gratuitas da FAB, é preciso:
1. Localizar o CAN mais próximo:
Procure o posto do CAN mais próximo da sua residência, especialmente em cidades que possuem bases aéreas da FAB.
2. Realizar a inscrição:
Comparecer ao CAN com os documentos de identificação e comprovante de residência, preenchendo a ficha de inscrição.
3. Indicar o trecho de interesse:
Informar ao CAN o trecho de viagem que deseja fazer, indicando o período em que pretende viajar.
4. Aguardar a confirmação:
O CAN entrará em contato para informar sobre a disponibilidade de vaga e a data do voo.
5. Preparar-se para a viagem:
Ter disponibilidade de horários e estar pronto para embarcar com antecedência, pois a confirmação do voo pode ser feita em curto prazo.
Pode levar inclusive muitas malas com dinheiro. É só ter o padrinho certo.
ResponderExcluirImpressiona verificar que meros 41 anos separam Saint Exupéry sobrevoando o Pão de Açúcar em 1928 com seu precário Late 28 e Neil Armstrong pousando o (de certo modo também precário) módulo Eagle na Lua em 1969.
ResponderExcluirA alunissagem ocorreu há (quase inacreditáveis para mim) 56 anos. (20 de julho de 1969).
FF: Comprei o último livro do Ruy Castro, Trincheira Tropical, A segunda Guerra Mundial no Rio. Na p. 251 interessantes histórias das origens germânicas dos Bares Luiz, Lagoa, Jangadeiros e Zepellin, nacionalizados na marra por força da Guerra.
ResponderExcluirO dono do Zepellin era trapezista do Circo Sarrasani, objeto de recente postagem, e ficou no país após a saída da trupe. Foi garçon no Caiçaras e com a poupança abriu o Zepellin.
ExcluirMário, 18:20h ==> existe cantor norte-americano que usa o nome artístico de Lobo. Uma das suas composições se chama "Armstrong" e fala justamente sobre o pouso da nave dele na Lua. O interessante é que os versos finais são assim:
ResponderExcluir"But the whole world stopped to watch it
On that July afternoon
Watched a man named Armstrong
Walk upon the moon.
And I wonder if a long time ago
Somewhere in the Universe
They watched a man named Adam
Walk upon the Earth".
Muito bom.
ExcluirNão conhecia nem cantor nem canção.
Ótima sacada esses versos finais.
Vi agora a letra inteira, é forte, excelente.
ExcluirMe and You and a Dog Named Boo", "I'd Love You to Want Me" e "Don't Expect Me To Be Your Friend".
ResponderExcluirÓtimas canções, nunca associei ao cantor/compositor.
O Lobo tem várias músicas bonitas. São sempre românticas.
ExcluirBom Dia ! Vou acompanhar os comentários, depois vou dar meu rolé diário. Hoje estou com vontade de ir lá pras bandas da Estrada de Madureira.
ResponderExcluir