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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

VIAGENS DE ÔNIBUS



 
Esta postagem fará a alegria do Sr. DO CONTRA:
Na primeira foto vemos o Monsenhor Benedito Marinho de Oliveira, em fevereiro de 1972, cura da Catedral do Rio de Janeiro e membro do Cabido Metropolitano, benzendo o primeiro ônibus "Internacional". Este veículo, produzido pela International, estava equipado com todo conforto necessário a viagens longas, inclusive banheiro e água corrente. A linha regular unia o Rio a Montevidéu. Imaginem fazer uma viagem até Montevidéu neste ônibus...
A segunda foto mostra a Rodoviária Mariano Procópio, em 1947, e um ônibus com destino a Três Rios.
Finalmente, a última foto mostra um ônibus Rio-Petrópolis, em 1950, prestes a partir.
Todas as três devem ter sido viagens penosas.

24 comentários:

  1. Do Rio a Montevidéu neste ônibus, haja bunda e remédio contra enjoo.

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  2. Eu achava que em 1972 as poltronas de ônibus para viagens internacionais já fossem mais confortáveis. Estranho.

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  3. Era uma outra realidade que o Rio vivia! Até 1950 as viagens para Petrópolis de carro ou de ônibus eram realizadas através de Vigário Geral, Caxias, e Gramacho, pois o trajeto utilizando a Avenida Brasil passou a ser feito nesse ano, onde o velho e o novo trajeto passaram a se encontrar na altura da "Casa do Alemão". Meu avô no tempo da segunda guerra mundial costumava ir à Duque de Caxias uma vez por semana para comprar carne e utilizava o velho traçado. Esses ônibus apesar de curiosos, tinham uma pequena capacidade pequena em relação às necessidades atuais, e o movimento de passageiros maior era pela E.F. Leopoldina, onde no período áureo eram disponibilizados trens de hora em hora. Hoje em dia esse antigo trajeto corta locais perigosíssimos como favelas de Vigário Geral e do Lixão e certamente as tragédias seriam diárias. A terceira foto mostra uma espécie de rodoviária" de Petrópolis que funcionava a cerca de 300 metros da estação ferroviária, na "Avenida XV de Novembro". Um outro ponto de embarque e desembarque de ônibus interestaduais funcionava junto à plataforma da E.F. Leopoldina. Eu me lembro perfeitamente de uma manhã quando fui junto com meus pais encontrar um casal de amigos dele na plataforma da estação ferroviária de Petrópolis. Eles demoraram a chegar e eu pude observar através da porta pantográfica que a estação estava fechada, apesar de alguns vagões parados no pátio. Meu pai disse que os trens não estavam mais chegando na estação. Muitos anos depois fiz as minhas contas e concluí que a isso ocorreu em Julho de 1964. Nessa época os trens só chegavam até a estação do Alto da Serra, no final da Rua Teresa.

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  4. O ônibus Rio-Petrópolis tinha duas placas.

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    1. Como era viagem interestadual, uma placa era da GB e a outra do RJ.

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    2. Em tempo: na época da foto específica, uma placa do DF e outra do RJ.

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  5. Será que os motoristas destes lotações para o interior do estado eram tão maluquetes como os que rodavam na cidade?Para Petrópolis deveria levar umas 2 a 3 hs,ou não?E as bagagens iam fora do veículo?Me parece que as viagens estavam mais para espanto,especialmente esta para Montevideu.Lembro que em 75 cheguei a ensaiar uma rodoviária para Buenos Aires,mas no Rio acabei desistindo...

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  6. "Bom dia".

    Estive menos vezes no Mariano Procópio como terminal rodoviário do que como parte integrante do MAR. Fui algumas vezes a Petrópolis saindo de Madureira e a viagem mais longa foi à estranha cidade, durante os anos 90 e 00.

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  7. Bom dia a todos. Na foto 2, ao fundo o morro da Conceição, esta imagem ainda é a mesma nos dias de hoje, passados mais de 70 anos, acho que nada nesta cidade foi tão preservado como o morro da Conceição. Andar nos ônibus de hoje em dia, já é um martírio, com nossas estradas esburacadas e a qualidade das nossas carrocerias e chassis, imagina quem vem lá de "JAPERI" ou viajar nos ônibus das fotos até Montevidéu.

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    1. Japeri é o município com o menor IDH do Rio de Janeiro, ou seja é "terra de índio". Em 2004 fiz uma viagem de ida e volta no trem de Japeri. Para aqueles que acham que "o povo brasileiro é o melhor do mundo", que façam um périplo semelhante. No final duvido que mantenham o mesmo conceito...

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  8. Bom Dia! Na foto do padre benzendo o carro, pelos bagageiros me parece ser o interior de um White. Para os interessados em visitar o carro da foto de ontem, este carro pertence a um colecionador que não se nega em permitir visitas com direito a foto pelo lado de fora,dentro nem pensar. Soube ontem mesmo que no momento ele está em Portugal, vou passar lá e ver se o responsável pela guarda está autorizado a permitir visitas.

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  9. Será que a primeira foto não é década de 50?
    Lembro vagamente da Rodoviária Mariano Procópio dos tempos anteriores à Novo Rio. Depois virou a "Rodoviária Velha" e passou a receber os "tarifa A" da Baixada.
    Estranho aquele tapume na foto 2, fechando a entrada dos ônibus na rodoviária.

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  10. Em 1959, quando comecei a ir a Angra dos Reis, o caminho era pela via Dutra, depois por Rio Claro, Passa Três e Lídice. Quando saía da Dutra, a estrada era de terra até Angra. O ônibus era da Viação Cidade do Aço, aqueles Volvo com carroceria Cermava (se não me engano). Depois foram mudando as empresas: Viação Sampaio, EVAL (Empresa de Viação Angrense Ltda). Hoje nem sei qual é. E o caminho deve ser pela Rio - Santos. Desde 1970 não vou a Angra de ônibus.

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    1. O trecho de Passa Três é da antiga Rio-S. Paulo, anterior à construção da Dutra, que após um trevo para um lado vai para Rio Claro e Angra e outro lado vai para Bananal, SP. Tudo asfaltado, mas decadente.
      Rio-Angra agora só pela Rio-Santos.

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  11. Boa tarde ! Na década de 50, a Cometa já usava aqueles ônibus americanos que eram um luxo só. Parece que a empresa os chamava de "Morubixaba". Acho que eram ônibus GM. O Biscoito que o confirme, ou não.

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    1. Está correto. Eram os GM modelo PD4104. Rodaram na Dutra entre 54 e 74. Tinham ar condicionado e suspensão a ar.

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  12. Levaram um Monsenhor para o batismo mas junto deveriam estar um Bispo,um Cardeal até um Papa para este premio Nobel do atraso e desconforto cujo título poderia ser Milonga do Inferno.Imagine 2 mil e 300 km nestes projetos de banquetas aí chamadas cadeiras tendo ao lado um dorminhoco como Tião Roncador e com uma temperatura amena de 34 graus sem ter conhecimento de um ar condicionado e com um banheiro vencido desde 5 hs de viagem.Se frio estivesse um cobertor carne/seca cuja lavagem era da viagem inaugural e paradas em belos restaurantes beirada de estrada com uma "ducha motorista" completando o kit desespero.Só mesmo as viúvas de antanho para achar tudo isso muito bonito regado é claro a muito Digesan e Beserol e presença constante de saquinhos de papel para nauseabundos.Nem Boris Karloff aguenta este filme,mas aqui no blog vão dizer que era bem melhor que nos dias de hoje e que tudo deveria ser como antes.Não esquecendo que deveria ter um Q Suco de groselha num copo de plástico para completar a festa e bem possível um rádio AM com musicas de Nelson Gonçalves.Com esta postagem de fato fico muito alegre pois também fico cada vez mais Do Contra.

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    1. Caramba, rindo muito, a mais de duas horas, desse comentário do "do contra"...rsrsrs

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  13. A Rodoviária Novo Rio foi inaugurada por Lacerda no final de 1965 mas só no governo Negrão de Lima se tornou efetivamente operacional. No local funcionava um antigo quartel do Corpo de Bombeiros. A região era um dédalo de trilhos e bem em frente ainda existe o prédio da estação da Praia Pequena da E.F. Rio D'Ouro, cujos trilhos cruzavam a Rodrigues Alves e até pouco tempo atrás (2010) ainda estavam à mostra e se dirigiam ao pátio de Praia Formosa.

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  14. Acredito que dificilmente a foto 1 seja de 1972. Pelo interior do ônibus, pelo corte de cabelo do garoto e pelo bigode no motorista...

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  15. Também estou investigando o ano desta foto pois entendo que deva ser dos anos 50 ou 60.Também não acredito que este busão estivesse destinado a uma viagem internacional com este tipo de cadeira.Este veículo deveria aguentar uma viagem até São Paulo ou Belo Horizonte caso contrário os passageiros iriam pagar uma grande penitência.

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  16. Boa noite Luiz, pessoal,
    Curioso, ninguém comentou sobre a fachada lateral da estação de embarque do cais da Praça Mauá, tão visível na última foto.Gosto do Ecletismo tardio dela,com os vitrais entre as colunas, e também a torre.
    Algo que me intrigou foi aquele prédio extremamente Déco na segunda foto, logo acima da cerca de tábuas. Na próxima vez que for ao MAR, vou dar uma olhada, se ainda existir, deve estar muito descaracterizado.

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  17. Boa Noite.O Monsenhor Benedito Marinho de Oliveira Faleceu em 1966 aos 82 anos,então essa foto não é de 72.....chuto final dos 50,inicio dos 60....

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  18. Belissíma recordaçao! Sou sobrinha bisneta do Sr. Monsenhor Benedito Marinho. Eu o chamava de Tio Padre. Ele era um homem especial. Obrigada por essa reportagem.

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