A
história da Av. Niemeyer começou em 1891 quando a Companhia Viação Férrea
Sapucaí esboçou na rocha da encosta do Morro de Dois Irmãos, 35 metros acima do
nível do mar, o traçado do que seria a futura Av. Niemeyer.
A
intenção era fazer uma linha de estrada de ferro que ligasse Botafogo a Angra
dos Reis. O projeto não foi avante.
A
seguir, o inglês Charles Weeksteed Armstrong e o coronel Conrad Niemeyer, em
períodos distintos, levaram adiante a abertura desta avenida. No final da
década de 1910, a avenida, por conta da visita do Rei Alberto, da Bélgica, foi
alargada pelo Prefeito Paulo de Frontin, além de ter sido asfaltada e ter o
raio de suas curvas aumentados. Os prefeitos seguintes, Carlos Sampaio e Alaor
Prata fizeram melhoramentos inclusive com a construção da Gruta da Imprensa.
No
início dos anos 60, nos primeiros anos do Estado da Guanabara, o Rio vivia um
período de esperança, às vésperas do seu IV Centenário. Depois do Leblon, em
direção à Rio-Santos, muitos projetos se desenvolveram na Av. Niemeyer, como
podemos ver nas fotos de hoje, da revista Manchete.
São
Conrado ainda era muito pouco povoado, não havendo os arranha-céus que hoje
existem em sua orla. A Barra da Tijuca, então, era ainda quase um grande
deserto.
Pensava-se
que a Av. Niemeyer pudesse ser como a Costiera Amalfitana, na Itália, onde se
faria um passeio semelhante àquele entre Amalfi e Positano. Ou como a Côte
d´Azur, a Riviera Francesa, entre Nice, St. Tropez, Cannes, Monaco.
Mas,
por motivos que conhecemos, não foi assim.
PS: a identificação do local da foto de ontem deixou dúvidas. Seria Humaitá ou Jardim Botânico?
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Coisas do Brasil onde uma grande favela, construída sem fiscalização e sem segurança, se debruça sobre o mar do Vidigal. Tal como diz o Decourt estas construções irregulares vão fagocitando a cidade. Vidigal, São Conrado, Gávea, Alto da Boa Vista e grande parte da zona norte foram para o brejo. O número de indústrias que abandonaram Bonsucesso, Ramos, Penha, Manguinhos, Jacaré, etc, foram imenso.
ResponderExcluir... foi imenso e não foram imenso.
ResponderExcluirMetamorfose ambulante. Quanta diferença para tempos idos.
ResponderExcluir"Pensava-se que a Avenida Niemeyer pudesse ser como a Costa Amalfitana"...Trocadilhos à parte, está mais para uma "Costa Caucasiana" ou "Vidigaliana". Os desabamentos nessa avenida tem uma razão óbvia: Construções erguidas em locais indevidos, simples assim. Sinceramente eu não tenho pena dessas pessoas, já que conhecem o risco. Mas por trás das "tragédias" existem "grandes negócios". Indenizações milionárias "aluguel social", ongs ligadas à "narco políticos", enfim um "mundo de oportunidades". Com relação à foto de ontem, se observarem bem atrás do bonde e à direita, existe uma encosta, o que acaba inviabilizando a opção de São Clemente.
ResponderExcluirProjetos que nunca saíram do papel, uma linha do Metro seria o pulo do gato,
ResponderExcluirTivemos a chance de ampliar o Metro no Pan na Copa e nas Olimpíadas mas ficamos só na politicagem e no roubo e na demolição da perimetral.
Boas fotos.Gostava muito de São Conrado das antigas e não deixava de ir lá.
ResponderExcluirEm relação a foto de ontem,não consegui achar o prédio com varandas arredondadas.Parece que houve confusão.
Bom Dia! A foto 1 está parecida com algumas maquetes ferroviárias que já vi. Plinio faltou citar a Rua Visconde de Niterói, Del Castilho,Cachambi,Maria da Graça e Todos os Santos. Nestes 5 Bairros contei 55. Só na Rua José Bonifácio eram 8.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirFico imaginando como seria se o projeto da ferrovia tivesse vingado. Talvez tivesse sido desativada nos anos JK ou posteriores. Por outro lado, as regiões pós-Leblon teriam sido ocupadas há mais tempo. Com talvez mais infraestrutura...
Uma das fotos do Franz Grasser (já não lembro se o nome é esse) da Niemeyer foi identificada como sendo na Riviera européia...
PS - há duas semanas, quando a avenida foi fechada por causa dos deslizamentos, a prefeitura identificou a avenida como Oscar Niemeyer... Pano rapidíssimo.
Bom dia a todos. Pegando um gancho no comentário do mestre Plínio, acrescento que em matéria de organização e planejamento no Rio de Janeiro e no Brasil, impera a demagogia e o oportunismo, casal da profunda desordem que campeia pela cidade e todo o País. Uma verdadeira padaria ou fábrica de coitadinhos. Comparar a Av. Niemayer com a Costa Amalfitana só em enredo de escola de samba Acadêmicos da Rocinha, O sonho de Macunaíma, depois de uma noite de orgia com LSD.
ResponderExcluirConrado Niemeyer deu nome também a localidade de Conrado, caminho da serra que vai para Miguel Pereira.
ResponderExcluirA foto de ontem é mesmo no Humaitá, mas logo ao lado de onde funciona o Consulado Americano. Entre a Fonte da Saudade e a rua Marques Porto (se não me engano quanto ao nome desta rua)
ResponderExcluirRua Engenheiro Marques Porto. Na Tijuca tem a Rua Marechal Marques Porto.
ExcluirO local exato da foto de ontem fica na pista de descida em direção a Botafogo e a poucos metros e fora foto, estão o edifício Primavera e o posto de gasolina.
ResponderExcluirCeará,individuo,enquanto vc anda de braços dados com o foguista do inferno,eu sofro com os tarja verdes querendo milagre para ontem e com a igreja entrando em recuperação judicial.Vc conhece entidade de direito privado sem fins lucrativos? Parece que vou ter que entrar nesta cantilena.Um espanto!!!!
ResponderExcluirGrande Pastor. De fato, entidade de direito privado sem fins lucrativos só em novelas da Grobo. Não afaste os "Tarjas" pois existe sempre uma utilidade, pois se a reza for forte sempre traz mais um. E de grão em grão a sacolinha enche o papo. Meu contrato com São Pedro e por tempo indeterminado até onde a Calango resiste. Alias, como tá a temperatura em vix?
ExcluirAgora sim, é o n. 261, ao lado do prédio onde fica o escritório de vistos do consulado americano.
ResponderExcluirCostumava ir à casa de amigos aos Domingos na rua Faro e o trajeto do bonde era obrigatoriamente esse. Não tenho certeza mas esse bonde é o Gávea. Com o fim dos bondes, passei a fazer a viagem em ônibus elétricos pintados com faixa vermelha. Mais tarde essas faixas foram pintadas de amarelo.
ResponderExcluirA segunda foto da postagem é da Av. Niemeyer, 179. Vemos o condomínio Horizontal, projetado por Sergio Bernardes, em troca de seus honorários pediu a ponta do terreno, o qual construiu a 'casa do arquiteto' que foi sua moradia na década de 60.
ResponderExcluirSaudades da minha casa, no 179/106, a de toldo branco...
Excluirboas recordações...
ResponderExcluira última foto parece estar invertida